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Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO HIPOTÁLAMO ❖ O sistema endócrino envolve o hipotálamo, hipófise (glândula pituitária), glândula pineal (epífise), glândula tireoide, glândula paratireoide, glândula suprarrenal, gônadas e pâncreas. ❖ Ele é uma estrutura do diencéfalo, delimitada anteriormente pela lâmina terminal e posteriormente aos corpos mamilares, anteriormente pelo sulco hipotalâmico e seu assoalho é delimitado pelo quiasma óptico, infundíbulo e corpos mamilares. HIPOTÁLAMO NÚCLEOS ❖ O hipotálamo apresenta diversos agregados neuronais chamados de núcleos. Esses núcleos vão gerar axônios que saem para outras partes do cérebro, podendo regular diversas funções. ❖ Um dos seus núcleos são considerados o centro da saciedade. ❖ A leptina é diretamente proporcional a quantidade de tecido adiposo. Quando comemos ela detecta moléculas na corrente sanguínea, em seguida sobe para o SNC o que fazendo com que o indivíduo sinta saciedade. Ao continuar comendo mesmo sem fome e sim por prazer outros núcleos sobrepõem -se sobre esse. ❖ Baseado no fórnice há uma área hipotalâmica lateral (centro da fome) e uma medial (centro da saciedade). INTERAÇÃO HIPOTÁLAMO\ HIPÓFISE ❖ A partir dos núcleos do hipotálamo saem conjuntos de neurônios partindo para a hipófise. ❖ O Núcleo supra-óptico e o Núcleo praventricular emitem axônios longos que vão especificamente da parte posterior da hipófise. ❖ Neurônios de axônios menores terminam mais na parte inicial do hipotálamo. ❖ Esses neurônios vão regular de forma distinta a hipófise ❖ Neurônios de axônios longos: magnos celulares ❖ Neurônio de axônio curto: parvo celulares HIPÓFISE (NEURO- HIPÓFISE E ADENO- HIPÓFISE) ❖ A hipófise possui duas partes: neuro- hipófise que é mais posterior e a adeno-hipofise mais anterior. ❖ Os axônios dos núcleos supra-óptico e para ventricular se direcionam para neuro-hipófise e fazem com que ela produza ocitocina e vasopressina (ADH). ❖ Os neurônios parvo celulares, no entanto, estimulam a adeno-hipofise a estimular outros hormônios. ❖ Os parvos celulares estão localizados principalmente em outra parte do núcleo para ventricular e núcleo arqueado. LOCALIZAÇÃO ❖ A neuro-hipófise é continua com o hipotálamo enquanto a adeno – hipófise está associada a neuro como um anexo. ❖ A neuro-hipófise também possui uma parte intermediaria e uma tuberal. Os neurônios parvo celulares terminam numa região onde está a veia porta (dois leitos capilares que possuem uma comunicação entre eles). Os hormônios produzidos pelos parvos celulares são liberados nesse leito capilar que nesse caso vão estimular as células daquela região a produzirem outros hormônios. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO ❖ Exemplo: os neurônios parvo celulares liberam TRH que por sua vez cai no sistema porta e estimula as células da adeno-hipofise a produzirem TSH, que por sua vez estimulam a tireoide a produzir hormônio T3 e T4. ❖ A hipófise está localizada na cela turca do osso esfenoide ou fossa hipofisária. Ela se comunica com o hipotálamo através da região do infundíbulo. ❖ A dura-máter cobre a cela turca, que é o diafragma da cela e deixa apenas um espaço para a passagem do infundíbulo. NEURO-HIPÓFISE-OCITOCINA ❖ Quando há estímulo das glândulas mamarias pelo sução da criança ou até mesmo pelo choro da criança esse estímulo sobe pelas vias aferentes e chega ao hipotálamo fazendo com que ela produza ocitocina. A ocitocina atuará na ejeção do leite. ❖ Aumenta também a contração uterina na hora do parto NEURO-HIPÓFISE-VASOPRESSINA ❖ Aumenta reabsorção de líquidos nos rins GLÂNDULA PINEAL ❖ Essa glândula libera principalmente melatonina Hormônio antioxidante que aumenta sua produção à medida que envelhecemos, já que nesse período há o aumento da produção de radicais livres e por isso está relacionada a diminuição do sono em alguns idosos. ❖ Estímulos como a claridade inibem a produção de melatonina enquanto ausência de luz aumenta sua produção. ❖ Regula atividade sexual LOCALIZAÇÃO ❖ A glândula pineal é pequena e se localiza abaixo do esplênio do corpo caloso, entre duas estruturas globosas chamadas de calículos superiores. CONCREÇÕES CALCÁRIAS ❖ A partir de certa idade começa há uma deposição de cálcio na pineal ❖ Isso pode ser detectado a nível radiológico Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO GLÂNDULA