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FACULDADE ISRAELITA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE ALBERT EINSTEIN - MEDICINA Tiemi Paiva Arritmias CARDIOLOGIA Alteração na formação e/ou condução do estímulo elétrico cardíaco BRADICARDIAS – FC < 50 bpm · Alteração no Nó Sinusal (NS) → bloqueio sinoatrial, bradicardia sinusal · Alteração no Nó Atrioventricular (NAV) → BAV de 1° (intervalo PR > 20 ms), 2° (Mobitz I, II e 2:1) e 3° (BAVT) TAQUICARDIAS – FC > 100 bpm · Supraventricular → taqui sinusal, FA, Flutter Atrial, taqui atrial, TRN, TAV e TJ · Ventricular → monomórficas ou polimorficas AUTOMATISMO X REENTRADA Importante diferenciar o mecanismo da arritmia pois altera o tipo de manejo Automatismo → responde à droga Reentrada → responde à droga + choque INSTABILIDADE HEMODINÂMICA Presença de um dos 5 Ds: Dor torácica anginosa Dispneia (congestão pulmonar) Desmaios (síncope) Diminuição da PA (sinais de choque) Diminuição do nível de consciência CARDIOVERSÃO X DESFIBRILAÇÃO Cardioversão: utilizado em casos de instabilidade hemodinâmica, é sincronizado com a condução elétrica (choque é dado no pico da onda R) Se o choque for dado na onda T pode haver taquiarritmias malignas e fibrilações Fibrilação Atrial: 120-200J Flutter atrial: 50-100 J Lembrar de administrar heparina antes do procedimento Desfibrilação: choque não sincronizado em casos de FV ou TV sem pulso FIBRILAÇÃO ATRIAL Irregularmente irregular → ausência de onda P Linha de base irregular → pode haver ondas f (despolarização atrial caótica com múltiplos focos de microreentradas no AE) QRS estreito -Sintomas: palpitações, fraqueza, dispneia, intolerância aos esforços. -Classificação EHRA: I – assintomático IIa – sintomas leves, sem repercussão no dia a dia IIb – sintomas moderados, atividades diárias não são afetadas, mas incomoda o paciente III – sintomas graves, que afetam as atividades diárias IV – sintomas incapacitantes -Classificação: Paroxística → duração até 7 dias, término espontâneo ou após intervenção Persistente → duração > 7 dias, necessita de CVE ou CVQ, de curta (< 1 ano) ou longa duração (> 1 ano) Permanente → optado por não reverter o ritmo -Atenção: alto risco de eventos tromboembólicos por estase nas câmaras cardíacas → escore CHA2DS2 VASc *Fibrilação atrial valvar → paciente com FA e estenose mitral moderada a grave ou prótese mecânica → NÃO CALCULAR CHA2DS2VASC (já tem alto risco para fenômeno embólico) Anticoagulação → risco de sangramento → escore HAS-BLEDESCORE HAS-BLED H – hipertensão não controlada A – alteração de função renal ou hepática S – stroke (AVC) B – bleeding (predisposição a sangramento) L – labilidade INR E – elderly (idade > 65 anos) D – drogas (AINE ou AAS) ou álcool --------------------------------------------------- Escore ≥3 → risco de sangramento NÃO CONTRAINDICA O USO DE ACO MASORIENTA ATENÇÃO ESPECIAL AO PACIENTE -Anticoagulação: preferencialmente os novos anticoagulantes orais Inibidor direto da trombina: dabigatrana – não utilizar se clearance for < 30 (antídoto: idarucizumabe) Inibidores do fator Xa: rivaroxabana, apixabana, edoxabana – não utilizar se clearance for < 15 (antídoto: andexanet-alfa) *Não podem ser prescritos para FA valvar → optar pela varfarinaCHA2DS2 VASc C – insuficiência cardíaca H – hipertensão A2 – idade ≥ 75 anos D – diabetes mellitus S2 – AIT ou AVC prévio V – doença vascular (IAM prévio, doença arterial periférica ou placa aórtica) A – idade 65-74 anos SC – sexo feminino --------------------------------------------------- SBC (2016): escore ≥ 2 → anticoagulação Novas diretrizes: Homens: ≥ 