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CONTABILIDADE TRIBUTARIA - AULA 02

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CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA 
AULA 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Alison Martins Meurer 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Vamos abordar nesta aula dois tributos diretos que afetam diretamente o 
resultado das organizações. Estamos nos referindo ao Imposto de Renda da 
Pessoa Jurídica (IRPJ) e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). 
Inicialmente, trataremos dos aspectos conceituais referentes aos tributos diretos, 
e, posteriormente, detalharemos o cálculo do IRPJ e da CSLL. Abordaremos os 
regimes de tributação e, por fim, trataremos da contabilização dos valores dos 
tributos nas diferentes formas de cálculo do IRPJ e da CSLL. 
CONTEXTUALIZANDO 
O IRPJ e a CSLL são tributos diretos que incidem diretamente no 
resultado da organização. O Fisco permite que a empresa opte por diferentes 
formas de tributação, desde que obedecidas algumas regras. Nesse sentido, é 
importante que você futuro(a) contador(a) domine essas especificidades para 
que possa auxiliar a realizar as escolhas mais adequadas e que geram menores 
desembolsos financeiros com tributos às organizações. 
TEMA 1 – TRIBUTOS DIRETOS 
Conforme vimos na aula anterior, os tributos diretos são aqueles nos quais 
a mesma pessoa representa o contribuinte de fato e o de direito. Logo, tanto o 
recolhimento quanto o ônus monetário é suportado pelo mesmo contribuinte, 
pois o valor não será repassado a terceiros embutindo o valor dos tributos no 
preço das mercadorias ou de serviços. 
Fabretti (2017) cita um exemplo clássico de tributo direto que é o Imposto 
Predial e Territorial Urbano (IPTU), em que é comum nos contratos imobiliários 
ser atribuída a obrigatoriedade de pagamento do IPTU ao inquilino. Ocorre que 
esse acordo é realizado de forma particular entre o proprietário e o inquilino, mas 
para a prefeitura o responsável pelo recolhimento e pelo ônus desse imposto 
continua sendo o proprietário do imóvel e, portanto, se o inquilino não realizar o 
recolhimento desse imposto, caberá ao proprietário fazê-lo. 
Em sua natureza um tributo direto é recolhido sem intermédio de outra 
empresa ou consumidor, esse tipo de tributo não é transferido para outra pessoa 
jurídica ou física como é o caso do tributo indireto. Portanto, é o tributo que recai 
 
 
3 
definitivamente sobre o contribuinte, pois este está diretamente ligado ao fato 
gerador. 
TEMA 2 – IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA 
O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) tem como fato gerador a 
aquisição de renda e proventos de qualquer natureza e é disciplinado por 
legislação específica. Segundo o art. 43 do Código Tributário Nacional – CTN 
(Brasil, 1966), a renda é derivada do produto do capital, do trabalho ou da 
combinação de ambos. Enquanto os proventos de qualquer natureza são os 
acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda. A definição 
do fato gerador do imposto de renda é direcionada por alguns princípios, os quais 
são expostos no Quadro 1. 
Quadro 1 – Princípios do Imposto de Renda 
Princípio Descrição 
Generalidade 
Toda e qualquer forma de renda ou provento será tributada nos limites 
e nas condições da lei. 
Universalidade 
Serão tributados todos que auferirem renda, nos termos fixados na Lei, 
sem distinção de sexo, cor, nacionalidade, profissão. 
Progressividade 
Objetiva aplicar a justiça tributária. No caso do IRPJ tem-se o adicional 
de 10% sobre o lucro a partir de R$ 20.000 mensais. 
Fonte: adaptado de Pêgas, 2017. 
O fato gerador do IRPJ não ocorre a cada operação, ou seja, cada vez 
que a empresa obtiver renda ou provento não haverá a tributação de IRPJ de 
forma imediata, mas ocorrerá no encerramento civil do período de apuração, que 
poderá ser trimestral ou anual a depender do regime de tributação. A base de 
cálculo do imposto de renda é o lucro, sendo que este é definido a partir de 
diferentes regimes de apuração tributária, os quais são denominados de lucro 
real, lucro arbitrado ou lucro presumido, conforme art. 44 do CTN “a base de 
cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos 
proventos tributáveis” (Brasil, 1966). 
Basicamente, o que diferencia esses regimes de tributação é a forma com 
que a base de cálculo é definida e a periodicidade com que o cálculo do tributo 
é realizado e recolhido. Após realizada a definição da base de cálculo, as 
tratativas para o cálculo do valor a ser recolhido são semelhantes. 
A alíquota do IRPJ segue o princípio da progressividade que determina 
que as empresas com maior lucro deverão ter uma carga tributária efetiva maior 
 
 
4 
do que aquelas com menor lucro. Essa progressividade é alcançada pelo fato de 
que no IRPJ existe a alíquota básica de 15% e um adicional de 10% sobre a 
parcela do lucro tributável que exceder a R$ 240.000 por ano, sendo aplicada 
proporcionalmente em períodos menores o valor de R$ 20.000 por mês. Assim, 
se a empresa calcular o IRPJ trimestralmente, a parcela do adicional de 10% 
será aplicada sobre o lucro líquido ajustado, ou seja, o lucro tributável, que 
ultrapassar R$ 60.000 (R$ 20.000 x 3 meses). Na prática, a alíquota efetiva do 
IRPJ oscila entre 15% e 25% do lucro líquido ajustado da empresa. Vamos 
analisar alguns exemplos para compreender de que forma é realizado o cálculo 
desse imposto: 
 Exemplo 1: A empresa Alpha realiza o cálculo trimestral do IRPJ e em 
determinado trimestre a base de cálculo deste imposto foi de R$ 50.000. 
Nesse caso, o valor de IRPJ a ser recolhido pela Alpha será de R$ 7.500 
(R$ 50.000 x 15%), pois como a base de cálculo tributável não passou de 
R$ 60.000 (R$ 20.000 x 3 meses) no trimestre, logo não há cobrança de 
10% de adicional sobre o valor que ultrapassar os R$ 60.000; 
 Exemplo 2: A empresa Beta realiza o cálculo trimestral do IRPJ e em 
determinado trimestre a base de cálculo desse imposto foi de R$ 70.000. 
Nesse caso, o valor de IRPJ a ser recolhido pela Beta será de R$ 11.500, 
pois R$ 10.500 se refere ao valor tributado a 15% (R$ 70.000 x 15% = R$ 
10.500) e R$ 1.000 é referente a parcela tributada a 10%, devido ao fato 
de ter ultrapassado os R$ 60 mil de lucro tributável no trimestre ((R$ 
70.000 – R$ 60.000 = R$ 10.000 x 10% = R$ 1.000)). Logo, houve a 
cobrança de 10% sobre o adicional; 
 Exemplo 3: A empresa Gamma realiza o cálculo anual por estimativa do 
IRPJ e ao fim de determinado ano a base de cálculo desse tributo foi de 
R$ 200.000. Assim, o valor de IRPJ que deverá ser recolhido ao final do 
período montará o valor de R$ 30.000 (R$ 200.000 x 15%), visto que não 
há cobrança de adicional de IRPJ, pois na apuração anual esse valor será 
cobrado sobre a parcela que ultrapassar os R$ 240.000 (R$ 20.000 x 12 
meses); 
 Exemplo 4: A empresa Delta também realiza o cálculo anual por 
estimativa do IRPJ e ao fim de determinado ano a base de cálculo deste 
tributo foi de R$ 300.000. Assim, o valor de IRPJ que deverá ser recolhido 
ao final do período montará o valor de R$ 51.000, visto que há cobrança 
 
