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Plasmodium - Malária

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BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
• A malária, também conhecida como paludismo, febre 
palustre, impaludismo, maleita ou sezão, é uma 
parasitose causada por 1 dos 4 tipos de protozoários; 
deles, o mais importante é o P. falciparum, causador da 
malária terciária maligna (malária falcípara) 
 
• Todas as formas são transmitidas pela picada da 
fêmea do mosquito Anopheles, e os humanos são o 
seu único reservatório natural 
 
Região de 
proliferação 
Áreas tropicais e subtropicais 
No 
Brasil 
É endêmica na 
região Norte, 
principalmente 
na região 
amazônica 
Fatores População 
dispersa, difícil de 
ser atingida 
Migrações 
constantes 
Moradia 
inadequada 
Resistência do P. 
falciparum à 
cloroquina 
Resistência 
comportamental 
do A. darlingi 
Possuir zonas de 
ocupação sem 
controle, como 
garimpos 
clandestinos 
Na 
África 
É a 
parasitose 
que causa o 
maior 
número de 
óbitos, sendo 
endêmica na 
região 
africana 
Anemia 
hemolítica 
Nas regiões 
endêmicas da 
África, a 
frequência do 
gene da A.H se 
aproxima de 
30% como 
resultado do 
efeito protetor 
da HbS contra 
a malária 
causada pelo 
P. falciparum 
Ásia, 
África e 
América 
Latina 
O desenvolvimento de parasitos 
resistentes a medicamentos aumentou 
drasticamente a morbidade e a 
mortalidade associada à infecção por P. 
falciparum 
Notificação Obrigatória 
 
• A malária é uma doença que ocorre em áreas tropicais 
e subtropicais, sendo a parasitose que causa o maior 
número de óbitos na África, e no Brasil é endêmica na 
região amazônica 
 
çã ô
Filo Apicomplexa 
Classe Aconoidasida 
Ordem Haemosporida 
Família Plasmodiidae 
Gênero Plasmodium 
Espécies Plasmodium falciparum Causa a 
febre terçã 
maligna 
Plasmodium vivax Causa a 
febre terçã 
benigna 
Plasmodium malariae Causa a 
febre 
quartã 
benigna 
Plasmodium ovale* 
(estrita ao continente 
africano) 
Causa a 
febre terçã 
benigna 
 
Forma 
evolutiva 
Parasito 
Plasmodium sp. 
Trofozoíta 
jovem 
 
Apresenta-se dentro da hemácia em 
forma de anel; apresentam um 
vacúolo digestivo e um núcleo 
puntiforme localizado na periferia de 
um citoplasma circular e diminuto 
Trofozoíta 
madura 
 
 
Maior que a trofozoíta jovem, possui 
citoplasma irregular (ameboide) que 
ocupa a maior parte da hemácia; o 
pigmento, antes esparso, reúne-se no 
centro do parasito 
Dá inicio ao processo de divisão 
nuclear por esquizogonia (divisão 
nuclear seguida de divisão do 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
citoplasma, constituindo os 
merozoítos) 
Esquizonte 
 
Possui múltiplos núcleos (2 ou 4 
merozoítos) observados em um único 
citoplasma 
No P. falciparum são pequenos e 
imóveis 
Esquizonte 
imaturo 
Aparentemente ‘’desorganizados’’, 
evidencia de replicação ativa da 
cromatina; material citoplasmático 
visível circundando a cromatina em 
crescimento; grânulos de pigmento, 
frequentemente de cor marrom 
também são observados; à medida 
que o parasito se multiplica, ele se 
expande e ocupa mais espaço no 
interior do eritrócito 
Esquizonte 
maduro 
Caracterizados pelo surgimento de 
um estágio desenvolvido, o 
merozoíto; o número e o arranjo 
desses merozoítos variam 
Com exceção do P. vivax, o material 
citoplasmático não é visível, 
presumindo-se que esteja ausente ou 
escasso 
Rosácea (ou 
merócito) 
 
A rosácea é o conjunto de merozoítos 
(núcleo que se separa com uma 
porção de citoplasma) infectantes 
para os eritrócitos 
Cada espécie tem uma quantidade 
determinada de merozoítos 
compondo o merócito 
P. vivax: 12 a 14 
P. falciparum, 8 a 36 
P. malariae: 6 a 12 
 
