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Análise de Circuitos III 1 ⚡ Análise de Circuitos III Transformada Unidirecional de Laplace É dita unidirecional pois só é válida para O uso da Transformada de Laplace simplifica as equações diferenciais ordinárias presentes. Sendo assim, após transformarmos elemento por elemento do domínio do tempo para o domínio da frequência , podemos resolver o novo circuito (equivalente) utilizando métodos já aprendidos (tensões de nó, correntes de malha, transformação de fonte, superposição, ... ), e ao final, fazer a transformação inversa . Tabela das Transformadas de Laplace t > 0 L[f(t)] = F(s) = f(t)e dt∫0− ∞ −st (t→ s) (s→ t) Análise de Circuitos III 2 Método dos resíduos em frações parciais Polos reais distintos Seja Então podemos reescrever como sendo Desde que Ex: Polos reais repetidos G(s) = = D(s) N(s) (s+ s )...(s+ s )1 n N(s) G(s) G(s) = + s+ s1 k1 ... s+ sn kn k =i (s+ s )G(s)∣i s=−si grau(N(s)) < grau(D(s)) G(s) = = s(s− 2)(s+ 3) s+ 1 − ⋅ 6 1 + s 1 ⋅ 10 3 − s− 2 1 ⋅ 15 2 s+ 3 1 Análise de Circuitos III 3 Seja Então podemos reescrever como sendo Ex: Polos conjugados complexos Seja Então podemos reescrever como Ex: Segunda ordem cujos polos são: para e definem-se e tal que de tal forma que e Portanto, podemos reescrever como: Particularmente, aplicando-se a transformada de Laplace inversa, obtêm-se: Propriedades da Transformada de Laplace Diferenciação no Tempo G(s) = = D(s) N(s) (s+ s )(s+ s )1 2 r N(s) G(s) G(s) = + s+ s1 k1 + s+ s2 k21 + (s+ s )2 2 k22 ... + (s+ s )2 r k2r k =2j ((s+(r − j)! 1 dsr−j dr−j s ) G(s))2 r G(s) = = s(s+ 1)2 2s+ 3 + s 3 + s+ 1 −3 (s+ 1)2 −1 G(s) = = D(s) N(s) (s+ (α+ jw))(s+ (α− jw)) N(s) G(s) G(s) = + s+ (α+ jw) k1 s+ (α− jw) k2 G(s) = s + 2ζω s+ ω2 n n2 ωn 2 s =1,2 −ζω ±n jωn 1 − ζ2 0 < ζ < 1 α = ζωn ω = ωn 1 − ζ2 s =1,2 α± jω k =1 2jω ωn 2 k =2 −2jω ωn 2 G(s) G(s) = + s+ (α+ jw) (ω /2jω)n 2 s+ (α− jw) (−ω /2jω)n 2 g(t) = ⋅ 2jω ωn 2 e (e −−αt jωt e ) =−jωt ⋅ 1 − ζ2 ωn e ⋅−ζω tn sin(ω t)n 1 − ζ2 Análise de Circuitos III 4 Integração no Tempo Indutor , ou seja cujo equivalente em série é: Rearranjando, obtemos equivalendo ao seguinte esquema paralelo: L[f (t)] = sF(s) − f(0 )′ − L[ f(x)dx] = F(s) + f (0 )∫−∞ t s 1 s 1 −1 − L[v(t) = L ] → dt di(t) V (s) = L[sI(s) − i(0 )]− V (s) = sLI(s) − Li(0 )− I(s) = V (s) + sL 1 s i(0 )− Análise de Circuitos III 5 Sendo assim, vemos que para condições iniciais nulas , as fontes independentes de tensão e corrente se colapsam, e o indutor torna-se apenas uma impedância de módulo Capacitor , ou seja cujo equivalente em série é: i(0 ) =− 0 Z(s) = sL L[i(t) = C ] → dt dv(t) I(s) = C[sV (s) − v(0 )]− I(s) = 1/sC V (s) − v(0 )/s− Análise de Circuitos III 6 Rearranjando obtemos equivalendo ao seguinte esquema paralelo: Novamente, para condições iniciais nulas , temos que o sistema é simplificado como apenas uma impedância Exemplo 1 - Transformação dos elementos de circuito V (s) = [I(s) + Cv(0 )]− sC 1 v(0 ) =− 0 Z(s) = Cs 1 Análise de Circuitos III 7 Nesse caso, ao fechar a chave em , a fonte de tensão é inserida no circuito como um degrau, por isso, sua transformada é dada por . Teorema do valor final Caso se deseje conhecer o valor de dada variável de circuitos quando e temos a informação sobre tal variável apenas no domínio da frequência complexa, podemos utilizar: ou de forma análoga e encontrar tal valor. Teorema do valor inicial Em contraposição, temos que, para encontrar o valor de uma dada variável de circuito, quando , utilizamos: ou Dica t = 0 s Vo t→∞ sI(s) x→0 lim sV (s) x→0 lim t→ 0 sI(s) x→∞ lim sV (s) x→∞ lim Análise de Circuitos III 8 Para encontrar a Tensão de Thévenin entre dois terminais, eliminamos o(s) elemento(s) entre os terminais, e determinamos (open circuit) . Em casos onde o circuito contém apenas fontes independentes, podemos eliminá-las ao calcular a impedância de Thévenin. No entanto, quando houver fontes dependentes, além do método de adicionar uma fonte auxiliar e encontrar a impedância através da razão entre a tensão e a corrente fornecidas pela fonte, pode-se encontrar o valor da corrente de curto circuito e então utilizar a seguinte relação: Função de transferência A função de transferência de um circuito é a razão entre a resposta de saída e a excitação de entrada , supondo que todas condições iniciais sejam zero. A transformada inversa de Laplace da função de transferência de um determinado circuito é a resposta do sistema ao impulso unitário. Uma vez que se , de tal forma que , logo , então Quadripolos Um par de terminais através dos quais pode entrar ou sair uma corrente de um circuito é conhecido como porta. Circuitos de duas portas possuem então, 4 terminais (quadripolos). Para cada porta, a corrente que entra em um terminal sai pelo outro, de modo que o saldo de corrente que entra pela porta é igual a zero. Voc = VTh Isc Z =Th Isc VTh H(s) Y (s) X(s) H(s) = X(s) Y (s) x(t) = δ(t) X(s) = 1 Y (s) = H(s) L [H(s)] =−1 h(t) = y(t) Análise de Circuitos III 9 Portanto, um circuito de duas portas possui dois pares de terminais atuando como pontos de acesso, de tal forma que dispositivos de três terminais, como os transistores, podem ser configurados/modelados em circuitos de duas portas. Para que as relações desenvolvidas abaixo sejam satisfeitas, os circuitos de duas portas analisados não devem conter nenhuma fonte independente, embora possam conter fontes de tensão dependentes. É importante salientar aqui que apenas um conjunto dos parâmetros é capaz de determinar o funcionamento completo do bloco, e não necessariamente, todo circuito deve poder ser descrito com todos os 6 conjuntos ilustrados abaixo Parâmetros de Imitância Os parâmetros de impedância e de admitância são geralmente usados na síntese de filtros, e também são úteis no projeto e na análise de circuitos para casamento de impedâncias e em redes de distribuição de energia. Parâmetros de Impedância Um circuito de duas portas pode ser excitado por tensão ou por corrente, como ilustrado acima. Em ambas modelagens, as tensões nos terminais podem ser relacionadas com as correntes nos terminais como segue: Representação típica de um bloco com duas portas Análise de Circuitos III 10 ou na forma matricial onde os termos z são denominados de parâmetros de impedância, e têm unidades de ohms. Os valores dos parâmetros podem ser calculados, fazendo as correntes em cada portas nulas, ou seja abrindo-se o circuito da porta de entrada ou de saída, por isso, tais parâmetros são denominados parâmetros de impedância de circuito aberto. E os parâmetros recebem os nomes individuais: Impedância de entrada de circuito aberto Impedância de transferência de circuito aberto da porta 1 para a porta 2 Impedância de transferência de circuito aberto da porta 2 para a porta 1 Impedância de saída de circuito aberto Quando , diz-se que o circuito de duas portas é simétrico. Isso implica o circuito ter simetria tipo espelho em relação a uma linha central; isto é, pode-se encontrar uma linha que divide o circuito em duas metades semelhantes. Quando o circuito de duas portas for linear e não tiver fontes