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Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Pancreatite Aguda ou crônica (obstrutiva ou calcificante): Pancreatite Aguda Processo agudo inflamatório do tecido pancreático com expressão clínica variável desde leve desconforto abdominal até falência de múltiplos órgãos; 5% do óbito global nos EUA; Etiologia: microlitíase biliar (principal causa) e agudização da pancreatite crônica em usuários frequentes de álcool; Ambas correspondem a cerca de 80 a 90% das PA; Diagnósticos: dor abdominal sugestiva; elevação da amilase e/ou lipase (3 a 5 vezes) o limite máximo e alteração pancreática vista ao USG, TC ou RM; Fisiopatologia: o Relacionada ao processo de autodigestão do pâncreas; o Litíase biliar; o Há uma obstrução/obstáculo impedindo a saída da secreção pancreática do ducto pancreático principal ➜ o ducto pancreático, ao tentar eliminar o suco pancreático, é obstruído pelo cálculo ➜ a secreção bate no obstáculo e volta para dentro do pâncreas, causando o processo de autodigestão; Classificação de Atlanta para pancreatites agudas: o Pancreatite aguda: processo inflamatório agudo do pâncreas que pode envolver tecido paripancreáticos e/ou órgãos a distância; o Pancreatite aguda intersticial: aumento focal ou difuso do pâncreas com acentuação homogênea ou minimamente heterogênea do parênquima após infusão de contraste venoso. Podem ser observadas mínimas alterações inflamatórias de gordura pancreática caracterizadas por seu borramento. o Necrose pancreática: áreas focais ou difusas de parênquima pancreático inviável, geralmente associadas à presença de necrose da gordura peripancreática. À tomografia, notam-se áreas não captantes de contraste venoso maiores do que 3 cm ou correspondendo a mais de 30% do parênquima pancreático. A necrose pode ser estéril ou infectada, não sendo possível a distinção entre elas apenas com exame radiológico na maioria dos casos. o Pancreatite aguda leve: pancreatite associada a mínima disfunção orgânica e com recuperação sem complicações; o Pancreatite aguda grave: pancreatite associada a disfunções orgânicas ou complicações locais (necrose, abcesso e Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo pseudocistos); disfunção orgânica entendida como a presença de choque, insuficiência respiratória, insuficiência renal, sangramento gastrintestinal, coagulação intravascular disseminada ou distúrbio metabólicos graves (cálcio sérico ≤ 7,5mg/dL); o Coleções líquidas peripancreáticas: extravasamento de secreção pancreática para as regiões anteriores ao espaço perirrenal e outras regiões peripancreáticas. Podem ocorrer na pancreatite intersticial e na necrosante; o Pseudocisto pancreático: formação cística estéril contendo suco pancreático, revestida por parede não epitelizada observada, ao menos, quatro semanas após o início de uma pancreatite aguda; o Abscesso pancreático: contaminação de pseudocisto ou área de necrose com liquefação secundária; Pancreatite induzida por fármacos: o Classe I: ao menos 20 casos reportados de PA; ao menos 1 caso com recorrência positiva; o Classe II: de 10 a 20 casos reportados de PA; o Classe III: menos de 10 casos reportados de PA; Dor: andar superior do abdome, em faixa; irradiada para o dorso; maior intensidade em 30-60 min; intensa e persistente; prece maometanea; piora com decúbito dorsal; dura 3-7 dias; ausente em 2%; Quadro clínico: dor, vômitos, íleo paralítico (distensão abdominal); Sinal de Cullen (ecmose central – região periumbilical); Sinal de Grey-Turner (ecmose em flancos); SIRS; hipotensão; febre; dispneia; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Diagnóstico Preencher 2 dos 3 critérios: o Sinais e sintomas: dor abdominal; o Avaliação laboratorial: alteração >3x LSN amilase e/ou lipase; o Exames complementares: exame de imagem alterado (TC) – ideal 48 a 72h após o início do quadro (tempo necessário para aparecimento de necrose tecidual no