Gametócito
s 
P. falciparum P. vivax 
 
São alongados 
em forma de 
meia-lua com 
um núcleo 
centralizado 
O núcleo ocupa 
toda a célula 
hospedeira; possui 
inúmeras 
granulações que 
correspondem a 
hemozoína 
(pigmento 
malárico resultante 
da metabolização 
da hemoglobina 
pelo Plasmodium 
spp. 
São as formas sexuais do parasita, 
caracterizados por uma forma 
crescente (em forma de banana) 
 
Microgametócitos Com exceção de P. 
falciparum, que tem 
formato em lua 
crescente, ogeralmente 
possui formato 
arredondado. Esta forma 
morfológica consiste em 
uma massa de 
cromatina grande e 
difusa que se cora de 
rosa a roxo e é 
circundada por um halo 
que varia de incolor a 
claro. O pigmento é 
normalmente visível; sua 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
distribuição e sua 
coloração variam entre 
as espécies. 
Macrogametócitos Variam em formato de 
arredondado a oval, 
com exceção de P. 
falciparum, o qual 
possui formato em lua 
crescente. A massa 
compacta de cromatina 
é parcial a 
completamente 
circundada por material 
citoplasmático. 
Pigmento também está 
presente, e sua cor e 
distribuição na célula 
variam de acordo com a 
espécie de Plasmodium. 
 
 
 
 
 
 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
é
Espécie Idade de 
eritrócito
s 
infectad
os 
Aparência 
dos 
eritrócitos 
infectado
s 
Forma em 
anel 
Trofozoíto 
ameboide 
Esquizonte 
imaturo 
Esquizonte 
maduro 
Microgametóc
ito 
Macrogametóc
ito 
Plasmodiu
m vivax 
Apenas 
eritrócito
s jovens 
e células 
imaturas 
Aumentad
o, 
distorcido 
Anel 
citoplasmátic
o delicado 
medindo um 
terço do 
diâmetro do 
eritrócito 
Aparência 
irregular 
Vários pontos 
de cromatina 
Apresenta 
forma 
ameboide, 
citoplasma 
irregular e 
cromatina 
segmentada 
Massa de 
cromatina 
grande, rosa e 
roxa, 
circundada por 
um halo incolor 
a pálido 
Citoplasma 
arredondado a 
oval 
12 a 14 
merozoítos 
ocupam 
grande parte 
do eritrócito 
infectado 
Ponto de 
cromatina 
único 
Remanescênci
a de anel 
citoplasmático 
é comum 
Merozoítos 
circundados 
por material 
citoplasmático 
Massa de 
cromatina 
excêntrica 
Anel circunda 
um vacúolo 
Pigmento 
marrom 
aparente, 
aumentado 
em 
quantidade e 
visibilidade à 
medida que o 
parasito 
amadurece 
Agregados de 
pigmento 
marrom são 
frequentes 
Pigmento 
marrom pode 
estar presente 
Pigmento 
marrom é 
comum 
Pigmento 
marrom claro 
delicado – 
pode estar 
visível por toda 
a célula 
Possíveis 
formas com 
localização 
marginal 
Plasmodiu
m ovale 
Apenas 
jovens e 
células 
imaturas 
Oval e 
aumentad
o, 
distorcido 
com 
paredes 
celulares 
irregulares 
Assemelha-
