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Infecções Bacterianas Orais

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Profª MSc Paula Casais
Infecções Bacterianas Orais
Treponema pallidum
Sífilis
1. Características do Agente 
Taxonomia e Classificação
O agente etiológico da sífilis, T. pallidum subespécie pallidum;
Bactéria patogênica que pertence à ordem Spirochaetales
Família Treponemataceae: Inclui três gêneros que transmitem doença ao homem: Treponema, Leptospira e Borrelia
2. Características do Gênero Treponema
Apresentam parede celular de estrutura semelhante à das bactérias de coloração de Gram-negativa (carência de lipopolissacarídeos (LPS) 
Camada de peptidoglicano que fornece estabilidade à estrutura, e que comporta organelas endoflagelares (órgãos de locomoção), responsáveis pela mobilidade característica em rotação e translação. 
 Microorganismo fortemente espiralado (espiroqueta), com cerca de 0,2 μm de largura por 6 a 20 μm de comprimento, apresentando 6-14 espiras.
Envolvido por uma membrana citoplasmática e delimitado por uma membrana externa
Por outro lado, a membrana citoplasmática é a estrutura que envolve o citoplasma sendo composta por numerosas lipoproteínas [8, 24], e por proteínas de ligação à penicilina (PBP). 
O estudo ultramicroscópico de T. pallidum subsp. pallidum, permite definir na constituição deste microrganismo uma membrana interna ou citoplasmática que rodeia o corpo celular e uma membrana externa protectora. Entre uma membrana e outra, encontrase um espaço periplsmático com uma pequena camada de peptidoglicano e os órgãos de locomoção ou flagelos. A forma espiralada deve-se à presença, no espaço periplasmático dos flagelos que se enrolam à volta do corpo celular. Estas estruturas originam movimento helicoidal típico deste microrganismo promovendo também a sua progressão em meio com viscosidade aumentada
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São bactérias anaeróbias facultativas 
Apresentam desenvolvimento lento;
Não crescem em meios de cultura artificial;
São extremamente frágeis (sensíveis à temperatura, humidade e desinfectantes) 
Têm, como único hospedeiro natural, o homem 
T. pallidum não é cultivável até hoje em meios de cultura artificiais ou em cultura de tecidos.
Então como visualizaremos o T. pallidum?
Exame de campo escuro: Método de escolha para observação de T. pallidum a partir de lesões da doença
Treponema pallidum subsp. pallidum é um microrganismo extremamente sensível à temperatura, oxigénio [74] e outros factores como humidade e desinfectantes [103]. Não é cultivável em meios de cultura artificiais sendo apenas, geralmente propagado "in vivo" em animais de laboratório. O coelho é geralmente o animal utilizado, por nele a infecção se desenvolver de modo semelhante à infecção humana
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3. Patogenicidade
As bactérias, no sentido de se adaptarem as condições de mudanças do seu ambiente, são capazes de modular a expressão de genes, aumentando a sua sobrevivência e causando doença no hospedeiro. 
Para tal regulam os seus fatores de virulência respondendo ao "stress", pH, temperatura, disponibilidade de nutrientes, osmolaridade, CO2 e outros fatores tais como fosfato, cálcio ou ferro.
A ausência de técnicas de cultura "in vitro" para T. pallidum, tornam extremamente difícil identificar os factores de virulência ou de regulação envolvidos na patogénese da sífilis [30, 98]. A sobrevivência de um microrganismo num hospedeiro está relacionada com a capacidade deste aplicar os seus mecanismos de virulência e de defesa, podendo a sua interacção variar de hospedeiro para hospedeiro. T. pallidum possui uma membrana externa com 100 vezes menos proteínas do que as membranas externas de outras bactérias [8]. 
