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TEI 5 PERIODO

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Programa de Graduação em Ciências Contábeis
Adriely Thaynara Nascimento Santos
Ana Clara Menezes Ferreira
Karina Oliveira De Jesus
Ludmila Aparecida Da Silva Santos
Raquel Anny Da Costa
CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA:
Regimes de Tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, estudo da aplicabilidade nas entidades empresárias com a demonstração de cálculos tributários
Belo Horizonte
2023
Adriely Thaynara Nascimento Santos
Ana Clara Menezes Ferreira
Karina Oliveira De Jesus
Ludmila Aparecida Da Silva Santos
Raquel Anny Da Costa
CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA:
Regimes de Tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real, estudo da aplicabilidade nas entidades empresárias com a demonstração de cálculos tributários
Trabalho Extensionista Interdisciplinar apresentado à Pontifícia Universidade Católica De Minas Gerais – PUC MG, como requisito para a identificação da aplicabilidade dos regimes de tributações nas entidades empresárias.
.
Belo Horizonte
2023
RESUMO
Levando em conta a relevância que os regimes de tributação possuem dentro das organizações empresariais e para o governo, a escolha por algum regime deve ser pautada com informações fidedignas e em conformidade com as leis e as normas contábeis, para que as organizações fiquem em acordo com o fisco. No entanto, o contador possui papel significativo quanto as questões tributárias empresarial, pois este profissional é responsável por registrar e apurar com exatidão o resultado econômico do exercício social. Dessa maneira, o contador tributário é essencial para controlar os tributos, de forma a possibilitar uma gestão eficaz, visto que, por meio do registro dos fatos contábeis corretamente, a empresa pode ter uma carga tributária reduzida, utilizando os benefícios fiscais dispostos em cada regime.
 Além disso, o empreendedor pode contribuir com participação efetiva sobre as principais características do seu negócio, tendo um acompanhamento dos impostos devidos frente a sua atividade no mercado. Sendo assim, buscou-se identificar qual é o perfil dos empresários quanto ao conhecimento do regime de tributação na qual a empresa está enquadrada, bem como, a visão desses empreendedores quanto a contabilidade para a eficiência da gestão dos tributos devidos. 
Com o objetivo geral, tem-se a identificação das características do empresário perante o desenvolvimento da sua atividade. Como objetivos específicos, procurou-se identificar qual o nível de compreensão dos proprietários sobre o enquadramento tributário adequado, além disso, divulgar informações sobre os benefícios de o administrador participar ativamente da questão tributária da entidade, vantagens de estar regular com o fisco e os possíveis retornos que a contabilidade interna promove. 
Esta pesquisa foi estruturada em 05 capítulos: no primeiro consta a introdução do tema, no segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica. No terceiro capítulo, foi elaborada a prática escolhida para proporcionar maior conhecimento às pessoas, assim como, na quarta sessão há o detalhamento da ação, além disso, uma análise dos resultados obtidos. Por último, foi dedicado à conclusão, contendo as principais interpretações que foram possíveis de alcançar, as limitações encontradas e as sugestões de continuidade do trabalho.
Palavras-chave: Enquadramento tributário. Empreendedor. Contabilidade.
Sumário
1 INTRODUÇÃO	6
1.1	Objetivos	6
1.2	Justificativa	6
1.3	Relevância	6
2FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	7
2.1 Contabilidade	7
2.1.2 Objetivo da contabilidade	8
2.1.3 Contabilidade fiscal e tributária	9
2.1.3.1 Planejamento tributário	10
2.2 Regimes de tributação	10
2.2.1 Simples Nacional...............................................................................................12
2.2.1.1 Como apurar o Simples Nacional	14
2.2.1.2 Parcelamento do Simples Nacional	16
2.2.2 Lucro Presumido...............................................................................................16
2.2.2.1 Quando optar pelo Lucro Presumido	17
2.2.2.2 Características do Lucro Presumido	17
2.2.2.3 Base de cálculo do Lucro Presumido	18
2.2.3 Lucro Real	19
2.2.3.1 Cálculo do IRPJ/CSLL	21
3 PRÁTICA EXTENSIONISTA	21
4 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE EXTENSIONISTA	24
4.1 Divulgação e mobilização	25
4.2 Ações Programáticas	25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	32
REFERÊNCIAS	33
1 INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
· O objetivo geral dessa pesquisa foi identificar as características do empresário perante o desenvolvimento da sua atividade. 
· Como objetivos específicos, avaliar o nível de conhecimento dos empresários sobre o enquadramento tributário adequado, demonstrar como é feito o cálculo dos impostos dentro de cada regime e divulgar informações sobre os benefícios do administrador participar ativamente da questão tributária da entidade, vantagens de estar regular com o fisco e os possíveis retornos que a contabilidade interna promove, para isso, utilizamos postagens no nosso Instagram e criamos uma cartilha com informações, distribuídas para os empresários.
