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RESUMO DIREITO ADMINISTRATIVO

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1 
 
RESUMO DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
ÍNDICE 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 1 
PRINCÍPIOS 3 
PODERES ADMINISTRATIVOS 5 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 8 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 10 
ATOS ADMINISTRATIVOS 15 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 18 
LICITAÇÃO 19 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 27 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS 29 
RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO 29 
SERVIDORES PÚBLICOS 31 
FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS 33 
SERVIÇO PÚBLICO 35 
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 37 
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP) 38 
BENS PÚBLICOS 38 
INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE PRIVADA 40 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 43 
LEI ANTICORRUPÇÃO (Lei 12.846/13) 46 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 
Estado1/ Governo2/ Administração3 
1. Nação politicamente organizada (povo, território e governo 
soberano). Pessoa jurídica de direito público. 
2. Parte do Estado responsável por gerir a atividade do mesmo. 
3. Uma das funções estatais: administrar 
Estado de direito: Estado submisso às leis. 
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#1
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#2
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#3
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#4
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https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#16
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#17
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#18
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#19
https://www.dicasconcursos.com/direito-administrativo/#20
2 
 
Tripartição de poderes: legislativo, judiciário, executivo (função 
administrativa) 
Administração Pública: 
→ Sentido formal/subjetivo/orgânico: máquina do Estado, estrutura do 
Estado voltada para administração. 
→ Sentido material/objetivo: aplicação das normas no caso concreto. 
Escolas: 
→ Critério do serviço público: O direito administrativo está ligado à 
prestação de serviços públicos (muito restrito) 
→ Critério do Poder Executivo: o Direito Administrativo diz respeito a 
toda a atuação do Poder Executivo (nem toda a atuação do executivo é 
analisada no Direito Administrativo, pois existem as funções atípicas) 
→ Critério das relações jurídicas: relações entre o Estado e o 
administrado (outros ramos do direito também o fazem) 
→ Critério residual: Afasta a função legislativa, judiciária e atividades de 
direito privado. 
→ Critério teleológico (finalidade): toda a atuação do Estado visando 
interesse da coletividade (insuficiente) 
→ Critério da administração pública/funcional (Hely Lopes 
Meireles): é um conjunto harmônico de princípios que regem os órgãos, 
os agentes e a atividade pública para a realização dos fins desejados pelo 
Estado de forma direta (independente de provocação), concreta (diferente 
da função Legislativa que é geral e abstrata) e imediata (resolve problemas 
de governo específicos, diferentemente da função política). 
(Realiza os fins do Estado, sendo que quem os define é o direito 
constitucional) 
3 
 
Fontes do Direito Administrativo 
Lei: É a fonte primária do Direito Administrativo, abrangendo a 
Constituição, as leis ordinárias, delegadas e complementares e os 
regulamentos administrativos. 
Doutrina: É resultante de estudo feito por especialistas, que analisam o 
sistema normativo, resolvem contradições e formulam definições e 
classificações. 
Jurisprudência: É o conjunto de decisões reiteradas e uniformes, 
proferidas pelos órgãos jurisdicionais ou administrativos, em casos 
idênticos ou semelhantes. 
Costume: É a norma jurídica não escrita, originada da reiteração de certa 
conduta por determinado grupo de pessoas, durante certo tempo, com a 
consciência de sua obrigatoriedade. 
Interpretação (pressupostos) 
→ Desigualdade entre o estado e o particular 
→ Presunção (relativa) de legitimidade dos atos da administração 
→ Necessidade da discricionariedade (margem de escolha dentro dos 
moldes da Lei) 
Sistema administrativo: 
→ Contencioso administrativo (francês): separação absoluta de poderes 
→ Jurisdição única (inglês): somente o judiciário faz coisa julgada material 
(por isso, as questões processadas administrativamente podem ser 
reapreciadas pelo Judiciário) 
PRINCÍPIOS: 
4 
 
→ Supremacia do interesse público sobre o privado: justifica as 
prerrogativas e garantias do Estado. 
→ Indisponibilidade do interesse público: limitações ao administrador, 
pois o interesse público é indisponível. 
→ LIMPE: 
 Legalidade: diferente da legalidade aplicada ao particular, o 
administrador só pode fazer o que a lei permitir. 
 Impessoalidade: não discriminação e, sob a ótica do agente 
público, atividade do agente imputada ao Estado. 
 Moralidade (jurídica e não social): boa-fé, honestidade, não 
corrupção. 
 Publicidade: transparência (admite restrições para garantir a 
intimidade, vida privada ou quando houver relevante interesse 
público) → é requisito de controle e eficácia dos atos 
administrativos. 
 Eficiência: (EC 19/98) produzir muito gastando pouco. 
→ Contraditório e ampla defesa: prévia, técnica e em duplo grau de 
julgamento com possibilidade de contraditório diferido ou postergado. 
→ Implícitos (na Constituição Federal) 
 Razoabilidade e proporcionalidade: exigem que a 
administração pública só atue dentro dos padrões médios aceitos 
pela sociedade (limita a discricionariedade). 
 Autotutela/Auto controle/sindicabilidade: a própria 
administração deve controlar seus atos (súmula 473, STF). 
 Motivação: A princípio, os atos administrativos devem ser 
fundamentados/justificados (subsunção do fato à norma). 
 Continuidade: a atividade administrativa é ininterrupta. 
Observações ao princípio da continuidade: 
5 
 
→ Direito de greve: o militar não o possui, mas os servidores públicos civis 
possuem (norma de eficácia limitada, aplicando-se a lei geral de greve até 
que lei especial superveniente seja editada) 
→ É possível a interrupção do serviço público por inadimplemento? Sim, 
não configura violação ao princípio, desde que haja a situação de urgência 
e que haja aviso prévio ⟶ supremacia do interesse público sobre o privado 
(alguns doutrinadores discordam). 
→ É possível exceção de contrato não cumprido no Direito Administrativo? 
Sim, se a administração pública for inadimplente até 90 dias (exceção de 
contrato não cumprido diferida ou postergada) 
PODERES ADMINISTRATIVOS: 
Introdução: 
→ Poderes E deveres 
→ Poderes instrumentais: instrumentos dados à administração para o 
alcance do interesse público. 
→ Abuso de poder: 
 Excesso de poder: vício de competência (sanável) 
 Desvio de poder: vício de finalidade 
Poder Vinculado x Poder Discricionário 
→ Poder vinculado: ocorre quando a lei não dá margem de escolha ao 
agente (todos os elementos estão definidos em lei) 
→ Poder discricionário: ocorre quando a lei prevê a prática do ato dando 
margem de escolha o agente público, que deve adotar os critérios de 
oportunidade e conveniência. 
(Ambos são limitadospela lei) 
6 
 
Espécies 
Poder normativo ou regulamentar: 
→ Edição de normas gerais e abstratas dentro dos limites da Lei. 
→ São atos normativos (não lei). 
→ Regulamento (ato) ou decreto (forma do regulamento) 
→ Direito comparado: 
 Regulamento executivo: para a fiel execução da Lei 
 Regulamento autônomo: substituto do texto integral (é possível 
somente excepcionalmente no Brasil ⟶ 84, VI, CF) 
Poder hierárquico: 
→ Poder de organização e estruturação interna da competência 
→ Hierarquia1 x Vinculação2: 
1. Atos de coordenação e subordinação 
2. Atividades da administração indireta 
→ Delegação1 e avocação2 de competência 
1. Extensão da competência 
2. Buscar para si a competência de agente hierárquico inferior 
Veda-se delegação e avocação nos casos de: 
 Atos normativos 
 Decisões sobre recurso hierárquico 
 Competência exclusiva 
7 
 
MACETE: Veda-se a delegação de ANOREX 
Poder disciplinar: 
→ Utilizado pelo agente público para aplicação de sanções aos demais 
agentes, dada a prática de uma infração disciplinar funcional. 
→ Sancionatório 
→ Vínculo especial 
→ Devido processo legal (contraditório e ampla defesa) 
→ Princípio da proporcionalidade 
Poder de polícia: 
→ Decorre da supremacia do interesse público 
→ Não exige vínculo especial 
→ Polícia judiciária1 x Polícia administrativa2 
1. Incide sobre pessoas 
2. Incide sobre bens e direitos 
→ Restringe liberdades e uso da propriedade em busca do interesse 
público 
→ Normas gerais e individuais 
→ Atos preventivos e repressivos 
→ Discricionários (em regra) e vinculados 
8 
 
