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• Na classe Trematoda, encontramos a família Schistosomatidae, que apresenta sexos separados e são parasitos de vasos sanguíneos de mamíferos e aves. • Essa família é dividida em duas subfamílias: Bilharzilinae e Schistosomatinae. A primeira parasita aves e alguns animais domésticos ou silvestres. A segunda apresenta um nítido dimorfismo sexual, com espécies parasitando o homem e animais. • O Schistosoma mansoni é o agente da esquistossomose mansoni ou da moléstia de Pirajá da Silva, que ocorre na África, Antilhas e América do sul. • No Brasil, a doença é popularmente conhecida como “xistose”, “barriga- d’água” ou “mal do caramujo”. • Macho: ➢ Mede cerca de 1 cm. ➢ Tem cor esbranquiçada, com tegumento coberto por minúsculas projeções (tubérculos). ➢ Apresenta corpo dividido em duas porções: anterior, onde há a ventosa oral e a ventosa ventral (acetábulo) e a posterior, onde se inicia logo após a ventosa ventral, com o canal ginecóforo, que são dobras das laterais do corpo, no sentido longitudinal, para albergar a fêmea e fecundá-la. ➢ Em seguida a ventosa oral, temos o esôfago, que se bifurca na altura do acetábulo e se funde formando um ceco único, que irá terminar na extremidade posterior. ➢ Logo após o acetábulo, encontramos de 7 a 9 massas testiculares, que se abrem diretamente no canal ginecóforo. Não apresenta órgão copulador, fazendo com que os espermatozóides passem pelos canais deferentes, que se abrem no poro genital, dentro do canal ginecóforo. Eles alcançam as fêmeas e as fecundam. • Fêmea: ➢ Mede cerca de 1,5 cm. ➢ Tem cor mais escura, devido ao ceco com sangue semidigerido, com tegumento liso. ➢ Na metade anterior, encontramos a ventosa oral e o acetábulo. Seguindo-se a este, temos a vulva, depois o útero (com 1 ou 2 ovos) e ovário. ➢ A metade posterior é preenchida pelas glândulas vitelogênicas (ou vitelinas) e o ceco. • Ovo: ➢ Mede cerca de 150 micrômetros de comprimento por 60 de largura. ➢ Não apresenta opérculo, com formato oval e na parte mais larga apresenta um espículo voltado para trás. ➢ O que caracteriza um ovo maduro é a presença de miracídio formado, visível pela transparência da casca. O ovo maduro é a forma usualmente encontrada nas fezes. • Miracídio: ➢ Apresenta forma cilíndrica, com dimensões médias de 180 micrômetros de comprimento por 64 micrômetros de largura. ➢ Apresenta células epidérmicas, onde se implantam os cílios, que permitem movimento em meio aquático. Várias estruturas internas estão contidas no meio líquido interior da larva. ➢ A extremidade anterior apresenta uma papila apical ou terebratorium, que pode se moldar em forma de ventosa. No terebratorium encontram-se terminações das glândulas adesivas anteriormente denominadas “glândulas de penetração” e “sacos digestivos” e as terminações das glândulas de penetração anteriormente denominada de “tubo digestivo primitivo”. Também se encontram aqui um conjunto de cílios maiores e espículos anteriores, importante nos processos de penetração. Há as terminações nervosas, que teriam funções táteis e sensoriais. ➢ O aparelho excretor é composto por solenócitos ou “células em labareda”, “células flama”. Se apresentam em 4 pares e estão ligadas por um sistema de canalículos que são drenados por uma ampola excretora, a qual termina no poro excretor. ➢ O sistema nervoso é muito primitivo, estando representado por uma massa celular nervosa central, que se ramifica e conecta com as células nervosas periféricas, por meio de cordões nervosos. A contratilidade e motilidade da larva são comandadas por este sistema, que aciona a camada muscular subepitelial. ➢ As células germinativas (50 a 100), que darão continuidade ao ciclo do caramujo, encontram-se na parte anterior do corpo da larva. • Cercaria: ➢ Apresentam comprimento total de 500 micrômetros, cauda bifurcada medindo 230 por 50 micrometros e corpo cercariano com 190 a 70 micrômetros. ➢ Duas ventosas presentes, a oral com terminações das glândulas de penetração, quatro pares pré- acetabulares e 4 pares pós- acetabulares e a abertura que se conecta com o chamado intestino primitivo. A ventosa ventral ou acetábulo é maior e apresenta musculatura desenvolvida. ➢ É principalmente através da ventosa ventral que a cercaria se fixa na pele do hospedeiro. ➢ Sistema excretos constituido por 4 pares de células flama. ➢ Como a cauda é uma estrutura que irá se perder rapidamente no processo de penetração, ela não apresenta órgãos definidos, servindo apenas para movimentação. • Os vermes adultos vivem no sistema