1.2 Justificativa
A realização do TEI (Trabalho Extensionista Interdisciplinar) vinculado ao tema “Contabilidade Fiscal e Tributária/Regimes de Tributação”, despertou o interesse pelas estudantes de ciências contábeis, quando identificaram que é preciso ampliar a visão sobre o que venha ser o papel do contador nas empresas privadas e demonstrar os diferentes regimes de tributação. A partir disso, surgiu o interesse em propagar aos empresários sobre a temática apresentada e a importância do contador/contabilidade.
Dessa forma, com o desenvolvimento deste trabalho, é possível esclarecer quais são os regimes de tributação, assim como a importância do empreendedor e a contabilidade na apuração dos resultados para o definir o melhor enquadramento e com isso despertar o interesse de alguns indivíduos por essa área, agregando mais profissionais ao ramo e contribuindo para o enriquecimento da profissão. 
1.3 Relevância
A relevância deste trabalho é a contribuição para a percepção dos empresários, em relação ao papel do contador/contabilidade na empresa e visualizar a importância da definição do regime fiscal da sua empresa, porque ele determina a base de cálculo e a incidência dos tributos municipais, estaduais e federais, sendo de suma importância para a sua escolha, de acordo com isso, os valores cobrados pelo governo podem ser maiores ou menores. Dessa maneira, o objetivo é trabalhar com os empresários, para visualizar os seus conhecimentos sobre os regimes tributários e suas diferentes percepções do contador e do impacto que ele possui na empresa.
Com o desenvolvimento deste trabalho podemos ajudar a clarear sobre a necessidade de ter um contador/contabilidade nas empresas privadas, levar ao empresário o entendimento sobre impostos dentro de cada regime e por meio disso, despertar o interesse de mais empresários entenderem sobre as tributações da sua empresa, contribuindo para o enriquecimento de seus conhecimentos.
 
2FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
2.1 Contabilidade
A contabilidade é uma ciência que nasceu no mundo antigo e está presente até atualmente, isso pode ser compreendido com Cavalcante:
A história da civilização é a maior testemunha da vivência concreta da ciência da contabilidade no início da civilização antiga, em que homem já demonstrava o controle contábil por meio do controle alimentar ou através de desenhos encontrados em cavernas para algo que a civilização da época queria registrar em seu dia a dia (CAVALCANTE; PILLA; MARQUES, 2012).
Dessa forma o homem primitivo já praticava uma contabilidade rudimentar ao contar seus instrumentos de caça e pesca e seus rebanhos, mas foi na Mesopotâmia (crescente fértil), atual território do Irã e do Iraque onde surgiram os primeiros registros patrimoniais. O crescente fértil era uma região em torno dos rios Tigres e Eufrates no Egito, nos quais surgiram as primeiras comunidades agrícolas das quais temos documentação.
A origem nacontabilidade quando é ligada a esses aspectos antigos, para alguns escritores ela também está relacionada com o advento do comércio e há indícios de que as primeiras cidades comerciais tiveram início dos fenícios. A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada, nada mais nada menos que o controle de estoque, registrando o que entra e sai.
À medida que as operações econômicas se tornavam mais complexas, o controle tinha que se refinar e junto a isso a contabilidade foi se evoluindo paralelamente até chegar aos dias atuais. Hoje a contabilidade tem um papel fundamental na gestão e no crescimento de uma empresa, é essa ciência que traz as informações para o balanço patrimonial que é feito no final do mês, demonstrando o quanto essa empresa pagou, o quanto vendeu, definindo assim seus débitos e créditos.
Farber et al (2014) afirma:
O profissional da contabilidade tem uma relevante função dentro das empresas, que é a de provedor de informações para auxiliar a administração, tal como controle e gerenciamento dos recursos, apuração de resultado, levantamento de índices, melhores alternativas de investimentos, formação de preço de venda, decisões de compras, entre outras. As mudanças nos mercados e nas exigências legais, sobretudo do fisco, sempre foram uma constante, mas ainda assim permanece a indissociável necessidade da contabilidade como fonte geradora de informações para a gestão dos negócios.
Baseando na explicação de Farber, a contabilidade cada vez mais se torna uma profissão do futuro, a tecnologia e o surgimento de novas formas de se praticar o trabalho com os dados de uma empresa tem exigido muito dos profissionais habilidades, adequação e aperfeiçoamento e sido um grande auxílio no setor empresarial.
Pensando atualmente, o futuro da contabilidade depende do desenvolvimento da sociedade e da forma de adequação dos novos conceitos. Podemos constatar que nos últimos anos o estudo, a prática e as consolidações contábeis tiveram um salto extraordinário, pois a cada dia que passa temos novos conhecimentos que são aplicados nas estruturas reais da empresa e até mesmo baseadas em futuras necessidades que podem ser criadas.
2.1.2 Objetivo da contabilidade
A contabilidade tem como objetivo analisar, controlar registrar e informar todas as ocorrências das movimentações de um patrimônio.
Para FRANCO, Hilário (Contabilidade Geral, Atlas 2006) O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas à entidade econômica administrativa”.
