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Luana Paixão - P3 2020.2 VISÃO GERAL Três funções principais: § Condução de ar § Filtração do ar § Troca de gases (respiração) § Auxílio na fala e no olfato § Funções endócrinas (produção e secreção de hormônios) § Respostas imunes a antígenos inalados Epitélio respiratório Epitélio pseudoestratificado colunar ciliado com muitas células caliciformes v Não participa das trocas gasosas v Consiste em cinco tipos celulares: – Células colunares ciliadas – Células caliciformes – Células em escova – Células basais – Células granulares v Possui cílios que tem numerosas mitocôndrias a seus corpúsculos que fornecem trifosfato de adenosina (ATP) para os batimentos ciliares Colunares ciliadas (Col), caliciformes (Ca) e basais (B). As setas indicam cílios. Abaixo do epitélio, há feixes de fibras musculares lisas (M) Histopatologia Luana Paixão - P3 2020.2 células caliciformes Produz muco, e geralmente está mais próximo da superfície do epitélio. A região apical dilatada da célula caliciforme é conhecida como teca. Essa região citoplasmática é rica em vesículas contendo glicoproteínas, denominadas “mucina” – substância composta por mucopolissacarídeos neutros e ácidos (produzidos no retículo endoplasmático rugoso e modificado no complexo de Golgi), que são liberados por exocitose. células ciliadas Tem função de filtração. As partículas de poeira e as bactérias em suspensão no ar inspirado ficam retidas no muco. Devido aos movimentos ciliares, essas impurezas são empurradas para fora. células basais Renovam as células do epitélio. traquéia A parede da traqueia consiste em quatro camadas bem- definidas: § MUCOSA: epitélio pseudoestratificado ciliado e uma lâmina própria rica em fibras elásticas § SUBMUCOSA: TC ligeiramente mais denso que o da lâmina própria § CARTILAGINOSA: cartilagens hialinas em formato de C § ADVENTÍCIA: TC que liga a traqueia às estruturas adjacentes Luana Paixão - P3 2020.2 Epitélio da traquéia § CÉL. CILIADAS: mais numerosas, projetados a partir da parte apical da célula. Atuam num movimento de ‘’escada rolante mucociliar’’ § CÉL. MUCOSAS: seu número aumenta durante a irritação crônica das vias respiratórias § CÉL. EM ESCOVA: células colunares que apresentam microvilosidades com extremidades arredondadas (consideradas receptoras) § CÉL. DE KULCHITSKY: tipo de células enteroendócrina, que produz histamina, serotonina... camadas do epitélio § MEMBRANA BASAL: – TOSSE CRÔNICA e ASMA: mais espessa pela irritação da mucosa § LÂMINA PRÓPRIA: TC frouxo, com muitos linfócitos (que se infiltram no epitélio),plasmócitos, os mastócitos, os eosinófilos e os fibroblastos § SUBMUCOSA: TC relativamente frouxo, cheia de vasos (principalmemte linfáticos) e glândulas secretoras de muco (Seus ductos são formados por epitélio simples cuboide) § CARTILAGENS TRAQUEAIS: proporciona flexibilidade ao tubo traqueal e também mantém a abertura do lúmen § ADVENTÍCIA: contém vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos de maior calibre que suprem a parede traqueal Luana Paixão - P3 2020.2 brônquios Na sua porção inicial, os brônquios apresentam a mesma estrutura histológica geral que a traqueia camadas do epitélio § MUCOSA: epitélio pseudoestratificado similar ao da traqueia. A altura das células, no entanto, reduz à medida que os brônquios diminuem de diâmetro. § LÂMINA PRÓPRIA: assemelha-se a da traqueia, mas sua espessura é menor § MUSCULAR: camada contínua de músculo liso nos brônquios maiores. Torna-se mais atenuada e frouxamente organizada nos brônquios menores, em que pode aparecer descontínua (sua contração regula o diâmetro da via respiratória) § SUBMUCOSA: TC relativamente frouxo (nos brônquios maiores, observa-se a existência de glândulas, bem como tecido adiposo) § CARTILAGINOSA: placas de cartilagem descontínuas, que se tornam menores à medida que o diâmetro do brônquio diminui § ADVENTÍCIA: TC moderadamente denso, que é contínuo com o das estruturas adjacentes, tais como a artéria pulmonar e o parênquima pulmonar Luana Paixão - P3 2020.2 bronquíolos Os segmentos broncopulmonares são ainda subdivididos em lóbulos pulmonares. Os bronquíolos