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SÍFILIS
Doença infecto-contagiosa de evolução crônica, com períodos de atividade e latência, se não tratada;
 Contato sexual, transfusão sanguínea, via transplacentária e inoculação acidental;
Espiroqueta: Treponema pallidum;
Formas: adquirida e congênita
Sífilis Primária
Contágio: contato direto 
Lesão única no local da inoculação (3 semanas após contato) - CANCRO 
Nódulo elevado, ulcerado, endurecido (lábio – crosta; intrabucal – úlcera coberta com membrana branco-acizentada, dolorosa 
Cicatrização espontânea entre 3 semanas e 2 meses 
Extremamente infecciosa; testes sorológicos podem ser negativos nesta fase 
Sífilis Secundária
Erupções cutâneas (máculas ou pápulas; palmas das mãos e plantas dos pés) e mucosas (placas mucosas) difusas; sintomas gerais 
Língua, gengiva e mucosa jugal – lesões brancas opalescentes, circundadas por uma zona eritematosa 
Extremamente infecciosas; testes sorológicos sempre positivos 
Remissão espontânea em poucas semanas e exacerbações ocorrerão durante vários meses ou anos 
 4 a 10 semanas após a lesão primária 
As lesões da sífilis secundária podem surgir antes da resolução completa da lesão primária.
Durante a sífilis secundária, os sintomas sistêmicos em
geral surgem. Os mais comuns são linfadenopatia indolor,
dor de garganta, mal-estar, cefaleia, perda de peso, febre
e dor músculo-esquelética.
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Ocasionalmente,
lesões papilares que podem lembrar papilomas
virais surgem durante este momento e são chamadas
de condilomata lata. Embora estas lesões ocorram classicamente
na região genital ou anal, casos raros podem ocorrer
na boca
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Sífilis Terciária
Menos
significativos, porém mais característicos, são os focos dispersos
de inflamação granulomatosa, que podem afetar a
pele, mucosa, tecidos moles, ossos e órgãos internos. Esse
sítio ativo de inflamação granulomatosa, conhecido como
goma, apresenta-se como uma lesão endurecida, nodular
ou ulcerada, que pode causar extensa destruição tecidual.
Lesões intraorais geralmente acometem o palato e a língua.
Quando o palato é envolvido, a ulceração com frequência
o perfura em direção à cavidade nasal
A atrofia difusa e perda das
papilas do dorso lingual produzem uma condição chamada
de glossite luética (Fig. 5-13). No passado, esta forma
de glossite atrófica foi considerada pré-cancerosa, porém
vários estudos recentes questionam este conceito.
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Depois de vários anos (1 a 30 anos) 
SCV, SNC, outros tecidos e órgãos (GOMA – processo inflamatório granulomatoso com necrose central) 
Na boca: língua e palato 
Não é infectante pela pele ou mucosas 
Glossite luética – transformação granulomatosa 
Sífilis Congênita
Transmitida pela mãe infectada; não é herdada 
Bossas frontais, maxila curta e protuberância relativa da mandíbula, abóbada palatina alta, nariz em cela, molares em amora, incisivos de Hutchinson, surdez relacionada com o nervo auditivo 
Após tratamento, sorologia periódica 
Mycobacterium tuberculosis
Bacilo de Koch
O gênero Mycobacterium compreende uma série de bactérias semelhantes às gram-positivas, álcool ácido resistentes, aeróbios e compreende membro da família Mycobacteriaceae.
Esta bactéria é intracelular facultativa e possui um crescimento extremamente lento. 
Bastonetes (0,3 a 0,6 μm de largura por 1 a 4 μm de comprimento), dispostos isoladamente, aos pares (em forma de V ou U) ou em pequenos grupos.
sem flagelos, retos ou ligeiramente encurvados
A taxa de crescimento lento é resultado da parede celular resistente que se opõe à passagem de nutrientes para o interior da célula e impede a excreção de resíduos de produtos para fora da célula - A velocidade de crescimento
e muito menor do que a maioria das bacterias; o
tempo de multiplicacao de M. tuberculosis e em media de
18 a 20 horas. Para seu isolamento e identificacao sao necessarias
em torno de 6 semanas.
*
 bactérias ácido-álcool resistentes não podem ser classificadas segundo a tensão de Gram, a qual é a técnica mais comum na microbiologia contemporânea, entretanto podem ser tingidas com alguns corantes concentrados combinados com calor. Uma vez tingida tem a capacidade de resistir a descoloração de uma combinação de álcool-ácido, o qual é o descolorante mais comum nos protocolos de coloração de bactérias, de onde vem o nome álcool-ácido resistente.