se à de P. 
vivax, só que 
maior 
Aparência de 
anel, 
geralmente 
mantida até 
tardiamente 
no seu 
desenvolvime
nto 
Cromatina em 
divisão 
progressiva 
circundada 
por material 
citoplasmático
, 
frequentement
e mantém o 
formato 
circular na 
fase inicial de 
desenvolvime
nto 
Parasitos 
ocupam 75% 
do interior do 
eritrócito 
Semelhantes ao do P. vivax, porém 
menores 
Anel espesso 
e 
frequentemen
te com 
aparência 
disforme 
Formatos 
ameboides 
não tão 
evidentes 
como em P. 
vivax 
Arranjo dos 
merozoítos em 
roseta (média 
de 8 
merozoítos 
presentes) 
Plasmodiu
m 
malariae 
Apenas 
células 
maduras 
Tamanho 
normal, 
sem 
distrações 
Menor que o 
P. vivax 
Apresenta-se 
pequeno e 
delicado 
Semelhante 
ao de P. vivax, 
apenas 
menor; pode 
conter 
grânulos 
escuros, 
grandes, 
periféricos ou 
centrais 
Geralmente 
contém entre 
6 a 12 
merozoítos 
arranjados em 
rosetas ou em 
grupos 
irregulares 
Semelhantes 
ao de P. vivax, 
apenas 
menores; 
pigmento 
geralmente 
mais escuro e 
grosseiro 
Formas mais 
maduras 
assumem 
formato oval Núcleo 
apresenta 
cromatina 
pequena e 
saliente 
Citoplasma 
sólido não 
disforme que 
pode assumir 
formato 
redondo, oval, 
em banda ou 
barra 
Ocupa 1/6 do 
eritrócito 
Citoplasma 
contém 
pigmento 
marrom 
escuro 
grosseiro; 
pode 
mascarar a 
cromatina 
Arranjo central 
do pigmento 
marrom-
esverdeado 
pode ser 
visível 
Ponto grande 
de cromatina 
Vacúolos 
ausentes nos 
Eritrócito 
infectado 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
Vacúolo pode 
parecer 
preenchido 
estádios 
maduros 
pode não ser 
visível, pois os 
parasitos emdesenvolvime
nto com 
frequência 
preenchem a 
célula 
O pigmento 
se forma 
precocement
e 
Plasmodiu
m 
falciparum 
Pode 
infectar 
células 
de todas 
as 
idades 
Tamanho 
normal, 
sem 
distorção 
Configuração 
circular (um 
ponto de 
cromatina) 
ou config. De 
fone de 
ouvido (dois 
pontos de 
cromatina) 
Anéis 
espessos são 
comuns 
Vários pontos 
de cromatina 
circundados 
por 
citoplasma 
Normalmente 
contém de 8 a 
36 merozoítos 
(média de 24) 
em arranjo 
agrupado 
Formato de 
salsicha ou de 
lua crescente 
Formato de 
salsicha ou de 
lua crescente 
Citoplasma 
espesso 
Grânulos finos 
de pigmento 
Detectados 
apenas em 
infecções 
severas 
Detectado 
apenas em 
infecções 
severas 
Frequentement
e observa-se 
cromatina 
central 
dispersa com 
pigmento 
negro ao seu 
redor 
Cromatina 
compacta 
Vacúolo 
pequeno, 
geralmente 
visível 
Pigmento negro 
circundando a 
cromatina pode 
ser visível 
Vários anéis 
em um 
mesmo 
eritrócito são 
comuns 
Formas com 
localização 
periférica são 
possíveis 
 
