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Cólica Renal - Considerada uma das dores mais atrozes da medicina, exige atenção imediata. Por que ocorre? A calculose urinária é uma afecção de elevado impacto social e de alto custo, tendo em vista que acomete 5% a 15% dos indivíduos em algum momento da vida e apresenta também elevadas taxas de recorrência. A cólica renal ocorre geralmente quando há obstrução de algum local do trato urinário pelo cálculo, sendo a ureterolitíase responsável por até cerca de 56% dos casos de cólica renal segundo alguns autores. Geralmente, manifesta-se clinicamente através de dor lombar intensa, podendo irradiar-se para flancos, fossas ilíacas, face interna da coxa, testículos, grandes lábios ou uretra. Sintomas urinários baixos e hematúria podem estar presentes. Em função da inervação esplâncnica comum do intestino e da cápsula renal, a hidronefrose e a distensão da cápsula renal podem produzir náuseas e vômitos. A litíase ureteral é a causa mais comum de cólica nefrética. Entretanto, outros fatores também podem estar relacionados com o início do quadro álgico, como passagem de coágulos ureterais, ligaduras cirúrgicas ou compressões extrínsecas. A cólica nefrética é o resultado da obstrução aguda do ureter em qualquer de suas porções, desde a junção ureteropiélica (JUP) até o meato ureteral. A obstrução ocorre classicamente numa das 4 posições anatômicas nas quais um cálculo tem maior probabilidade de ficar impactado no trato urinário: cálice renal, JUP, cruzamento dos vasos ilíacos e meato ureteral. A dor é causada principalmente pela distensão, pelo alongamento e pelo espasmo, secundários à obstrução ureteral aguda. As elevadas pressões intra-renais e a hiperperistalse ureteral resultantes, associadas à acentuada isquemia renal nas fases iniciais da obstrução aguda, são consideradas responsáveis pelas dores que caracterizam o episódio de cólica nefrética. Quando uma obstrução crônica se desenvolve, como em alguns tipos de câncer, não é comum a presença de cólica nefrética. Náusea e vômitos são frequentemente associados à cólica renal aguda e acontecem em pelo menos 50% dos pacientes. A náusea é causada pela inervação comum da pelve renal, estômago e intestinos pelo eixo celíaco e aferências do nervo vago. KORKES, Fernando; GOMES, Samirah Abreu; HEILBERG, Ita Pfeferman. Diagnóstico e tratamento de litíase ureteral. J. Bras. Nefrol., v. 31, n. 1, p. 55-61, 2009. ORTIZ, Valdemar; AMBROGINI, Cláudio. Fisiopatologia e tratamento clínico da litíase urinária. Nardozza Júnior A, Zerati Filho M, Reis RB. Urologia Fundamental. São Paulo: Planmark, p. 119-25, 2010. PEDRO, Vera Carina Murtinho Luís Santos. Abordagem diagnóstica e terapêutica da cólica renal por litiase urinária. 2014. Dissertação de Mestrado.
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