Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LARISSA MENEZES – GASTRO • Doença inflamatória aguda do pâncreas • É uma resposta inflamatória sistêmica sem infecção • TC sem contraste: pâncreas aumentado com densificação da gordura ao redor (perda dos limites) o Inicialmente tem uma lesão no pâncreas pelo álcool e pelo estímulo colecistocinina por obstrução da bile, fazendo com que ocorra liberação de cálcio do sistema retículo endoplasmático rugoso para o citoplasma, abrindo os poros da mitocôndria e perda de polarização das mitocôndrias, que para de funcionar e não faz o ciclo de Krebs o O cálcio dentro do RER ativa o tripsinogênio do pâncreas, alterando a autofagia celular e ativa inflamação o A tensão ductal das pedras também aumenta o cálcio intracitoplasmático o Hipocalcemia é um sinal de pancreatite aguda grave pelo sequestro de cálcio dentro da célula (intracelular) e pelo consumo de cálcio da reação da saponificação das gorduras o A célula inflamada está necrosando, recrutando mais quimiotaxias gerando mais processo inflamatório propagando a inflamação o A ativação da resposta M1 por monócitos ajuda a ter mais neutrófilos o Ativação enzimática no pâncreas: autodigestão (o pâncreas como ele mesmo) o 80% é pancreatite aguda leve: inflamação sistêmica sem infecção o Principal causa é a litíase biliar e é mais comum em mulheres → ALT aumentado em 3x do valor normal (15-20% das enzimas normais) LARISSA MENEZES – GASTRO o USG com fígado e vesícula biliar; imagens hipoecogênicas com sombra acústica posterior (pedras) o 2ª principal causa é o álcool e é mais comum em homens. É associado a predisposição genética o Hipertrigliceridemia: TG>1000 mg/Dl o Induzida por drogas: azatioprina, ácido valproico, metildopa, furosemida, 6- mercaptopurina, corticoides o Pós CPER, trauma, alterações anatômicas, tumores, pós-operatório e autoimune o Recorrência de 25% dos casos: microlitíase; fecha o diagnostico com USG endoscópica o Dor aguda e constante em epigástrio ou hipocôndrio direito, com irradiação para o dorso (em faixa), associada a náuseas e vômitos o Essa dor tende a melhorar com a flexão do tronco em posição de Maomé/mulçumano/genoflexão o Febre, taquicardia, desidratação e choque o Distensão abdominal com diminuição de THA o Sinais de peritonite podem estar presentes o Sinal de Fox (na base do pênis) o Quadro clínico + Elevação da amilase sérica em 3x o limite superior + Exame de imagem: É necessário 2 dos 3 o Exame de imagem: USG de abdome e vias biliares ou TC de abdome (antes de 72h do inicio dos sintomas pode não ver a necrose) o Amilase aumenta em poucas horas, diminui após 3 a 5 dias de sintomas e pode está normal em 19% dos pacientes o Lipase demora a subir, mas demora mais tempo elevada, porque é mais especifica o Exame de imagem alterado + Amilase normal é comum em pancreatite por álcool ou na crônica o Outras causas de aumento de amilase: ▪ Macroamilasemia ▪ Doenças das glândulas salivares ▪ Apendicite, colicistite, úlcera péptica ▪ Obstrução e isquemia mesentérica o Não há correlação com gravidade da pancreatite o Úlcera péptica perfurada o Colicistite o Isquemia e obstruções intestinais o Cetoacidose diabética: fazer glicemia sempre quando o paciente chegar com dor abdominal o Cólica renal o Dissecção de aorta o Locais: ▪ Necrose pancreática ▪ Abcesso e pseudocisto o Sistêmicas: ▪ SDRA ▪ Insuficiência renal ▪ Choque o Na admissão: avaliação da gravidade (tto agressivo) o Marcadores séricos: PCR (>100 é pior prognostico), procalcitonina, IL-6 o Marcadores urinários: peptídeo ativador tripsinogênio e tripsinogênio 2 o Escores de gravidade de Ranson: LARISSA MENEZES – GASTRO o APACHE II bastante utilizado em UTI o Ranson ≥3 ou APACHE II ≥8 é indicativo de gravidade e é mandatório TC de abdome o Escores de gravidade de ATLANTA o TC de abdome: ▪ Presença de necrose é pior prognósico ▪ Escore de Balthazar ▪ Apenas 50% dos pacientes com necrose desenvolvem disfunção orgânica o Cirurgia em pancreatite aguda é proscrita! o Só abre se tiver um abscesso que não foi drenado corretamente por endoscopia ou radiointervenção ou se precisar retirar a vesícula o Tratamento é de suporte: jejum, hidratação e analgesia. Atb só se tiver infecção e precisa debridar o abscesso de alguma forma o Tratamento na enfermaria o Administração de fluidos, analgesia e jejum o Oxigênio e antieméticos se necessário o Avaliação constante para identificação precoce se disfunção orgânica o Ringer lactato: ▪ Bolus de 20ml/kg em 30 minutos ▪ Manutenção: 3ml/kg/h de 8-12horas ▪ Não usar se hipercalcemia (Edema Agudo de Pulmão) ▪ Objetivo é evitar hipovolemia com isquemia e complicações locais e sistêmicas, mas deve ter cuidado com hipervolemia o Alvos terapêuticos: ▪ FC < 120 bpm ▪ PAM 65-85 ▪ DU entre 0,5-1 ml/kg/h ▪ Redução de Ht em 35-44% ▪ Redução da ureia o Analgesia: Analgésico ou opioides LARISSA MENEZES – GASTRO Evitar Meperidina Deve ser administrado pela escala visual de dor o Nutrição: Jejum até melhora da dor (melhora geralmente é rápida) Dieta padrão deve ser administrada por VO após melhora da dor Dieta padrão não tolerada deve fazer peptídeos Jejum por + de 7 dias deve fazer nutrição enteral o Tratamento na UTI o Administração de fluidos, analgesia e terapia nutricional o Não usar ATB profilático para necrose estéril o Tratamento da necrose infectada o Nutrição enteral é melhor que parenteral o Se mesmo com tto houver piora do quadro suspeita de necrose infectada e realiza PAAF da necrose guiada por EUS o CPRE com esfinceterectomia de emergência se colangite (Tríade de Charcot: Icterícia, dor abdominal e febre) o Colecistectomia: ▪ Pancreatite leve: em 7 dias após a recuperação, podendo ser na mesma hospitalização ▪ Pancreatite moderada grave ou grave: postergar colecistectomia até melhora dos fluídos e estabilização do paciente ▪ Se não fizer a cirurgia em 6-18 semanas: risco de 25/30% de complicação grave (colecistite, colangite e nova pancreatite) • Esclerose mutilante do parênquima glandular, inicialmente focal e a seguir difusa • Evolução progressiva das lesões, mesmo após a retirada do fator causal • Dor, esteatorreia e perda ponderal • Álcool é a principal causa o Calcificante: ▪ Alcoólica em mais de 90% dos casos: consumo diário de 40-50g de etanol em 5- 12 anos ▪ Hereditária (genética) ▪ Metabólica ▪ Nutricional ▪ Idiopática o Obstrutiva: ▪ Oddites ▪ Estenose cicatricial ou congênita ▪ Pâncreas divisum o Inflamatória: autoimune o Formação de rolha proteica que altera o suco pancreático, aumentando a pressão intraductal (semelhante a aguda), com diminuição de litostatina e deposito de cálculo LARISSA MENEZES – GASTRO o A aguda de repetição leva a crônica, porque quando a inflamação começa não tem remédio que pare. Algumas pessoas evoluem mais rápido que outras, mas não sabe como isso vai ocorrer nem como o Dor o Emagrecimento o Má absorção o Diabetes o Complicação grave e tardia o Depende da gravidade das doenças de base do paciente o Tempo médio de latência: o 8-9 anos da pancreatite alcoolica e 15 anos na pancreatite idiopática não-alcoolica o Insuficiência exócrina o Anorexia secundaria a dor abdominal o Náuseas/vômitos o Diabetes mellitus o Alcoolismo o Aumento da atividade metabólica em 30-50% (inflamação constante gera um catabolismo muito grande) o Perda de células acinares e/ou obstrução do ducto pancreático geram níveis baixos de enzimas e bicarbonatos o Lipídeos: ▪ É o mais afetado em fases iniciais gerando a perda de peso grave ▪ Diminui a secreção de lipase pancreática, bicarbonato e concentração de ácidos biliares▪ Lipase lingual e gástrica não compensam o Carboidratos: ▪ Amilase salivar e oligossacaridases na borda em escova intestinal ▪ Perda da função endócrina: intolerância a glicose o Proteínas: ▪ Pepsina, peptidases entéricas ▪ Fases mais avançadas o Icterícia o Cistos o Derrames cavitários o Outros o Clínico o Laboratorial: ▪ Elastase fecal (proteína produzida pelo pâncreas): vai estar baixa na PC ▪ Balanço de gordura nas fezes: muita gordura não está digerindo o Avaliação funcional o Histológico: fibrose no tecido pancreático o Imagem ▪ Sinais de Pancreatite crônica → TC com contraste → Se calcificações ou alterações ductais sugestivas → PC ▪ Sinais de Pancreatite crônica → TC com contraste → Sem calcificações ou alterações ductais, mas ainda com alta suspeita → RM com contraste (melhor exame para avaliar pâncreas) → PC LARISSA MENEZES – GASTRO ▪ Sinais de Pancreatite crônica → TC com contraste → Sem calcificações ou alterações ductais, mas ainda com alta suspeita → RM com contraste (melhor exame para avaliar pâncreas) inconclusiva → Ecoendoscopia: fibrose com estrias no parênquima pancreático → PC o Doença esclerosante relacionada a IgG4 o Pâncreas “salsichoide” LARISSA MENEZES – GASTRO o Multidisciplinar o Tratar os sintomas clínicos o Encaminhar ao endócrino (DM), nutrição, fisioterapia e psiquiatria (álcool) o Dieta balanceada com baixo teor de gordura o Opioides pela escala de dor o Se não conseguir controlar a dor, avaliar calculo ou estenose (endoscopia ou cirurgia)
Compartilhar