Plasmodium vivax; Trofozoíto jovem/Trofozoíto 
maduro/Esquizonte/Esquizonte/Esquizonte/Merócito/Macrogametócito/Microgametócito 
 
 
Plasmodium falciparum; Trofozoíto jovem/Trofozoíto jovem/Trofozoíto 
maduro/Esquizonte/Esquizonte/Merócito/Macrogametócito/Microgametócito 
 
 
Plasmodium malariae; Trofozoíto jovem/Trofozoíto maduro (ou em faixa) 
/Esquizonte/Esquizonte/Esquizonte/Merócito/Macrogametócito/Microgametócito 
 
 
Parede do estômago do Anopheles darlingi repleto de 
oocistos, que passarão a produzir porozoítos infectantes 
 
 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
ã
Infecção Ocorre através da 
picada de fêmeas de 
mosquitos do gênero 
Anopheles infectadas 
com Plasmodium spp. 
Mosquitos 
Espécie Descrição 
Anopheles 
darlingi 
É a principal espécie vetora, 
demonstrando alta susceptibilidade 
aos plasmódios humanos, 
responsável pela maior parte dos 
casos de malária por conta da 
preferência pela alimentação 
humana 
Presente em grande parte da região 
brasileira – exceto nas regiões secas 
do Nordeste, extremo sul e em áreas 
de altitude elevada 
Utiliza para o seu desenvolvimento as 
águas de lagoas, açudes, represas e 
áreas de remanso dos rios; seus 
criadouros são de águas limpas, 
profundas, pouco turvas e 
ensolaradas ou parcialmente 
sombreada 
Costuma atacar o homem dentro das 
casas, nas horas mais altas da noite 
Anopheles 
aquasalis 
É considerado um mosquito 
xenofílico [prefere se alimentar em 
animais], essencialmente 
crepuscular [pica ao anoitecer], 
anofelino exofílico [pica fora das 
casas; pica dentro de casa apenas 
quando sua densidade está elevada] 
É considerado o principal vetor em 
regiões costeiras, por sua preferência 
por águas salobras 
Anopheles 
albitarsis 
É considerado um complexo de 
espécies críticas (não podem ser 
diferenciadas morfologicamente), 
composto por 4 ou 5 espécies 
É o anofelino mais frequente e 
amplamente distribuído no Brasil, 
também nas regiões costeiras 
É xenofílico e exofílico 
É um vetor secundário, passando a 
ser primário de acordo com as 
mudanças na ocupação da terra 
pela população humana 
Seus criadouros preferenciais são 
áreas alagadas de água doce, 
limpas e ensolaradas ou 
sombreadas, como campos e 
pastagens 
Prefere atacar animais como cavalos 
a homens e aves 
Anopheles 
cruzii 
Restrita ao litoral brasileiro e encosta 
do planalto, estendendo-se ao 
Sergipe ao Rio Grande do Sul 
Faz a desova na água que se 
acumula na base das folhas de 
alguns gravatás; prefere bromélias 
epífitas e terrestres, situadas em 
locais protegidos de raios solares – 
conhecido como a malária das 
Bromélias 
É anofelino, atacando o homem e 
outros animais, picando tanto de dia 
quanto de noite [a atividade 
hematofágica é maior no crepúsculo 
vespertino e nas primeiras horas da 
noite] 
Anopheles 
bellator 
Espécie encontrada apenas no litoral 
brasileiro, raro dentro das matas e 
abundante em áreas abertas 
Eclético quanto aos hospedeiros e 
exofílico 
Difere-se por procriar em bromélias 
rupestres, epífitas ou terrestres, mais 
expostas ao sol 
Prefere os gravatás de maior 
tamanho, que permitem o acumulo 
maior de quantidade de água nas 
axilas de suas folhas 
Ataca o homem ao pôr do sol e só 
transmite malária quando 
encontrada em elevada densidade 
Outras formas de transmissão 
Transmissão 
congênita 
Embora muito rara, pode ocorrer 
Transfusão 
sanguínea 
Pode ocorrer a transmissão através 
da transfusão sanguínea ou através 
de um doador em fase crônica, sem 
sintomatologia aparente 
Toxicomania Contaminação de seringas 
 
