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TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS As técnicas radiográficas denominadas extrabucais são rodas aquelas nas quais o filme é posicionado fora da boca do paciente, possibilitando a realização de radiografias que favoreçam uma avaliação mais ampla das regiões craniofaciais Elas são utilizadas, muitas vezes, associadas às técnicas intrabucais para a obtenção de uma imagem mais rica em detalhes Sua indicação, em algumas situações, é imprescindível como auxiliar para um diagnóstico mais conclusivo INDICAÇÕES Coadjuvantes das radiografias intrabucais no estudo das alterações em maxila e mandíbula Localizar, identificar e delimitar fraturas, nos pacientes traumatizados; localizar corpos estranhos, dentes inclusos e raízes residuais Exames com contraste, para as glândulas salivares (sialografias); pesquisa de cálculos salivares nos ductos excretores das glândulas parótida e submandibular Delimitação de grandes áreas patológicas Avaliação em Ortodontia, Ortopedia Funcional e Cirurgia Ortognática; avaliação radiográfica nos pacientes com trismo ou com outra impossibilidade de abrirem a boca, ou mesmo com "náusea e intolerância pela colocação do filme intrabucal Exame radiográfico dos pacientes com necessidades especiais Exames radiográficos indicados para recém-nascidos ou lactentes Permitem o acompanhamento radiográfico pós-operatório em diversos procedimentos CARACTERÍSTICAS PARA A REALIZAÇÃO DAS TÉCNICAS EXTRABUCAIS 1) o ripo de equipamento de raios X utilizado 1. Os aparelhos utilizados nas radiografias exrtabucais possuem um gerador de raios X capaz de produzir um feixe de alta intensidade com cerca de 150 a 200 mA e também com um alto poder de peneiração de 80 a 100 k V p. Em contrapartida, os aparelhos de uso odontológico intrabucal têm potência máxima de 70 kVp 2) o regime de trabalho desce equipamento 2. Os aparelhos extrabucais possuem um equipamento trabalha com kVp e mA variáveis, o que não acontece com os aparelhos odontológicos. A escolha dos fatores energéticos, como a mA, a kVp e o tempo de exposição, vai variar de acordo com o tipo de técnica que se pretenda realizar, a compleição física e a idade do paciente, a espessura e o tipo da região a ser radiografada e a distância focal 3) o tipo de filme radiográfico utilizado 3. A radiografia extrabucal possui um mecanismo de registro de imagem um pouco diferente das intrabucais. Os filmes são posicionados em estojos de alumínio ou plástico, denominados “chassi” em cujo interior há duas placas emulsionadas com uma substância que se fluoresce ou luminesce sob ação da radiação X, que são as placas intensificadoras ou ecrans. Os filmes, agora denominados screen, são mais sensíveis à luz do que aos raios X. O uso dos ecrans é fundamental nas tomadas extrabucais, pois possibilita uma redução significativa da dose de raios X recebida pelo paciente. Os filmes utilizados para essas tomadas radiográficas de interesse odontológico, podem ter diferentes tamanhos: 13 x 18 cm, 18 x 24 cm, 20 x 25 cm e 24 x 30 cm 4) a posição do paciente para as tomadas radiográficas 4. O processamento pode ser feito tanto manualmente quanto por meio das processadoras automáticas. As processadoras têm a vantagem de padronizar e agilizar o processamento, oferecendo assim uma radiografia com uma imagem de melhor qualidade 5. Um plano é definido como superfície retilínea que passa no mínimo por três pontos - Plano sagital mediano: plano vertical que divide o corpo em lados direito e esquerdo. - Plano frontal ou coronal: plano vertical que divide o corpo em partes anterior e posterior - Plano horizontal (transversal ou axial): qualquer plano que atravesse o corpo formando ângulos retos com os planos sagital ou coronal, dividindo o corpo em porção superior e inferior Na realização das tomadas radiográficas extrabucais, o paciente pode estar em decúbito dorsal ou ventral (deitado de costas ou de barriga para baixo), ou na posição ortostática (em pé) Em Odontologia, geralmente, o paciente encontra-se na posição ortostática. É importante ressaltar que as radiografias das cavidades sinusais devem ser realizadas com o paciente na posição ortostática, pois assim prováveis níveis líquidos existentes nas cavidades sinusais podem ser melhor avaliados Por fim, consideraremos que a distância focal (distância foco-filme) utilizada pode ser estabelecida em cerca de 0,80 metro para a maioria das técnicas