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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA 2020.1 FERTILIDADE DOS SOLOS- NELCI DISCENTE: JAIRO JOSÉ DA SILVA SANTOS Descreva o ciclo do N abaixo esquematizado: O nitrogênio está presente em grande quantidade na atmosfera na sua forma de gás, embora isso, ele não é utilizado pelos seres vivos. Para que seja útil as plantas e aos seres vivos, é necessário que esteja disponível de maneira assimilável para a absorção. Para isso, o processo de fixação de nitrogênio é de suma importância para fazer com que esse N2 atmosférico seja convertido em formas que as plantas conseguiam utilizar. A entrada de Nitrogênio no solo pode ser feita de quatro maneiras: fixação biológica, fontes eletroquímicas, fixação industrial, e a partir de adubação orgânica. · Fixação biológica- essa etapa consiste no aproveitamento do nitrogênio atmosférico com a ajuda, principalmente, de microrganismos. Uma das bactérias fixadores de nitrogênio mais importante é o Rhizobium tropic. A interação dessas bactérias com as plantas é do tipo mutualística no qual os microrganismos colonizam as células do tecido radicular das plantas, convertendo o nitrogênio disponível na atmosfera (N2) em amônia. Em troca, as plantas transferem para os microrganismos elementos para sua nutrição, carbono e aminoácidos. Essa fixação também pode ser feita por microrganismos de vida livre no solo, de maneira não simbiótica. · Fontes eletroquímicas (chuvas, descargas elétricas)- esse é um tipo de fixação física de nitrogênio. A ação de relâmpagos e faíscas elétricas convertem o N2 atmosférico em amônio, que se ligam ao oxigênio presente no ar formando óxidos de nitrogênio, como o nitrato (NO3-) que serão dissolvidos pela chuva e depositados no solo. · Fixação industrial- um dos processos mais importantes para a fixação industrial de N é o Haber-Bosch, que descobriu que a união de moléculas de N2 e H2 poderia levar a produção artificial de amônia. Essa amônia pode ser usada na composição de diversos fertilizantes nitrogenados. · Adubação orgânica- é um processo no qual decompositores agem sobre a matéria orgânica nitrogenada, seja de animais ou vegetais, e liberam para o solo amônia. Após o processo de fixação ocorre a amonificação, onde a amônia vai se ligar a moléculas de água presentes no solo e vai formar hidróxido de amônia, que vai se ionizar e formar o íon amônio NH4+. Esse amônio vai ser oxidado, pelo processo de nitrificação, em nitrato (que é uma forma absorvível em grande quantidade pelas plantas). A saída de Nitrogênio também é feita de quatro maneiras; lixiviação, erosão, absorção radicular, desnitrificação. · Lixiviação e erosão- a partir da nitrificação, a amônia é oxidada a nitrito e em seguida em nitrato. Dois processos são aqui observados: a nitrozação, realizada por bactérias nitrificantes do gênero Nitrosococus, por exemplo, convertem amônia em nitrito. Enquanto, bactérias do gênero Nitrobacter, por exemplo, realizam a nitração do nitrito em nitrato. Esse nitrato está pronto para ser absorvido pelo sistema radicular da planta, ou ser usado no processo seguinte do ciclo, que seria a desnitrificação, ou, ainda, pode ser perdido por lixiviação e erosão. A perda por lixiviação de nitrato é uma das principais ocorrências de perdas de Nitrogênio do solo, e está relacionada ao fluxo de água que pode ser influenciada pelo manejo, o tipo de solo e a aplicação de fertilizantes nitrogenados que podem ser facilmente volatizados. · Absorção radicular- diz respeito a perda de nitrogênio, absorvidos via sistema radicular, pelo processo de colheita. Nesse caso, o nitrogênio perdido deve, ou pode ser reposto pela lei da restituição. A aplicabilidade dessa lei é importante porque, na ausência dos nutrientes fundamentais, no caso o N, acarreta no empobrecimento do solo e, consequentemente, no seu esgotamento em termo de produtividade. Essa restituição pode ser feita através da aplicação de fertilizantes. · Desnitrificação- esse é o processo final que dá início a uma nova volta no ciclo. No solo, existem bactérias chamadas de desnitrificantes que pegam o nitrato e retiram os compostos oxigenados ligados ao nitrogênio formando, com isso, novamente gás nitrogênio (N2) disponibilizando para a atmosfera.
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