ó
O ciclo do Plasmodium é heteróxeno 
(hospedeiro intermediário: homem 
hospedeiro definitivo: mosquito) 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
A reprodução é sexuada do tipo esporogonia 
Picada Quando o mosquito pica uma pessoa 
infectada, adquire os gametócitos 
Microgametócito Macrogametócito 
Gametócitos 
masculino 
Gametócitos 
feminino 
Fecundação cruzada Dentro do 
estômago do 
mosquito, os 
gametócitos 
realizam a 
fecundação 
cruzada 
Processo em que os 
microgametas formados pela 
exflagelação [formação de 
gametas flagelados] fecundam o 
macrogametócito, formando o 
oocineto [fase móvel] 
Diferenciação O oocineto ativado evade o trato 
intestinal, fixa-se à parede intestinal 
voltada à hemocele do inseto, 
diferenciando-se em oocisto [fase 
encistada] 
Diferenciação II 
- Esporogonia 
Serão formadas as formas 
infectantes para o hospedeiro, os 
esporozoítos [formados no interior 
dos oocistos] 
Rompimento, 
penetração e inoculação 
Após o rompimento do 
oocisto, os esporozoítos 
migram ativamente via 
hemolinfa e penetram nas 
glândulas salivares do 
mosquito, sendo 
inoculados com a saliva 
quando exercerem um 
novo repasto sanguíneo 
A reprodução é assexuada do tipo esquizogonia 
P. vivax (terçã 
benigna) 
48h 
P. falciparum 
(terçã maligna) 
36h – 48h 
P. malariae 
(quartã benigna) 
72h 
Zona 
malarígena 
Um individuo entra numa zona 
malarígena e é picada por um mosquito 
fêmea do gênero Anopheles; estando 
infectado, este inocula de 10 – 20 
esporozoítos, que permanecem na 
corrente sanguínea (aprox. 30min) 
Ciclo pré-eritrocítico, 
exoeritrocítico ou ciclo 
hepático 
As formas esporozoítas 
migram para os 
hepatócitos, iniciando o 
ciclo hepático 
Esquizogonia nos 
hepatócitos 
Formação dos merozoítos 
[formas infectantes para 
as hemácias] Produz cerca de 10.000 
merozoítos para P.vivax, e 
40.000 para P.falciparum 
Ciclo eritrocítico Rompimento dos 
merócitos (hepatócitos 
contendo merozoítos), 
liberação dos merozoítos 
na circulação e 
consequente infecção das 
hemácias 
Pós-
infecção 
Uma sucessão de 
formas do parasito é 
observada de forma 
sequencial [trofozoíto 
jovem → trofozoíto 
maduro → esquizonte → 
rosácea] 
Ocorre a cada 
48h para P. 
falciparum, P. 
ovale e P. vivax 
Ocorre a cada 
72h para P. 
malariae 
Hemozoína Durante o período pós-infecção, o 
parasito utiliza a hemoglobina como 
fonte nutricional, assimilando os 
aminoácidos da fração globina e 
gerando um catabólito insolúvel de 
hemossiderina, a hemozoína, que no 
momento do rompimento da hemácia 
infectada e da formação dos 
merozoítos, é liberada na circulação 
Ciclo 
eritrocítico 
P. vivax As formas esquizonte e 
rosácea são observadas 
na circulação 
As hipnozoítas, forma 
latente da P. vivax, podem 
ser observadas nos 
hepatócitos, determinando 
por vezes episódios 
maláricos tardios 
P. 
falciparum 
As formas 
esquizonte 
e rosácea 
não são 
observadas 
na 
circulação 
Essa ausência é 
determinada 
pela formação 
de botões 
(knobs) na 
superfície das 
hemácias 
infectadas por 
indução do 
parasito 
Marginação 
eritrocitária 
As hemácias infectadas 
por indução possuem a 
capacidade de aderir ao 
endotélio dos vasos 
capilares profundos 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
É o ponto determinante 
para apatogenia da 
malária causada por P. 
falciparum, já que 
ocasiona o 
comprometimento dos 
vasos e o acúmulo de 
hemozoína, resultando 
em congestão, 
enfartamento e 
microhemorragias, 
podendo levar a 
quadros graves 
Diferenciação* Parte* dos merozoítos 
oriundos e hemácias 
possuem a capacidade de 
infectar novas células e se 
diferenciar em 
gametócitos, completando 
a criação do ciclo viral 
Inflamação Os gametócitos aparecem 
na corrente sanguínea de 6 
a 8 dias depois do primeiro 
acesso febril, sendo mais 
numerosos na fase inicial 
da doença 
O número de 
macrogametócitos (g. 
feminino) é maior do que o 
de microgametócitos (g. 
masculinos) 
Ciclo 
sexuado 
Caso o mosquito 
Anopheles spp. venha 
a ‘’sugar’’ os 
gametócitos, 
realizarão o ciclo 
através da 
exflagelação 
Para que haja 
infecção do 
mosquito é 
necessário que o 
paciente apresente 
cerca de 300 
gametócitos/mm³ 
de sangue 
Os gametóforos 
[pessoas que possuem 
gametócitos no sangue 
circulante] são os que 
tem importância 
epidemiológica, uma 
vez que são fonte de 
infecção para os 
mosquitos 
O habitat varia de acordo com a fase do ciclo 
No homem Fase pré-eritrocítica Hepatócitos 
Fase eritrocítica Hemácias 
Mosquito Estômago e glândulas salivares 
 
çã
Ação Descrição 
Ação 
tóxica 
Toxicidade resultante da liberação de 
citocinas (TNF, IL-1, IL-6, IL-8); ativação e 
mobilização de células 
imunocompetentes ativadas pela 
hemozoína, que induz a produção de 
citocinas endógenas que irão agir no 
parasito, podendo provocar transtornos ao 
hospedeiro, como febre e mal-estar 
 