 
5 
de R$ 45.000 referente a alíquota de 15% (R$ 300.000 x 15%) e um 
adicional de 10% sobre o valor que ultrapassou R$ 240.000 ((R$ 300.000 
– R$ 240.000 = R$ 60.000 x 10% = R$ 6.000). Logo, nesse caso houve a 
cobrança do adicional de 10%. 
Perceba que, dependendo do valor da base de cálculo e da forma de 
apuração de tributo da empresa, haverá ou não a cobrança de adicional de 10%. 
Vamos agora reforçar nosso aprendizado acerca da forma de cálculo do 
adicional de 10% do IRPJ. O cálculo desse valor consiste em primeiramente 
aplicar 15% sobre o valor total da base de cálculo e depois calcular o adicional 
sobre o valor que ultrapassar a faixa que não incide adicional, sabendo que essa 
faixa equivale a R$ 20.000 multiplicado pelo número de meses do cálculo (por 
exemplo, R$ 60.000 para cálculos trimestrais ou R$ 240.000 para cálculos 
anuais). A Figura 1 apresenta um exemplo de como realizar esse cálculo a partir 
deuma situação em que uma empresa possui R$ 664.000 de Lucro Líquido 
Ajustado e realiza a apuração do imposto de renda de forma anual. 
Figura 1 – Formas de cálculo do IRPJ 
 
Fonte: adaptado de Pêgas, 2017. 
Nota-se então que o adicional de 10% somente é calculado sobre a parte 
da base de cálculo que ultrapassou a faixa não tributada pelo adicional. 
Mas você deve estar se perguntando: por que isso ocorre? A resposta 
está no princípio da progressividade que rege o IRPJ. Essa cobrança de 10% 
afeta diretamente a alíquota efetiva do imposto, ou seja, o percentual de imposto 
efetivamente recolhido em relação ao lucro da empresa. Assim, empresas que 
têm maiores lucros pagam mais tributos e empresas com menores lucros 
recolhem menos tributos. 
A Tabela 1 apresenta algumas simulações que mostram a alíquota efetiva 
de IRPJ em empresas com diferentes montantes de lucro considerando a 
apuração do imposto de forma trimestral. 
 
 
 
6 
Tabela 1 – Exemplo de cálculo de alíquotas1 efetivas 
 EMPRESA 1 EMPRESA 2 EMPRESA 3 EMPRESA 4 
Lucro Líquido 
Ajustado 
R$ 50.000 R$ 60.000 R$ 120.000 R$ 500.000 
Base tributável a 15% R$ 50.000 R$ 60.000 R$ 120.000 R$ 500.000 
Valor de IRPJ (15%) R$ 7.500 R$ 9.000 R$ 18.000 R$ 75.000 
Base tributável a 10% 0 0 R$ 60.000 R$ 440.000 
Valor de IRPJ (10%) 0 0 R$ 6.000 R$ 44.000 
Total IRPJ R$ 7.500 R$ 9.000 R$ 24.000 R$ 119.000 
Alíquota Efetiva 15,00% 15,00% 20,00% 23,80% 
Fonte: elaborada pelo autor. 
A alíquota efetiva significa o quanto efetivamente a empresa deverá 
desembolsar com o valor de imposto em relação ao seu lucro líquido ajustado. 
Logo, consiste na divisão do total de IRPJ pelo montante do lucro líquido 
ajustado. 
Por fim, cabe ressaltar que em termos de divisão entre os entes da 
federação, metade do valor recolhido via imposto de renda pelo governo federal 
é distribuído aos estados e municípios. 
TEMA 3 – CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO 
A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) foi instituída pela Lei 
n. 7.689 de 15 de dezembro de 1988 (Brasil, 1988b), promulgada, portanto, após 
a Lei n. 5.172 de 1966, que instituiu o CTN e devido a isso não é detalhada em 
nosso código tributário. Pelo fato de a CSLL ser uma contribuição social instituída 
para financiar a seguridade social pode-se afirmar que o seu fato gerador é o 
lucro conforme disposto no art. 194 da Constituição Federal de 1988 (Brasil, 
1988a). 
A alíquota da CSLL para empresas em geral é constante, sendo 9%. Para 
seguradoras, instituições financeiras e equiparadas e cooperativas de créditos a 
alíquota é de 15%. Entre o período de 1 de setembro de 2015 e 31 de dezembro 
de 2018 a alíquota para da CSLL para seguradoras, instituições financeiras e 
equiparadas e cooperativas de créditos variava entre 17% e 20%, sendo que a 
partir de 1 de janeiro de 2019 retornou ao montante de 15%. A seguir, são 
mostradas as alíquotas de CSLL incidentes sobre os diferentes tipos de 
instituições de acordo com a Lei 13.169/2015 e Lei Complementar 105/2001: 
 