→ Não podem ser delegados a particulares, exceto os atos meramente 
executivos e materiais 
→ Atributos 
 Discricionariedade 
 Imperatividade 
 Coercitividade (meios indiretos de coerção, ex: multa) 
 Autoexecutoriedade (meios diretos de execução, ex. rebocar carro 
em frente a um hospital) 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
→ Prestação direta ou centralizada do serviço: União, Estados, Municípios 
e Distrito Federal 
→ Descentralização: Prestação indireta ou descentralizada ⇒ particulares 
ou entidades da administração indireta (autarquias, Fundações públicas, 
empresas públicas e sociedades de economia mista) 
→ Desconcentração: especialização interna, já que não houve 
transferência das atividades da administração direta à indireta e vice-
versa. 
→ Os órgãos públicos não são pessoas jurídicas, mas integrantes de uma: 
 Teoria da representação: o agente e o órgão público são 
representantes do Estado. Crítica: o Estado não é incapaz 
 Teoria do mandato: o agente público é mandatário do Estado. 
Crítica: não é uma relação contratual 
 Teoria do órgão (imputação volitiva): em virtude de lei e 
considerando que os agentes fazem parte do Estado, a vontade 
dos agentes é imputada à pessoa jurídica do Estado 
Órgãos públicos: centros especializados de competência, sem 
personalidade jurídica, com capacidade processual (representantes 
próprios), podendo figurar como polo ativo em demandas. Ex.: Ministérios 
9 
 
Classificação dos órgãos: 
→ Quanto à posição estatal ou hierarquia: 
 Independentes: estão no topo da hierarquia administrativa, sendo 
que, na esfera administrativa, não cabe recurso contra suas 
decisões (ex. Presidência da República) 
 Autônomos: imediatamente inferiores aos órgãos independentes, 
gozam de autonomia financeira e administrativa (ex. Ministério da 
Fazenda) 
 Superiores: não tem independência ou autonomia, mas podem 
proferir decisões para determinar as formas de ação de seus 
agentes (ex. Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) 
 Subalternos: órgãos de mera execução de atividades (ex. 
Coordenadoria Geral de RH) 
→ Quanto à esfera 
 Central: tem competência em toda a extensão da pessoa jurídica 
que ele integra (ex. TJ-BA) 
 Local: tem competência limitada a parte territorial da pessoa 
jurídica a que ele integra (ex. TRT 5ª região) 
→ Quanto à estrutura 
 Simples: tem estrutura formada por um único órgão (exemplo: 
Senado Federal) 
 Composto: estrutura formada por dois ou mais órgãos (exemplo: 
Congresso Nacional) 
→ Quanto à atuação funcional 
 Singulares: manifestam a vontade de um agente 
 Colegiados: manifestam a vontade de dois órgãos (exemplo: 
Assembleia Legislativa) 
→ Quanto às funções 
10 
 
 Ativos: atuam diretamente na execução da atividade pública 
 Consultivos: emitem opinião, mas não produzem manifestação de 
vontade e não geram obrigação 
 Controle: princípio da sindicabilidade, controle da administração 
pública 
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA 
Regras Gerais 
→ Personalidade jurídica própria (patrimônio/receita 
autonomia/administrativa) 
→ Criação e extinção dependem de lei específica (somente as autarquias, 
pois no caso de fundação pública, empresa pública ou sociedade de 
economia mista, a lei apenas autoriza a criação, consequentemente 
dependem de registro e, no caso da fundação pública, exige-se lei 
complementar) 
→ Fins públicos e não lucrativos 
→ Controle da atividade pela administração direta (não se confunde com 
hierarquia ou subordinação) 
 Controle finalístico, tutela administrativa, supervisão ministerial ou 
vinculação (ex. o ente da administração pública direta é 
responsável por nomear os dirigentes da administração 
descentralizada) 
 Cabe recurso hierárquico próprio (da decisão de um órgão para 
um outro da mesma pessoa jurídica) e recurso hierárquico 
impróprio (da decisão de um ente a outro) 
Autarquia 
→ Pessoa jurídica de direito público, com as garantias e limitações do 
Estado, exerce atividade típica do Estado. 
11 
 
→ Tem imunidade tributária recíproca, privilégios processuais (prazos 
dilatados, remessa necessária → duplo grau de jurisdição), 
responsabilidade civil objetiva, regime de pessoal estatutário 
Espécies 
→ Autarquias de controle/corporativas/profissionais: conselhos de 
profissão/classe (Ex. CREA, CRM), exceto a OAB. 
→ Autarquias em regime especial: 
Universidades públicas: Independência pedagógica, forma diferenciada 
de escolha dos dirigentes, os quais possuem um mandato certo. 
Agências reguladoras: regulam a atividade de interesse público prestada 
por particulares. 
 Possuem poder normativo (apenas os prestadores de serviços 
estão sujeitos a ele, não os usuários) 
 Dirigente nomeado pelo Presidente da República com aprovação 
do Senado ou pelo Governador com aprovação da Assembleia, 
para mandato fixo. Após o mandato, ele se submete ao período de 
quarentena, no qual não pode prestar serviços para a empresa 
que ele regulava, durante esse período ele fica vinculado à 
autarquia, recebendo a remuneração integral de dirigente 
 O regime de pessoal é estatutário embora a lei disponha de forma 
diversa (Diferentemente da agência executiva) 
 Licitam mediante consulta (específica das agências reguladoras) 
e pregão 
 Regulam serviços públicos exclusivos e delegados, serviços 
particulares de utilidade pública, atividade de fomento e atividades 
econômicas 
→ Agência executiva: autarquia comum (e não em regime especial) que, 
por meio da celebração de um contrato de gestão, se qualifica como 
agência executiva. 
12 
 
 Essa qualificação dura enquanto durar o contrato de gestão, o qual 
dá a ela mais autonomia financeira e administrativa em troca de 
cumprir o plano de reestruturação, para que a mesma volte a ser 
eficiente (qualificação temporária dada por decreto) 
 A dispensa de licitação para essas agências é dobrada 
 Constitucionalidade das agências executivas (críticas): 
a) Premia as autarquias ineficientes. 
b) aquilo que foi dado por lei não pode ser ampliado por um contrato de 
gestão. 
Fundações públicas 
→ Patrimônio destinado a fins públicos. 
→ Pode ser criada como pessoa jurídica de direito público ou como pessoa 
jurídica de direito privado. No primeiro caso, ela é considerada uma 
autarquia fundacional, seguindo o regime de autarquia; no segundo caso, 
ela é uma fundação governamental, seguindo o regime misto/híbrido(sem 
as prerrogativas dadas as autarquias, mas submetendo às limitações 
impostas às mesmas) 
Empresas estatais 
→ Empresa pública e sociedade de economia mista 
→ Pessoa jurídica de direito privado 
→ Diferenças entre empresa pública e sociedade de economia mista: 
 Capital: na empresa pública, o capital é 100% público, não se 
admitindo investimento de particular; na sociedade de economia 
mista, o capital é misto com maioria do capital votante pertencente 
ao poder público 
13 
 