TIREÓIDE LOCALIZAÇÃO ❖ Está localizada anteriormente a traqueia. ❖ Possui formato bem próximo a cartilagem tireoide. ❖ Ela possui dois lobos cônicos direito e esquerdo com ápice agudo e uma base. ❖ Ambos os lobos se comunicam no centro pelo istmo da glândula tireoide. ❖ Seu crescimento superior acaba sendo limitado pelo musculo esterno tireóideo. ❖ A glândula está envolvida por uma fáscia possuindo intima relação com o esôfago e a traqueia ❖ A fáscia possui formato de C que anteriormente envolve a tireoide e mais posteriormente o esôfago. ❖ A glândula tireoide possui uma face interna, externa e posterior. ❖ A face interna está em contato com as estruturas digestivas. ❖ Sua fixação se dá pelas estruturas como esôfago e traqueia. VASCULARIZAÇÃO ❖ Irrigada pela artéria tireoide superior e inferior. ❖ Quando elas chegam próximo a glândula elas se bifurcam em 3 artérias: uma anterior e duas posteriores. ❖ O ramo anterior se comunica com o lado oposto (artéria supraistimica) até formar anastomoses com o ramo inferior. DRENAGEM ❖ A drenagem irá ocorrer por 3 vias: veia tireoide superior, média e inferior. A superior e média abrem na jugular Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO interna e a tireoide inferior se abre na veia braquiocefálica. ❖ Há um plexo venoso ao longo dela onde os principais vasos se formam nas extremidades para depois conduzir para jugular interna ou veia braquiocefálica pelas veias tireoides superior média ou inferior ❖ A glândula pode apresentar ausência de istmo. ❖ A drenagem linfática da glândula tireoide ocorre principalmente pelos vasos cervicais profundo superior e inferior GLÂNDULA PARATIREOIDE ❖ São pequenas glândulas que estão localizadas na face posterior da glândula tiroide. ❖ São globosas em número de 4 geralmente. ❖ Elas estão relacionadas ao metabolismo do cálcio. ❖ Geralmente são vascularizadas pela artéria tireoide superior. GLÂNDULA PARATIREOIDE ECTÓPICA ❖ Em alguns casos as glândulas podem situar-se fora da tireoide. GLÂNDULA SUPRARRENAL (ADRENAL) ❖ Situam-se acima dos rins. ❖ A glândula direita é mais cônica e possui relação com o pilar direito do diafragma assim como da veia cava inferior e o rim. ❖ A glândula esquerda possui formato semilunar. ❖ Elas começam na margem anterior e medial e ascendem para posterior e ápice dos rins. ❖ Estão posteriormente ao estomago Órgão reto peritoneal: não é envolvido por peritônio RELAÇÕES ❖ Glândula suprarrenal esquerda: relação com o pilar esquerdo do diafragma, e ao peritônio que envolve estruturas como o estomago, baço e pâncreas. ❖ Glândula suprarrenal direita: relação com o fígado, pilar direto do diafragma e estruturas vasculares. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO ❖ Entre uma glândula e outra localiza-se a veia cava inferior e artéria aorta abdominal ❖ As glândulas suprarrenais estão mais fixadas as estruturas do abdômen como diafragma do que ao rim. Ela se fixa ao rim apenas por uma fáscia e ficaaderido a ele levemente. DIVISÕES ❖ Essa glândula apresenta um córtex e uma medula. ❖ Córtex: mais externo e produz aldosterona, cortisol e hormônios sexuais ❖ Medula: mais interna e libera catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) VASCULARIZAÇÃO ❖ Ocorre por meio da artéria suprarrenal superior média e inferior que se originam em pontos distintos da artéria frênica inferior que por sua vez sai da artéria aorta. ❖ A artéria suprarrenal média sai especificamente da artéria aorta. DRENAGEM ❖ A drenagem ocorre somente por uma veia que sai da parte anterior chamada de hilo. ❖ A veia do lado esquerdo é maior e drena para a veia renal esquerda, enquanto a veia direita é menor e drena direto para veia cava ❖ A veia suprarrenal esquerda ascende para a veia frênica inferior. INERVAÇÃO ❖ Funciona como um amplificador do sinal ❖ Funciona como neurônio pós ganglionar ❖ Os nervos pré-ganglionares vão direto para ela TESTÍCULOS ❖ Testículos e ovários são chamados de gônadas. ❖ Ele está localizado dentro de um tecido cutâneo chamado de bolsa escrotal ❖ Os testículos na vida uterina do bebê está presente na cavidade abdominal e em seguida ele passa pelo ligamento inguinal e desce para a bolsa escrotal. ❖ Além dos envoltórios de peritônio os testículos possuem uma túnica Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO albugínea. Nela há uma seria de canais contorcidos chamados de túbulos seminíferos onde ocorre produção