exame); Diagnóstico laboratorial: o Amilase e lipase ➜ servem para diagnóstico (principalmente lipase), mas não servem para prognóstico; Diagnóstico diferencial da hiperamilasemia: insuficiência renal aguda; pancreatite crônica; período de recuperação da pancreatite aguda; afecções das glândulas salivares; afecções das tubas uterinas; cistoadenoma de ovário; cisto ovariano benigno; carcinoma de pulmão; obstrução intestinal; isquemia mesentérica; perfuração de víscera oca; microamilasemia (hiperamilasemia persistente). o Hemograma o TGO (AST); TGP (ALT); o Fosfatase Alcalina, Gama-GT; Bilirrubinas (↑ BD); Ionograma (↓ Ca); gasometria arterial, creatinina; ureia; coagulação; triglicerídeos; Proteína C reativa (a cada 48h); Exames de Imagem: o USG: bom para avaliar colelitíase (principal causa da pancreatite aguda); o TC: oferece prognóstico; contrastado; escore de Balthazar (avalia a gravidade); realizar a partir do quarto dia (96h) – melhor visualização da necrose; Primeiras 48 horas ➜ finalidade diagnóstica; Achado na TC: aumento focal ou difuso da glândula; borramento da gordura pancreática; espessamento da cápsula de Gerota; derrames pleurais e atelectasia; espessamento da parede gástrica; redução da atenuação do parênquima; coleções no espaço pararrenal anterior; necrose infetada e abscesso; o CPRM (colangiografia por ressonância nuclear magnpetica): exame não invasivo; não usa contraste, boa acuraria para avaliação de vias biliares; lesões em ductos pancreáticos; o CPRE: terapêutica (esfincterotomia); indicado em quadros de colangite; o Raio X: Tórax: derrame pleural; atelectasia de base; infiltrado intersticial e alveolar; Abdome: alças sentinelas; dilatação gástrica e colônica; íleo paralítico; Diagnóstico diferencial: o Cólica biliar: colecistite aguda; disfunção de esfíncter de Oddi; o Exacerbação da pancreatite crônica ➜ associada ao álcool; o Perfuração de víscera oca (aumenta a amilase) ➜ úlcera péptica; o Obstrução intestinal; gravidez ectópica; apendicite aguda; infarto do miocárdio (aneurisma de aorta); pneumonia de base; cetoacidose diabética; Prognóstico (Importante – PROVA) Início da PA ➜ nenhum prognóstico quanto ao curso clinico é possível; 24 a 48 horas iniciais ➜ período onde 20% a 25% tomam o curso grave; 100% das necroses aparecem na TC dentro de 96 horas; Critérios de gravidade de Atlanta: Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo o Falha orgânica: Choque (PAS <90mmHg); Insuficiência respiratória (PaO2 <60mmHg); Insuficiência renal (creatinina sérica >2mg/dL após reidratação); Hemorragia GI (> 500mL/24h); o Complicações locais: necrose pancreática (mais de 30% do parênquima ou mais de 3cm na TC abdominal); abscesso pancreático; pseudocisto pancreático; o Critérios prognósticos desfavoráveis: Ranson >3; Apache II >8; Grave: falência orgânica persistente = > 48 horas; Complicações locais: coleção fluída peripancreática aguda, pseudocisto pancreático, coleção necrótica aguda, derrame pleural; Falência orgânica: falência de 3 órgãos principais (respiratório, cardíaco, renal) e outro sistema de órgãos (hepático, hematológico, neurológico); Critérios de Ranson (saber quais são os critérios para a prova); Risco de mortalidade: o 5% com < 2 critérios presentes; o 15-20% com 3-4 critérios presentes; o 40% com 5-6 critérios presentes; o 99% com > 7 critérios presentes; Análise dos critérios: o Idade ➜ quanto mais avançada, mais o indivíduo se torna suscetível às complicações graves; o GB (glóbulos brancos) ➜ se houver leucocitose, pode indicar infecção concomitante à inflamação; o LDH (desidrogenase láctica) ➜ se elevada,indica dano tecidual, porém de forma inespecífica; o AST (aspartato aminotransferase) ➜ se elevado, indica lesão orgânica, principalmente hepática; o Glicemia ➜ se elevada, pode indicar um processo inicial de insuficiência pancreática; o Queda do hematócrito ➜ após 48h, pois irá avaliar o valor real, já que na admissão pode estar “mascarado”; o