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o alto teor lipídico destas bactérias fazem delas ácido-alcool resistentes
vistoque formam uma barreira permeável da parede celular do agente patogênico e que, em caso de alteração podem levar ao aumento da sua patogenicidade;
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A parede celular assemelha-se a uma parede celular gram-positiva modificada, contendo a típica camada polipeptídica, a camada de peptidoglicano e lípidos livres;
Componentes da parede: Altamente virulentos e excelentes alvos terapêuticos;
Dentre os fatores de virulência: Biossíntese de ácidos micólicos
A parede celular (Figura 1) é composta por três tipos de macromoléculas, mais concretamente, peptidoglicano, arabinogalactano e ácidos micólicos. No exterior da membrana celular encontra-se peptidoglicano, que estabelece ligações covalentes com o arabinogalactano, o qual por sua vez está ligado a ácidos micólicos, também por ligações covalentes. Este é designado como o núcleo da parede celular - o complexo Micolil-Arabinogalactano-Peptidoglicano
A parede celular contém ácidos gordos complexos, tais como os ácidos micólicos responsáveis pela aparência cerosa e impermeabilidade da parede assim como pela sua patogenicidade
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Tuberculose
Doença infecto-contagiosa crônica 
Bacilo-álcool-ácido-resistente: Mycobacterium tuberculosis; M. bovis 
Fonte de infecção mais importante: homem (bacilos na fala, expectoração alvéolos pulmonares)
Formas: pulmonar; infecção do trato intestinal, tonsilas e pele (lupus vulgar) 
Manifestações Orais
TB primária é em geral assintomática. Ocasionalmente, podem ocorrer febre e efusão pleural.
Raras, base da língua 
Secundárias à lesão pulmonar – microorganismos do escarro penetram em soluções de continuidade da mucosa bucal / via hematogênica 
Lesões infectantes 
Úlcera irregular dolorosa, de crescimento lento 
Diagnóstico
 Coloração de Ziehl-Nielsen
Exame bacteriológico do escarro, lavado gástrico, traqueobrônquico ou esfregaço faringeano 
Teste sorológico (PPD / Mantoux / teste tuberculínico) 
A alta concentração de ácido micólico na parede celular é a causante, como as bactérias do gênero Mycobacterium, da baixa absorção e alta retenção da coloração (fucsina). A forma mais comum para poder identificar este tipo de bactérias é através da técnica de coloração de Ziehl-Neelsen, onde a bactéria fica tingida em vermelho e se agrega uma coloração de contraste de azul de metileno a qual permite apreciar de melhor forma a bactéria contra um fundo azul. 
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Actynomices israelli
Actinomyces israelli
Actinomicose = Infecção fúngica ???? 
São bacilos ramificados Gram-positivos, que geralmente se apresentam com aparência de filamentos na coloração de Gram. No ágar-sangue, as colônias são brancas e ásperas.
Apresentam-se em forma de V ou Y, em arranjos em palicada ou em longos filamentos com extremidades dilatadas.
Principais agentes da actinomicose, encontrados no biofilme dentário e correlacionados com gengivite e cárie dentaria radicular.
Anaeróbio e Não álcool-ácido-resistentes 
Debido a sus características morfológicas, en algún momento los integrantes de este género fueron confundidos con hongos. Sin embargo, cuando observaron que respondían satisfactoriamente al tratamiento con antibióticos fueron clasificados dentro del Dominio Bacteria.
.
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Clínico; demonstração dos microorganismos através de citologia esfoliativa, nos cortes histológicos ou cultura 
Tratamento: Penicilina; tetraciclina 
A reação supurativa da infecção pode liberar grandes
partículas amareladas, que representam colônias da bactéria,
chamadas de grânulos sulfúricos. Apesar de comuns,
os grânulos sulfúricos não estão invariavelmente presentes.