Portanto, a contabilidade tem o objetivo de cuidar da parte administrativa de um patrimônio, para que se possa atingir sua finalidade, dentro os quais podemos citar os mais relevantes e importantes:
· Busca as melhores fontes de financiamento para as empresas (Terceiros e capital próprio) e as melhores formas de aplicação desses recursos no ativo da empresa
· Manter as obrigações fiscais em dia, nas esferas públicas
· Apurar o resultado da empresa, no qual a diferença entre a receita e despesa, pode gerar lucro ou prejuízo 
2.1.3 Contabilidade fiscal e tributária
A essência da contabilidade tributária, como segmento da contabilidade, está no acompanhamento e correto lançamento dos fatos contábeis que podem vir a ser tributados nas empresas.
No que tange as responsabilidades tributárias, o contador possui uma grande importância na relação dos casos de irregularidade e fraudes, pois é ele o responsável junto ao contribuinte, evitando assim as penalidades tanto ao próprio profissional contábil e as entidades. Dentre essas responsabilidades, podemos descrever:
· Aplicação precisa da técnica contábil de escrituração 
· Conhecimento dos princípios constitucionais tributários para a correta aplicação da legislação fiscal
· Observância das normas legais
· Cumprimento das obrigações
O objetivo da contabilidade tributária é registar e apurar com exatidão o resultado econômico do exercício social, demonstrando-o de forma clara e objetiva, pra, em seguida, atender de forma extracontábil as exigências da legislação fiscal e com isso controlar os tributos de forma a possibilitar uma gestão eficaz. 
Segundo FRABETTI, é o ramo da contabilidade que tem por objetivo na prática, conceitos, princípios e normas básica da contabilidade e da legislação tributária, de forma simultânea e adequada. 
2.1.3.1 Planejamento tributário
Como descrito anteriormente a contabilidade tributária tem como objetivo apurar com exatidão o resultado econômico, é necessário que em cada empresa seja feito o programa de trabalho com procedimentos específicos, de acordo com cada realidade, pois nem sempre o planejamento tributário é igual entre os contribuintes, ainda que com as mesmas características. Assim os casos práticos não devem ser aplicados isoladamente. 
O planejamento tributário deve ser realizado de acordo com utilização das seguintes ferramentas:
1-Legislação tributária (Constituição, CTN, etc);
2- Documentação contábil da empresa;
3- Livros contábeis e fiscais;
4- Guias de recolhimento e declarações de rendimentos, SPED´s, DCTF e PERDCOMP e outras declarações que são obrigações próprias de cada contribuinte.
Assim, o planejamento tributário exige uma soma de conhecimentos, tais como contábil e jurídico. Contábil porque, além da intimidade com a legislação fiscal, o profissional consegue com mais facilidade identificar no processo operacional da empresa. 
É dever de todo administrador maximizar os lucros e minimizar as perdas. Por essa razão, o planejamento tributário é um instrumento tão necessário para ele quanto qualquer outro planejamento, seja de marketing, de vendas, etc. Sem um bom planejamento tributário, será mais difícil competir num mercado globalizado e garantir um bom retorno para o capital investido. 
2.2 Regimes de tributação
Regimes de tributação, trata-se de um conjunto de leis que regulamentam a atividade tributária de uma pessoa jurídica. Mediante essas regras, os empresários têm um norte a seguir na hora de cumprir com suas obrigações fiscais, sabendo quais serão as alíquotas deverão aplicar para cada imposto, qual tipo de documentação deverão arquivar ou declarar e quais benefícios lhe são devidos, esse último trazendo grande relevância para o crescimento da empresa. 
De acordo com Nascimento (2018) é necessário realizar uma análise de qual regime tributário deve ser adotado pela empresa, essa escolha é de responsabilidade do contador e da empresa, os mesmos devem se assegurar quanto às normas jurídicas e seus efeitos.
Para fins tributários federais, a apuração dos impostos, no Brasil, pode ser feita de três formas: 
1. Lucro Real; 
2. Lucro Presumido e 
3. Simples Nacional (opção exclusiva para Microempresas e Empresas de Pequeno Porte). 
Lima e Rezende (2019) citam os regimes de tributação vigentes para a apuração dos impostos, sendo eles: simples nacional, lucro presumido, lucro real e lucro arbitrado. Os regimes que fazem parte do planejamento tributário são os três primeiros citados, o lucro arbitrado geralmente é utilizado quando a Receita descobre sonegação da empresa e a mesma passa a ser obrigada a tributar pelo regime ou quando a empresa deixa de fazer a contabilização de suas movimentações.
Segue na tabela abaixo, para melhor entendimento, um comparativo entre as três formas de tributação:
2.2.1 Simples Nacional
O Simples Nacional é uma forma de tributação, na qual de simples é somente o nome, pois a legislação dele é bem complexa. Esse regime foi instituído pela lei 9.317, revogada pela Lei Complementar 123 de 2006, entretanto tivemos algumas alterações, e a principal deles foi a Lei Complementar 155 de 2016, que alterou a forma do cálculo de apuração do Simples Nacional e aumentou o limite de faturamento federal de 3,6 milhões para 4,8 milhões. Além disso temos também a resolução 140 do CGSN (Comitê Gestor do Simples Nacional) que auxilia no entendimento desse regime. 