1 Nota: Alíquota efetiva é calculada pela divisão do Total IRPJ pelo valor de Lucro Líquido. 
Ajustado. 
 
 
7 
 Instituições financeiras com CSLL de 17% entre 2015 e 2018 e 15% a 
partir de 2019: Cooperativas de crédito; 
 Instituições financeiras com CSLL de 20% entre 2015 e 2018 e 15% a 
partir de 2019: pessoas jurídicas de seguros privados e de capitalização; 
bancos de qualquer espécie; distribuidoras de valores mobiliários; 
corretoras de câmbio e de valores mobiliários; sociedades de crédito, 
financiamento e investimentos; sociedades de crédito imobiliário; 
administradoras de cartões de crédito; sociedades de arrendamento 
mercantil; e as associações de poupança e empréstimo; 
 CSLL de 9%: Demais pessoas jurídicas. 
Diferentemente do imposto de renda, quando o governo federal arrecada 
por meio da CSLL não se tem a necessidade de repartir esses valores com os 
estados e os municípios, pois a repartição abrange somente os impostos. O 
cálculo da CSLL é semelhante ao cálculo do IRPJ, diferenciando somente as 
nomenclaturas utilizadas para fins de cálculo pelo regime tributário lucro real. 
Enquanto para o IRPJ utilizamos a nomenclatura de Lucro Líquido Ajustado para 
a CSLL, o termo empregado é Base de Cálculo da CSLL Antes da Compensação 
de Bases Negativas. No IRPJ a nomenclatura Prejuízo Fiscal é substituída por 
Base Negativa da CSLL e o Lucro Real do IRPJ é denominado de Base de 
Cálculo da CSLL. 
Diferentemente do IRPJ, a CSLL possui alíquota única, não sendo 
necessário realizar o cálculo de adicional ou demais tratativas especiais e, 
portanto, não é direcionada pelo princípio da progressividade, visto que todas as 
entidades que desempenham atividades semelhantes, independentemente do 
montante do seu lucro, serão tributadas com a mesma alíquota. Vamos analisar 
alguns exemplos para compreender de que forma é realizado o cálculo dessa 
contribuição: 
 Exemplo 1: A empresa Alpha atua no ramo de varejo e realiza o cálculo 
trimestral da CSLL e em determinado trimestre a base de cálculo desta 
contribuição foi de R$ 50.000. Nesse caso, o valor da CSLL a ser recolhido 
pela Alpha será de R$ 4.500 (R$ 50.000 x 9%); 
 Exemplo 2: A empresa Delta realiza o cálculo anual por estimativa da 
CSLL e ao fim de determinado ano a base de cálculo deste tributo foi de 
 
 
8 
R$ 300.000. Assim, o valor da CSLL que deverá ser recolhido ao final do 
período montará o valor de R$ 27.000 (R$ 300.000 x 9%); 
 Exemplo 3: A cooperativa de crédito Zeta realiza o cálculo trimestral da 
CSLL e ao final de determinado trimestre do ano de 2020 apurou R$ 
100.000 de base de cálculo da CSLL. Nesse caso, o valor de CSLL será 
de R$ 15.000, pois há tributação de 15% sobre os R$ 100.000 pelo fato 
de essa empresa ser uma instituição financeira. 
Conforme já comentado, para a CSLL não há cálculo de parcela adicional. 
Basta identificar a atividade da organização e aplicar a alíquota de CSLL 
incidente nesse ramo de atividade. 
TEMA 4 – REGIMES DE TRIBUTAÇÃO 
Os regimes de tributação se referem às diferentes formas que uma 
empresa pode ser tributada. O regime de tributação é definido no primeiro 
recolhimento de IRPJ no ano, sendo identificado pelo código informado na guia 
de recolhimento do IRPJ. O regime de tributação escolhido pela empresa será 
válido para os tributos IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, pois esses quatro tributos 
estão interligados e uma vez definido o regime de tributação, este será válido 
para o ano todo, sendo possível sua modificação somente no período seguinte, 
com raras exceções. Tratando especificamente do IRPJ e da CSLL vamos 
abordar os três principais regimes de tributação ora vigentes: lucro presumido, 
lucro real e lucro arbitrado. 
4.1 Lucro presumido 
O lucro presumido é a forma de tributação que utiliza apenas as receitas 
da empresa para apuração do resultado tributável por IRPJ e CSLL. Nesse 
regime de tributação o cálculo do IRPJ e da CSLL deverá ser realizado a cada 
trimestre, ou seja, em março, junho, setembro e dezembro de cada ano. O IRPJ 
e a CSLL são calculados a partir de um lucro estimado encontrado pela aplicação 
de percentuais definidos em lei. 
As regras básicas do lucro presumido encontram-se entre os arts. 587 a 
594 do Regulamento do IRPJ (Decreto 9.580/2018). Basicamente o lucro 
presumido abandona a ideia de lucro sendo o resultado das receitas subtraída 
dos custos e despesas, pois nesse regime o lucro tributável é definido de forma 
 
 
9 
estimada, a partir de alíquotas de lucro estimado, ou seja, presume-se qual seria 
o lucro da empresa de acordo com o tipo de receita que ela obtém. A Figura 2 
apresenta um comparativo entre a lógica para o cálculo do lucro adotado no lucro 
real e no lucro presumido. 
Figura 2 – Lógica para composição do lucro 
 
Fonte: Elaborado pelo autor. 
As alíquotasde presunção utilizadas para estimar o lucro da organização 
são apresentadas na Tabela 2. 
Tabela 2 – Alíquotas de presunção do lucro 
Tipo de receita 
Alíquota presumida 
para IRPJ 
Alíquota presumida 
para CSLL 
Revenda de combustível a consumidor final 1,6% 12% 
Indústria, comércio, transporte de carga e 
serviços hospitalares conforme ADI 18/03 
8% 12% 
Transporte de passageiros 16% 12% 
Prestadores de serviços com receita brutal 
anual de até R$ 120.000,00, exceto 
profissões regulamentadas 
16% 32% 
Prestação de serviços em geral, 
intermediação de negócios e administração 
e locação de bens móveis e imóveis e 
direitos de qualquer natureza 
32% 32% 
Receitas financeiras 100% 100% 
Outras receitas, não definidas no estatuto e 
contrato social e ganhos de capital 
100% 100% 
Fonte: art. 15, Brasil, 1995. 
Após aplicar os percentuais definidos em lei sobre cada receita obtida no 
trimestre, a empresa deverá utilizar as alíquotas de IRPJ e CSLL vistas no tópico 
anterior sobre a base encontrada. Cabe destacar que o imposto de renda retido 
na fonte, por exemplo o incidente sobre receitas financeiras, cobrado sobre as 
receitas que compõe a base do lucro presumido poderá ser deduzido do 
pagamento. 
Algumas receitas e valores não compõem a base de cálculo do lucro 
presumido, tais como: 
Lucro Real
Receita – Custos – Despesas = Lucro
Lucro Presumido
Receita * Coeficiente = Lucro
 