 Forma: as empresas públicas podem ser criadas sobre qualquer 
forma societária prevista no direito, já a sociedade de economia 
mista tem que ser necessariamente S/A 
→ Características comuns a ambas: 
 Criação: lei autorizadora 
 Não goza de nenhuma prerrogativa pública que não seja 
extensível às empresas privadas, mas se submetem às limitações 
estatais (regime híbrido) 
 Regime celetista (CLT) 
 Contratos civis e comerciais sem prerrogativas 
 Não há privilégios processuais aplicáveis à fazenda pública 
 As empresas estatais responsáveis pela prestação de serviço 
público ou exploradoras de atividade econômica não podem ter 
finalidade de lucro, as primeiras aproximam mais do direito público 
e as segundas, do direito privado, assim, existe uma gradação 
nesse regime híbrido de acordo com essa aproximação. 
 Os bens são privados, mas se forem pertencentes à empresas 
estatais prestadoras de serviços públicos, eles gozam das 
garantias do Estado (ex.: impenhorabilidade) 
 Falência e Recuperação: a lei diz que não é possível aplicá-las às 
empresas estatais, mas a Constituição diz ser aplicável às 
empresas estatais exploradoras de atividade econômica. 
 OBS.: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos: segundo a 
jurisprudência, são serviços indelegáveis à pessoas de direito 
privado e gozam de regime de fazenda pública (só são delegáveis 
as entregas de encomenda e impressos) 
Terceiro setor/Entes de cooperação/Paraestatais 
→ Atuam ao lado do Estado na proteção do interesse público. Não 
integram a estrutura da administração pública e não precisam realizar 
concurso para contratação de seus empregados. 
→ Entidades do serviço social autônomo: sistema S (Senai Sesi Sesc). 
Prestam assistência ensino a determinadas categorias sociais e 
profissionais. Atuam sem finalidade lucrativa, podem receber orçamento 
14 
 
público e cobrar contribuições parafiscais com natureza de tributos. Devem 
licitar e se submetem ao controle do Tribunal de Contas 
→ Entidades de apoio (Fundações privadas, associações ou 
cooperativas): atuam ao lado de hospitais e universidades públicas 
auxiliando-as em suas atividades. Celebram um convênio por meio do qual 
podem ser cedidos bens, servidores e podem ser destinadas verbas 
orçamentárias. Se submetem ao Tribunal de Contas e devem realizar 
licitações. 
→ Organizações sociais (OS’s): particulares, sem finalidade lucrativa, 
sem necessidade de lei autorizadora. 
 Prestam serviços públicos não exclusivos do Estado (saúde, 
educação e assistência social) 
 Celebram com o Estado um contrato de gestão, por meio do qual 
adquire-se a qualificação de OS 
 Há a transferência de rubricas orçamentárias, cessão de bens e 
servidores públicos 
 Se submetem ao controle do Tribunal de Contas e não precisam 
licitar 
→ Organização da sociedade civil e de interesse público 
(OSCIP): entidades privadas sem fins lucrativos que atuam na prestação 
de serviços públicos não exclusivos do Estado (rol maior que o da OS). 
 Celebra um termo de parceria com o Estado (menos generoso que 
o contrato de gestão), que prevê tão somente a destinação de 
verba orçamentária 
 Se submetem ao Tribunal de Contas e não há dispensa de 
licitação 
 Não podem ser qualificadas como OSCIP: OS, sociedades 
empresárias, sindicatos, partidos políticos, entidades religiosas e 
cooperativas de trabalho 
 O dirigente da OSCIP pode ser pago, desde que com salário fixo 
e com regime de emprego 
15 
 
→ Organizações das sociedades civis (OSC): entidades privadas, sem 
fins lucrativos que atuam na realização de serviço público por meio de 
termo de colaboração (plano de trabalho proposto pela administração 
pública) ou termo de fomento (plano de trabalho proposto pela entidade 
privada) 
 Exige licitação, via internet e presta contas ao Tribunal de Contas 
e ao agente público que a contratou 
 Sanções: advertência, suspensão temporária de participação e 
declaração de inidoneidade 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
Ato administrativo é toda declaração unilateral do Estado ou de quem lhe 
faça as vezes, no exercício de prerrogativas públicas, destinada a cumprir 
concretamente a lei, e sujeita a controle de legitimidade pelo Judiciário. 
→ Atos administrativos (espécie) ≠ atos da administração (gênero) 
Os atos da administração podem ser: 
 Atos privados: regime de direito privado 
 Atos materiais (fatos administrativos): mera execução da atividade 
estatal 
 Atos políticos: função Pública do Estado, não se sujeitam ao 
controle jurisdicional em abstrato 
 Atos Administrativos: admite-se delegação, por isso, nem todo ato 
Administrativo é ato da administração 
Elementos dos atos administrativos: 
Forma: modelo determinado pela lei para exteriorização do ato 
administrativo. A regra para os atos administrativos é a forma escrita. No 
entanto, existem atos que são praticados de forma verbal, através de 
sinais (Ex.: semáforo) ou outros sons (Ex. apito do guarda de trânsito). 
Finalidade: objetivo almejado pelo Poder Público com a prática do ato. 
16 
 
Competência ou sujeito: se refere à pessoa que pratica o ato 
administrativo 
Objeto: aquilo que o ato enumera, dispõe, declara, enuncia, certifica, 
extingue, autoriza, modifica. 
Motivo: fato que autoriza ou determina a prática do ato administrativo 
OBS.: A forma, finalidade e competência são sempre elementos 
vinculados! 
MACETE: Os elementos dos atos administrativos são Fi Fo COM 
Atributos do ato administrativo 
Presunção de legitimidade: Todo ato administrativo é presumivelmente 
legítimo, cabendo ao particular provar o contrário. 
Imperatividade: é o atributo do ato administrativo que impõe a 
coercibilidade para seu cumprimento ou execução. 
Autoexecutoriedade: possibilidade de a Administração executar 
determinados atos administrativos diretamente, independentemente de 
ordem judicial. Cabível quando prevista em lei ou em casos de urgência. 
Classificação dos atos administrativos 
Quanto aos destinatários: 
 Atos gerais (ou regulamentares), os quais não têm destinatários 
específicos; 
 Atos individuais (ou especiais), os quais possuem destinatários 
certos. 
Quanto ao alcance: 
17 
 
 Atos internos: destinados a produzir efeitos dentro da 
Administração Pública; 
 Atos externos: que alcançam os administrados, os contratantes e, 
em certos casos, os próprios servidores. Somente entram em vigor 
depois de divulgados pelo órgão oficial; 
Quanto ao regramento: 
 Atos vinculados, para os quais a lei estabelece os requisitos e 
condições de sua realização (não existe liberdade de opção para 
o administrador público); 
 Atos discricionários, nos quais a Administração pode praticar com 
liberdade de escolha de seu conteúdo, de seu destinatário, de sua 
conveniência, de sua oportunidade e do modo de sua realização; 
Quanto à formação: 
 Ato simples: resultante da manifestação de vontade de um único 
órgão; 
 Ato complexo: se forma pela conjugação de vontades de mais de 
um órgão administrativo; 
 Ato composto: que é resultante da vontade única de um órgão, 
mas que depende da verificação por parte de outro para se tornar 
exequível. 
*Efeito prodrômico: acontece nos atos administrativos que dependem de 
duas manifestações de vontade. Este efeito se configura com o dever da 
segunda autoridade se manifestar quando a primeira já o fez. Esse dever 
vem antes do aperfeiçoamento do ato, que se chama preliminar ou 
prodrômico. 
Quanto à estrutura: 
 Ato concreto: exaure-se em uma únicaaplicação. (Ex.: concessão 
de férias) 
 Ato abstrato: comporta reiteradas aplicações, sempre que se 
apresente a hipótese nele prevista. (Ex.: aplicação de penalidade) 
18 
 
Formas de extinção dos atos administrativos 
Renúncia (beneficiário abre mão da vantagem concedida); 
Cumprimento de seus efeitos; 
Desaparecimento do sujeito ou do objeto; 
Contraposição ou derrubada (em razão da prática de um ato contrário ao 
primeiro); 
Cassação (extinção em razão de descumprimento de deveres pelo 
particular); 
Caducidade (extinção em razão de lei superveniente que proíbe a prática 
do ato); 
Revogação (supressão de um ato administrativo legítimo, legal e eficaz, 
mas que não mais atende ao interesse público. Efeito ex nunc). 
Anulação (invalidação de ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita pela 
própria Administração ou pelo Judiciário. Efeito ex tunc). 
Convalidação: Ocorre quando é possível sanar um vício do ato 
administrativo sem que haja prejuízo, nem a particulares, nem à 
administração. 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
É o poder-dever de vigilância e correção que a própria Administração, os 
Poderes Legislativo e Judiciário ou o povo exercem sobre a atuação 
administrativa, 
Formas de controle: 
Quanto à origem do controle: 
19 
 