Tipo de 
imunidade 
Descrição 
Resistência 
natural 
Uma espécie de plasmódio não se 
desenvolve em determinado 
hospedeiro; a resistência é inata e não 
depende de contato prévio com o 
parasito 
Imunidade 
adquirida 
ativa 
Decorrente da estimulação do sistema 
imune pelo parasito; desenvolvimento 
gradual a partir de um ano de idade, 
permanecendo no individuo enquanto 
houver infecção (imunidade 
concomitante – necessidade da 
presença do agente infeccioso em 
níveis assintomáticos no hospedeiro) 
Imunidade 
adquirida 
passiva 
Decorrente 
da 
passagem 
de 
anticorpos 
de um 
organismo 
imune 
para outro 
não-
imune; 
Natural Passagem de 
anticorpos 
específicos de 
mãe para filho 
durante a vida 
fetal ou pelo 
colostro 
Artificial Transferência, 
por injeção de 
soro de um 
paciente de 
malária para 
outro doente 
Utiliza-se só em 
tratamentos 
difíceis, 
principalmente 
em casos de P. 
falciparum 
resistente 
 
Fatores 
relacionados às 
características 
clínicas e 
anatômicas da 
Malária 
‘’Chuvas’’ de 
novos merozoítos 
são liberadas dos 
eritrócitos em 
intervalos de, 
aproximadamente, 
48h para P.vivax, P. 
ovale e P. 
falciparum, e 72h 
para Parlaria 
Os 
episódios 
de 
tremores, 
calafrios e 
febre 
coincidem 
com essa 
liberação 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
Os parasitas destroem um 
grande número de eritrócitos, 
causando a anemia hemolítica 
Um pigmento marrom derivado 
da hemoglobina, a hematina, 
liberada pela ruptura dos 
eritrócitos, é responsável pela 
coloração do baço, fígado, 
linfonodos e medula óssea 
A ativação de mecanismos de 
defesa do hospedeiro leva ao 
desenvolvimento de hiperplasia 
de fagócitos mononucleares, 
produzindo esplenomegalia 
maciça e hepatomegalia 
ocasional 
Período Sintomas 
Período pré-
patente [formas 
sanguíneas] 
P. vivax Mínimo: 8 
dias; 
Média: 13 – 
17 dias 
P. falciparum Mínimo: 5 
dias; 
Média: 8 – 
12 dias 
P. malariae Mínimo: 14 
dias; 
Média: 28 – 
37 dias 
Período de incubação P. vivax 14 dias 
P. falciparum 12 dias 
P. malariae 30 dias 
Sintomatologia e patogenia 
P. falciparum Terçã maligna, pode levar o 
paciente à morte 
Esquizogonias 
sanguíneas 
Destruição das hemácias e 
liberação do pigmento malárico 
(hemozoína) 
O pigmento malárico e o corpo 
residual, liberados durante a 
esquizogonia sanguínea, devem 
ser um fator preponderante na 
gênese paroxismo (acesso 
malárico) e da febre, por serem 
substâncias pirogênicas 
Acesso malárico Calafrio, calor e suor; o paciente, 
apesar da febre, começa a sentir 
frio e, cerca de 30min após, 
cessa a sensação de frio e 
começa o calor intenso, quando 
então a febre se eleva para 39° a 
41° 
Lesões capilares Resulta da deposição de 
complexos antígeno-anticorpo 
‘’Escurecimento’’ 
dos órgãos 
Produto da degradação da 
hemoglobina pelo parasita, 
dando cor escura aos órgãos 
atingidos 
Anemia Pode ser 
provocada 
por 3 fatores 
principais 
Destruição das 
hemácias após 
esquizogonia 
Destruição das 
hemácias 
parasitadas no 
baço 
(mecanismo de 
defesa) 
Destruição de 
hemácias 
sadias no baço 
(adsorção de 
antígeno do 
parasita, 
formando 
autoanticorpos 
[momento em 
que o organismo 
não reconhece 
as suas próprias 
hemácias]) 
Alterações no 
endotélio e 
formação de 
êmbolos 
Nos casos de malária grave (P. 
falciparum) ocorrem alterações 
do endotélio capilar, provocando 
uma maior lentidão no 
movimento de hemácias 
parasitadas e normais nos 
capilares sanguíneos, fazendo 
com que algumas destas 
permaneçam aderidas ao 
endotélio 
Um movimento mais curto das 
hemácias pode provocar um 
impedimento do fluxo sanguíneo 
e, consequentemente, formação 
de êmbolos, que podem 
provocar congestão, edema, 
anóxia, necrose local, levando o 
paciente à óbito, principalmente 
se atingir órgãos importantes, 
como o cérebro, ou locais 
extensos 
Malária 
falcípara 
fatal 
Geralmente 
atinge o 
cérebro 
[malária 
cerebral], 
resultando em 
cefaleia, 
hipertemia, 
vômitos, 
sonolência, 
convulsões, 
coma e morte 
em um período 
de dias a 
semanas 
‘’Felizmente’’ é 
pontuada pela 
febre blackwater, 
uma complicação 
na qual os glóbulos 
vermelhos se 
rompem na 
corrente sanguínea 
(hemólise), 
liberando 
hemoglobina nos 
vasos capilares e 
na urina 
(hemoglobinúria) 
BRENDA RODRIGUES PARASITOLOGIA 3° SEMESTRE 
Glomerulonefrite A malária pode induzir a 
formação de imunocomplexos, 
que poderão ser depositados 
nos glomérulos, desenvolvendo o 
quadro de glomerulonefrite, 
alterando a permeabilidade dos 
capilares glomerulares, 
induzindo uma perda maciça de 
proteínas 
 