são ductos condutores de ar, medindo 1 mm ou menos de diâmetro. Os bronquíolos maiores representam ramos dos brônquios segmentares. Esses ductos ramificam-se repetidamente, dando origem aos bronquíolos terminais menores, que também se ramificam. Por fim, os bronquíolos terminais dão origem aos bronquíolos respiratórios. BRONQUÍOLOS TERMINAIS: parede mais delgada e revestida internamente por epitélio colunar baixo ou cúbico, com células ciliadas e não ciliadas. Possuem as células de Clara, as quais produzem proteínas contra poluentes e contra inflamação, e, em menor quantidade, produzem surfactante BRONQUÍOLOS RESPIRATÓRIOS: constituem a transição entre a porção condutora e respiratória. Possuem estrutura semelhante aos bronquíolos terminais, porém apresentam expansões saculiformes constituídas por alvéolos. As porções dos bronquíolos respiratórios não ocupadas pelos alvéolos são revestidas por epitélio simples que varia de colunar baixo a cuboide, podendo ainda apresentar cílios na porção inicial. Esse epitélio simples contém também células de Clara. O músculo liso e as fibras elásticas formam uma camada mais delgada do que a do bronquíolo terminal. Luana Paixão - P3 2020.2 § Células caliciformes nos maiores (não tem nos terminais) § Não tem placas de cartilagem ou glândulas § Apresentam uma camada relativamente espessa de músculo liso células de clara ou club cells As club cells, primeiramente chamadas células de Clara, são células epiteliais com um domínio apical dilatado e expandido em forma de domo (semelhante a uma língua) e sem cílios. Elas representam 80% da população de células epiteliais do bronquíolo terminal Secretam um agente tensoativo, uma lipoproteína que impede a adesão luminal em caso de colapso das paredes das vias respiratórias, particularmente durante a expiração Produzem uma proteína de 16 kDa, conhecida como proteína secretora das células de Clara (CC16), que é um componente abundante da secreção das vias respiratórias. BR. TERMINAL Luana Paixão - P3 2020.2 As club cells produzem: 1. Proteínas de surfactantes SP-A e SP-D, revestindo a superfície do epitélio bronquiolar e também regulando o transporte de íons cloro através de um canal regulador de condutância transmembranar de fibrose cística. O transporte de cloro é controlado por um mecanismo de monofosfato cíclico de guanosina (cGMP)−guanilil ciclase 2. Monômeros de mucina MUC5AC e MUC5B, presentes como polímeros no muco da via aérea. 3. Proteína secretória de club cell anti-inflamatória (CCSP ou membro 1 da família 1A das secretoglobinas [Scgb1a1]), um membro da família de genes secretoglobinas, envolvida na proteção do epitélio da via aérea contra a lesão ou infecção crônica. A lesão crônica na via aérea inibe o reparo epitelial normal e a diferenciação, sendo caracterizada por um declínio no número de club cells e nos níveis de CCSP nos pulmões e no soro alvéolos Os alvéolos são os espaços aéreos terminais do sistema respiratório e constituem os verdadeiros locais de troca gasosa entre o ar e o sangue. Cada alvéolo é circundado por uma rede de capilares que coloca o sangue em grande proximidade com o ar inalado dentro do alvéolo. § DUCTOS: vias respiratórias alongadas, cujas paredes são formadas quase exclusivamente por alvéolos. Observa-se a existência de anéis de músculo liso nos septos interalveolares semelhantes a maçanetas § SACOS: espaços circundados por grupos de alvéolos. Os alvéolos circundantes abrem-se nesses espaços. epitélio alveolar Luana Paixão - P3 2020.2 § PNEUMÓCITOS TIPO I: células pavimentosas extremamente finas, responsáveis pela troca gasosa nos alvéolos pulmonares e cobrem a maioria da área de superfície alveolar (não se proliferam) § PNEUMÓCITOS TIPO II: secretoras de surfactante, e células do tipo I surfactante O surfactante é liberado por exocitose e se espalha sobre uma camada delgada de fluido que recobre normalmente a superfície alveolar. Por meio desse mecanismo, o surfactante pulmonar reduz a tensão superficial na interface ar-fluido e, assim, reduz a tendência de colapso alveolar ao final da expiração. Como descrito anteriormente, as club cells, localizadas nos bronquíolos