 Interno: é o exercido dentro de um mesmo Poder, por meio de 
órgãos que integram sua própria estrutura. Ex.: o controle da 
chefia sobre os atos de seu subordinado. 
 Externo: é o exercido por um Poder sobre os atos praticados por 
outro Poder. Exemplos sustação, pelo Congresso Nacional, de 
atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do Poder Re-
gulamentar ou dos limites de delegação legislativa. 
 Popular: mecanismo de controle que possibilita ao administrado 
verificar a regularidade da atuação da Administração. 
Quanto ao aspecto controlado: 
Controle de legalidade ou legitimidade: será verificado se o ato foi 
praticado em conformidade com a lei, com outro ato administrativo de 
conteúdo impositivo e com os princípios. O controle de legalidade pode ser 
feito pela própria Administração (controle interno), pelo Judiciário (ex.: 
mandado de segurança) ou pelo Legislativo (ex.: Tribunal de Contas 
verificando a legalidade na admissão de pessoal); 
Controle de mérito: verificará a conveniência e a oportunidade do ato 
controlado, e será feito pelo próprio poder que executa o ato, não podendo 
ser feito pelo poder judiciário (o qual somente controla atos vinculados, e 
não discricionários) 
LICITAÇÃO 
Conceito: É o procedimento administrativo por meio do qual a 
Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato 
de seu interesse. 
Princípios 
→ Procedimento formal: vinculação da licitação às prescrições legais em 
todos os seus atos e fases. 
→ Publicidade de seus atos: Abrange todos os atos do procedimento, 
inclusive a abertura dos envelopes da documentação e da proposta, que 
devem ser feitos em público. 
20 
 
→ Igualdade entre os licitantes: impede a discriminação entre os mesmos. 
→ Sigilo das propostas: Impede que um licitante proponente conheça o 
preço do outro. 
→ Vinculação ao Instrumento Convocatório: O edital vincula tanto os lici-
tantes quanto a Administração. 
→ Julgamento objetivo: Deve apoiar-se em fatos concretos exigidos pela 
Administração e confrontados com as propostas oferecidas pelos 
licitantes. 
→ Adjudicação compulsória: a Administração deve contratar o vencedor 
do procedimento licitatório. 
Excludentes de Licitação: 
→ Dispensa 
Licitação dispensada: Trata-se de norma de regramento vinculado não há 
margem de opção para a Administração. 
Licitação dispensável: A Lei traz as hipóteses em que a licitação é 
dispensável (que formam um rol taxativo). 
Cinco principais hipóteses: 
 Valor: até 10% do valor do convite (até 8 mil reais nos casos de 
bens e serviços e 15 mil reais para obras e serviços de 
engenharia). As empresas públicas, sociedades de economia 
mista, consórcios públicos e agências executivas têm dispensa de 
até 20% do valor do convite. 
 Casos de guerra ou grave perturbação da ordem 
 Casos de urgência, desde que não ultrapasse 180 dias 
improrrogáveis e seja feita em razão da situação de urgência. 
 Em casos de licitação deserta (≠ licitação fracassada, na qual os 
licitantes são todos inabilitados ou desclassificados) 
21 
 
 Contratações firmadas pelas organizações sociais (OS) 
→ Inexigibilidade: 
Impossibilidade jurídica de competição entre contratantes: 
 Produtor ou vendedor exclusivo: a licitação é inexigível quando e 
tratar de aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros que só 
possam ser fornecidos por produtor exclusivo; 
 Serviços técnicos profissionais altamente especializados: 
 Contratação de artistas consagrados 
Vedada para serviços de divulgação e publicidade! 
Procedimento da licitação: 
A licitação compõe-se de duas fases: 
Interna: Inicia-se com a abertura do procedimento, caracterização e 
necessidade de contratar, definição clara e detalhada do objeto a ser 
contratado e reserva de recursos orçamentários. 
Externa: Compreende o edital ou o convite, conforme o caso, que pode 
ser antecedido por audiência pública, a habilitação, a classificação ou o 
julgamento das propostas, a homologação e a adjudicação. 
→ Audiência pública: Deverá ser divulgada pelos meios previstos para a 
publicidade do edital e realizada com antecedência mínima de 15 dias 
antes da publicação do edital. 
→ Edital: É o instrumento pelo qual a Administração leva ao conhecimento 
público a abertura de concorrência, de tomada de preços, de concurso e 
de leilão, fixando as condições de sua realização e convocando os 
interessados para apresentação de suas propostas. 
* Carla-convite: É o instrumento convocatório da licitação na modalidade 
Convite. É uma forma simplificada de edital, que dispensa a publicação, 
22 
 
sendo enviada diretamente aos possíveis proponentes, escolhidos pela 
própria repartição interessada. 
→ Habilitação dos licitantes: recebimento da documentação e proposta. 
(os requisitos tem que estar previstos em lei e devem ser indispensáveis à 
execução do contrato): 
 Habilitação jurídica 
 Qualificação técnica 
 Qualificação econômico-financeira 
 Não exploração de trabalho infantil, regularidade fiscal e 
regularidade trabalhista 
 Em caso de micro e pequenas empresas, há benefícios 
(continuam participando da licitação sem regularidade fiscal, tendo 
cinco dias úteis após a classificação para regularizar a situação) 
→ Classificação ou julgamento das propostas (deverá atender aos critérios 
de avaliação descritos no edital.) 
→ Homologação: aprovação da licitação e de seu resultado 
→ Adjudicação: é o ato pelo qual a autoridade superior declara, perante a 
lei, que o objeto licitado é do licitante vencedor. 
Anulação da licitação 
Toda licitação é passível de anulação, feita pela própria administração ou 
pelo Poder Judiciário. Para tanto, deverá a Administração observar o 
princípio de devido processo legal, concedendo aos interessado o direito 
ao contraditório e a ampla defesa. 
Revogação da licitação 
É a invalidação da licitação por motivo de interesse público, devendo ser 
justificada. 
→ Tipos de licitação: 
23 
 
 Menor preço (regra) 
 Melhor técnica (sendo que o edital estabelece o que é melhor 
técnica)* 
 Técnica e preço* 
 Maior lance 
Serviços de Informática ou de natureza intelectual* 
→ Critério de desempate: 
 Produzido no país 
 Produzido por empresa brasileira (não importa o capital) 
 Investimento em tecnologia ou pesquisa no país 
 Não havendo desempate: sorteio 
OBS: Se uma das empresas empatadas for microempresa ou empresa de 
pequeno porte, ela tem preferência no desempate, inclusive se essas 
fizerem proposta com preço 10% maior que a outra (continua sendo 
considerado empate) 
Regras gerais: 
→ Intervalo mínimo: entre a publicação do edital e a abertura do envelope 
→ Comissão de licitação: mínimo de três membros, sendoque pelo menos 
dois deles devem ser servidores efetivos do órgão, havendo 
responsabilidade solidária pelos atos praticados pela comissão, salvo 
quando o servidor foi voto vencido em determinado ato da Comissão e isso 
ficar registrado em ata. A comissão pode ser: 
 Especial: designada especialmente para um determinado 
procedimento licitatório e, após ele, é dissolvida. 
 Permanente: designada para as licitações do órgão pelo período 
de um ano, sendo vedada recondução de TODOS os membros de 
uma vez. 
24 
 
→ Obrigatoriedade: administração direta e indireta, fundos especiais e 
demais entes mantidos ou subvencionados pelo Poder Público, salvo em 
casos de dispensa ou inexigibilidade. 
→ Empresa pública e sociedade de economia mista exploradoras de 
atividade econômica: sendo editada lei específica regulamentando 
procedimento dessas empresas afasta-se a Lei Geral 8666/93, sendo 
possível a simplificação das licitações por meio de decreto. 
Modalidades gerais de licitação 
É vedada a criação de novas modalidades ou a combinação das 
modalidades já existentes. São elas: 
 Concorrência* 
 Tomada de preço* 
 Convite* 
 Concurso** 
 Leilão** 
 Pregão** 
*Preço 
**Objeto 
Concorrência 
→ Contratações de grande vulto e ampla competição 
→ Obras e serviços de engenharia acima de 1 milhão de reais e aquisição 
de bens e outros serviços acima de 650 mil. 
→ Contratos em que a concorrência é obrigatória independentemente do 
valor: 
 Concessão de serviço público 
25 
 
