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TICS - Síndrome da Emergência de Cannon

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A síndrome da Emergência de Cannon é resultado da ação do sistema nervoso 
simpático em que o indivíduo é preparado para lutar ou fugir. É uma reação 
inespecífica. 
O comportamento de ataque agressivo pode ser desencadeado com estimulação 
não só da amígdala, mas também do hipotálamo. 
O medo resulta da ativação geral do sistema simpático e liberação de adrenalina 
pela medula da glândula suprarrenal. 
Esse alarme, denominado Síndrome da Emergência de Cannon, visa preparar o 
organismo para uma situação de perigo na qual ele deve fugir ou enfrentar o perigo. 
A informação visual ou auditiva é levada ao tálamo (corpo geniculado lateral) e dá as 
áreas visuais primárias e secundárias. Daí, as informações seguem por dois 
caminhos, uma vida indireta e outra direta. Na via direta, a informação visual é 
levada e processada na amígdala basolateral, passa à amígdala central, que dispara 
o alarme, a cargo do sistema simpático. Isso permite uma reação de alarma imediata 
com manifestações autonômicas e comportamentais típicas. Na via indireta, a 
informação passa ao córtex pré-frontal e depois à amígdala 
A via direta é mais rápida e permite resposta imediata ao perigo; é inconsciente e o 
medo só se torna consciente quando os impulsos nervosos chegam ao córtex. A 
vida indireta é mais lenta, mas permite que o córtex pré-frontal analise as 
informações recebidas e seu contexto. 
Essa Síndrome da Emergência de Cannon resulta em sinais como: 
• Dilatação dos brônquios, aumento da frequência respiratória (taquipneia) e 
do volume corrente, aumentando a troca de gases, a taxa de oxigênio 
disponível e eliminando mais dióxido de carbono (gás carbônico) do sangue. 
→ Isso colabora para a oxigenação dos músculos para uma resposta mais rápida de 
fuga. 
• Transformação de glicogênio em glicose 
→ Contribuindo para a disponibilização de mais energia para o corpo. 
• Aumento da frequência cardíaca, do volume sistólico e do débito cardíaco 
→ Contribui para mais sangue, glicose e o oxigênio entrar nos tecidos. 
• As artérias nos músculos esqueléticos são vasodilatados 
→ Disponibiliza maior aporte de sangue para lutar ou fugir 
• Vasoconstrição tegumentar 
→ O sangue fica mais disponível para ser levado aos músculos, o que causa 
sudorese; o suor é frio, pois a pele fica fria devido à vasoconstrição tegumentar 
• Dilatação das pupilas dos olhos (midríase) e elevação das pálpebras 
superiores por contração dos músculos tarsais 
→ Propicia melhor visão 
 
REFERÊNCIAS 
MACHADO, ANGELO; HAERTEL, LUCIA MACHADO. Neuroanatomia Funcional. ed. São 
Paulo:[sn], 2014. 
ARALDI-FAVASSA, Celí Teresinha; ARMILIATO, Neide; KALININE, Iouri. Aspectos fisiológicos e 
psicológicos do estresse. Revista de psicologia da UnC, v. 2, n. 2, p. 84-92, 2005. 
CUBAS, ZALMIR S. O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO.

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