 
10 
 Receitas de participações em empresas controladas e coligadas 
avaliadas pelo MEP – Método de Equivalência Patrimonial; 
 Receita de dividendos de investimentos avaliados pelo custo de 
aquisição; 
 Reversões de provisões operacional quando não representarem 
ingressos de novos recursos; 
 IPI, quando registrado como receita de vendas; 
 ICMS ST, quando registrado como receitas; 
 Descontos incondicionais, vendas canceladas e devoluções. 
Portanto, antes de realizar a aplicação das alíquotas de presunção, o 
contador deverá identificar se há algum valor não tributável para ser excluído 
antes de prosseguir com o cálculo dos tributos. Na Tabela 3 é apresentado um 
exemplo de cálculo do IRPJ e da CSLL em um posto de combustível enquadrado 
como lucro presumido e que possui diferentes tipos de receitas. 
Tabela 3 – Exemplo de cálculo trimestral do lucro presumido 
Posto H2O 
Receita IRPJ 
Abril-Junho % Base 
Revenda combustível R$ 1.500.000 1,60% R$ 24.000 
Revenda de mercadorias R$ 200.000 8% R$ 16.000 
Serviços de lavagem R$ 100.000 32% R$ 32.000 
Aplicações financeiras R$ 3.000 100% R$ 3.000 
Demais receitas R$ 5.000 100% R$ 5.000 
Lucro presumido R$ 80.000 
IRPJ 15% (80.000 * 15%) R$ 12.000 
IRPJ Adicional 10% ((80.000 – 60.000) * 10%) R$ 2.000 
TOTAL IRPJ R$ 14.000 
Posto H2O 
Receita CSLL 
Abril-Junho % Base 
Revenda combustível R$ 1.500.000 12% R$ 180.000 
Revenda de mercadorias R$ 200.000 12% R$ 24.000 
Serviços de lavagem R$ 100.000 32% R$ 32.000 
Aplicações financeiras R$ 3.000 100% R$ 3.000 
Demais receitas R$ 5.000 100% R$ 5.000 
Base CSLL R$ 244.000 
CSLL 9% (R$ 244.000 * 9%) R$ 21.960 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Perceba que a base de cálculo de IRPJ e da CSLL no lucro presumido é 
calculada de forma estimada e em nenhum momento é verificado o lucro que 
realmente a empresa obteve. O valor do IRPJ foi obtido pelo valor total do lucro 
presumido multiplicado por 15%, e o adicional foi calculado aplicando 10% sobre 
o valor que ultrapassou R$ 60.000 no trimestre. Referente à CSLL, o valor foi 
 
 
11 
obtido a partir da multiplicação da alíquota de 9% sobre o valor da base da CSLL 
estimada. 
Veja que no exemplo do posto H2O primeiramente foi necessário 
identificar cada tipo de receita, aplicar as alíquotas estimadas de cada tributo 
(IRPJ e CSLL), para posteriormente calcular efetivamente o valor do tributo. 
Cabe destacar que se a aplicação financeira tivesse sofrido retenção na fonte, 
ou seja, se o banco já tivesse descontado o valor de imposto de renda esse valor 
poderia ser deduzido do valor de IRPJ a recolher no período. 
Saiba mais 
O lucro presumido não representa uma forma de tributação obrigatória, ou 
seja, as empresas podem optar por esse regime de tributação desde que 
obedeçam a algumas regras. 
1. A receita total do ano-calendário anterior não poderá ser superior a R$ 78 
milhões ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 
12 meses. 
2. Instituições financeiras e equiparadas devem obrigatoriamente ser 
enquadradas no lucro real. 
3. As empresas que tiveram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos 
do exterior não poderão ser enquadradas nesse regime de tributação. 
4. Que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam benefícios fiscais 
relativos à isenção ou redução de impostos (Pêgas, 2017). 
Além disso, o controle dos tributos no lucro presumido pode ser realizado 
via regime de caixa ou regime de competência. 
4.2 Lucro real 
O regime de tributação lucro real segue a lógica de calcular o valor do 
lucro tributável a partir da dedução dos custos e despesas das receitas. Contudo, 
a tributação sobre o lucro não segue necessariamente o princípio da 
confrontação entre receitas e despesas, pois a legislação fiscal tem uma forma 
específica de tributar o lucro. Isso decorre das diferentes interpretações sobre a 
natureza de algumas receitas e despesas e o período de reconhecimento. 
Assim, é necessário transformar o resultado contábil (lucro ou prejuízo) 
em um resultado fiscal e esse procedimento é realizado a partir da utilização de 
ajustes de adição e exclusão. O lucro fiscal é obtido apenas pelas receitas 
 
 
12 
tributadas e pelas despesas aceitas pelo Fisco, não considerando 
necessariamente tudo que foi registrado na contabilidade, sendo o resultado 
contábil apenas o ponto de partida para alcançar o resultado fiscal (Pêgas, 
2017). Tais ajustes são realizados no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR). 
No Quadro 2 é exposta a estrutura utilizada para ajustar o resultado 
contábil para o resultado fiscal utilizado para a definição da base de cálculo do 
IRPJ e da CSLL. 
Quadro 2 – Estrutura do Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) – Parte A 
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO 
(+) ADIÇÕES 
Despesas contabilizadas que não são aceitas pelo FISCO; 
Receitas exigidas pelo FISCO e não contabilizadas em Receita; 
(-) EXCLUSÕES 
Receitas contabilizadas que não são exigidas pelo FISCO; 
Despesas Aceitas pelo FISCO e não contabilizadas em despesa; 
RESULTADO LÍQUIDO AJUSTADO 
(-) Compensação de prejuízos fiscais 
(=) RESULTADO TRIBUTÁVEL 
Fonte: Pêgas, 2017. 
A primeira linha se refere ao resultado contábil apresentado na 
Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) e que segue o regime de 
competência. Nas adições são incluídas as despesas que reduzem o lucro da 
empresa, mas que fiscalmente não são aceitas para redução da base de cálculo 
do IRPJ e da CSLL. Ainda são adicionadas as receitas não registradas na 
contabilidade, mas que são exigidas pelo Fisco. 
Basicamente, as adições são despesas que não são normais ou usuais 
às atividades da empresa e que também não são custos. Nesse sentido, o art. 
311 do Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 9.580/2018) pode ser 
utilizado como direcionador para o julgamento das despesas que devem ou não 
ser adicionadas ao LALUR. Esse artigo cita que as despesas operacionais são 
aquelas que não são computadas como custos, são necessárias à atividade da 
empresa e à manutenção da fonte produtora. Portanto, aquelas despesas que 
não se encaixam nesse conceito, possivelmente serão adicionadas a base de 
cálculo do IRPJ e da CSLL. A Instrução Normativa 1.700/2017 em seu anexo I 
detalha a lista de adições a serem realizadas. 
Nas exclusões são registrados os valores reconhecidos como receita pela 
empresa, mas que a legislação fiscal não exige sua tributação. Além das 
despesas aceitas pelo Fisco e não contabilizadas na contabilidade.A Instrução 
 
