Direito Processual e Direito Material

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TGP | Maria Eduarda Q. Andrade 
 
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® Diferença entre Direito Material e Direito 
Processual 
 
Direito material: “corpo de normas que 
disciplinam as relações jurídicas referentes a 
bens e utilidades da vida (direito civil, penal, 
administrativo, comercial, tributário, 
trabalhista...)” 
 
Não há processo oco: todo processo traz a 
afirmação de ao menos uma situação jurídica 
carecedora de tutela jurisdicional. 
¨ Situação jurídica = direito material 
 
Direito Material é a legislação 
 
Ocorre error in judicando, caso o judiciário 
desrespeite. 
 
Direito processual: “complexo de normas e 
princípios que regem tal método de trabalho, 
ou seja, o exercício conjugado da jurisdição 
pelo Estado-juiz, da ação pelo demandante e 
da defesa pelo demandado” 
 
Direito processual é exercício da jurisdição 
 
Ocorre error in procedendo – caso o judiciário 
desrespeite. 
 
Teoria do Fato Jurídico: o processo é uma 
espécie de ato jurídico complexo, tornando-se 
assim sinônimo de procedimento. 
 
Além disso, pode ser encarado como efeito 
jurídico = plano da eficácia dos fatos jurídicos. 
 
A abordagem metodológica do processo se da 
com o instrumentalismo, o qual é a principal 
 
 
 
 
 
forma de estabelecer uma ponte entre o 
processo e o direito material. 
 
O direito processual e o direito material 
estabelecem uma relação circular. O direito 
material sonha, projeta; o direito processual 
cabe a concretização desse sonho. 
 
¨ A instrumentalidade do processo 
 
Instrumentalidade a serviço da paz social, 
buscando a efetividade do processo. O 
processo não é um fim em si mesmo, existe 
para a realização do direito material. O 
processo é instrumento, serve ao direito 
material. 
 
Não se quer mais excessos de formalismo, 
embora as formas sejam importantes. 
® Um processo com fulcro no 487 do CPC. 
® A ideia é o julgamento com mérito. 
 
Denominação: DIREITO PROCESSUAL. Já foi 
chamado de direito judiciário (de origem 
romana, levava em conta somente a figura do 
juiz). 
Posição: DISCIPLINA AUTÔNOMA. 
Divisão: O direito processual é UNO, assim 
como o é a jurisdição. A grande divisão entre 
direito processual civil e direito processual 
penal é apenas pragmática. 
 
Funções do Estado Moderno: Bem estar e 
justiça sociais. 
 
No que toca a função jurídica, o que se quer é 
a prestação de serviços à ordem social e 
econômica, providências de ordem jurídica 
destinadas a assegurar a cooperação entre os 
indivíduos e dirimir os conflitos. 
Direito Processual e o Direito Material 
 
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¨ Norma processual 
 
A norma jurídica processual resulta da 
articulação dos conceitos do processo e de fato 
jurídico processual. É o direcionamento a 
estruturar um procedimento. 
 
® Objeto: regula a atividade dos sujeitos 
processuais. Há 3 classes de normas 
processuais: 
 
1. normas de organização judiciária 
(normas que organizam os poderes, 
estão na constituição federal). 
2. normas processuais em sentido estrito, 
atribuindo poderes e deveres. (dizem o 
que pode e não pode no processo) 
3. normas procedimentais (diz sobre os 
procedimentos adotados de forma 
correta) 
 
® Natureza: Direito Público. Uma vez que 
um dos integrantes do processo é um 
sujeito do Estado. 
 
® Sujeitos do processo: juiz, autor e réu. 
 
Isso não importa dizer que sejam somente 
cogentes, já que existem normas processuais 
dispositivas. 
 
Exemplo: art. 373, §3º, CPC - distribuição pelas 
partes do ônus da prova. 
 
¨ Interpretação do direito processual 
 
® Interpretação gramatical ou filológico 
(leitura do dispositivo); 
® Interpretação lógica ou sistemática: 
exame da norma nas suas relações com 
as demais normas que compõem o 
ordenamento jurídico e com os 
princípios gerais que o informam. 
® Interpretação histórica: perspectiva 
histórica que a norma foi criada. 
® Método comparativo: direito 
comparado. 
 
Os métodos de interpretação podem ser 
combinados, chegando-se à atribuição de 
conteúdo finalístico e valorativo do direito. 
 
¨ Interpretação conforme o 
resultado 
 
® Declarativa: A lei disse o que 
exatamente o que queria dizer. Trouxe 
todas as hipóteses e incisos que será 
aplicada. 
 
® Restritiva: A lei disse demais o que 
poderia ser disse. O interprete vai 
“enxugar” = restringir o alcance. Ex. a lei 
disse descendente, mas queria dizer 
filho. 
 
® Extensiva ou ampliativa: A lei disse 
pouco, menos do que deveria. Ex. 
bigamia aplicada à poligamia, uma vez 
que a não há lei que fale sobre a 
poligamia, mas há lei que fala sobre 
bigamia, então amplia-se (estende-se) a 
lei de bigamia nos casos de poligamia. 
 
® Ab rogante: Conclui pela 
incompatibilidade absolta e irredutível 
entre dois preceitos legais ou um 
preceito legal e um princípio. 
Ponderação. Não da pra usar os dois 
princípios/normas porque são 
diferentes, há uma colisão. 
 
INTEGRAÇÃO – Cuida de preencher lacunas. 
Art. 140, CPC. Arts. 4º e 5º da LINDB. 
 
¨ Interpretação ≠ integração