 Aquisição e alienação de imóveis (exceto alienação de imóvel 
adquirido por dação em pagamento ou decisão judicial, hipóteses 
em que cabem a concorrência ou o leilão) 
 Contrato de empreitada integral: entrega do bem pronto para o uso 
(≠ empreitada global) 
 Concessão de direito real de uso: conceder o uso de bens públicos 
a particulares 
 Licitação internacional: admite participação de empresas 
estrangeiras que não tenham sede no país. Exceções: Cadastro 
Internacional de licitantes (tomada de preço) e quando não há 
fornecedor no país (convite). 
→ Prazo: 
 Melhor técnica, técnica e preço e empreitada integral: 45 dias 
 Menor preço e maior lance: 30 dias 
Tomada de preço: 
→ Licitantes cadastrados no órgão, geralmente o SICAF, ou com 
cadastramento com três dias de antecedência à abertura dos envelopes. 
→ Validade do cadastro: um ano. 
→ Obras e serviços de engenharia até 1 milhão de reais e aquisição de 
bens e outros serviços até 650 mil. 
→ Hipóteses em que não for obrigatória concorrência 
→ Intervalo mínimo: 
 Melhor técnica ou técnica e preço: 30 dias 
 Menor preço e melhor lance: 15 dias 
Convite: 
26 
 
→ Modalidade mais restrita, só participam os convidados (mínimo três 
convidados, salvo comprovada restrição de mercado) 
→ Os não convidados podem participar, desde que cadastrados no órgão 
e manifestem interesse nesse sentido no prazo de 24 horas antes da 
abertura dos envelopes. 
→ Instrumento convocatório: carta convite (não é publicada, publicidade 
se manifesta no momento do envio dos convites e afixação no átrio da 
repartição em local visível ao público) 
→ Contratação de pequeno valor: obras e serviços de engenharia até R$ 
150.000 e aquisição de bens e outros serviços até R$ 80.000. 
→ Intervalo mínimo: 5 dias úteis 
→ Pode não ter comissão em caso de escassez de pessoal, tendo apenas 
um servidor efetivo (situação excepcional de interesse público). 
Concurso: 
→ Escolha de trabalho técnico, artístico ou científico, havendo 
remuneração o prêmio. 
→ Comissão: pessoa idônea e com conhecimento na área (mínimo três 
membros) 
→ Intervalo mínimo: 45 dias 
Leilão: 
→ Alienação de bens móveis inservíveis, apreendidos ou empenhados (e 
não penhorados como diz o legislador, pois não estamos tratando de leilão 
judicial, mas administrativo); bens imóveis, que tenham sido adquiridos por 
dação em pagamento ou decisão judicial; e os bens do patrimônio público 
desafetados que não ultrapassem R$ 650.000. 
27 
 
→ Intervalo mínimo: 15 dias 
→ Sempre do tipo maior lance 
→ Leiloeiro: oficial, cadastrado na junta ou servidor público designado (não 
há comissão) 
Pregão: 
→ Lei 10.520 de 2002 
→ É a modalidade mais utilizada no Brasil 
→ Aquisição de bens e serviços comuns pelo Estado, ou seja, bens que 
podem ser designados no edital com expressão usual de mercado 
→ Não se pode utilizar pregão para a obra 
→ Responsável pelo procedimento: pregoeiro 
→ Comissão de apoio ao pregoeiro ≠ comissão de licitação 
→ Intervalo mínimo: 8 dias úteis 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS 
São acordos de vontade entre a Administração Pública e terceiros, regidos 
por normas de direito público específicas. 
Formalização do contrato administrativo 
Instrumento do contrato administrativo: É o termo, lavrado em livro próprio 
da repartição contratante. Além do termo de contrato (obrigatório para 
casos que exigem concorrência e tomada de preços), existem: carta-
contrato, nota de empenho de despesa e autorização de compra de 
serviço. 
28 
 
Conteúdo: vontade da partes expressa no momento de sua formalização. 
Garantias para a execução do contrato: A escolha da garantia fica a critério 
do contratado, dentre as modalidades previstas em lei, que são dinheiro, 
títulos da dívida pública, seguro garantia e fiança bancária. 
Características 
Cláusulas exorbitantes: são prerrogativas da Administração em razão de 
sua posição de supremacia em relação à parte contratada. Ex.: alteração 
e extinção unilateral do contrato; 
Manutenção do equilíbrio econômico-financeiro: o particular terá 
direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, 
de maneira que, alterada uma condição, este particular poderá solicitar a 
alteração contratual visando tal equilíbrio. 
Teoria da imprevisão: ocorre quando, no curso do contrato, há eventos 
excepcionais e imprevisíveis que desequilibram a equação econômico-
financeira do contrato. O evento imprevisto pode ocorrer: 
a) Por motivo de força maior ou caso fortuito; 
b) Fato do príncipe: é o fato geral do Poder Público que afeta 
substancialmente o contrato, apesar de não se direcionar especificamente 
a ele. 
c) Fato da administração: toda ação ou omissão da Administração que se 
dirige e incide direta e especificamente sobre o contrato, retardando ou 
impedindo sua execução. 
d) Sujeições ou interferências imprevistas: é a descoberta de um óbice 
natural ao cumprimento do contrato. 
Fiscalização do contrato: A Administração tem o dever/poder de 
acompanhar a execução do contrato. Esse direito/dever compreende: a 
fiscalização, a orientação, a intervenção e a aplicação de penalidades 
contratuais. 
29 
 
Extinção do contrato 
Pode se dar por: 
Conclusão do objeto: É a regra, ocorrendo de pleno direito quando as 
partes cumprem integralmente suas prestações contratuais. 
Término do prazo: É a regra nos ajustes por tempo determinado, nos quais 
o prazo é de eficácia do negócio jurídico contratado, de modo que, uma 
vez expirado, extingue-se o contrato. 
Rescisão: desfazimento do contrato durante sua execução por 
inadimplência de uma das partes, podendo ser: 
 Administrativa: realizada por ato unilateral da Administração, por 
inadimplência do contratado (com culpa ou sem culpa) ou por 
interesse do serviço público; 
 Judicial: é decretada pelo Poder Judiciário, em ação proposta pela 
parte que tiver direito à extinção do contrato; 
 De pleno direito: é fato que ocorre independentemente da vontade 
de qualquer uma das partes. 
 Amigável: ocorre mediante a celebração de um distrato. 
Anulação: declarada quando se verificar ilegalidade na formalização ou em 
cláusulas essenciais do contrato. 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS 
Os consórcios são constituídos através de contratos cuja celebração 
dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções, podendo ser 
realizados entre entes de níveis federativos distintos. 
Os consórcios adquirirão personalidade jurídica, podendo constituir 
associaçãoprivada ou pessoa jurídica de direito público (e, neste caso, 
integra a administração indireta dos entes consorciados). 
RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO 
30 
 