2 → anticoagulação 1 → considerar 0 → não anticoagular Mulheres: ≥ 3 → anticoagulação 2 → considerar 1 → não anticoagular -Tratamento: escolhido de acordo com o início da FA < 48 horas: CVQ ou CVE + anticoagulação com heparina ou NOAC antes do procedimento *Medicamentos para CVQ: Propafenona em paciente sem cardiopatia estrutural, pill in the pocket, + betabloqueador Amiodarona em paciente com cardiopatia estrutural > 48 horas: depende de ECO TE Negativo para trombo = CVE + ACO por 4 semanas mesmo com CHA2DS2VASc baixo Positivo para trombo = Sem ECO = ACO por 3 semanas e CVE após + ACO por 4 semanas mesmo com CHA2DS2VASc baixo -Controle da FC: permanecem em FA (FC até 110 bpm) → betabloqueadores, BCC não diidropiridínico, digoxina -Reversão do ritmo: propafenona (sem cardiopatia), amiodarona (com cardiopatia) ou CVE -Manutenção: propafenona (sem cardiopatia), amiodarona (com cardiopatia ou IC) ou sotalol (DAC) -Ablação: realizada por estudo eletrofisiológico, bloqueio da origem das microreentradas próxima às veias pulmonares, recomendada para pacientes sintomáticos e/ou com taquicardiomiopatia, refratários à terapia medicamentosa, FA paroxística sintomática recorrente -Oclusão do apêndice atrial: indicado em pacientes com contraindicação para ACO de longo prazo CC To ABC Confirme a FA Caracterize a FA (4S – stroke risk, symptoms, severity, substrate) Treat Anticoagulation / avoid stroke Better symptom control Comorbidities FLUTTER ATRIAL Mais comum no AD Presença de ondas F (dentes de serra) Ondas F negativas em DII, DIII e aVF Ritmo regular ou irregular Classicamente com frequência ventricular de 150 bpm e atrial de 300 bpm -Anticoagulação: igual da FA TAQUICARDIA PAROXÍSTICA SUPRAVENTRICULAR QRS estreito Ausência de onda P Intervalo RR regular -Reentrada nodal → mulheres entre 40 e 50 anos Onda S’ e pseudo-onda R -Reentrada atrioventricular → homens jovens – feixe de Kent (via acessória) Infradesnivelamento de ST Onda delta – pré-excitação ventricular -Tratamento: Estabilidade: Manobras vasovagais (valsalva e massagem de seio carotídeo) Manobra de Valsalva modificada Adenosina 6 mg > 12 mg > 18 mg Evitar em pacientes com asma Verapamil, diltiazem e metroprolol Cardioversão elétrica Instabilidade: Cardioversão elétrica: 50-100J *Taquisupra com aberrância: atentar a aVR (se positivo, provável taquicardia de origem ventricular) TAQUICARDIA VENTRICULAR QRS largo 80% das taquicardias de QRS largo Instabilidade: Cardioversão elétrica: 100-200J Estabilidade: Amiodarona 150 mg EV (10-15 min) Manutenção 1 mg/min nas primeiras 6h Procainamida/sotalol Sem pulso: PCR → desfibrilação *TV Polimórfica: torsades de pointes Intervalo QT longo Idoso + sexo feminino +cardiopatia estrutural + bradicardia + Hipo (Mg - K - Ca) + medicações que prolongam o intervalo QT (amiodarona, macrolídeo, cloroquina, antidepressivos, sotalol) Instabilidade: desfibrilação + sulfato de magnésio 2 g EV em 1-2 minutos Estabilidade: sulfato de magnésio 2 g EV em 5 a 20 minutos + atenção com potássio + rever medicações *Taquicardia atrial multifocal Ritmo irregular Pelo menos 3 ondas de morfologias diferentes Paciente com DPOC BRADICARDIAS Intervalo PR normal Intervalo RR alargado regular Intervalo PR alargado >0,2s / 200 ms / 5 quadradinhos Intervalo PR alarga aos poucos Até gerar um bloqueio Intervalo PP normal intercalado com bloqueios de QRS Átrios e ventrículos dissociados -Tratamento: Sintomáticas: Atropina 1,0 mg a cada 3-5 minutos (máx 3 mg) MP transcutâneo Epinefrina 2-10 mcg/min Dopamina 5-20 mcg/kg/min MP transvenoso 2
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