terminais, também secretam surfactante pulmonar. § Proteína do surfactante A (SP-A): a proteína mais abundante do surfactante. Responsável pela homeostasia do surfactante (regulação da síntese e da secreção do surfactante pelas células alveolares do tipo II). Além disso, modula as respostas imunes a vírus, bactérias e fungos. § Proteína do surfactante B (SP-B): uma importante proteína para transformação do corpo lamelar no delgado filme de superfície do surfactante. A SP-B é uma proteína de importância crítica para a organização do surfactante, responsável pela sua adsorção e disseminação na superfície do epitélio alveolar § Proteína do surfactante C (SP-C): que representa apenas 1% da massa total da proteína do surfactante. Juntamente com a SP-B, a SP-C ajuda na orientação da DPPC dentro do surfactante e na manutenção da fina camada de filme no interior dos alvéolos § Proteína do surfactante D (SP-D): principal proteína envolvida na defesa do hospedeiro. Liga- se a vários microrganismos (p. ex., bactérias gram- negativas) e aos linfócitos. A SP-D participa na resposta inflamatória local à lesão pulmonar aguda e, juntamente com a SP-A, modula respostas alérgicas a vários antígenos inalados. Luana Paixão - P3 2020.2 Desconforto respiratório do recém-nascido LPA/SARA é iniciada com a lesão de pneumócitos e do endotélio pulmonar, resultando em um círculo vicioso de aumento de inflamação e danos pulmonares Causada pela deficiência qualitativa e quantitativa do surfactante alveolar, o qual é sintetizado a partir da 20a semana gestacional pelos pneumócitos tipo II. § Ativação endotelial: Em resposta, essas sentinelas imunes secretam mediadores, como o TNF, que age nos endotélios circunvizinhos. De maneira alternativa, os mediadores inflamatórios circulantes podem ativar o endotélio pulmonar diretamente no contexto de injúria tissular grave ou sepse. Alguns desses mediadores lesionam as células endoteliais, enquanto outros (notavelmente as citocinas) ativam as células endoteliais para que expressem níveis aumentados de moléculas de adesão celular, proteínas coagulantes e quimiocinas. § Adesão e extravasamento de neutrófilos: Os neutrófilos aderem ao endotélio ativado e migram para o interstício e para o alvéolo, onde eles degranulam e liberam mediadores inflamatórios, incluindo proteases, formas reativas de oxigênio e citocinas. § Acúmulo de fluido intra-alveolar e formação de membranas hialinas: A ativação e a injúria endotelial fazem os capilares pulmonares vazarem, permitindo a formação do fluido do edema intra- alveolar e intersticial. Os danos e necrose dos pneumócitos alveolares tipo II acarretam anormalidades no surfactante, além de comprometerem a troca gasosa alveolar. Em última análise, o fluido de edema espessado e rico em proteínas e os debris das células alveolares mortas organizam-se nas membranas hialinas, uma característica típica da LPA/SARA. Luana Paixão - P3 2020.2 Prematuros abaixo de 35 semanas apresentam deficiência da quantidade total do surfactante o que resulta em: § Aumento da tensão superficial § Força de retração elástica § Instabilidade alveolar § Formação progressiva de atelectasias – compromete a ventilação/perfusão § Hipoxemia, hipercapnia (↑↑CO2) e acidose = vasoconstrição e hipoperfusão pulmonar, aumento da pressão arterial § Diminuição da complacência pulmonar e da capacidade residual funcional § Aumento da quantidade de líquido pulmonar § O líquido proteico intra-alveolar inativam o surfactante Membranas hialinas formam-se quando há deficiência do surfactante ou nas situações em que ocorre agressão epitelial/endotelial Basicamente... 1. O pulmão prematuro leva a diminuição do surfactante 2. Com isso os alvéolos não funcionam direito e ocorre o seu colapso 3. Isso leva a atelectasia ( o pulmão “murcha”) 4. Que leva a hipóxia (diminuição do O2) e a retenção de CO2 5. Tem-se a acidose (diminuição do pH sanguíneo) que leva a vasoconstrição e diminuição do fluxo de sanguíneo pulmonar 6. O que leva a lesão dos capilares e entram os fibrinogênios para auxiliar na lesão 7. Daí ocorre a diminuição da complacência pulmonar
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