A responsabilidade civil é a obrigação de reparar danos patrimoniais 
exaurindo-se com a indenização. 
Existem algumas teorias que tentam explicar a extensão de tal 
responsabilidade. A saber: 
Teoria da culpa administrativa: Leva em conta a falta do serviço para 
impor à Administração o dever de indenizar, independentemente da culpa 
subjetiva do agente administrativo (a vítima é quem deve comprovar a falta 
do serviço). 
Teoria do risco administrativo: Segundo esta teoria, não são 
necessárias a falta do serviço público nem a culpa de seus agentes, bas-
tando a lesão, sem o concurso do lesado (basta que a vitima demonstre o 
fato danoso e injusto ocasionado por ação ou omissão do Poder Público). 
Teoria do risco integral: É a modalidade extremada do risco 
administrativo, abandonada na prática, por conduzir ao abuso e à 
iniquidade social (a Administração fica obrigada a indenizar todo e 
qualquer dano suportado por terceiros, ainda que resultante de culpa ou 
dolo da vitima); 
A teoria da responsabilidade objetiva da Administração (da 
responsabilidade sem culpa): funda-se na substituição da 
responsabilidade individual do servidor pela responsabilidade genérica do 
Poder Público. A Administração, ao deferir a seu servidor a realização de 
certa atividade administrativa, assume o risco de sua execução e responde 
civilmente pelos danos que esse agente venha a causar injustamente a 
terceiros. (Aplicada no Direito Brasileiro) 
OBS.: Só se atribui responsabilidade objetiva à Administração pelos 
danos que seus agentes causem a terceiros, não se responsabilizando por 
atos predatórios de terceiros nem por fenômenos naturais que causem 
prejuízo aos particulares. 
Reparação do dano: A reparação do dano causado pela Administração a 
terceiros é obtida amigavelmente ou por ação de indenização. Uma vez 
31 
 
indenizada a vitima, fica a entidade com o direito de reaver do funcionário 
os valores pagos à vítima, por meio da ação regressiva. 
SERVIDORES PÚBLICOS 
Classificação 
Agentes políticos: Integram o Governo em seus primeiros escalões, 
investidos por eleição, nomeação ou designação para o exercício de 
atribuições constitucionais (políticos eleitos pelo voto popular, ministros de 
Estado, juízes, promotores de justiça, membros dos Tribunais de Contas). 
Agentes administrativos: Vinculam-se ao Estado ou às suas entidades 
autárquicas e fundacionais por relações de emprego, sendo sujeito à hie-
rarquia funcional e não exercendo atividades políticas ou governamentais. 
Agentes honoríficos: São cidadãos convocados, designados ou 
nomeados para prestar, transitoriamente, determinados serviços ao 
Estado, em razão de sua condição cívica, honorabilidade ou notória 
capacidade profissional, sem qualquer vinculo empregatício e 
normalmente sem remuneração (função de jurado, mesário eleitoral, 
membro de comissão de estudo). 
Agentes delegados: São particulares que recebem a incumbência da 
execução de determinada atividade, obra ou serviço público e a realizam 
em nome próprio, por sua conta e risco, mas segundo as normas do 
Estado (concessionários e permissionários de obras e serviços públicos, 
serventuário de cartórios, leiloeiros, tradutores e intérpretes públicos). 
Acessibilidade aos cargos públicos 
A investidura em cargo ou emprego público depende de prévia aprovação 
em concurso público de provas ou de provas e títulos, salvo as nomeações 
para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
O concurso tem validade de até dois anos, contados da homologação, 
prorrogável uma vez, por igual período (art. 37, 111, CF). 
32 
 
Paridade de vencimentos 
A remuneração e os subsídios do funcionalismo público e dos membros 
de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios 
detentores de mandato eletivo, bem como os proventos, pensões ou outra 
espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas 
todas as vantagens, não poderão exceder o subsídio mensal dos ministros 
do STF, aplicando-se como limites: no Executivo, o subsidio dos prefeitos 
nos Municípios, e o subsídio do governador, nos Estados e DF; no 
Legislativo, o subsídio dos deputados estaduais; no Judiciário, o subsídio 
dos desembargadores do TJ, limitado a 90,25% do subsídio dos ministros 
do STF (este limite se aplica aos membros do MP, procuradores e 
defensores públicos). 
Acumulação de cargos, empregos e funções públicas 
A regra constitucional é pela vedação de qualquer hipótese de acumulação 
remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade 
de horários e observado o teto salarial dos ministros do STF (art. 37, XVI, 
CF): 
 A de dois cargos de professor; 
 A de um cargo de professor com outro técnico científico; 
 A de dois cargos privativos de profissional de saúde, desde que 
com profissão regulamentada. 
Estabilidade (Requisitos): 
 Nomeação para cargo de provimento efetivo em virtude de 
concurso público; 
 Efetivo exercício por três anos (estágio probatório); 
 Avaliação especial e obrigatória de desempenho por comissão 
instituída para essa finalidade. 
A exoneração não é penalidade, mas simples dispensa do servidor, por 
não convir à Administração sua permanência. 
33 
 
Já a demissão se constitui em pena administrativa e poderá ser aplicada 
ao servidor que cometa infração disciplinar ou crime funcional 
regularmente apurado em processo administrativo ou judicial. 
Uma vez adquirida a estabilidade, o servidor somente poderá perder o 
cargo: 
 Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
 Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada 
ampla defesa; 
 Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, 
na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa. 
Aposentadoria: 
→ Por invalidez permanente: com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia 
profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificada em lei; 
→ Compulsória: aos 70 anos de idade, com proventos proporcionais ao 
tempo de contribuição; 
→ Voluntária: quando requerida pelo servidor, desde que cumprido tempo 
mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos 
no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes 
condições: 
 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de 
idade e 30 de contribuição, se mulher, com remuneração integral; 
 65 anos de idade, se homem, e 60, se mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição. 
Fica vedada a percepção de mais de uma aposentadoria, ressalvadas as 
aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma da CF, que 
deverão obedecer ao limite fixado 110 art. 7, § 11°, XI. 
FORMAS DE PROVIMENTO DOS CARGOS PÚBLICOS 
34 
 
Originária: pressupõe a inexistência de uma relação jurídica anterior 
mantida entre o Servidor e a Administração. A única forma de Provimento 
Originário é a nomeação, que pode ser realizada em caráter Efetivo ou 
para Cargos de Provimento em Comissão. 
Derivada: As formas derivadas de provimento dos cargos públicos 
decorrem de um vínculo anterior entre Servidor e Administração. São elas: 
 Promoção 
 Readaptação 
 Reversão 
 Aproveitamento 
 Reintegração 
 Recondução 
→ Promoção: é a elevação de um Servidor de uma classe para outra 
dentro de uma mesma carreira. Com isso, há a vacância de um cargo 
inferior e consequentemente o provimento do cargo superior. 
→ Readaptação: é a passagem do Servidor para outro cargo compatível 
com a deficiência física que ele venha a apresentar. 
→ Reversão: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor aposentado por 
invalidez quando insubsistentes os motivos da aposentadoria, pode 
acontecer para o mesmo cargo se ele ainda estiver vago ou para outro 
semelhante.Não havendo cargo vago, o Servidor que reverter ficará como 
excedente. 
→ Aproveitamento: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor que se 
encontrava em disponibilidade e foi aproveitado, devendo realizar-se em 
cargo semelhante àquele anteriormente ocupado. 
→ Reintegração: é o retorno ao Serviço Ativo do Servidor que fora 
demitido, quando a demissão for anulada administrativamente ou 
judicialmente, voltando para o mesmo cargo que ocupava 
anteriormente. Dá-se com o ressarcimento de todas as vantagens que o 
servidor deixou de receber durante o período em que esteve afastado. 
35 
 
→ Recondução: é o retorno ao cargo anteriormente ocupado, do servidor 
que não logrou êxito no estágio probatório de outro cargo para o qual foi 
nomeado decorrente de outro concurso. 
MACETE: 
ReVersão = V de Velhinho, aposentado. É a volta do aposentado por 
invalidez ou pelo interesse da administração. 
ReaDaptação = D de Doente. A investidura do servidor em cargo 
compatível com uma limitação física que tenha sofrido (doença, acidente, 
etc). 
REINtegração = Lembre-se de REINvestidura. Uma nova investidura do 
servidor em seu cargo, após a invalidação de sua demissão. 
Recondução = volta: lembre-se que é a volta do servidor ao cargo que 
ocupava anteriormente ao atual. 
SERVIÇO PÚBLICO 
Serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus 
delegados, sob as normas e controle estatais, para satisfazer 
necessidades essenciais ou secundárias da coletividade ou simples 
conveniências do Estado (art. 175, CF). 
Classificação: 
Quanto à essencialidade: 
→ Serviços públicos: São os que a Administração presta diretamente à 
comunidade, por reconhecer sua essencialidade e necessidade para a 
sobrevivência do grupo social e do próprio Estado, como os de polícia e 
saúde pública. 
→ Serviços de utilidade pública: São os que a Administração, 
reconhecendo sua conveniência para os membros da coletividade, presta 
diretamente ou permite que sejam prestados por terceiros 
https://www.macetesjuridicos.com.br/2010/03/macete-juridico-formas-de-provimento-d.html
36 
 