 
13 
Normativa 1.700/2017 em seu anexo II detalha a lista de exclusões a serem 
realizadas. 
Percebam que o objetivo desses ajustes de adições e exclusões é de 
anular o efeito da conta ajustada na DRE da empresa para que o resultado fiscal 
seja alcançado. Portanto, uma adição no LALUR representa a anulação de um 
valor que diminuiu o lucro da empresa na DRE, tendo seu efeito anulado. Para 
cada ajuste a ser realizado é necessário que o contador analise o caso em 
questão, verifique a legislação fiscal e a motivação de considerar ou não cada 
operação (Pêgas, 2017). O Quadro 3 apresenta exemplos de operações que são 
adicionadas ou excluídas no LALUR, para analisar mais exemplos de adições e 
exclusões sugerimos a leitura da Instrução Normativa da Receita Federal do 
Brasil 1.700 de 2017. 
Quadro 3 – Exemplos de exclusões e adições fiscais 
 É aceita pela 
Contabilidade? 
É aceita 
pelo Fisco? 
Ajuste Exemplo 
Receita 
Sim Não Exclui 
Resultado positivo com 
equivalência patrimonial 
Não Sim Adiciona 
Vendas para órgãos 
governamentais tributadas no 
recebimento 
Despesas 
Não Sim Exclui 
Pagamentos de despesa 
provisionada 
Sim Não Adiciona Brindes e multas pagas 
Fonte: elaborado pelo autor. 
O resultado líquido ajustado é o resultado fiscal obtido após os ajustes de 
adição e exclusão do resultado contábil. Se esse valor for negativo, então a 
empresa não terá valor de IRPJ e CSLL a ser recolhido no período e um prejuízo 
fiscal ficará disponível para ser compensado em períodos futuros. Porém, se 
esse valor for positivo, a empresa deverá verificar se possui prejuízos fiscais de 
períodos anteriores para compensar, mas esse tema vamos abordar com mais 
detalhes logo a frente. 
Vamos analisar um exemplo de cálculo da base de IRPJ e CSLL a partir 
do Livro de Apuração do Lucro Real derivado da Demonstração do Resultado do 
Exercício trimestral, sendo que ambos estão expostos na Figura 3. 
 
 
 
14 
Figura 3 – Livro de Apuração do Lucro Real 
 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Perceba que o Resultado Antes dos Tributos na DRE monta o valor de R$ 
51.500. Contudo, as despesas com multas de trânsito não podem deduzir a base 
de cálculo do IRPJ e da CSLL, pois não são despesas usuais empregadas na 
atividade da empresa. Portanto, se na DRE o valor das multas diminuiu o lucro 
contábil da empresa, pois caso não houvesse tal despesa o lucro seria de R$ 
53.500 ao invés de R$ 51.500, então no LALUR essa despesa deve ser 
adicionada ao lucro para que o seu efeito na DRE seja anulado. 
As receitas de dividendos também não são tributadas no Brasil, portanto, 
para fins fiscais essa receita deve ser desconsiderada da base de cálculo do 
IRPJ e da CSLL. Portanto, se na DRE essa receita aumentou o lucro contábil, 
no LALUR essa receita deve ser excluída para que seu efeito seja anulado. 
Logo, após as adições e exclusões, e levando em conta que essa 
empresa não possui prejuízos fiscais anteriores, o Resultado Tributável será de 
R$ 28.500 e sobre esse valor serão calculados o IRPJ e a CSLL a serem 
recolhidos. Assim, o IRPJ será de R$ 4.275 (R$ 28.500 x 15%), visto que não 
houve base para cobrança do adicional, e a CSLL de R$ 2.565 (R$ 28.500 x 9%). 
A DRE após o cálculo dos tributos sobre o lucro é exposta na Tabela 4. 
Tabela 4 – Demonstração do Resultado do Exercício 
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 
Receita Bruta com Vendas de Mercadorias R$ 200.000,00 
(-) Deduções da Receita Bruta com Vendas -R$ 54.500,00 
ICMS sobre Vendas -R$ 36.000,00 
Outros Impostos s/ Vendas -R$ 18.500,00 
(=) Receita Líquida com Vendas R$ 145.500,00 
Custo dos Produtos ou Mercadorias Vendidos -R$ 70.000,00 
(=) Lucro Bruto R$ 75.500,00 
 
 
15 
Despesas Comerciais -R$ 70.000,00 
Despesas Administrativas -R$ 12.000,00 
Despesas com Multas de Trânsito -R$ 2.000,00 
Receitas de Dividendos R$ 25.000,00 
Lucro Antes do Resultado Financeiro R$ 16.500,00 
Despesas Financeiras -R$ 10.000,00 
Receitas Financeiras R$ 45.000,00 
Resultado antes dos Tributos R$ 51.500,00 
IRPJ Corrente R$ 4.275,00 
CSLL Corrente R$ 2.565,00 
Lucro Líquido Consolidado do Período R$ 35.128,00 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Perceba que o LALUR serve para operacionalizar o cálculo dos tributos e 
após encontrado tais valores, esses montantes são deduzidos do resultado 
contábil. Essa tratativa é excelente, pois não há necessidade de haver duas 
contabilidades (uma para atender interesses fiscais e outra para atender 
interesses societários), pois todas as diferenças entre as regras societárias e 
fiscais são ajustadas no LALUR, os valores dos tributos são calculados, e 
posteriormente são deduzidos do Resultado antes dos Tributos apresentado na 
DRE. 
Vamos agora verificar os procedimentos acerca dos prejuízos fiscais, 
seguimos! 
Nas situações em que o Resultado Líquido Ajustado é positivo, o Fisco 
permite que prejuízos fiscais de períodos anteriores sejam compensados em até 
30% do valor do Resultado Líquido Ajustado do período corrente (ou período 
atual), desde que tenha saldo para tal. Vamos lá, suponha que uma empresa 
após realizar as adições e exclusões em X1 tenha tido um resultado líquido 
ajustado de -R$ 1.000, e em X2 o resultado líquido ajustado tenha sido de R$ 
10.000, ela poderá compensar até R$ 3.000 (R$ 10.000 x 30%) do resultado 
líquido ajustado de X2 com prejuízos de períodos anteriores. Como a empresa 
teve somente -R$ 1.000 de prejuízo em períodos anteriores, então este será o 
valor máximo a ser compensado e o Resultado Tributável será de R$ 9.000. O 
objetivo da compensação é que a empresa consiga diminuir a base de cálculo 
do IRPJ e da CSLL com prejuízos fiscais de períodos anteriores e assim pague 
menos tributos. 
Vamos analisar agora o exemplo exposto na Tabela 5, em que são 
apresentados os dados da empresa Vírus da Grife, que atua no ramo de 
vestuário e realizará o cálculo do IRPJ e da CSLL referente ao primeiro trimestre 
 