de tensão dependentes, as impedâncias de transferência são iguais e as duas portas são recíprocas. Qualquer circuito de duas portas, formado inteiramente por resistores, capacitores e indutores deve ser recíproco. O circuito equivalente para um quadripolo recíproco é mostrado à esquerda. Caso não seja recíproco, deve-se utilizar o circuito da direita. V =1 z I +11 1 z I12 2 V =2 z I +21 1 z I22 2 =[ V1 V2 ] [ z11 z21 z12 z22 ] [ I1 I2 ] z =11 I1 V1 ∣ ∣ I =02 z =12 I2 V1 ∣ ∣ I =02 z =21 I1 V2 ∣ ∣ I =01 z =2 I2 V2 ∣ ∣ I =01 z :11 z :12 z :21 z :22 z =11 z22 (z =12 z )21 Análise de Circuitos III 11 Parâmetrosde Admitância De forma análoga, o conjunto de equações que descreve o bloco é dado por: ou na forma matricial Os termos y são conhecidos como parâmetros de admitância e são expressos em siemens. Os valores dos parâmetros podem ser calculados, fazendo as tensões em cada portas nulas, ou seja curto-circuitando da porta de entrada ou de saída, por isso, tais parâmetros são denominados parâmetros de admitância de curto-circuito. E os parâmetros recebem os nomes: admitância de entrada de curto-circuito admitância de transferência de curto-circuito da porta 2 para a porta 1 admitância de transferência de curto-circuito da porta 1 para a porta 2 admitância de saída de curto-circuito Para um circuito de duas portas que é linear e não possui nenhuma fonte dependente, as admitância de transferência são iguais ( ). Um circuito recíproco pode ter como modelo o circuito equivalente à esquerda. Se não for simétrico, o circuito equivalente genérico é mostrado á direita. I =1 y V +11 1 z V12 2 I =2 y V +21 1 y V22 2 =[ I1 I2 ] [ y11 y21 z12 y22 ] [ V1 V2 ] y =11 V1 I1 ∣ ∣ V =02 y =12 V2 I1 ∣ ∣ V =02 y =21 V1 I2 ∣ ∣ V =01 y =22 V2 I2 ∣ ∣ V =01 y :11 z :12 z :21 z :22 y =12 y21 (y =12 y )21 Π Análise de Circuitos III 12 Parâmetros Híbridos Os parâmetros z e y de um circuito de duas portas nem sempre existem. Assim, há a necessidade de criarmos um terceiro conjunto de parâmetros, que se baseia no ato de tornar e as variáveis dependentes. Portanto, obtemos: ou na forma matricial Os termos h são conhecidos como parâmetros híbridos, pois são uma combinação híbrida de razões. Eles são muito úteis na descrição de dispositivos eletrônicos como transistores, e são muito mais fácil medir experimentalmente tais parâmetros desses dispositivos que medir seus parâmetros z ou y. De fato, sabe-se que o transformador ideal não possui parâmetros z. O transformador ideal pode, no entanto, ser descrito pelos parâmetros híbridos. Fica evidente então que os parâmetros , , e representam, respectivamente, uma impedância, um ganho de tensão, um ganho de corrente e uma admitância. É por essa razão que eles são denominados parâmetros híbridos. Mais especificamente: Impedância de entrada de curto-circuito Ganho de tensão inverso de circuito aberto Ganho de corrente direto de curto-circuito admitância de saída de circuito aberto Cujo circuito equivalente é: V1 I2 V =1 h I +11 1 h V12 2 I =2 h I +21 1 h V22 2 =[ V1 I2 ] [ h11 h21 h12 h22 ] [ I1 V2 ] h =11 I1 V1 ∣ ∣ V =02 h =12 V2 V1 ∣ ∣ I =01 h =21 I1 I2 ∣ ∣ V =02 h =22 V2 I2 ∣ ∣ I =01 h11 h12 h21 h22 h :11 h :12 h :21 h :22 Análise de Circuitos III 13 Parâmetros Híbridos Inversos Um conjunto de parâmetros estreitamente ligado aos parâmetros h são os parâmetros g ou parâmetros híbridos inversos. São dados por: ou na forma matricial e os parâmetros são determinados da forma a seguir: E recebem os nomes: admitância de entrada de circuito aberto Ganho de corrente inverso de circuito aberto