Aumento de BUN (ureia nitrogenada no sangue): indica um processo de dano renal; o Cálcio sérico ➜ se diminuído, indica intenso processo de necrose gordurosa no pâncreas; o pO2 arterial ➜ se diminuída, indica um estado de hipoxemia. o Déficit de base ➜ indicativo de um processo de acidose; o Perda de fluidos ➜ perda de líquido para o 3º espaço pelo aumento da permeabilidade capilar; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Classificação de Apache II Não é só para pancreatite; muito utilizada na UTI; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Critério de Balthazar-Ranson (para TC) Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Complicações 30% dos eventos infecciosos ocorrem nos 7 primeiros dias; Mortalidade atinge 30% na necrose infectada; Não há correlação entre a extensão da necrose e o risco de infecção; 70 a 80% das pacreatites SÃO LEVES; se resolve com tratamento clínico – medicamento + soro; 3 a 4 dias está resolvido; 75% (3/4) são monomicrobianas entéricas; Complicações locais: coleção aguda; necrose; pseudocisto; abcesso; o Coleção peripancreática; (inflamação e aumento do pâncreas); autodigestão pancreática; o Pseudocisto pancreático; Uma coleção pode se transformar em pseudocisto; Pseudocisto: cheio de enzima pancreática; Forma leve ➜ intersticial; Forma grave ➜ necrosante; Necrose pancreática: principal fator morfológico de gravidade da PA; a identificação é por TC com contraste oral e endovenoso; o Distinção entre necrose estéril e infectada é crítica ➜ punção por agulhas fina guiada por TC (gram e cultura); o Presença de infecção aumenta a morbimortalidade ➜ antibioticoterapia + drenagem cirúrgica (?); o Estéril ➜ criterioso acompanhamento clínico laboratorial; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Manejo PA com necrose infectada Tratamento clínico de necrose infectada é com antibioticoterapia (28 dias); Considerações Quadro inicial: o que mais causa febre é SIRS; Só usar antibioticoterapia se tiver necrose infectada!!!!!!!!! Não faz o desbridamento cirúrgico imediato; CPRE ➜ desobstrução da via biliar por litíase; Achou calculo biliar? Remove o cálculo, pois é a causa da PA! Mortalidade sem falência orgânica (FO) é baixa; o FO é prognosticador (não apenas a presença de necrose, como propunha Atlanta); o FO é persistente (>48hs) ➜ mortalidade 40%; o FO transitória ➜ mortalidade de até 3%; o Mortalidade com FO ➜ 30%; o Mortalidade com necrose infectada ➜ 32%; o FO + necrose infectada ➜ 43% ➜ pancreatite aguda crítica fulminante; Como resolve falência orgânica? Dá soro!!! Ringer-lactato; soro fisiológico... Forma grave: eclode com falência da resposta anti- inflamatória compensatória e os mediadores inflamatórios ganham a circulação sistêmica levando a SIRS, culminando com FMO e mortalidade até 47%. o UTI: estabilização hemodinâmica; resposição hídrica vigorosa; suporte respiratório; nutrição enteral; Hidratação: o 250-500 mL/h; reavaliação 6/6h ➜ objetivo: reduzir BUN; Hipotensão ou choque ➜ utilizar doses maiores; Analgesia: Morfina; Meperidina; Metadona; Medidas de suporte; Correção de distúrbios hidroeletrolíticos; NPVO (náusea e vômito no pós-operatório): o Sonda nasogástrica; o Preferir via enteral; o Menor risco de translocação bacteriana o Dieta oligoméricas; Para pacientes com vômitos excessivos ➜ proteção do íleo (alivia distensão); “As horas de ouro”: primeiras 24hrs ➜ período crítico para minimizar a morbiletalidade, comparada ao IAM e a isquemia cerebral; o Pedra angular da terapia ➜ RESSUSCITAÇÃO HÍDRICA ➜ SV (PA e FC) e débito urinário (0,5ml/Kg/hora); Reposição hídrica: o Graves: 500 a 1000ml/h; o Equilibrados: 250 a 350ml/h; o Qual o tipo de fluido? Leve ➜ cristalóides (RL); Necrosante ➜ associar colóides (albumina); o Transfusão? Ht < 25%; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Ht 25 a 30% com instabilidade hemodinâmica; Analgesia: o Analgésicos comuns: Dipirona (320mg/h); o AINEs; o Opióides EV; Nutrição: o 1ª coisa ➜ NPVO – jejum; o Iniciar dieta a partir do 3º dia; o Dieta enteral ➜ jejum prolongado; o Nutrição parenteral ➜ íleo paralitico; o Tem RHA – introduz alimento; o Via oral é melhor que parenteral, pois evita translocação bacteriana; o NPVO: 4 a 7 dias; SNG; Reintrodução lenta e progressiva; Grave (hipermetabólica e catabólica); Intervenção nutricional o mais precoce possível (nutrição enteral, nutrição parenteral); o Nutrição enteral: preservar a função intestinal; diminuir translocação bacteriana; melhorar a imunidade local e sistêmica; Reduzindo: desnutrição; infecção; sepse; FMO; Antibioticoterapia: o PA leve: não há motivo para o uso de antibioticoperia – não usa ATB como profilaxia; o Indicada em: necrose infectada; imunossuprimidos; o Usar em infecções extrapancreaticas – colangite, bacteremia, ITUs, pneumonia; o Antibioticoprofilaxia em pancreatite aguda severa não deve ser feita; o Antibioticoprofilaxia em necrose estéril não deve ser feito; o Considerar necrose infectada em pacientes com deterioração clínica e/ou laboratorial ou ausência de melhora após 7-10 dias de hospitalização; Realizar punção por agulha fina guiada por TC com culturas; Antibioticoterapia empírica pode ser usada neste caso se punção por TC não disponível; o Uso de antimicrobianos em necrose infectada, como os carbapenêmicos, quinolonas e metronidazol, pode evitar intervenção cirúrgica; o Profilaxia antifúngica não é recomendada; o Esquemas: Ciprofloxacina 400mg EV 12/12h + metronidazol 500mg EV 8/8h Imipenem 500 mg EV 8/8h ou 6/6h Meropenem 0,5 a 1g EV 8/8h; Tempo: 14 a 28 dias; Suspeita de infecção fúngica ➜ fluconazol; Cirurgia: o Necrosectomia: melhores resultados após 4ª semana de evolução; o Colecistectomia: realizar na mesma internação (LEVE); o Idosos ➜ pode ser realizada esfincterotomia endoscópica; o Colelitíase ➜ colecistectomia antes da alta hospitalar para prevenir; o PA biliar necrotizantes ➜ aguardar estabilização do processo inflamatório antes de realizar colecistectomia; o Pacientes estáveis com necrose infectada ➜ aguardar ao menos 4 semanas para organização da parede circunjacente a necrose; o Necrosectomia na necrose estéril é indicada quando associada com obstrução gástrica e/ou ducto biliar; o Recomendava-se colecistectomia quando 2 ou mais episódios de PA Idiopática. Entretanto, observou-se recorrência de 50% após colecistectomia; o PA leve com bilirrubinas normais pode ser realizado colangiografia intra-operatória durante colecistectomia e CPRE posteriormente se necessário; Complicações Pseudocisto: coleção de suco pancreático ➜ coleção líquida peripancreática organizada por parede de tecido necrótico, fibroso e de granulação; o Rico em enzimas pancreáticas; estéril; o Formação requer 4 ou mais semanas; o A abordagem recente de tratamento considera sintomas (dor abdominal, saciedade precoce), complicações (infecção, sangramento, ruptura) ou obstrução de víscera oca (gástrica, duodenal ou biliar); Nome Dose Via Intervalo Tramadol 100 a 150mg EV 6/6h – 8/8h Meperidina 10mg EV 4/4h – 6/6h Morfina 2mg EV 4/4h – 6/6h Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo o Assintomáticostêm resolução espontânea em até 40%; o Complicações do pseudocisto: Pseudo-aneurisma: hemorragia gastroduodenal inexplicada; expansão súbita de coleção liquida pancreática walled-off; queda do hematócrito; Ascite pancreática - ruptura espontânea para cavidade abdominal; Infecção espontânea; o Manejo: Drenagem percutânea associada com octeotride; Drenagem cirúrgica ➜ via cistogastrostomia, cistoenterostomia; morbidade elevada; Drenagem endoscópica: >90% de resolução; 10 a 15% de morbidade; 10 a 15% de recorrência; Abcesso pancreático: o Coleção intra-abdominal, purulenta, circunscrita; o ≠ necrose infectada (mortalidade 2X maior); o Pseudocisto infectado é considerado abscesso; Pancreatite crônica Características: lesões anatômicas de caráter irreversível; destruição do parênquima