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Penetração do microorganismo tec. submucoso ou subcutâneo, tec. ósseo e gls. salivares 
Tumefação e endurecimento do tecido (pele vermelho-violácea); flutuação 
Múltiplos abscessos que tendem a drenar para a superfície cutânea – “grânulos de enxofre” 
Actinomicose
Doença granulomatosa crônica, supurativa e fibrosante 
Actinomyces israelli; A.naeslundi; A.viscosus; A. odontolyticus; A. propionica 
Faz parte da microbiota comum, estando presente nas criptas das tonsilas, saliva, periodonto e biofilme dentário, atuando como um microrganismo saprófita – infecção endógena e não transmissível 
Não é infecção oportunista 
Porta de entrada: traumatismo / extração dentária 
Formas: cérvico-facial; abdominal; pulmonar 
A actinomicose pode se desenvolver em praticamente qualquer local, desde que haja alteração da membrana mucosa. Quando o Actinomyces invade o tecido de uma membrana mucosa violenta, ele se expande lentamente e se torna um abscesso. A actinomicose clássica geralmente ocorre após trauma, extrações dentárias ou outros procedimentos cirúrgicos semelhantes, em locais onde essas bactérias podem residir como parte da flora normal.
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A Actinomicose oral-facial-cervical é onde a infecção se desenvolve no interior do pescoço, mandíbula ou boca. A maioria dos casos é causada ​​por problemas dentários, como cáries. A Actinomicose oral-facial-cervical é o tipo mais comum de actinomicose e esclarece que a metade de todos os casos.
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 Na microscopia é possível observar uma área de abscesso, contendo múltiplos neutrófilos e a presença de colônias bacterianas na região central. Essas colônias bacterianas apresentam numerosos filamentos em forma de clava, dando um aspecto denominado de "roseta radiada". As bordas das colônias apresentam uma coloração eosinofílica, já a porção central normalmente é basofílica.
Mycobacterium leprae
Carcaterísticas Gerais
Pertence à ordem Actinomycetalis e à família Mycobacteriaceae. 
Apresenta-se sob a forma de bacilo reto ou levemente encurvado, com extremidades arredondadas
1 a 8 μm de comprimento e 0,3 μm de diâmetro.
É um parasita intracelular obrigatório, predominante em macrófagos em que pode ser observado formando aglomerados ou globias, em arranjos paralelos que lembram um maço de cigarros. 
É imóvel, microaerófilo, não forma esporos, não produz toxinas e não possui plasmídeos.
Os bacilos são considerados organismos Gram-positivos e fortemente álcool-ácidos resistentes quando submetidos à coloração de Ziehl-Neelsen. 
M. leprae não cresce em meios de cultura, o que dificulta o entendimento de seus mecanismos de patogenicidade. O bacilo cresce no interior de células endoteliais e nas celulas de Schwanm nos nervos periféricos.
A propriedade da álcool-ácido resistência (AAR) é devido à alta concentração de lipídeos, especialmente ácido micólico, na parede celular das micobactérias. A fucsina penetra na célula por ação do fenol, $xando-se $rmemente aos lipídeos, não sendo removida após a descoloração com uma solução de álcool-ácido. 
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Hanseníase
O microorganismo tem baixa infectividade, e a exposição raramente resulta em doença clínica.
Acredita-se que o microorganismo precise de baixa temperatura corpórea do hospedeiro para sobreviver. 
Embora a forma de transmissão exata não seja conhecida, o alto número de micro-organismos nas secreções nasais - O sítio inicial de infecção possa ser a mucosa nasal ou orofaringiana.
Historicamente, são notadas duas apresentações clínicas principais, que estão relacionadas com a reação imune do organismo: 
Lepra tuberculoide, desenvolve-se em pacientes com uma resposta imune alta - Classicamente, os micro-organismos não são encontrados em espécimes de biópsias de pele, os testes cutâneos para micro-organismos mortos pelo calor (lepromina) são positivos e a doença é usualmente localizada. 
Lepra lepromatosa, é observada em pacientes com resposta imune mediada por células, reduzida. Estes pacientes exibem numerosos microorganismos no tecido, não respondem ao teste cutâneo da lepromina e apresentam doença difusa.
O diagnóstico definitivo baseia-se no aspecto clínico, sendo fundamentado pela demonstração de micro-organismos ácido-resistentes em um esfregaço ou no tecido. Os microorganismos não podem ser cultivados em meio artificial, porém o M. leprae pode ser identificado pelas técnicasde biologia molecular
ATIVIDADE AVALIATIVA PRÓXIMA AULA
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