Ganho de tensão direto de curto-circuito Impedância de saída de curto-circuito Os parâmetros g são frequentemente usados para modelar transistores de efeito de campo FETs). Cujo circuito equivalente é: I =1 g V +11 1 g I12 2 V =2 g V +21 1 g I22 2 =[ I1 V2 ] [ g11 g21 g12 g22 ] [ V1 I2 ] g =11 V1 I1 ∣ ∣ I =02 g =12 I2 I1 ∣ ∣ V =01 g =21 V1 V2 ∣ ∣ I =02 g =22 I2 V2 ∣ ∣ V =01 g :11 g :12 g :21 g :22 Análise de Circuitos III 14 O procedimento para calcular os parâmetros h é similar àquele usado para os parâmetros z ou y. Aplicamos uma fonte de tensão ou de corrente à porta apropriada, curto-circuitamos ou deixamos como circuito aberto a outra porta, dependendo do parâmetro de interesse, e realizamos uma análise de circuitos comum. Analogamente, para circuitos recíprocos, = (lembrando que um quadripolo é recíproco se há somente elementos passivos (resistor, capacitores e indutores) e nenhum elemento não linear (diodo)). Parâmetros de Transmissão Já que não existem restrições sobre quais tensões e correntes terminais devem ser consideradas variáveis independentes e quais devem ser consideradas dependentes, a expectativa é de estarmos aptos a gerar diversos conjuntos de parâmetros. Assim, temos o terceiro par de parâmetros. Regido por: ou na forma matricial Observe que, no cálculo dos parâmetros de transmissão, é usado em vez de , porque considera-se que a corrente esteja saindo do circuito. Isso é feito por pura convenção; ao colocarmos circuitos de duas portas em cascata (saída com entrada), é mais lógico pensarmos em saindo do circuito de duas portas. Os parâmetros do circuito de duas portas descritos acima dão uma medida de como um circuito transmite tensão e corrente de uma fonte para uma carga. Eles são úteis na análise de linhas de transmissão (como cabo e fibra), pois expressam variáveis do lado transmissor ( e ) em termos de variáveis do lado receptor ( e ). Por essa razão, são chamados parâmetros de transmissão, também conhecidos como h12 –h21 V =1 AV −2 BI2 I =1 CV −2 DI2 =[ V1 I1 ] [ A C B D ] [ V2 −I2 ] –I2 I2 I2 V1 I1 V2 –I2 Análise de Circuitos III 15 parâmetros ABCD. Eles são usados no projeto de sistemas de telefonia, circuitos de micro-ondas e radares. Podem ser determinados da forma a seguir: onde A e D são adimensionais, B é medido em ohms e C, em siemens. Parâmetros de transmissão inversa Nosso último conjunto de parâmetros pode ser definido expressando as variáveis da porta de saída em termos das variáveis da porta de entrada, assim: ou na forma matricial e são determinados a partir de : e enquanto a e d são adimensionais, b e c são medidos, respectivamente, em ohms e siemens. Para tais conjuntos de parâmetros, se o circuito é recíproco, o mesmo satisfaz as seguintes igualdades: ou Dado um conjunto de parâmetros, podemos obter os demais, através da tabela abaixo: A = V2 V1 ∣ ∣ I =02 B = − I2 V1 ∣ ∣ V =02 C = V2 I1 ∣ ∣ I =02 D = − I2 I1 ∣ ∣ V =02 V =2 aV −1 bI1 I =2 cV −1 dI1 =[ V2 I2 ] [ a c b d ] [ V1 −I1 ] a = V1 V2 ∣ ∣ I =01 b = − I1 V2 ∣ ∣ V =01 c = V1 I2 ∣ ∣ I =01 d = − I1 I2 ∣ ∣ V =01 AD −BC = 1 ad− bc = 1 Análise de Circuitos III 16 Vemos então que e além de Interconexão entre circuitos elétricos Um circuito elétrico grande e complexo pode ser dividido em subcircuitos para fins de análise e projeto, os quais são modelados como circuitos de duas portas interligados de modo a formar o circuito original. Os circuitos de duas portas são, portanto, considerados como os componentes básicos que podem ser interligados para formar um circuito complexo. A interconexão pode ser