pancreático; insuficiência endócrina e exócrina; alterações progressivas; Calcificante ➜ Álcool; hereditária; nutricional; idiopática; Obstrutivas ➜ tumores ou traumatismo cirúrgicos; Manifestações clínicas: dor abdominal; emagrecimento; má absorção; diabetes; Para ter diabetes secundária à pancreatite é necessário que o pâncreas tenha perdido 90% de sua capacidade de produzir células β; Dor: intensa e contínua; irradiação para o dorso; períodos de melhora; geralmente desaparece com a evolução (pqe o pâncreas vai se deteriorando ??); piora com a ingesta alcóolica; ausente em até 10% dos casos; prece maometânea; Fisiopatologia: hipertensão intraductal; Insuficiência exócrina pancreática: Quadro clínico: má absorção (celíaca e pancreatite); diarreia, esteatorreia, flatulência, perda de peso, fraturas com pequeno trauma, Mecanismo da IEP Etiologia Perda do parênquima pancreático com redução na síntese e secreção de lipase (principal) Pancreatite crônica, fibrose cística, diabetes, sequela de pancreatite necrosante, pancreatectomia Obstrução do ducto pancreático principal Câncer de cabeça o pâncreas, tumor periampular Redução da estimulação pancreática Doença celíaca, doença de Crohn Inativação ácida da lipase pancreática Síndrome de Zollinger- Ellison Distúrbios da motlidade (redução do tempo de contato do alimento com enzimas, diminuição na estimulação da liberação de enzimas pancreáticas) Gastrectomia, derivações gástricas, ressecções extensas do intestino delgado Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo déficits nutricionais, sintomas inespecíficos (plenitude e desconforto pós-prandrial; fadiga; astenia; dispepsia inexplicada e refratária ao tratamento convencional); Exames complementares Diagnóstico laboratorial: o Amilase e lipase (geralmente normais – não ajudam tanto no diagnóstico); o Hiperglicemia; o Aumento de enzimas canaliculares; o Dosagem de gordura fecal ➜ pouco sensível; inconveniente e pouco usada na prática; o Elastase fecal ➜ excelente acurácia na IEP mais avançada; <200µg/g; o Testes de função pancreática ➜ tripsinogênio, elastase, secretina; o Déficits nutricionais ➜ hemoglobina albumina, pré-albumina, magnésio sério <2,05 mg/dL; o Teste terapêutico com enzimas pancreáticas pode ser útil ➜ melhora dos sintomas dentro de 4 semanas, sugere fortemente o diagnóstico; Exames de imagem: o RX ➜ pâncreas com calcificações difusas; o US abdominal; o TC ➜ melhor exame para ver o pâncreas; o RNM e TC ➜ dilatação Wirsung, Pseudocistos; cálculos intrapancreáticos; Exames complementares: o CPRE ➜ diagnóstico de estenoses e dilatações; planejamento cirúrgico; o US endoscópico ➜ investigação de neoplasia; Tratamento Abstinência alcoólica; Nutrição inadequada; Suplemento vitamínica; Reposição de enzimas pancreáticas (40000UI a 50000 UI/lipase durante as refeições principais e metade durante os lanches) ➜ tem que ser na hora que está comendo!!!! o Pode aumentar a dose, se necessário; o Pode associar a IBP ou ant. H2; Bloqueadores de secreção ácida (associação com IBP é indicada quando houver resposta sub-ótima à terapia enzimática, suspeitando-se neste contexto a inativação da lipase pela hiperacidez do conteúdo duodenal); Analgesia; Metas do tratamento: reduzir a esteatorreia; reduzir a frequência das evacuações ; melhorar a constância das fezes; prevenir o emagrecimento ou restaurar o peso; restaurar/manter o estado nutricional normal; melhorar a qualidade de vida; reduzir a morbi-mortalidade; Equívocos: o Não considerar o diagnóstico de IEP em pacientes sem esteatorreia; o Usar subdoses de enzimas pancreáticas; o Tomar enzimas antes das refeições; o Não prescrever enzimas durante os lanches; o Restringir o conteúdo de gordura na alimentação Tratamento cirúrgico: dor intratável; obstrução biliar ou duodenal; cistos ou pseudocistos; diagnóstico diferencial de neoplasia; Ana Luiza Spiassi Sampaio @anassampaioo Complicações
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