Segundo Marins e Bertoldi (2007, p. 68) o Simples Nacional pode ser conceituado como:
regimeespecial de tributação por estimação objetiva, constituído em microssistema tributário, material, formal e processual, que unifica a fiscalização, o lançamento e a arrecadação de determinados impostos e contribuições de competência da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, aplicável as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, com o escopo de atribuir a estes contribuintes tratamento fiscal diferenciado e favorecido, em caráter parcialmente substitutivo ao regime geral e compulsório.
As principais características desse regime são:
· Ser facultativo;
· Ser irretratável para todo o ano calendário;
· Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Confins, IPI, ICMS ISS e a Contribuição para a Seguridade Social destinada à Previdência Social a cargo da pessoa jurídica;
· Recolhimento dos tributos abrangidos mediante documento único de arrecadação- DAS, com vencimento dia 20 de cada mês;
· Disponibilização às ME/PP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS;
· Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconômicas e fiscais (DEFIS);
· Atividades separadas por Anexos.
As empresas que podem optar pelo regime do Simples Nacional são as Micro empresas (faturamento até 360 mil/ano) e as empresas de pequeno porte (de 360 mil até 4,8 milhões/ano). Entretanto, nem todas as empresas podem optar por essa forma de tributação, existem alguns fatores que determinam se a entidade está apta ou não a fazer essa opção, segue abaixo alguns desses casos impedimentos/exclusão que impeçam a entrada no Simples Nacional:
· Empresas que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa;
· Sem inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal federal, municipal ou estadual, quando exigível;
· Que tenha sócio domiciliado no exterior;
· Tenham participação de outra pessoa jurídica no capital social;
· Cujos titulares ou sócios guardem, cumulativamente, com o contratante do serviço relação de pessoalidade, subordinação e habitualidade;
· De cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresária ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídica diferenciado nos termos da Lei Complementar do Simples Nacional, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$4.800.000,00;
· Cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficia pelo Simples Nacional, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de R$4.800.000,00;
· Despesas pagas maior que 20% da entrada de recursos;
· Compras mais que 80% das entradas;
· Atividades que não são permitidas no Simples Nacional.
Para optar pelo regime tributário do Simples Nacional, as empresas que já estão abertas, devem fazer essa escolha somente em Janeiro de cada ano. Já para as novas empresas elas possui até 60 dias após a abertura do CNPJ, caso ultrapasse esse limite, terá que aguardar Janeiro do ano seguinte, ou até 30 dias após o deferimento da inscrição municipal e/ou estatual quando aplicável. 
As empresas optantes pelo Simples Nacional precisam estar atentas com suas obrigações acessórias, abaixo destacamos algumas declarações obrigatórias:
· PGDAS mensal
· DEFIS
· DESTDA
· DCTF
· ECD
· DIRF
· ESOCIAL
· SEFIP
· DCTF WEB
· EFD REINF
2.2.1.1 Como apurar o Simples Nacional
Após realizar o somatório do faturamento dos últimos doze meses, encontra-se a alíquota que deve ser aplicada para realizar o cálculo. Esta alíquota é estabelecida nas cinco tabelas a serem utilizadas pelo contribuinte em conformidade com a atividade desenvolvida pela empresa, sendo dividida em anexos para o comércio, indústria e serviços, além da faixa de faturamento. 
Efeitos a partir de 01/01/2012
Anexo I – Partilha do Simples Nacional – Comércio
Anexo II – Partilha do Simples Nacional – Indústria
 
Anexo III – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional –Serviços 
Além disso deve-se atentar ao sublimite de faturamento, verificar qual o regime de apuração (caixa ou competência) e observar também anexos, como o Pis e Cofins monofásicos, ICMS ST, retenções e outros. 
2.2.1.2 Parcelamento do Simples Nacional
O Simples Nacional pode ter somente 1 parcelamento ativo, porém pode ser feito mais de 1 reparcelamento no ano. Entretanto no primeiro reparcelamento deve dar 10% de entrada, e caso seja necessário realizar outros parcelamentos a entrada aumenta e passa ser de 20% do total consolidado. O parcelamento tem o máximo de 60 parcelas, sendo que o mínimo exigido da parcela é de R$300, com acréscimo de 1% + Selic em cada uma delas. 
2.2.2 Lucro presumido
Regime de tributação que utiliza a receita para apuração do IRPJ e CSLL. O cálculo é uma estimação de lucro, com aplicação de percentuais específicos. Conforme Rodrigues et al. (2007, p. 284), o Lucro Presumido
é uma forma de tributação simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL (devidos trimestralmente) das pessoas jurídicas que não estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do Lucro Real. A base de cálculo do imposto e da contribuição é apurada mediante a aplicação de um determinado percentual sobre a receita bruta.
Optar por esse regime de tributação existe alguns requisitos a ser analisado, como:
· Empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços cuja receita bruta no ano-calendário anterior tenha sido de até R$78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais)
· Quando a pessoa jurídica tenha iniciado atividades no decorrer do ano, o limite é de R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) por mês.