ó
O diagnóstico é baseado na morfologia do 
plasmódio, no aspecto da hemácia e nos estádios 
encontrados no sangue 
Diagnóstico 
clínico 
Somente é possível quando há 
presença de sintomas na fase 
eritrocítica 
Fase 
sanguínea 
É feito o diagnostico 
clinico baseado nos 
sintomas clássicos 
como febre em 
intervalos regulares e 
anemia 
 
Método Descrição 
Preparações coradas de 
sangue 
Esfregaços ou gotas 
espessas para pesquisa 
do parasito ao 
microscópio 
O exame 
em gota 
espessa 
corado pelo 
Giemsa é 
considerado 
o padrão-
ouro 
O 
esfregaço 
em 
camada 
delgada 
deve ser 
fino e 
uniforme, 
e o sangue 
colhido 
durante ou 
logo o 
acesso 
malárico 
Passo a passo – Esfregaço em gota espessa 
i. Colocar 5 mm3 de sangue recém-colhido no 
centro de uma lâmina de vidro 
ii. Com o canto de outra lâmina ou da lanceta 
utilizada na punção digital, espalhar essa 
gota por uma superfície de 1 cm2; 
iii. Deixar secar em temperatura ambiente 
durante 10 a 12 horas; não ultrapassar esse 
período, senão ocorrerá hemólise das 
hemácias; 
iv. Corar pelo Giemsa, colocando uma gota da 
solução estoque para cada ml da solução-
tampão; 
v. Deixar em repouso por 30 minutos; 
vi. La 
vii. var com água destilada (para retirar o 
excesso de corante), secar e examinar ao 
microscópio. 
Biópsia Medula óssea 
Imunológico ELISA Existem antígenos 
altamente específicos, 
que tornam capaz a 
separação das espécies 
de Plasmodium 
RIFI 
 
Esquema terapêutico Baseado em fatores como 
as espécies do parasito 
envolvidas, a gravidade 
da doença, a faixa etária 
do indivíduo, o histórico 
de infecção e tratamento, 
a resistência do parasito 
e o custo da medicação 
Fármacos 
utilizados 
Cloroquina, mefloquina,primaquina [em casos de 
plasmódios resistentes], 
artemisinina, artesunato, 
etc. 
Cada um 
releva 
diferentes 
níveis de 
resistência 
pelas 
espécies do 
Plasmodium 
Vacina Em 24/07/15 a primeira vacina do 
mundo contra a malária foi liberada 
pelo órgão regulador europeu de 
medicamentos, o qual garante que a 
mesma é segura e eficaz para o uso em 
bebês na África em áreas endêmicas 
 
Medidas 
individuais 
Uso de vestimenta adequada 
Uso de repelente 
Mosquiteiros impregnados com 
inseticidas de ação residual 
Telagem de portas e janelas 
Medidas 
coletivas 
Uso de inseticidas e larvicidas 
Combate à formação de novos 
criadouros 
Quimioprofilaxia Deve ser usada com cautela em 
função do desenvolvimento de 
resistência do parasito 
Deve-se realizar uma análise 
multifatorial, considerando o 
risco de infecção, a existência de 
transmissão ativa e espécies de 
Plasmodium sp. na região, etc.

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