em série, em paralelo ou em cascata. Embora o circuito interligado deva ser descrito por qualquer um dois seis conjuntos de parâmetros, um determinado conjunto de parâmetros pode ser vantajoso. Por exemplo, quando os circuitos estão em série, seus parâmetros individuais z se somam para dar os parâmetros z do circuito maior. Quando estão em paralelo, seus parâmetros individuais y se somam para fornecer os parâmetros y do circuito maior. Quando estão em cascata, seus parâmetros de transmissão individuais podem ser multiplicados entre si para se obter os parâmetros de transmissão do circuito maior. =[y] [z]−1 =[g] [h]−1 =[t] [T] −1 Análise de Circuitos III 17 Série: Os circuitos são considerados como estando em série porque suas correntes de entrada são idênticas e suas tensões são somadas. Para esse tipo de associação, Paralelo: Os circuitos de duas portas estão em paralelo quando as tensões em suas portas forem iguais e as correntes nas portas do circuito maior forem as somas das correntes em cada porta. Para esse tipo deassociação, Cascata: Diz-se que dois circuitos estão em cascata quando a saída de um for a entrada do outro. Para tal associação, . Devemos ter em mente que a multiplicação de matrizes deve ser na ordem na qual os circuitos e são colocados em cascata. Tais características podem ser estendidas a circuitos em associados. Se, por exemplo, dois circuitos de duas portas no modelo [h] estiverem ligados em série, utilizamos a Tabela para converter o h para z e então somamos os parâmetros de impedância e finalmente, convertemos o resultado de volta para h usando novamente a Tabela. Parâmetros em transistores Os parâmetros híbridos (h) são os mais úteis para os transistores, pois são medidos facilmente e normalmente são fornecidos nos manuais de especificações e dados técnicos do fabricante para transistores. Os parâmetros h para transistores possuem significados específicos expressos por seus subscritos, e são listados pelo primeiro subscrito e relacionados aos parâmetros gerais h como segue: onde os subscritos indicam: "i" input-entrada, "r" reverse-reverso, "f" forward- direto e "o" output-saída. À esquerda, conexão em série de circuitos de duas portas. Ao meio, conexão em paralelo de dois circuitos de duas portas. E á direita, Conexão em cascata de dois circuitos de duas portas. =[z] +[z1] [z2] =[y] +[y1] [y2] =[T] [Ta] [Tb] Na Nb n h =i h11 h =r h12 h =f h21 h =o h22 Análise de Circuitos III 18 O segundo subscrito especifica o tipo de conexão usada: e para emissor comum EC, c para coletor comum CC e b para base comum BC. Aqui, estamos interessados, principalmente, com a conexão emissor comum. Portanto, os quatro parâmetros h para o amplificador de emissor comum são: Séries de Fourier As séries de Fourier receberam esse nome em homenagem a Jean Baptiste Joseph Fourier 17681830. Em 1822, o gênio Fourier teve a brilhante ideia de que qualquer função periódica prática pode ser representada como uma soma de senoides. Uma representação destas, junto ao teorema de superposição, nos permite encontrar a resposta de circuitos para entradas periódicas arbitrárias usando-se técnicas de fasores. De acordo com o teorema de Fourier, qualquer função periódica prática de frequência pode ser expressa na forma de uma soma infinita de funções seno ou cosseno que são múltiplos inteiros de . Ou seja é: Onde é a chamada frequência fundamental, o coeficiente é a componente CC ou o valor médio de f (t) e os coeficientes e (para n ≠ 0 são as amplitudes das senoides no componente CA. Ou seja, Série de Fourier