Entretanto existe regras para as empresas que não podem optar pelo Lucro Presumido, tendo que escolher o Lucro Real, independente do valor do seu faturamento:
· Entidades financeiras;
· Empresas que aufiram lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos no exterior;
· Empresas que usufruam benefícios fiscais de isenção ou redução do imposto de renda, calculados com base no lucro de exploração (empresas geralmente sediadas nas áreas da SUDENE e SUDAM);
· Empresas de prestação de serviço de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito (factoring);
· As imobiliárias de construção, incorporação compra e venda de imóveis que tenham registro de custo orçado, nos termos das normas aplicáveis a essas atividades.
2.2.2.1 Quando optar pelo Lucro Presumido
Optar pelo Lucro Presumido é sempre no recolhimento da primeira DARF de IRPJ e CSLL, de acordo com o código documento é formalizada a opção (2089 – IRPJ
e 2372 – CSLL), e uma vez pago o primeiro DARF, não há possibilidade de mudança na opção, ficando o contribuinte obrigado a recolher o IRPJ e CSLL. 
2.2.2.2 Características do Lucro Presumido
· Apuração Trimestral- 31/03, 30/06, 30/09 e 31/12;
· Estima-se o Lucro com base na Receita Bruta e acréscimos;
· Possibilidade de pagamentos mensais; 
· Possibilidade de parcelamento do imposto. 
2.2.2.3 Base de cálculo do Lucro Presumido
A base de cálculo do IRPJ e CSLL é apurada a partir da receita bruta decorrente da atividade da pessoa jurídica optante e do resultado das demais receitas e dos ganhos de capital. 
Podem ser deduzidos da receita bruta da atividade as seguintes parcelas:
· As vendas canceladas;
· Os descontos incondicionais concedidos (descontos na nota fiscal); e
· IPI e o ICMS substituição tributária, quando registrados como receita.
A base de cálculo do imposto de renda será obtida pela aplicação de um percentual específico sobre cada receita obtida pela empresa, e este percentual depende da atividade exercida.
EX: Faturamento
X percentual de presunção (art. 33)
=Lucro Presumido estabelecido pelo Fisco (BC)
+ demais receitas (ex: ganhos de capital e rendimentos de aplicações financeiras)
= Lucro Presumido BC IRPJ/CSLL
O cálculo da presunção do lucro, para fins de CSLL deverá ser feito pela soma das receitas brutas auferidas ou recebidas no trimestre e aplicar o percentual de:
· 12%, no caso de comércio, indústria e prestaçãode serviços hospitalares, de transportes e construção por empreitada com emprego de materiais;
· 32%, no caso das prestações de serviços não contempladas no percentual de 12%.
Não devem integrar a base do lucro presumido os seguintes valores:
· Receitas de participações em preses controladas e coligadas avaliadas pelo método de equivalência patrimonial;
· Receitas de dividendos de investimentos avaliados ao custo de aquisição
· Reversões de provisões operacionais, quando não representarem ingresso de novos recursos
· IPI, quando registrado como receita de vendas; e
· ICMS substituição tributária, quando registrado como receita de vendas.
As alíquotas dos impostos são:
· IRPJ – 15% sobre o Lucro Presumido
· CSLL – 9% sobre o Lucro Presumido
Entretanto, quando o Lucro Presumido calculado exceder, trimestralmente, R$ 60.000,00 de lucro, o excedente será tributado, adicionalmente, a 10% no IRPJ. Dessa forma, se o Lucro Presumido for maior que 60 mil, então faz-se a subtração do LP- 60.000 e multiplica-se por 10%, e este será p valor do IRPJ adicional. Assim:
· IRPJ adicional + IRPJ normal (-) IRPF/IRPJ retido= IRPJ a pagar
Observação: existe algumas deduções que podem ser feitas no valor a pagar:
· IRPJ e CSLL retidos na fonte, referente aos serviços prestados;
· Retenções das aplicações financeiras (quando permitido);
· Compensação de pagamentos indevido ou a maior (via Perdcomp).
2.2.3 Lucro Real
É o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensação prescrita ou autorizadas por este regulamento (Decreto n° 158, de 1977, artigo 6° caput).
Quando se faz a opção pelo lucro real, fica á critério da empresa, escolher por ele trimestral ou anual, entretanto não é vantajoso para a instituição optar pelo lucro real trimestral. Portanto focaremos no lucro real anual. 
Para se realizar o cálculo da CSLL e o IRPJ é necessário seguir duas metodologias, sendo a primeira chamada de estimativa ou acréscimo de receitas. Nesse caso é necessário realizar um levantamento do balancete de suspensão e redução de pagamento. Já a segunda metodologia utilizada, é chamada de real.
