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AINES - Anti-inflamatórios não Esteroidais II o Farmacocinética dos AINEs - A maioria dos AINEs são administrados oralmente (exceto cetorolaco e parecoxibe, administrados por via intravenosa e o diclofenaco, administrado pelas vias oral, venosa e retal); - São ácidos fracos que se ligam á albumina (98% de ligação = maior interação medicamentosa) e agem nos tecidos inflamados, na via da cicloxigenase; - Absorção rápida de 1 – 4h pelo sistema gastrointestinal, mas causam irritação gástrica (associação com antiácidos é comum); - Alta biodisponibilidade pelo pouco metabolismo de primeira passagem; - AAS tem ação irreversível, devendo ser evitada em asmáticos para não desviar o substrato para a via da LOX (maiores efeitos colaterais pulmonares, como a broncoconstrição); - Biotransformação é essencialmente hepática (o sulindaco pode ser metabolizado pelo rim) onde é metabolizado (mais hidrossolúvel) e inativado para ser excretado pela urina, sendo alguns excretados por via biliar; - Meia-vida: curta, menos de 6h, longa, mais de 6h; o Farmacodinâmica x Efeitos colaterais - Gastrointestinais: desde dispepsia leve à hemorragia gástrica por conta de úlceras que se desenvolvem pela inibição da prostaciclina que estimula a proteção mucosa; Certo medicamentos seletivos para COX-2 acabam afetando a atuação da COX-1 constitutiva que confere proteção estomacal; - Renais: a prostaciclina produz relaxamento do endotélio das artérias renais. O bloqueio das prostaciclinas pelos AINEs leva à menor filtração glomerular, retenção de água e sal, e lesão renal aguda; - Respiratórios: aproximadamente 10% dos asmáticos em uso de AINE têm exacerbação do sintomas, pois o bloqueio da COX faz aumentar a atuação dos leucotrienos que têm ação broncoconstritora; - Cardivasculares: o uso dos coxibes como AINE seletivo para COX-2 com o intuito de diminuir os danos gástricos, porém estes causam eventos trombóticos cardíacos e cerebrais; -Hematológicos: a COX atua no ácido araquidônico das plaquetas o transformando em tromboxano A2, que aumenta a adesividade plaquetária. Os AINEs, especialmente o AAS, diminuem essa adesividade e ficam ineficientes para conter sangramentos. Gestação x AINEs O uso de AINEs por gestantes é CONTRAINDICADO, pois há risco do fechamento precoce do canal arterial e de oligo-hidrâmnio, e na gestante pode causar anemia, insuficiência renal e prolongamento da gestação. INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2 REFECOXIB, CELECOXIB – CLASSE FURANONAS DARIL O mais usado é o Celecoxib por ser muito seletivo para cox-2 e reversível, fácil de administrar em inflamações crônicas, tem pouca toxicidade gastrointestinal; FARMACOCINÉTICA: Bem absorvido por VO, alta concentração plasmática em 3h, meia-vida de 11h e geralmente administrado 1 ou 2x ao dia, excreção pelas fezes e pela urina, metabolização pelo citocromo P450 no fígado; INDICAÇÕES CLÍNICAS: Osteoartrite, espondilite anquilosante, dismenorreia e outras inflamações articulares. EFEITOS ADVERSOS: Cefaleia, dispepsia, diarreia, eventos trombóticos, lesão renal. CONTRAINDICAÇÕES; Pacientes com doença hepática, renal, cardíaca, hipovolemia. É comum interações medicamentosas, como: aumento da concentração plasmática de Propranolol, Amitriptilina, Risperidona; bem como aumento de Celecoxib ao interagir com Fluconazol e Fluvastatina. NIMESULIDA – CLASSE SULFONANILIDA Inibidor seletivo da COX-2, além de inibir a formação de radicais livres de oxigênio (comum na inflamação) com ações analgésicas, antipiréticas e antiinflamatórias; FARMACOCINÉTICA: Rápida absorção gastrointestinal, alta concentração plasmática em 1-2h, metabolização hepática, excreção pelas fezes e urina. INDICAÇÕES CLÍNICAS: Quadros febris, processos inflamatórios osteoarticulares e musculoesqueléticas, além de cefaleias, mialgias, e analgesia pós-operatória. EFEITOS ADVERSOS: Menor incidência gastrointestinal por causa da seletividade à COX-2, mas pode causar tontura, dor de cabeça, urticária, coceira, icterícia, perda de apetite, urina escura, asma, enjoo, diarreia, etc. CONTRAINDICAÇÃO: Não usar em casos de hemorragias intestinais, úlcera duodenal ou gástrica, insuficiência renal e patologias hepáticas.
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