(concessionários, permissionários) e sob seu controle, mas por conta e 
risco dos prestadores, mediante remuneração do usuários. Exemplos: 
transporte coletivo, energia elétrica, gás, telefone. 
Quanto à finalidade: 
Serviços administrativos: São os que a Administração executa para 
atender a suas necessidades internas ou preparar outros serviços que 
serão prestados ao público, tais como os da imprensa oficial, das estações 
experimentais e outros dessa natureza. 
Serviços industriais: São os que produzem renda para quem os presta, 
mediante a remuneração (tarifa ou preço público) da utilidade usada ou 
consumida. Essa remuneração é sempre fixada pelo Poder Público, quer 
quando o serviço é prestado por seus órgãos ou entidades, quer quando 
por concessionários, permissionários ou autorizatários. 
Quanto aos destinatários: 
→ Serviços uti universi ou gerais: São os que a Administração presta para 
atender a coletividade no todo, como os de policia, iluminação pública, 
calçamento. São serviços indivisíveis, não mensuráveis e mantidos por 
imposto e não por taxa ou tarifa. 
→ Serviço uti singuli ou individuais: São os que têm usuários determinados 
e utilização particular e mensurável para cada destinatário, como ocorre 
com telefone, água, gás e energia elétrica domiciliares, remunerados por 
taxa (tributo) ou tarifa (preço público). 
Quanto à natureza: 
→ Serviços públicos próprios: São os que constituem atividade 
administrativa tipicamente estatal, executada direta ou indiretamente. 
→ Serviços públicos impróprios: São os que, embora satisfaçam 
necessidade coletivas, são atividades privadas. 
Competência para prestação de serviço 
37 
 
→ Competência da União: Em matéria de serviços públicos, abrange os 
que lhe são privativos (art. 21, CF) e os que lhe são comuns (art. 23), 
permitindo atuação paralela dos Estados membros e Municípios. 
→ Competência do Município: Restringe-se aos serviços de interesse 
local. A Constituição Federal elegeu determinados serviços de interesse 
local como dever expresso dos Municípios, como o transporte coletivo, a 
educação pré-escolar, o ensino fundamental, os serviços de atendimento 
à saúde da população e outros. 
→ Competência do Estado membro: É residual. A única exceção diz 
respeito à exploração e distribuição dos serviços de gás canalizado (art. 
25, § 2º). Pertencem aos Estados todos os serviços não reservados à 
União nem distribuídos ao Município 
CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 
É o contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega a 
outrem a execução de um serviço público, para que o faça em seu nome, 
por sua conta e risco, assegurada a remuneração mediante tarifa paga 
pelo usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração de 
serviço (art. 175, CF). Tem as mesmas características dos demais con-
tratos administrativos, além dessas exclusivas: 
Só existe concessão de serviço público quando e trata de serviço próprio 
do Estado, definido em lei; 
 O Poder Público transfere ao particular apenas a execução dos 
serviços, continuando a ser seu titular; 
 A concessão deve ser feita sempre por meio de licitação, na 
modalidade concorrência; 
 O concessionário executa o serviço em seu próprio nome e corre 
os riscos normais do empreendimento; 
 A tarifa tem a natureza de preço público e é fixada em contrato; 
 O usuário tem direito à prestação dos serviços; 
 A rescisão unilateral da concessão antes do prazo estabelecido 
denomina-se encampação; 
38 
 
 A rescisão unilateral por inadimplemento denomina-se caducidade 
ou decadência; 
 Em qualquer caso de extinção da concessão é cabível a 
incorporação dos bens dos concessionários mediante indenização 
(é o que se chama de reversão). 
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA (PPP) 
Contrato administrativo de concessão especial. 
Pode existir nas modalidades: 
 Patrocinada: quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada 
dos usuários, contraprestação pecuniária do parceiro público ao 
parceiro privado; 
 Administrativa: quando a Administração Pública seja a usuária 
direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou forne-
cimento e instalação de bens. 
Vedada nas seguintes hipóteses: 
a) Valor do contrato inferior a R$ 20 milhões; 
b) Período de prestação do serviço seja inferior a cinco anos; 
c) Que tenha como objeto único o fornecimento de mão de obra, o 
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra 
pública. 
Deverá ser precedida de licitação na modalidade concorrência. 
BENS PÚBLICOS 
Classificação 
39 
 
 Bens de uso comum do povo ou do domínio público: mares, 
praias, rios, estradas, ruas e praças (todos os locais abertos à 
utilização pública, de uso coletivo, de fruição própria do povo). 
 Bem de uso especial ou do patrimônio administrativo (também 
chamado bens indisponíveis): São os que se destinam 
especialmente à execução dos serviços públicos, tais como os 
edifícios das repartições públicas, os veículos da Administração, 
os mercados e outras serventias que o Estado põe à disposição 
do público, com destinação especial. 
 Bens dominicais: São aqueles que, embora integrando o domínio 
público como os demais, não possuem destinação pública. 
De acordo com a natureza física, os bens públicos integram o domínio 
terrestre (imóveis em geral), o domínio hídrico ou o domínio aéreo. 
Utilização do bem público 
Pode dar-se por meio dos institutos de direito público ou pela utilização de 
institutos jurídicos de direito privado. 
Autorização de uso: ato unilateral, discricionário e precário, gratuito ou 
oneroso, pelo qual a Administração consente que o particular se utilize de 
bem público com exclusividade. 
Permissão de uso: ato unilateral, discricionário e precário, gratuito ou 
oneroso, pelo qual a Administração faculta ao particular a utilização 
individual de determinado bem publico. 
Concessão de uso: É o contrato administrativopelo qual o Poder Público 
atribui a utilização exclusiva de bem público a particular para que o explore 
segundo sua destinação específica. 
Concessão de direito real de uso: é o contrato pelo qual a Administração 
transfere o uso remunerado ou gratuito de terreno público a particular para 
que dele se utilize em fins específicos de urbanização, industrialização, 
edificação, cultivo ou qualquer outra exploração de interesse social. 
40 
 
Cessão de uso: É a transferência gratuita da posse de um bem público 
de uma entidade ou órgão para outro, a fim de que o cessionário o utilize 
nas condições estabelecidas no respectivo termo, por tempo certo ou 
indeterminado. 
Atributos: 
Imprescritibilidade: Decorre da consequência lógica de sua 
inalienabilidade originária. Os bens públicos são inalienáveis enquanto 
destinados ao uso comum do povo ou a fins administrativos especiais. 
Impenhorabilidade: Decorre de preceito constitucional que dispõe sobre 
a forma pela qual serão executadas as sentenças judiciais contra a 
Fazenda Pública, sem permitir a penhorabilidade de seus bens. 
Não oneração: É a impossibilidade de oneração dos bens públicos (das 
entidades estatais, autárquicas e fundações). 
INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE PRIVADA 
É todo ato do Poder Público que, compulsoriamente, retira ou restringe 
direitos dominiais privados ou sujeita o uso de bens particulares a uma 
destinação de interesse público. 
Os fundamentos da intervenção na propriedade privada e baseiam na 
necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, previstos em lei 
federal. 
Formas de Intervenção 
→ Desapropriação 
É a retirada compulsória da propriedade para a realização do interesse 
público, operando a transferência do bem para o patrimônio público. 
Características 
41 
 