Em relação a estimativa, a determinação da base de cálculo do IR e da CSLL é semelhante ao presumido, com as seguintes diferenças:
1° Receita financeira e juros de capital próprio compõem a base de cálculo somente da CSLL
2° Toda denominação presumido ou presunção será substituída por estimado ou estimativa
3° Na estimativa, para IR podemos considerar a dedução dos incentivos fiscais
4° O cálculo é feito sobre os valores da DR(e) mês a mês, como se a empresa apurasse a DR(e) mensalmente
5° Após a apuração dos valores do IR e da CSLL a pagar devemos somar estes dois valores obtendo o somatório desses tributos apurado pela estimativa 
6° Este valor deverá ser comparado com os valores dos mesmos tributos, IR e CSLL, apurados pela metodologia do real. No mês seguinte, ao período a que se referem, devemos antecipar o menos valor entre os somatórios do real e estimado. 
Como já foi efetuada a antecipação do período anterior ao da apuração desse, o valor a ser antecipado será a diferença para se chegar ao valor devido até a data acumulada.
A metodologia do Lucro real anual conhecida como real, requer um estudo mais profundo, onde deve-se identificar os requisitos abaixo, para que assim chegue a base de cálculo do IR e CSLL:
· Despesas indedutíveis
· Receitas tributas
· Perdas
· Ganhos
· Provisões
· Compensação de prejuízos
Desse modo, parar chegar na base de cálculo por essa metodologia é necessário:
· Analisar despesas com limites de deduções
· Segregar adições e exclusões, temporárias e permanentes
· Constituir e revertes ativos fiscais diferidos
· Contabilizar os valores a pagar e que afetam a DR(e) (Lucro Real)
· Fazer a contabilização das antecipações
Diferentemente da metodologia por estimativa, onde é calculado mês a mês, a determinação da base da CSLL e do IR pelo método do real, são feitas a partir de DR(e) acumulada. 
2.2.3.1 Cálculo do IRPJ/CSLL
Para calcular o IRPJ devemos chegar ao valor do lucro para aplicarmos o percentual de 15% de IRPJ e CSLL de 9%.
Exemplo:
Receita de Vendas – Impostos diretos – Custos – Despesas = Lucro 100.000,00 - 1.650,00 - 7.600,00 - 50.000,00 - 20.000,00 = 20.750,00 
IRPJ = 20.750,00 x 15% = 3.112,50
CSLL = 20.750,00 x 9% = 1.867,50
O IRPJ adicional deve ser verificar se ultrapassa o limite de 20.000,00 ao mês ou 60.000,00 no trimestre e o que exceder este valor deve ser aplicado à alíquota de 10%.
· IRPJ Adicional = 20.750,00 – 20.000,00 = 750,00 x 10% = 75,00
3 PRÁTICA EXTENSIONISTA
Com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento dos gestores de algumas empresas sobre os assuntos tributários e fiscais do seu negócio, o grupo elaborou uma pesquisa para obter esses parâmetros. 
Através de um formulário online foi possível identificar o tipo de regime tributário que a empresa se enquadra, informações quanto ao porte da empresa e opiniões dos gestores acerca da importância da contabilidade no cumprimento das obrigações tributárias.
https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeIucMbTKTnP7UtwvGkUNt7CkuGPqze2hI_vfnvP8fCM2DS9g/closedform
Em continuidade aos trabalhos, no Instagram do TEI, o qual têm o intuito de ser um canal informativo ao público, o grupo criou vários conteúdos contendo informações acerca da Contabilidade fiscal e tributária de pessoas jurídicas. Os conteúdos publicados, trazem informações acerca dos tipos de regimes de tributação no Brasil, as regras de enquadramento e outras informações gerais sobre tributação.
https://instagram.com/tei.ciencias_contabeis?igshid=YmMyMTA2M2Y=
 
 
 
 
Após analisarmos as respostas coletadas no formulário, criamos uma cartilha informativa sobre o tema, a qual disponibilizamos aos gestores das empresas que participaram da pesquisa. 
4 DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE EXTENSIONISTA 
A escolha por um regime de tributação deve ser feita pelo empresário e o contador da empresa, em conformidade com as normas jurídicas de cada perfil empresarial para o devido enquadramento. Nesse sentido, as estratégias empresariais são muito importantes para definir qual o melhor regime de tributação, uma vez que a boa gestão tributária reduz os custos com os tributos e aumenta a lucratividade. Assim, a relação entre o contador e o proprietário do negócio impacta diretamente no desenvolvimento organizacional. Sendo assim, o grupo procurou identificar qual é a visão do empreendedor a respeito do regime de tributação inerente ao seu negócio, além disso, como é sua percepção em relação a contabilidade com as obrigações fiscais e tributárias. Para isso, foi aplicado um formulário para as sociedades jurídicas, com o intuito de identificar as questões mencionadas acima. 