 
16 
do ano 20x2. Sabe-se que a Vírus da Grife possui R$ 50.000 de prejuízo fiscal 
de períodos anteriores, R$ 100.000 de lucro antes do IRPJ e da CSLL, despesas 
com multas no valor de R$ 1.000, despesas com brindes no valor de R$ 3.000 e 
resultado positivo com equivalência patrimonial no valor de R$ 10.000. 
Tabela 5 – Exemplo de cálculo trimestral do lucro real 
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO R$ 100.000 
(+) ADIÇÕES R$ 4.000 
Despesas com multas R$ 1.000 
Despesas com brindes R$ 3.000 
(-) EXCLUSÕES R$ 10.000 
Resultado positivo com equivalência patrimonial -R$ 10.000 
 
RESULTADO LÍQUIDO AJUSTADO R$ 94.000 
(-) Compensação de prejuízos fiscais -R$ 28.200 
(=) RESULTADO TRIBUTÁVEL R$ 65.800 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Nota-se que após as adições e as exclusões o Resultado Líquido Ajustado 
da Vírus da Grife foi positivo e como a empresa possuía prejuízo fiscal 
acumulado de períodos anteriores houve a possibilidade de compensação em 
até 30% dos R$ 94.000, ou seja, R$ 28.200 (R$ 94.000 x 30%). Lembrando que 
para haver compensação é necessário que a empresa tenha saldo para ser 
compensado, como a empresa tinha R$ 50.000 de prejuízo fiscal acumulado foi 
possível deduzir os R$ 28.200. 
Encontrada a base de cálculo de R$ 65.800 é hora de calcular o IRPJ, 
sendo aplicada a alíquota de 15% sobre o montante total e de 10% sobre o valor 
que ultrapassar R$ 60.000. Assim, o valor de IRPJ da Vírus da Grife é de R$ 
9.870 (R$ 65.800 * 15%) + R$ 580 ((R$ 65.800 – R$ 60.000) * 10%), ou seja, R$ 
10.450. Já a CSLL será de R$ 5.922 (R$ 65.800 x 9%). 
Nota-se que dificilmente uma empresa terá um resultado contábil igual ao 
resultado fiscal. Por exemplo, se uma empresa tiver um montante significativo 
de despesas não dedutíveis na contabilidade, pode ser que ocorra dela 
apresentar prejuízo contábil, mas lucro fiscal. 
Destaca-se novamente que o LALUR serve estritamente para o controle 
fiscal e após realizado o cálculodo valor do tributo no período será efetuado o 
lançamento dos valores dos tributos reduzindo o resultado contábil na DRE, 
conforme apresentado na Tabela 6. 
 
 
 
17 
Tabela 6 – Exemplo de cálculo trimestral do lucro real 
LUCRO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO R$ 100.000 
IRPJ Corrente R$ 10.450 
CSLL Corrente R$ 5.922 
LUCRO LÍQUIDO CONSOLIDADO DO PERÍODO R$ 83.628 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Assim, percebe-se que o resultado contábil após os tributos é de R$ 
83.628 e o controle fiscal é utilizado apenas para fins tributários. Ressalta-se 
também que o LALUR é composto pelas partes A e B, na parte A empresa realiza 
a apuração do lucro fiscal, partindo do resultado obtido na escrituração contábil 
e na parte B são registrados os saldos das operações que podem interferir a 
base fiscal de posteriores. 
No lucro real também existe a opção de realizar o recolhimento do IRPJ e 
da CSLL por meio de bases estimadas calculadas mensalmente. Nessa 
modalidade o IRPJ e a CSLL são recolhidas mensalmente de forma antecipada 
e ao final do ano é realizada a apuração definitiva dos tributos. Basicamente, 
esse tipo de cálculo segue a estrutura do lucro presumido, em que são aplicados 
percentuais específicos e estimados sobre cada tipo de receita; após isso é 
apurado o IRPJ e a CSLL. No final do período a empresa tem a obrigatoriedade 
de realizar o levantamento do LALUR, a fim de identificar a diferença do valor a 
ser recolhido. 
Por exemplo, suponha que a empresa Churrasick Park tenha apresentado 
os seguintes valores no período de 20x1: 
 Receitas com vendas de vestuário em mensais de R$ 100.000; 
 Custos mensais de R$ 40.000; 
 Despesas dedutíveis mensais de R$ 30.000; 
 Despesas indedutíveis mensais de R$ 1.000. 
Tabela 7 – Exemplo de cálculo do lucro real por estimativa mensal 
IRPJ CSLL 
 Mensal Mensal 
Receitas com vendas R$ 100.000 Receitas com vendas R$ 100.000 
Alíquota estimada 8% Alíquota estimada 12% 
Base de IRPJ Mensal R$ 8.000 Base de CSLL Mensal R$ 12.000 
Alíquota IRPJ 15% Alíquota CSLL 9% 
IRPJ Recolhido 
Mensalmente 
R$ 1.200 
CSLL Recolhido 
Mensalmente 
R$ 1.080 
Total de IRPJ 
Recolhido no Ano 
R$ 14.400 
Total de IRPJ 
Recolhido no Ano 
R$ 12.960 
Fonte: elaborado pelo autor. 
 
 
18 
A empresa poderá recolher por meio da estimativa mensal durante o ano 
inteiro e somente ao final do período realizar o levantamento do livro LALUR, ou 
se for mais vantajoso poderá calcular o valor do IRPJ e CSLL por meio do livro 
LALUR para suspender ou reduzir o pagamento do IRPJ e da CSLL em qualquer 
mês durante o ano para comprovar que até o momento já recolheu valor de 
tributo superior ao montante que seria necessário caso a apuração fosse 
realizada a partir do livro LALUR. 
Conforme já citado, obrigatoriamente no final do ano a empresa deverá 
realizar o levantamento do lucro contábil, ajustar para a base de cálculo fiscal, a 
partir disso calcular o valor do IRPJ e da CSLL e verificar se o valor já recolhido 
por meio das estimativas mensais excede o valor a recolher com base no LALUR 
ou se há alguma diferença a ser recolhida. A Tabela 8 apresenta o cálculo do 
LALUR para o ano de 20x1 da Churrasick Park. 
Tabela 8 – Exemplo de cálculo trimestral do lucro real2 
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO R$ 348.000 
(+) ADIÇÕES R$ 12.000 
Despesas indedutíveis R$ 12.000 
 
