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Doença Renal na APS

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Avaliação da função renal na APS
Resumo referente a aula 2 parte 2 do caso 7 no 
6º Período de APS. 
Introdução: 
O médico de família pode acompanhar a 
doença renal crônica até o estágio 3b. Já 
quando a pessoa apresenta lesão renal aguda 
deve ser encaminhada ao pronto-
atendimento de forma urgente. 
Os casos de distúrbios renais tem aumentado 
devido: Maior expectativa de vida, maior 
consumo de alimentos processados e aumento 
no volume de diagnósticos. 
No Brasil as principais causas de DRC são HAS e 
DM (no mundo inverte essa ordem). 
Diagnóstico: 
Geralmente os sintomas só começam em 
estágios mais graves, onde começa a 
apresentar edema, oligúria, ganho de peso, 
etc. 
O diagnóstico engloba exame de imagem, 
laboratoriais e sintomatologia, sendo que para 
ser considerado DRC deve ter alteração por no 
mínimo 3 meses. 
Critério diagnóstico: 
 Tempo mínimo de 3 meses 
 Presença de hematúria e/ou proteinuria 
com TFG acima de 60mL/min/1,73m² OU 
 TFG < 60mL/min/1,73m² 
Solicitar: sangue para creatinina para cálculo 
de TFG e EAS para análise de proteinúria e/ou 
hematúria. 
Calculo de TFG: 
 CKD-EPI 
 MDRD 
 Cockcroft-Gault (Clearence de 
creatinina) 
Como a DRC geralmente é assintomática no 
início, a busca ativa é uma ferramenta 
importante que pode modificar o prognostico 
e seguimento do paciente. 
Seguimento: 
O seguimento e exames complementares 
dependem do estágio da doença, mas todos 
os pacientes com DRC devem ser pesquisados 
em relação a doenças sexualmente 
transmissíveis, realizando sorologias para HIV, 
hepatite B e C e sífilis no diagnóstico da 
doença. 
Nos estágios 4 e 5 deve realizar anti-HBs 
anualmente. 
Existem consensos que indicam o rastreamento 
para populações específicas como: 
portadores de HAS, DM, LRA prévia, 
antecedentes familiares de DRC. O MS não 
indica rastreamento universal. 
A DRC é dividida em estágios a depender da 
TFG: 
 0: TFG >ou = 90 Ml/min/1,73m² sem lesão 
renal 
 1: TFG >ou = 90 Ml/min/1,73m² com lesão 
renal 
 2: TFG entre 60-89 Ml/min/1,73m² 
 3 a: TFG entre 45-59 Ml/min/1,73m² 
 3b: TFG entre 30-44 Ml/min/1,73m² 
 4: TFG entre 15-30 Ml/min/1,73m² 
 5: TFG < 15 Ml/min/1,73m² 
Recomendações: 
 Manter doença de base bem controlada 
 Pacientes com DRC são considerados alto 
risco cardiovascular e independente do 
lipidograma está indicado uso de estatinas 
 Acido acetilsalicílico pode ter efeito 
cardioprotetor, mas aumenta chance de 
pequenos sangramentos 
 Vacinação anual para influenza e 
pneumococo (essa são duas doses, uma ao 
diagnóstico e reforço em 5 anos) 
 Vacinação contra hepatite B (4 doses 0,1,2 
e 6 meses) sendo necessária avaliação 
sorológica (anti-HBs) da resposta vacinal 
 Nos estágios 4 e 5 há restrições dietéticas 
como restrição de ingestão proteica, 
potássio, fosforo, sal e líquidos 
 
 
Importante avaliar todos os medicamentos que o 
paciente faz uso, principalmente AINES. 
Antidiabéticos e anti-hipertensivos. 
Quando referenciar? 
No protocolo do MS diz que pacientes ao atingirem 
estádio 4 devem ser referenciados ao nefrologista 
para que se inicie o processo de TSR. Além disso, 
pacientes com alterações de exames laboratoriais 
com início de doenças associadas (anemia, 
doença crônica, hiperparatireoidismo secundário, 
hipovitaminose de vitamina D) devem ser seguidos 
com especialistas em conjunto para tratar essas 
patologias. LEMBRAR QUE O ENCAMINHAMENTO 
DEPENDE TAMBÉM DO QUANTO QUE O MÉDICO DA 
APS ESÁ CAPACITADO PARA TRATAR A DRC 
PODENDO REFERENCIAR EM ESTÁGIOS ANTERIORES. 
Prognostico e complicações possíveis: 
Sua evolução depende do controle de suas causas 
bases, podendo ser rapidamente progressiva ou de 
forma lenta. 
Três medidas têm sido muito relevantes para 
modificar essa curva de evolução: 
 Controle da pressão 
 Controle glicêmico 
 Uso de i ECA ou BRA 
Assim, para evitar, ou retardar a doença renal em 
estádio terminal (DRET) e a necessidade de TSR, é 
essencial que os fatores de risco mais prevalentes, 
como HAS e DM, estejam com as medicações 
corretas e sejam bem manejados e controlados 
Papel da equipe multiprofissional: 
 É fundamental para garantir o controle das 
DCNT e então na prevenção primária e 
secundária da DRC. 
 Prevenção terciária é de suma importância, 
tentando reduzir a progressão da doença e 
buscando uma reabilitação da vida da 
pessoa acometida, principalmente quando 
faz TSR. 
 Equipe avalia e orienta vacinação, 
alimentação, atividade física e uso de 
medicações 
 Preparar paciente e família para TSR e 
acolhe as novas demandas e dificuldades 
 Equipe de saúde na APS em estágios 
avançados tem o papel de suporte de 
demandas que poderão requerer, como, 
por exemplo, a necessidade de organizar a 
casa, para fazer diálise peritoneal, o 
cuidado com a fístula arteriovenosa, na 
hemodiálise, observando se está fazendo o 
seguimento correto das consultas com 
especialistas, observando o cuidado e o 
controle de DCNTs, bem como o peso 
 O nível secundário e terciário darão as 
orientações e os cuidados específicos da 
doença em si, quanto à via de acesso, a 
sorologias, a complicações com a diálise.

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