4.1 Divulgação e mobilização
Para estar capacitado a desenvolver as publicações no Instagram, e elaborar uma cartilha informativa e disseminar o conteúdo as sociedades empresarias, de modo didático e preciso, o grupo realizou pesquisas bibliográficas, analisando os projetos e os comentários de autos referência. Após a integração do grupo ao assunto, a divulgação do tema foi feita de forma online, e presencial para alguns empreendedores que responderam à pesquisa. Nesse parâmetro, as publicações no Instagram e a divulgação do formulário, foram feitas via WhatsApp, já a cartilha de boas práticas empresarial, abrangeu os dois meios de compartilhamento (online e presencial), estes meios auxiliaram na mobilização do público-alvo, já que os conteúdos embasados são retirados de fontes bibliográficas.
4.2 Ações Programáticas
Para obter os resultados e respostas acerca do tema abordado neste trabalho, foi realizado uma análise sobre o perfil do empreendedor, através de uma pesquisa descritiva. Para isso, a pesquisa foi baseada em 28 respostas coletadas através de um formulário eletrônico no Google Forms, composto por questões a serem respondidas sobre o conhecimento dos regimes de tributação e a relação que a contabilidade exerce com as obrigações tributárias. Abaixo consta a relaçãodas empresas que compõem a amostra em análise.
Fonte: Google Forms criado pelas autoras
Nesse sentido, as perguntas compostas no formulário foram criadas de forma indireta para conhecer os diversos tipos de empresários que atuam no mercado. Assim, por meios dos resultados coletados fica sub-entendido que de uma forma geral eles conhecem do regime de tributação, como as vantagens e desvantagens, na qual as empresas estão enquadradas, seguem as orientações da contabilidade, acreditam que a relação entre o empresário e a contabilidade é essencial para o crescimento e sucesso empresarial. Contudo, é importante ressaltar que esses dados satisfatórios, podem ser relacionados com o tempo de experiência no mercado, ou seja, a maior parte da amostra atua no mercado entre 5 a 30 anos ou mais, sendo 89,20% das empresas avaliadas. Essa experiência no mercado possibilita o conhecimento e familiaridade com as obrigações fiscais e tributárias que cada regime é obrigado a cumprir a longo dos anos, tendo em vista também, que as leis que regem as obrigações fiscais são atualizadas continuamente. Abaixo, segue os dados alcançados.
Também, percebe- se que os empreendedores optam por ter uma contabilidade externa, isto é exemplificado nos resultados obtidos, em que 78,6% dos entrevistados terceirizam os serviços contábeis. É importante ressaltar que a contabilidade interna possui maior segurança e eficiência, pois os serviços em que estão submetidos é referente a uma única empresa, em que podem dedicar tempo e estudo para melhorar a eficiência na carga tributária, melhor qualidade nos serviços como: fechamento dos impostos em tempo hábil, geração de guias para pagamento antecipadamente, esclarecimentos de dúvidas rapidamente, dentre outras. Em contrapartida, quando a contabilidade é externa, por terem diversos clientes e serem pressionados pela entrega dos serviços, estes por sua vez, podem não ter uma qualidade em detrimento de uma contabilidade interna, além disso, a análise minuciosa de cada empresa para um eficiente planejamento tributário será deficitária ou não ocorrerá, tendo em vista que a demanda dos serviços é alta e o tempo não comporta uma análise detalhada e orientação a todos os clientes. Segue o resultado atingido:
Um aspecto em que chamou a atenção nos resultados, é que quase 43% da amostra não tem conhecimento das obrigações tributárias dentro o regime na qual está enquadrada, ou seja, apenas pagam os tributos mais não sabem quais os tipos de tributos e como é feito o cálculo dos mesmos. Esta atitude dos administradores, podem estar relacionados ao fato de terceirizarem os serviços contábeis, visto que, a maior parte utiliza a contabilidade externa, assim, esta por sua vez é que faz os cálculos dos impostos e envia a guia aos seus clientes para pagamento. No entanto, isto é um fato preocupante, já que se o proprietário não entende as obrigações tributárias em que está sujeito, ele fica totalmente dependente da contabilidade, ou seja, ele terceiriza a responsabilidade fiscal do negócio, aumentando o risco fiscal, isto é ruim, pois se a contabilidade falhar na prestação dos serviços, a empresa pode ter problemas com o fisco, como multas, desenquadramento do regime, dentre outros. Segue abaixo as respostas encontradas:
Fonte: Google Forms criado pelas autoras
O último fator relevante para análise, é o tamanho das empresas medidas pelo faturamento anual, percebe-se que a maior parte da amostra está dividida entre empresas de pequeno porte e microempreendedor individual. Dessa maneira, é importante o acompanhamento dessas entidades, já que com o crescimento do faturamento anual, podem ocorrer a mudança de regime de tributação. É válido salientar que alguns empresários por não terem o conhecimento detalhado dos tipos de regime de tributação, optam por permanecer no atual regime, as vezes controlando seriamente as vendas para não ultrapassar o total permitido no atual regime, ou vendendo de forma irregular, sem emissão de notas fiscais, assim, impossibilita a mudança de regime e a participação dos novos benefícios que podem adquirir sendo enquadrado de outro modelo de tributação. Assim, é importante que o empresário conheça todas as obrigações e benefícios em cada regime, que não somente terceirize essa responsabilidade para a contabilidade, mas que participa ativamente dos cálculos dos tributos e contribua para uma boa gestão da carga tributária em parceria com os prestadores de serviços contábeis. Abaixo, o resultado do faturamento anual das entidades.