(-) EXCLUSÕES 0,00 
 
 
RESULTADO LÍQUIDO AJUSTADO R$ 360.000 
(-) Compensação de prejuízos fiscais 0,00 
(=) RESULTADO TRIBUTÁVEL R$ 360.000 
Fonte: elaborado pelo autor. 
A partir do resultado tributável é calculado o valor de IRPJ, sendo de R$ 
54.000 (R$ 360.000 x 15%), mais adicional de R$ 12.000 ((R$ 360.000 – R$ 
240.000) x 10%), totalizando R$ 66.000 de IRPJ e R$ 32.400 de CSLL (R$ 
360.000 x 9%). Como a Churrasick Park recolheu R$ 14.400 de IRPJ e R$ 
12.960 de CSLL por meio de estimativas mensais, então deverá recolher 
somente a diferença em relação ao valor obtido por meio do cálculo obtido a 
partir do resultado fiscal. Então, o valor da diferença a ser recolhido será de R$ 
51.600 de IRPJ (R$ 66.000 – R$ 14.400) e R$ 19.440 (R$ 32.400 – 12.960). O 
valor da diferença é chamado de cota de ajuste e deverá ser paga até o último 
dia útil do mês de janeiro para que não tenha nenhum acréscimo. A cota de 
 
2 Nota: O resultado antes dos tributos foi obtido a partir das receitas total do período de 20x1 (R$ 
1.200.000) menos os custos anuais (R$ 480.000) menos as despesas totais do ano (R$ 372.000), 
sendo R$ 1.200.000 – R$ 480.000 – R$ 372.000 = R$ 348.000. 
 
 
19 
ajuste também pode ser paga até março com cobrança de 1% de juros, mais a 
SELIC do mês de fevereiro; ou se for pago em fevereiro será cobrado somente 
1% de juros. 
Curiosidades 
As empresas que obtiveram mais de R$ 78 milhões de receita bruta no 
ano anterior deverão ser enquadradas no regime de tributação lucro real. 
4.3 Lucro arbitrado 
 Fabretti (2017) esclarece que o lucro arbitrado é uma prerrogativa do 
Fisco para tributar as empresas quando as demonstrações e apurações 
contábeis e fiscais são desqualificadas, ou seja, consideradas inválidas e com 
informações inseguras para utilização no cálculo de tributos. 
Entre as hipóteses que configuram uma apuração contábil ou fiscal 
desqualificada estão a ausência de escrituração contábil ou fiscal na forma da 
lei, indícios de fraude, não apresentação dos livros fiscais ou contábeis, bem 
como de documentos dessas escriturações, opção indevida pelo regime de 
tributação do lucro presumido e livros fiscais e contábeis em desacordo com as 
normas vigentes. 
Quando o Fisco decide arbitrar o lucro de uma empresa, então é utilizada 
a mesma lógica do lucro presumido no cálculo dos tributos. Quando a Receita 
Bruta for conhecida o Fisco realiza um acréscimo de 20% nas alíquotas para 
estimativa da base de cálculo do IRPJ e para as instituições financeiras esse 
acréscimo é de 45%. Por exemplo, se a alíquota estimada para as receitas de 
comercialização é 8%, no lucro arbitrado essa alíquota passa a ser 9,6%. 
Contudo, nos casos em que a Receita Bruta não é conhecida então uma 
das oito opções a seguir poderá ser utilizada, conforme Pêgas (2017, p. 426-
427): 
1. 1,5 do lucro real referente ao último período em que a pessoa 
jurídica possuía a escrituração, sendo atualizada monetariamente; 
2. 0,04 da soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo 
prazo e permanente existentes no último balanço conhecido; 
3. 0,07 do valor do capital, atualizado monetariamente; 
4. 0,05 do valor do patrimônio líquido constante no último balanço 
e atualizado monetariamente; 
5. 0,4 do valor das compras de mercadorias realizadas no mês; 
6. 0,4 da soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento 
dos funcionários e das compras de matérias-primas, produtos 
intermediários e materiais de embalagem; 
7. 0,8 da soma dos valores devidos no mês aos empregados; ou 
 
 
20 
8. 0,9 do valor mensal do aluguel devido. 
Para as opções 5 e 6 o ajuste a valor presente é desconsiderado. Além 
disso, dos itens 2 ao 4 os valores deverão ser multiplicados pelo número de 
meses do período de apuração. Já dos itens 5 ao 8, o lucro arbitrado será o valor 
resultante da soma dos valores apurados para cada mês do período de 
apuração, conforme art. 608 do RIR 9.580/2018. 
TEMA 5 – CONTABILIZAÇÃO DOS TRIBUTOS SOBRE O LUCRO 
A contabilização da tributação sobre o lucro deverá ser efetuada de dois 
modos, a depender da forma de tributação da empresa. O recolhimento do IRPJ 
e da CSLL trimestralmente é denominado de recolhimento definitivo e o 
lançamento é realizado diretamente na conta do resultado em contrapartida a 
uma conta do passivo. A seguir são detalhados os lançamentos a serem 
realizados pelo posto de combustível H2O apresentada na explicação do cálculo 
da tributação do lucro presumido: 
Tabela 9 – Lançamentos segregados– parte 1 
D – IRPJ Corrente (Resultado) R$ 14.000 
C – IRPJ a Recolher (Passivo Circulante) R$ 14.000 
 
D – CSLL Corrente (Resultado) R$ 21.960 
C – CSLL a Recolher (Passivo Circulante) R$ 21.960 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Quando o posto de combustível H2O realizar o pagamento dos tributos os 
seguintes lançamentos devem ser realizados: 
Tabela 10 – Lançamentos segregados – parte 2 
D – IRPJ a Recolher (Passivo Circulante) R$ 14.000 
C – Caixa e equivalentes (Ativo) R$ 14.000 
 
D – CSLL a Recolher (Passivo Circulante) R$ 21.960 
C – Caixa e equivalentes (Ativo) R$ 21.960 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Nota-se que nas apurações trimestrais os valores dos tributos são 
reconhecidos direto nas contas de resultados. 
 