de uma função periódica f (t) é uma representação que decompõe f (t) em um componente CC e outra CA formada por uma série infinita de senoides harmônicas. Uma função que pode ser representada por uma série de Fourier deve atender a certos requisitos, pois a série infinita pode ou não convergir. As h - Imped ncia de entrada de baseie â h - Raz o de realimentaç o de tens o inversare ã ã ã h - Ganho de corrente coletor-basefe h - Admit ncia de sa daoe â ı́ ω0 ω0 f(t) ω =0 T 2π a0 an bn Análise de Circuitos III 19 condições em relação a f (t) que a levem a uma série de Fourier convergente são as seguintes: é uma função que apresenta um único valor em qualquer ponto. tem um número finito de descontinuidades em qualquer período. tem um número finito de máximos e mínimos em qualquer período. A integral para qualquer . Os coeficientes de interesse podem ser calculados por: e o valor é o valor médio de . e Sendo periódica, pode ser mais conveniente realizar as integrações anteriores a partir de a ou, geralmente, de a , em vez de a . O resultado será o mesmo. Uma forma alternativa á expressão acima é mostrada abaixo, chamada de amplitude-fase: Cujos coeficientes são dados por e ou seja: e Somando os termos um a um, notamos como a superposição dos termos pode evoluir para a forma de onda original. Entretanto, na prática, não é possível somarmos a série na Equação ao infinito. É possível apenas uma soma parcial (n = 1, 2, 3, ..., N, em que N é finito). Se representarmos graficamente a soma parcial (ou série truncada) ao longo de um período por um N grande, notamos que a soma parcial oscila acima e abaixo do valor f(t) f(t) f(t) ∣f(t)∣dt <∫ t0 t +T0 ∞ t0 a =0 f(t)dt T 1 ∫0 T a0 f(t) a =n f(t)cos nω t dt T 2 ∫0 T 0 b =n f(t)sen nω t dt T 2 ∫0 T 0 f (t) –T/2 T/2 t0 t +0 T 0 T a =n A cos ϕn n b =n B sen ϕn n A =n a + bn2 n2 ϕ =n −tan −1 an bn Análise de Circuitos III 20 real de f (t). Na vizinhança dos pontos de descontinuidade (nesse caso, para x = 0, 1, 2, ...), existe oscilação com transbordamento e amortecimento. De fato, um transbordamento de aproximadamente 9% do valor de pico está sempre presente, independentemente do número de termos usados para aproximar f (t). Isso é denominado fenômeno de Gibbs. Simetria Simetria par Uma função f (t) é par se seu gráfico for simétrico em relação ao êxito vertical; isto é . Para tais funções, os coeficientes são: e Como , a Equação se transforma em uma série cosseno de Fourier. Isso faz sentido porque a função cosseno é, por si só, par. Também há um sentido intuitivo de que uma função par não contém nenhum termo seno, já que a função seno é ímpar. Simetria ímpar Diz-se que uma função f (t) é ímpar se seu gráfico for antissimétrico em relação ao eixo vertical, ou seja . Para tais funções, os coeficientes são: f(t) = f(−t) a =0 f(t) dt T 2 ∫0 T/2 a =n f(t)cos nω t dt T 4 ∫0 T/2 0 b =n 0 b =n 0 f(−t) = −f(t) Análise de Circuitos III 21 e Que nos fornece uma série seno de Fourier. Enfatizando, isso faz sentido, pois a função seno é, por si só, uma função ímpar. Observe também que não existem termos CC para a expansão da série de Fourier de uma função ímpar. O produto de duas funções pares também é uma função par. O produto de duas funções ímpares também é uma função par. O produto de uma função par com uma função ímpar é uma função ímpar. A soma (ou diferença) de duas funções pares também é uma função par. A soma (ou diferença) de duas funções ímpares é uma função ímpar. A soma (ou diferença) de uma função par com uma função ímpar não é nem par nem ímpar. Simetria