Por fim, conclui-se que o conhecimento sobre as obrigações fiscais e tributárias dos empresários de forma geral é superficial, pois estes responsabilizam a contabilidade para os cálculos dos impostos inerentes a sua atividade empresarial, apesar de conhecerem as vantagens e desvantagens do regime. Apesar de serem contraditórios, o empreendedor pode saber que por exemplo, no Simples Nacional, é utilizado uma única alíquota para todos os impostos, mais não saber quais os tipos de impostos (ISS, ICMS, CSLL, dentre outros). Além disso, apesar da contabilidade interna apresentar maior custo para a empresa, ela possibilita resultados mais seguros em detrimento de uma contabilidade externa que possui diversos clientes.
A fim de mitigar esta problemática, foi desenvolvido ações para aumentar o interesse dos diretores em participar ativamente das obrigações sujeitas ao negócio, por meio de publicações no Instagram e o compartilhamento de uma cartilha informativa, contendo conteúdos como: benefícios de atuar em conformidade com a legislação, características de cada regime, porque ter uma contabilidade interna e vantagens de conhecer os impostos dos regimes. Essas ações, foram desenvolvidas para ajudar os administradores a melhorar as estratégias empresariais na questão tributária, está por sua vez, diminui cerca de 30% dos lucros das organizações, assim, ter eficiência tributária, aumenta o crescimento das entidades no mercado.
Abaixo segue algumas fotos tiradas com alguns proprietários das empresas na quais responderam o questionário: 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar qual o perfil dos empresários quanto ao conhecimento do regime de tributação no qual a empresa se enquadra, assim como, a visão dos empreendedores quanto a contabilidade para a eficiência da gestão de tributos devidos. Com a realização desta pesquisa, por meio de um questionário, com diversas perguntas, foi possível identificar esses aspectos referenciado.
Em primeira análise, é importante enfatizar os principais enquadramentos tributários, tendo em vista, a importância dos regimes de tributação dentro das organizações empresariais e o governo. Neste sentido, ao avaliar o perfil dos empresários quanto a contabilidade tributária e qual sua percepção em relação a obrigações tributarias e fiscais, percebe-se que a amostra da pesquisa, está bem informada quanto o assunto, já que os resultados da pesquisa foram satisfatórios. O resultado satisfatório de forma geral, pode ser relacionado com a maior parte dos empresários possuem conhecimento sobre o enquadramento do regime e qual a forma de tributação que a empresa possui, como as vantagens e desvantagens, além de seguirem as orientações da contabilidade, acreditam que a relação entre o empresário e a contabilidade é essencial para o crescimento empresarial.
Em segunda análise, é valido ressaltar que a maior parte dos empresários desta pesquisa, possuem tempo de experiências no mercado, tendo entre 5 a 30 anos ou mais. Neste viés, é notório que com a experiência no mercado, possibilita uma maior familiaridade com as obrigações fiscais e tributarias. Podemos relacionar também que os empreendedores optam em por ter uma contabilidade externa, terceirizando os serviços contábeis, mesmo a contabilidade interna tendo uma melhor qualidade em segurança e eficiência. Um aspecto no qual chamou atenção, é que um percentual de 43% da amostra não tem conhecimento das obrigações tributárias dentroo regime na qual está enquadrada, ou seja, não sabe quais tributos estão pagando. 
Diante do estudo, a fim de agregar mais conhecimento do regime tributário, utilizou-se as redes sócias, como Instagram e WhatsApp, estes sendo os meios de comunicação mais utilizados para adquirirem conhecimentos que compete a temática discutida. Com várias publicações, a fim de sanar dúvidas sobre o regime de tributação, foi possível alcançar os objetivos proposto no trabalho.
Todavia, uma das maiores dificuldades encontradas pelas integrantes do grupo para a realização da pesquisa, foi encontrar empresários no regime de tributação de lucro real e presumido para responderem o questionário proposto, o que impactou em uma mostra pequena para avaliação.
Portanto, diante do exposto, é fundamental o empresário está ciente do tipo de tributação no qual se enquadra, tendo o contador tributário de extrema relevância para orienta-lo de forma que possibilita uma gestão eficaz, e controle dos tributos. Contudo, o empreendedor poderá favorecer com a participação efetiva nos negócios. Por outro lado, e importante incentivar pesquisas nesta área, com estudos mais aprofundados, sendo feitos uma vez no ano para acompanhar empresas e seus tipos de tributações, identificando os seus regimes, se então na tributação correta, qual o tipo de contabilidade a empresa exerce, orientando-as de forma que contribua para uma melhor desenvolvimento e lucratividade. 
REFERÊNCIAS
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RODRIGUES, Aldenir Ortiz et al. IRPJ e CSLL: manual do imposto de renda pessoa jurídica e contribuição social sobre o lucro líquido. 1. ed. São Paulo: IOB - Thomson, 2007
Classificação: Público
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