porta. • Os esquistossômulos, quando chegam ao fígado, apresenta um ganho de biomassa exponencial, e após atingirem a maturação sexual (ao torno de 25 dias), migram para os ramos terminais da veia mesentérica inferior, onde acasalam e em torno do 35º dia, as fêmeas iniciam a postura dos ovos. • O Schistosoma mansoni, ao atingir a fase adulto de seu ciclo no sistema vascular do homem, alcançam as veias mesentéricas, principalmente a inferior, migrando contra a corrente circulatória. • As fêmeas fazem a postura no nível da submucosa. A idade do parasito interfere na postura. Até 2 anos, cada fêmea põe cerca de 400 ovos por dia, na parede de capilares e vênulas, sendo que apenas 50% deles ganham o meio externo. • A vida média é de 5 anos, embora alguns casais possam viver mais de 30 anos eliminando ovos. • Os ovos colocados levam cerca de uma semana para tornarem-se maduros (miracídio formado). • Da submucosa, chegam a luz intestinal. Os prováveis fatores que promovem essa passagem são: ➢ Reação inflamatória: em animais imunossuprimidos ocorre acúmulo de ovos nas paredes intestinais. ➢ Pressão dos ovos, que são postos um atrás de outro (“bombeamento”). ➢ Enzimas proteolíticas produzidas pelo miracídio, lesando tecidos. ➢ Adelgaçamento da parede do vaso, provocado por sua distensão, com presença do casal na sua luz. ➢ Perfuração da parede venular, auxiliada pela descamação epitelial, provocada pela passagem do bolo fecal. Os ovos ganham a luz intestinal e são excretados junto com as fezes. • Essa migração demora dias, no mínimo 6 dias, necessário para a maturação do ovo. Se decorridos cerca de 20 dias e os ovos não conseguirem atingir a luz intestinal, ocorrerá morte dos miracidios. • Os ovos podem ficar presos na mucosa intestinal ou ser arrastados para o fígado. Os que conseguirem chegar a luz intestinal, vão para o exterior junto com o bolo fecal e têm uma expectativa de vida de 24 horas em fezes líquidas e 5 dias em fezes sólidas. • Alcançando a água, os ovos liberam o miracídio, estimulado por fatores de temperaturas altas, luz intensa e oxigenação da água. • Alguns autores apresentam resultados que sugeriam existir atração miracidiana em relação a moluscos. Seria decorrente da detecção de substâncias produzidas pelos moluscos e que se difundiriam pelo meio aquático, detectadas através das terminações sensoriais da papila apical ou terebratorium. Elas estimulam sua concentração e movimentação próximo ao caramujo. Essas substâncias são chamadas de miraxone. A capacidade de penetração restringe-se a cerca de oito horas após a eclosão e é influenciada pela temperatura. • O contato com o tegumento do molusco, faz com que o terebratorium assuma forma da ventosa, ocorrendo descarga do conteúdo das glândulas de adesão. O epitélio é ultrapassado e a larva se estabelece no epitélio subtegumentar. A base das antenas e o pé são os pontos preferidos de penetração no molusco. Tem duração de 10 a 15 minutos. O miracídio transforma-se em esporocisto. • O esporocisto dobrade tamanho (esporocisto mãe ou esporocisto I). • Em temperatura de 25° a 28°, ocorre a transformação dos esporocistos secundários/esporocistos filho/esporocistos II. Ele apresenta dupla camada muscular, que está associada a formação de espinhos, com papel de motilidade e na capacidade de migração intratecidual das larvas. • Essa última geração de células embrionárias, originam novos esporocistos, chamados de esporocistos terciários. • A formação cercariana inicia-se com a disposição das células germinativas em mórula. Um único miracídio pode gerar até 300 mil cercarias. • A emergência das cercarias ocorre com a saída dos organismos dos esporocistos filhos. Pode ser nitidamente influenciada por estímulos externos, como luminosidade e temperatura. • Embora as cercarias possam viver por 36 a 48 horas, sua maior atividade e capacidade infectiva ocorre nas primeiras 8 horas de vida, quando nadam ativamente na água. • Ao alcançarem a pele do homem, se ficam entre os folículos pilosos, com auxílio de duas ventosas e de uma substância mucoproteica, secretada por suas glândulas acetabulares. Em seguida, tomam a posição vertical, apoiando-se na pele pela ventosa oral. Por ação lítica e mecânica, promovem a penetração do corpo cercariano e a perda da cauda. Dura de 5 a 15 minutos. • Quando ingeridas com água, as que chegam ao estômago são destruídas pelo suco gástrico, mas as que penetram na mucosa bucal, desenvolvem-se normalmente. • Após a penetração, as larvas denominadas de esquistossômulos, migram pelo tecido subcutâneo e penetram num