de meia onda Uma função é simétrica (ímpar) de meia onda se que significa que cada meio ciclo é a imagem espelhada do meio ciclo seguinte. Note que, para cada função um semiciclo, é a versão invertida do semiciclo adjacente. Os coeficientes de Fourier resultam em para ímpar, ou , para par. Analogamente, para ímpar, e para par. demonstrando que a série de Fourier de uma função simétrica de meia onda contém apenas harmônicas ímpares. Funções comuns - Tabela a =0 0 a =n 0 b =n f(t)sen nω t dt T 4 ∫0 T/2 0 f(t− ) = 2 T −f(t) a =o 0 a =n f(t)cos nω t dt T 4 ∫0 T/2 0 n a =n 0 n b =n f(t)sen nω t dt T 4 ∫0 T/2 0 n b =n 0 n Análise de Circuitos III 22 Aplicações em circuitos Descobrimos que, na prática, muitos circuitos são comandados por funções periódicas não senoidais. Encontrar a resposta em regime estacionário de um circuito, provocada por uma excitação periódica senoidal, requer a aplicação de uma série de Fourier, análise de fasores em CA e o princípio da superposição. O procedimento normalmente envolve quatro etapas. Expresse a excitação como série de Fourier. Análise de Circuitos III 23 Transforme o circuito do domínio do tempo para o domínio da frequência. Determine a resposta das componentes CC e CA na série de Fourier. Some as respostas CC e CA individuais usando o princípio da superposição. A primeira etapa é determinar a expansão das séries de Fourier da excitação. Para uma fontede tensão periódica, a série de Fourier é expressa como Ressaltando que o mesmo poderia ser feito para uma fonte de corrente periódica. A Equação acima mostra que v(t) é formada por duas partes: a componente CC e a componente CA = com várias harmônicas. Essa representação de série de Fourier pode ser considerada um conjunto de fontes senoidais ligadas em série, em que cada fonte possui sua própria amplitude e frequência. A terceira etapa é encontrar a resposta para cada termo na série de Fourier. A resposta à componente CC pode ser determinada no domínio da frequência, fazendo ou , ou no domínio do tempo, substituindo todos os indutores por curtos-circuitos e todos os capacitores por circuitos abertos. A resposta à componente CA é obtida aplicando-se as técnicas de fasores já vistas. Finalmente, seguindo o princípio da superposição, somamos todas as respostas individuais, temos Potência média e valores RMS Para encontrar a potência média absorvida por um circuito devido a uma excitação periódica, expressamos tensão e corrente na forma amplitude-fase, como por exemplo: e v(t) = V +0 V cos (nω t+ n=1 ∑ ∞ n 0 θ )n V0 Vn ∣V ∣∠θn n n = 0 ω = 0 i(t) = I +0 I cos (nω t+ n=1 ∑ ∞ n 0 ψ )n v(t) = V +0 V cos (nω t− n=1 ∑ ∞ n 0 θ )n i(t) = I +0 I cos (nω t− n=1 ∑ ∞ n 0 ϕ )n Análise de Circuitos III 24 Como o cálculo de potência média é realizado através da relação , temos finalmente: Isso demonstra que, no cálculo da potência média, envolvendo tensão e corrente periódicas, a potência média total é a soma das potências média em cada tensão e corrente relacionadas harmonicamente. Caso não tenhamos analiticamente o valor de tensão e corrente sobre o par de terminais do resistor, podemos utilizar as relações auxiliares como as relações de potência e sabendo que é possível encontrar o valor RMS de uma expansão em série de Fourier de uma função como: ou seja, em termos dos coeficientes de fourier P = vi dt T 1 ∫0 T P = V I +dc dc V I cos(θ − 2 1 n=1 ∑ ∞ n n n ϕ )n P = R VRMS 2 P = I RRMS 2 f(t) F =RMS a + A0 2 2 1 n=1 ∑ ∞ n 2 a e bn n F =RMS a + (a + b )02 2 1 n=1 ∑ ∞ n 2 n 2
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