 
21 
Quando se trata da apuração anual por estimativas mensais, os valores 
recolhidos mensalmente são lançados em contas do ativo e somente quando é 
realizado o cálculo dos tributos via LALUR que os montantes são lançados nas 
contas de resultados. 
Referente a apuração da Churrasick Park todo mês o seguinte 
lançamento deverá ser realizado: 
Tabela 11 – Lançamentos segregados – parte 3 
D – IRPJ Estimativa (Ativo Circulante) R$ 1.200 
C – IRPJ a Recolher (Passivo Circulante) R$ 1.200 
 
D – CSLL Estimativa (Ativo Circulante) R$ 1.080 
C – CSLL a Recolher (Passivo Circulante) R$ 1.080 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Quando ocorrer a apuração dos tributos ao final do ano, então os valores 
das contas do ativo serão zeradas e a diferença será lançada nas contas do 
passivo em contrapartida às contas de resultados que serão movimentadas: 
Tabela 12 – Lançamentos segregados – parte 4 
D – IRPJ Corrente (Resultado) R$ 66.000 
C – IRPJ a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 14.400 
C – IRPJ a Recolher (Passivo Circulante) R$ 51.600 
 
D – CSLL Corrente (Resultado) R$ 32.400 
C – CSLL a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 12.960 
C – CSLL a Recolher (Passivo Circulante) R$ 19.440 
Fonte: elaborado pelo autor. 
Nota-se que os recolhimentos realizados todo mês por estimativa não 
figuram nas contas de resultados, por não representar os valores definitivos da 
apuração dos tributos sobre o lucro. Quando ocorre a apuração dos tributos 
sobre o resultado fiscal calculado via LALUR, então será lançado os valores nas 
contas de resultados, pois figuram os valores definitivos de IRPJ e CSLL. 
TROCANDO IDEIAS 
Quais aspectos o contador e os administradores da empresa devem 
observar no momento de definir o regime de tributação da empresa? Exponha 
sua resposta no fórum e construa conhecimento com os demais colegas. 
 
 
22 
NA PRÁTICA 
Para as questões 1 e 2 utilize as informações a seguir. 
A Cia Zielo S. A. obteve nos três primeiros meses de 2018 os seguintes 
montantes de receitas com revenda de mercadorias: R$ 100.000,00; R$ 
50.000,00 e R$ 250.000,00, respectivamente. Além disso, o custo das 
mercadorias das mercadorias vendidas somou o montante de R$ 150.000,00, 
sendo R$ 30.000,00 em janeiro, R$ 20.000,00 em fevereiro e R$ 100.000,00 em 
março. Nos referidos meses, as despesas dedutíveis para IRPJ/CSLL foram de 
R$ 15.000,00; R$ 10.000,00 e R$ 55.000,00, respectivamente. Por fim, as 
despesas indedutíveis para IRPJ/CSLL foram de R$ 7.000,00; R$ 3.000,00 e R$ 
10.000,00, respectivamente, para os meses do período analisado. 
1. Considerando que a Cia Zielo S. A. é do regime tributário lucro presumido, 
indique o valor a recolher de IRPJ para o período analisado: 
(a) R$ 4.800,00 
(b) R$ 6.000,00 
(c) R$ 2.880,00 
(d) R$ 4.320,00 
Cálculo do Gabarito: 
 
Cia Zielo S. A. 
Receita IRPJ 
Janeiro-Março % Base 
Revenda de mercadorias R$ 400.000 8% R$ 32.000 
Lucro Presumido R$ 32.000 
IRPJ 15% (32.000 * 15%) R$ 4.800 
IRPJ Adicional 10% - 
TOTAL IRPJ R$ 4.800 
2. Considerando que a Cia Zielo S. A. é do regime tributário do lucro real 
trimestral, o valor a recolher de CSLL é de: 
(a) R$ 13.500,00 
(b) R$ 28.800,00 
(c) R$ 20.700,00 
(d) R$ 15.300,00 
Cálculo do Gabarito: 
LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL – PARTE A 
Resultado Antes dos Tributos sobre o Lucro R$ 150.000 
(+) Adições 
 
Despesas indedutíveis R$ 20.000 
(-) Exclusões 
 
 
 
 
23 
Resultado Líquido Ajustado R$ 170.000 
(-) Compensação de prejuízos fiscais 
 
(=) Resultado Tributável R$ 170.000 
CSLL 9% R$ 15.300 
3. Sobre os limites de receita bruta para enquadramento nos regimes de 
tributação é incorreto afirmar que: 
(a) Uma empresa que obteve R$ 60 milhões em Receita Bruta em 2017 
deverá optar pelo Lucro Real em 2018; 
(b) Uma empresa que obteve R$ 60 milhões em Receita Bruta em 2017 
poderá optar pelo Lucro Real em 2018; 
(c) Uma empresa que obteve R$ 80 milhões em Receita Bruta em 2017 
deverá optar pelo Lucro Real em 2018; 
(d) Uma empresa que obteve R$ 67 milhões em Receita Bruta em 2017 
poderá optar pelo Lucro Presumido em 2018. 
Justificativas: 
Opção A: é incorreta, pois uma empresa que obteve R$ 60 milhões de 
receita bruta em 2017 poderá ser do Lucro Real em 2018, pois não ultrapassou 
o limite de R$ 78 milhões. 
Opção B: é correta, pois uma empresa que obteve R$ 60 milhões de 
receita bruta em 2017, poderá de maneira voluntária ser do lucro real em 2018. 
Opção C: é correta, pois uma empresa que obteve R$ 80 milhões de 
receita bruta em 2017, obrigatoriamente deverá ser do lucro real em 2018. 
Opção D: é correta, pois uma empresa que obteve R$ 67 milhões de 
receita bruta em 2017, poderá optar pelo lucro presumido em 2018, pois não 
ultrapassou o limite de R$ 78 milhões de receita bruta anual. 
FINALIZANDO 
Aprendemos nesta aula que os tributos diretos são aqueles que em uma 
só pessoa se reúnem o contribuinte de fato e de direito. Vimos também como 
realizar o cálculo dos tributos IRPJ e CSLL, bem como as especificidades dos 
diferentes regimes de tributação que possibilitam que a organização realize o 
seu planejamento tributário. Por fim, abordamos como é realizada a 
contabilização dos tributos incidentes sobre o lucro, seja pelo recolhimento 
definitivo ou temporário. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988a. 
_____. Lei n. 7.689, de 15 de dezembro de 1988b. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7689.htm>. Acesso em: 27 fev. 
2020. 
_____. Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. Acesso em: 27 fev. 2020. 
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<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13169.htm>. 
Acesso em: 27 fev. 2020. 
_____. Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/LCP/Lcp105.htm>. Acesso em: 27 fev. 
2020. 
_____. Decreto n. 9.580, de 22 de novembro de 2018. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015- 
2018/2018/Decreto/D9580.htm>. Acesso em: 27 fev. 2020. 
_____. Decreto n. 9.249, de 26 de dezembro de 1995. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9249.htm>. Acesso em: 27 fev. 2020. 
FABRETTI, L. C. Contabilidade tributária. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 
PÊGAS, P. H. Manual de contabilidade tributária. 9. ed. São Paulo: Atlas, 
2017.

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