vaso, levadas passivamente até os pulmões pelo sistema vascular sanguíneo, via coração direito. • Dos pulmões, dirigem-se para o sistema porta, usando duas vias: ➢ Via sanguínea – das arteríolas pulmonares e capilares alveolares ganham as veias pulmonares, chegam ao coração esquerdo e disseminadas pela aorta até chegar a rede capilar final. ➢ Via intratecidual – dos alvéolos para o parênquima pulmonar, atravessando a pleura, diafragma, chegando a cavidade peritoneal, furando a cápsula e o parênquima hepática, alcançando finalmente o sistema porta intra-hepático. • Quando no sistema porta intra-hepático, os esquitossômulos se alimentam e se desenvolvem, transformando-se em machos e fêmeas em 25 a 28 dias após a penetração. Daí migram, acasalam, vão para o território da veia mesentérica inferior, onde faram a ovoposição. • Penetração ativa das cercarias na pele e mucosa. • Penetram mais frequentemente nos pés e pernas, por serem áreas que ficam mais em contato com águas contaminadas. • Estão em maior atividade entre 10 e 16 horas, quando a luz solar e o calor são mais intensos. • Os locais onde se dá a transmissão com mais frequência são os focos peridomiciliares, valas de irrigação de hortas, açudes, pequenos córregos. • A suspeita de um estado de resistência adquirida contra reinfecções em moradores de áreas endêmicas já existia desde o início do século. • Há resposta imunológica contra as formas infectantes (cercarias), impedindo uma hiperinfecção e mecanismos imunomoduladores da resposta granulomatosa. • A imunidade protetora que existe nas populações humanas seria do tipo denominado “imunidade concomitante”. • Apresenta ainda eficácia parcial, pois admite-se que parte dos parasitos das reinfecções consigam chegar a fase adulta. • O parasito adulto consegue escapar da resposta protetora que atua contra as formas jovens por aquisição ou síntese de antígenos semelhantes aos do hospedeiro, que irão mascarar/mimetizar a superfície externa do parasito. • Apresenta-se resistência contra reinfecções do tipo Th2. • A disponibilidade de isótopos de imunoglobulinas favoráveis a um estado de proteção afetiva seria uma maior quantidade de IgE, assim como de anticorpos tipo IgA, induzidos contra a glutationa-S-transferase do parasito, pois diminuiriam a fecundidade da fêmea, além de reduzir a carga parasitária. • É basicamente uma doença decorrente da resposta inflamatória granulomatosa, que ocorre em torno dos ovos vivos do parasito. • Os antígenos são secretados principalmente pela membrana interna do ovo maduro, denominado de “envelope de Von Lichtenberg”. Esses antígenos atravessam os poros dos ovos, disseminando nas circunvizinhança deles. Os antígenos são chamados de antígenos solúveis dos ovos (SEA), induzem tanto a resposta imunológica humoral quanto celular. • Na fase aguda, a reação granulomatosa é exacerbada e atinge volume considerável, podendo chegar até mais de 100 vezes o ovo. • Na fase crônica, o granuloma atinge dimensões bem menores, o que constitui vantagem para o hospedeiro. • Na esquistossomose humana, mostrou-se que a resposta imunológica estava comprometida e na dependência do número de parasitos. Supõe-se que este fenômeno está relacionado a maior susceptibilidade de pacientes a viroses e bacterioses. • Produtos de excreção/secreção do verme adulto constituem antígenos que, quando se depositam nos tecidos, juntamente com imunoglobulinas e os sistema complemento, resultam em reações inflamatórias que lesam os tecidos em volta. São importantes por se depositarem na membrana basal glomerular e em alguns pacientes, resultam até mesmo em disfunção renal grave. • Está ligada a vários fatores, como a cepa do parasito, carga parasitária, idade, estado nutricional e resposta imunitária da pessoa. • Em populações com a média de número de ovos nas fezes muito elevada, são mais frequentes a forma hepatoesplênica e as formas pulmonares. • Sabe-se também que as alterações cutâneas e hepáticas são grandemente influenciadas pela resposta imunológica do paciente diante dos antígenos dos esquistossômulos e ovos. • Cercaria: ➢ A chamada dermatite cercariana ou dermatite do nadador pode ocorrer quando as cercarias do Schistosoma ou outros animais penetram na pele do ser humano. ➢ É caracterizada por sensação de comichão, erupção urticariforme, seguida por eritema, edema, pequenas pápulas e dor. ➢ Em geral, é mais intensa em reinfecções, com interferência de mastócitos, complemento, eosinófilos e IgE. ➢ Há grande destruição de cercarias e esquitossômulos na pele e pulmões. • Esquistossômulos: ➢ Pode haver fase de linfedenia generalizada, febre, aumento volumétrico do baço e sintomas pulmonares. • Vermes adultos: ➢ Os vermes vivos não produzem lesão de monta. Já os vermes mortos podem provocar lesões extensas, embora circunscritas. Ocorrem principalmente no fígado, onde são arrastados pela circulação porta. • Ovos: ➢ Quando apenas um pequeno número de ovos viáveis conseguem atingir a luz intestinal, as lesões produzidas são mínimas, com reparações teciduais rápidas. Quando em grande número, podem provocar hemorragias, edemas e fenômenos degenerativos, com formações ulcerativas pequenas e superficiais. Essas lesões são reparadas. ➢ Os ovos que atingem o figado e lá permanecem, causam as alterações mais importantes da doença. ➢ O antígeno solúvel excretado pelos poros do ovo provocará a reação inflamatória granulomatosa. • Fase pré-postural: ➢ É uma fase com sintomatologia variada, que ocorre cerca de 10 a 35 dias após a infecção. ➢ Pode ser assintomática. ➢ Quando sintomática, podem reclamar de mal-estar, com ou sem febre, desconforto abdominal e um quadro de hepatite aguda, causada pelos produtos de destruição dos esquitossômulos. • Fase aguda: ➢ Os sintomas mais exuberantes aparecem em torno de 50 dias e pode durar até cerca de 120 dias após a infecção. ➢ Nessa fase pode ocorrer uma disseminação miliar de ovos, principalmente na parede do intestino, com áreasde necrose, causando enterocolite aguda e no fígado, provocando a formação de granulomas. ➢ Pode acompanhar febre, sudorese, calafrios, emagrecimento, hepatoesplenomegalia discreta, fenômenos alérgicos, diarreia, disenteria, cólicas tenesmo, linfadenia... ➢ Entretanto, a fase aguda, na maioria dos casos, apresenta manifestações clínicas pouco intensas e evolui num período de 4 a 6 meses para a fase crônica. • Pode apresentar muitas variações clínicas, podendo ser predominantemente intestinais, hepatointestinais ou hepatoesplênicas. • Intestino: ➢ Em muitos casos, apresenta diarreia mucossanguinolenta, dor abdominal e tenesmo. ➢ Nos casos graves pode haver fibrose da alça retossigmoide, levando a diminuição do peristaltismo e constipação constante. ➢ A maioria dos casos crônicos é benigna, com predominância de alguns granulomas nodulares, queixando-se de dor abdominal e fases de diarreia mucossanguinolenta e outras de constipação. ➢ Apesar de não ser muito frequente, podem ser encontradas tumorações localizadas anômalas, denominadas de formas pseudoneoplásicas. • Fígado: ➢ Surgem a partir do início da oviposição e formação de granulomas. ➢ No inicio, encontra-se aumentado de volume e bastante doloroso a palpação. ➢ Há fibrose do órgão, retração de sua cápsula e formação de saliências ou lobulações. Os granulomas hepáticos irão causar endoflebite aguda e fibrose periportal, que provocarão obstrução dos ramos intra- hepáticos da veia porta, com formação de pequenos trombos. • Esplenomegalia: ➢ Inicialmente, ocorre hiperplasia do tecido reticular e dos elementos do sistema monocítico fagocitário. ➢ Congestão passiva do ramo esplênico, com distensão dos sinusóides. • Varizes: desenvolvimento de uma circulação colateral anormal intra- hepática e de anastomoses, numa tentativa de compensar a circulação portal obstruída e diminuir a hipertensão portal. Varizes esofagianas. • Ascite: decorre de alterações hemodinâmicas, principalmente a hipertensão. Também chamada de “barriga d’água”. • No clínico, deve-se levar em conta a fase da doença. • Anamnese detalhada com origem, hábitos, contato com água. • Parasitológico ou direto: encontro dos ovos do parasito nas fezes ou tecidos do paciente. ➢ Exame de fezes: métodos de sedimentação ou centrifugação em éter sulfúrico, método de Kato- Katz. ➢ Biópsia ou raspagem da mucosa retal: depende de pessoal treinado e resulta em inegável desconforto do paciente. Possui maior sensibilidade e a verificação mais rápido do efeito da quimioterapia. ➢ Ultrassonografia: melhor na fase crônica. • Métodos imunológicos ou indiretos: ➢ Medem a resposta do organismo ao hospedeiro, como reações alérgicas, produção de anticorpos e etc. ➢ Reação intradérmica ou intradermorreação: teste alérgico. ➢ Reação de fixação do complemento. ➢ Reação de hemaglutinação indireta. ➢ Radioimunoensaio. ➢ Reação de imunofluorescência indireta. ➢ ELISA. ➢ PCR. • Se há presença de ovos viáveis nas fezes ou mucosa retal: oxamniquina e praziquantel. • Tratamento da população. • Saneamento básico. • Combate aos caramujos transmissores. • Uso de produtos cercaricidas de uso tópico.
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