A aquisição não provém de nenhum título anterior (forma originária de 
aquisição de propriedade) e, por isso, o bem expropriado torna-se 
insuscetível de reivindicação e libera-se de quaisquer ônus que sobre ele 
incidiam precedentemente, ficando os eventuais credores sub-rogados no 
preço. 
Duas fases: decreto de desapropriação e estimativa da justa indenização 
com a transferência do bem expropriado para o domínio do expropriante. 
Toda desapropriação deve ser precedida de declaração expropriatória 
regular, na qual se indique o bem a ser desapropriado e se especifique 
sua destinação pública ou interesse social. 
Requisitos constitucionais 
→ Necessidade Pública ou interesse social 
→ Indenização justa, prévia e em dinheiro (em caso de desapropriação 
para observância do Plano Diretor do Município, pode ser em títulos da 
dívida pública e em caso de desapropriação para fins de reforma agrária, 
pode ser em títulos da dívida agrária) 
Processo expropriatório 
A desapropriação poderá ser efetivada de duas formas: 
Via administrativa: É o acordo entre as partes quanto ao preço, reduzido 
a termo para a transferência do bem expropriado, o qual, se imóvel, exige 
escritura pública para a subsequente transcrição no registro imobiliário. 
Processo judicial: O procedimento expropriatório tem natureza 
administrativa, havendo a intervenção do Poder Judiciário somente 
quando não se chegar a acordo quanto ao valor da indenização. 
Imissão na posse (Requisitos): 
Alegação de urgência pelo poder expropriante (no próprio ato 
expropriatório ou no curso do processo judicial); 
42 
 
Depósito da quantia fixada segundo critérios previstos em lei; 
Requerimento no prazo de 120 dias a contar da alegação de urgência (não 
requerida nesse prazo, o direito caduca). 
Desvio de finalidade: Ocorre quando o bem expropriado para um fim é 
empregado em outro sem utilidade pública ou interesse social. O bem 
desapropriado para um fim público pode ser usado para outro fim público 
sem que ocorra desvio de finalidade. 
Anulação da desapropriação: A desapropriação está sujeita à anulação, 
que pode ser proferida tanto pelo Judiciário como pela própria 
Administração. 
Retrocessão: direito do expropriado de exigir de volta seu imóvel, caso 
este não tenha o destino para que se desapropriou. 
→ Tombamento 
É a declaração editada pelo Poder Público acerca do valor histórico, 
artístico, paisagístico, arqueológico, turístico, cultural ou cientifico de bem 
móvel ou imóvel com o objetivo de preservá-lo. 
Pode ser: 
 De ofício: incidente sobre bens públicos; 
 Voluntário: incidente sobre bens particulares com a anuência dos 
proprietários; 
 Compulsório: incidente obre bens particulares. 
→ Servidão administrativa 
Caracteriza-se pelo ônus real incidente sobre um bem particular, com a 
finalidade de permitir uma utilização pública. A servidão administrativa não 
transfere o domínio ou a posse do imóvel para a Administração, limitando 
apenas o direito de usar e fruir o bem. 
43 
 
→ Requisição 
É a utilização coativa de bens ou serviços particulares pelo Poder Público, 
para atendimento de necessidades coletivas urgentes e transitórias. 
→ Ocupação temporária 
É a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo 
Poder Público, para execução de obras, serviços ou atividades públicas 
ou de interesse público. 
→ Limitação administrativa 
É uma das formas pelas quais o Estado, uso de sua soberania interna, 
intervém na propriedade e nas atividades particulares, de três maneiras: 
positiva (fazer) – o particular fica obrigado a realizar o que a Administração 
lhe impõe; negativa (não fazer) – o particular deve abster-se do que lhe é 
vedado: permissiva (deixar fazer) – o particular deve permitir algo em sua 
propriedade. 
Exemplos: permissão de vistorias em elevadores de edifícios, fixação de 
gabaritos, ingresso de agentes para fins de vigilância sanitária, obrigação 
de dirigir com cinto de segurança. 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Probidade = Moralidade 
Improbidade ≠ Imoralidade (a qual é apenas uma das espécies de 
improbidade) 
Natureza da Sanções 
Ação Civil Pública com sanções de natureza civil pela prática de atos de 
improbidade (não é regulamentada pela Lei de Ação Civil Pública, mas 
pela própria Lei de Improbidade). 
44 
 
Vale ressaltar que quem pratica ato de improbidade também responde na 
esfera penal e administrativa. 
Sujeitos 
→ Ativo: 
Agente Público: 
 Agentes políticos 
 Particulares em Colaboração com o Estado 
 Servidores Estatais (temporários, estatutários ou celetistas) 
Particular que concorra, induza ou se beneficie da prática de atos de 
improbidade 
→ Passivo 
Qualquer pessoa que receba dinheiro público 
Entes da administração direta ou indireta 
Entidades Privadas que recebam dinheiro público: 
 + 50% do capital: se equipara ao ente da administração pública 
para fins de improbidade 
 – 50% do capital: a lei de improbidade se aplica de forma 
limitada → sanções patrimoniais no limite do dinheiro público 
Espécies de Improbidade 
→ Os que gerem enriquecimento ilícito em virtude da função pública 
→ Dano ao erário 
→ Os que atentem contra os princípios da administração pública 
45 
 
Sanções 
 
Processo 
Na ação de improbidade, os juiz julga os fatos e não os pedidos 
Aplica-se sanções de natureza civil 
Sujeito Ativo 
 MP (como parte) 
 Lesado (MP como fiscal da Lei) 
Sujeito Passivo 
 Agentes Públicos 
 Particulares concorrentes ou beneficiados 
46 
 
Cautelares 
 Indisponibilidade de bens (garante a efetividade da pena) 
 Afastamento preventivo o servidor (garante a instrução 
processual) 
 Investigação e bloqueio de contas 
LEI ANTICORRUPÇÃO (Lei 12.846/13) 
Responsabilidade Civil e Administrativa da Pessoas Jurídicas por atos 
contra a administração (sem prejuízo das sanções aplicáveis às pessoas 
físicas) 
É possível acumulações de sanções de natureza administrativa e civil 
Não traz nenhuma sanção de natureza penal 
Atos lesivos: 
Que atentem contra: 
 O patrimônio público 
 Princípios 
 Compromissos Internacionais 
Rol exemplificativo: 
 Dar ou prometer vantagem ao agente público (corrupção) Patrocinar ilícito administrativo 
 Ocultar benefícios de ato ílicito 
 Dificultar investigação de agência reguladora ou sistema 
financeiro 
 Fraudar licitações e contratos 
Sanções (sem prejuízo da reparação dos danos causados) 
Multa 
47 
 
Publicação extraordinária da condenação (macula a imagem da empresa) 
Processo Administrativo 
→ Instauração: pela autoridade máxima de cada órgão (admitida 
delegação) 
→ CGU: Competência concorrente (Executivo Federal) 
→ Comissão: mínimo 2 servidores estáveis 
→ Instrução probatória ampla (defesa em 30 dias) 
→ Relatório da Comissão (mera orientação, não obriga o julgador) 
→ Julgamento (por quem instaurou) 
→ Prazo de 180 dias, prorrogáel uma única vez 
→ Possibilidade de desconsideração da personalidade jurídica 
Acordo de Leniência (CGU) 
“Delação premiada na esfera administrativa” 
→ Requisitos cumulativos: 
1. Primeira Pessoa Jurídica interessada em firmar o acordo 
2. Cessar o envolvimento com o fato 
3. Cooperar às suas expensas (custas), até o final da investigação 
→ Benefícios 
Não aplicação das penas: 
 Publicação extraordinária da sanção 
48 
 
 Proibição de receber incentivos e benefícios creditícios 
Redução de até 2/3 da multa (sem prejuízo de ressarcimento ao erário) 
(A rejeição da proposta pela administração não faz prova contra a pessoa 
jurídica que demonstra interesse) 
Responsabilidade Judicial (Civil) 
Ação Judicial de competência da entidade lesada ou do Ministério Público 
Segue as regras da Lei de Ação Civil Pública, com algumas peculiaridades 
Penas: 
→ Perda de bens 
→ Suspensão das atividades 
→ Proibição de receber benefícios e incentivos de 1 a 5 anos 
→ Dissolução compulsória da personalidade jurídica 
Prescrição: 5 anos, contados do conhecimento do fato ou da cessação da 
continuidade 
Interrupção do prazo prescricional: Instauração de processo administrativo 
e acordo de leniência 
OBS.: Cadastro Nacional de empresas punidas (CNEP): é um banco de 
informações mantido pela Controladoria-Geral da União (CGU) que tem 
como objetivo consolidar a relação das empresas que sofreram qualquer 
das punições previstas na Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção)

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