de espermatozoide. No parequema desses túbulos há células de leyding responsável pela produção de testosterona ❖ Resumindo: o tecido predominante dos testículos é a túnica albugínea e entre elas há túbulos seminíferos que produzem espermatozoide. VASCULARIZAÇÃO ❖ Por serem formados na cavidade abdominal seus vasos são oriundos da aorta que são as artérias testiculares. ❖ A drenagem também é feita de veias provenientes da cavidade abdominal. A veia testicular direita desemboca na veia cava enquanto a esquerda desemboca na veia renal esquerda. OVÁRIOS ❖ Está localizado abaixo da tuba uterina e é envolvida por peritônio. ❖ O útero está localizado acima da bexiga de forma estratégica, uma vez que a gravidade, sobrepeso etc. podem influenciar um aborto espontâneo. ❖ Ligamento largo: formado por duas pregas de peritônio. ❖ O ovário também é produzido na cavidade abdominal, porem ele para de descer decido ao ligamento útero- ovário além disso também está envolvido pelo ligamento largo que o segura. ❖ Libera progesterona e estrogênio VASCULARIZAÇÃO ❖ A vascularização ocorre pelas artérias ováricas que saem no aspecto anterior da artéria aorta ❖ E a drenagem do lado direito para veia cava inferior e no lado esquerdo para veia renal esquerda PÂNCREAS ENDÓCRINO ❖ É um órgão reto peritoneal, ou seja, esta posterior a lâmina de peritônio que cobre a face interna do abdômen ❖ Esta abaixo do processo xifoide no plano L1 e L3. ❖ Parte da direita se encontra na primeira parte do intestino delgado que é o duodeno. ❖ Entre sua cabeça e corpo temos o colo que é a parte anterior a emergência da artéria mesentérica superior. ❖ Em seguida temos o seu corpo para esquerda e superior bem próximo ao baço. https://www.google.com.br/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.saudeemmovimento.com.br%2Fconteudos%2Fconteudo_exibe1.asp%3Fcod_noticia%3D1220&psig=AOvVaw1mf-plo9uUIxwOCleNv4l4&ust=1584829317129000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMjmjbuLqugCFQAAAAAdAAAAABAR Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO ❖ Ele secreta principalmente glucagon e insulina pelas ilhotas pancreáticas VASCULARIZAÇÃO ❖ Ocorre basicamente pelo tronco celíaco e artéria mesentérica superior. ❖ Do tronco celíaco tem artéria hepática comum e esplênica que segue pela margem superior do pâncreas. ❖ Enquanto na margem inferior a artéria dorsal e magna que também são ramos da esplênica. ❖ Da artéria hepática comum sai um ramo gastroduodenal emerge um ramo pancreática duodenal superior anterior e posterior. ❖ Da artéria mesentérica superior emerge a pancreática duodenal inferior dando pancreática duodenal inferior anterior posterior. ❖ Elas se anastomosam entre si, então obstrução da mesentérica superior não prejudica irrigação da cabeça do pâncreas, pois a pancreática duodenal superior supre a demanda visto que vem do tronco celíaco. DRENAGEM ❖ Ocorre por veias de mesmo nome, porem há um sistema porta. ❖ Mesentérica superior, inferior e não há equivalente para o tronco celíaco. ❖ A mesentérica inferior e superior se une a veia esplênica e formam a veia porta. ❖ O pâncreas é drenado por veias que vão drenar para veia esplênica e mesentérica superior. ❖ A veia porta por sua vez passa para dentro do fígado para ser metabolizado. Universidade Federal do Rio de Janeiro\ Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA ENDÓCRINO TECIDO ADIPOSO COMO UM ÓRGÃO ENDÓCRINO ❖ Moléculas liberadas pelo tecido adiposo como leptina e moléculas pró- inflamatórias são consideradas adipocinas. ❖ A localização desse tecido adiposo influencia o que será liberado. ❖ Existem dois tipos de tecido adiposo: o subcutâneo e o mesentérico ( visceral). ❖ O tecido adiposo visceral inflama mais facilmente. ❖ O tecido adiposo primeiro hipertrofia (cresce) em seguida ele se multiplica(hiperplasia). ❖ O tecido adiposo subcutâneo tem a característica de hiperplasiar enquanto o mesentérico não. Os adipócitos vão aumentando ate que podem ocluir artérias que irrigam a região. Em seguida gera hipóxia, migração de macrófago e processo inflamatório com citocinas pró inflamatórias. A gordura mesentérica que está entre as vísceras próxima ao estomago é drenada pelo sistema porta que passa para fígado, ou seja, toda a inflamação passa para o fígado e em seguida para o corpo podendo gerar resistência a insulina, diabetes etc.
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