de crânio, com exceção da radiografia cefalomécrica obtida com o paciente fixado a um cefalostato e na qual utilizamos de 1,5 a 2 metros TÉCNICAS EXTRABUCAIS – INCIDÊNCIAS As incidências radiográficas extrabucais são classificadas em três grupos 1. Laterais: Crânio - perfil duro Mandíbula - exame de ângulo e ramo Mandíbula - exame de corpo Telerradiografia 2. Frontais ou Coronais: Mandíbula (posteroanterior - PA) Seios maxilares (posteroancerior - PA) 3. Axiais: Direta (submentovértice) Invertida (ou Hirtz invertida) 4. Radiografias para ATM Transcraniana Transfacial 5. TOWNE 6. Tomografia convencional RADIOGRAFIAS EM NORMA LATERAL PERFIL DURO DE CRÂNIO Sinonímia: lateral simples de crânio; lateral de crânio verdadeira Indicações: fraturas do crânio ou de sua base; fraturas do terço médio da face quando se suspeita de um provável deslocamento da maxila para baixo ou para a parte posterior; exame do seio maxilar, esfenoidal e frontal; condições que afetem a calota craniana, tais como: doença de Paget, mieloma múltiplo, metástases ósseas, hiperparatireioidismo; condições que afetem a sela túrcica, como, por exemplo, tumores da glândula pituitária na acromegalia Posição da cabeça do paciente: o paciente é posicionado com o plano sagital mediano paralelo ao chassi de modo que o lado da face que se pretenda escudar coque o chassi Área de incidência do feixe principal: arco zigomático do lado oposto Direção do feixe de raios X: ângulo vertical 0° e ângulo horizontal 90º em relação ao plano sagital mediano EXAME DA REGIÃO DE ÂNGULO E RAMO DA MANDÍBULA Sinonímia: lateral de mandibula para ângulo e ramo Indicações: pesquisa de doenças nesta região, tais como: fraturas, corpos estranhos, dentes não irrompidos, cálculos salivares no dueto de Wharton, lesões císticas ou tumorais; como alternativa quando imagens intrabucais não puderem ser obtidas em virtude de trismos ou nâusea intensa, ou mesmo se o paciente se encontrar inconsciente Posição da cabeça do paciente: o paciente pode ser mantido sentado verticalmente na própria cadeira odontológica, mantendo uma inclinação da cabeça de 60° em relação ao plano horizontal, ou pode-se realizar o exame conforme as ilustrações Área de incidência do feixe principal: gônio (região do ângulo) da mandíbula do lado oposto ao que está sendo estudado Direção do feixe de raios X: ângulo vertical 0° e ângulo horizontal 0°, em relação ao plano sagital mediano EXAME DA REGIÃO DE CORPO DA MANDÍBULA Indicações: pesquisa de doenças nesta região, tais como: fraturas, corpos estranhos, dentes não irrompidos, cálculos salivares no dueto de Wharton, lesões císticas ou tumorais; como alternativa quando imagens intrabucais não puderem ser obtidas em virtude de trismos ou nâusea intensa, ou mesmo se o paciente se encontrar inconsciente Fatores técnicos: pode ser realizada com um aparelho de raios X odontológico, utilizando-se a mesma técnica na qual se faria urna radiografia intrabucal oclusal, estabelecendo-se uma distância focal em 50 cm Posição da cabeça do paciente: O paciente pode ser mantido sentado verticalmente na própria cadeira odontológica, mantendo uma inclinação lateral da cabeça de 60° em relação ao plano horizontal, ou pode-se realizar o exame conforme as ilustrações Área de incidência do feixe principal:gônio (região do ângulo) da mandíbula do lado oposto ao que está sendo estudado Direção do feixe de raios X: ângulo vertical 0° e ângulo horizontal O°, em relação ao plano sagital mediano RADIOGRAFIAS EM NORMA FRONTAL (OU CORONAL) POSTEROANTERIOR DE MANDÍBULA Sinonímia: PA de mandíbula Indicações: fraturas da mandíbula em região do ângulo, do ramo ascendente, do pescoço do côndilo e do terço posterior do corpo; lesões físicas ou tumorais destas mesmas regiões, para a observação de expansões chamadas láterolaterais; hipo e hiperplasias mandibulares e outras deformidades maxilofaciais Posição da cabeça do paciente: o paciente fica de frente para o chassi, com o seu plano sagital mediano perpendicular ao filme, tocando a fronte e o nariz no chassi; a linha que vai do meato acústico externo à comissura palpebral externa deve permanecer paralela ao plano horizontal ou, então, perpendicular ao chassi Área de incidência do feixe principal: os raios X devem incidir na coluna cervical, 3 cm abaixo da protuberância occipital externa, à altura do ramo da mandíbula. Direção do feixe de raios X: ângulo horizontal de 0° e paralelo ao plano sagital mediano do paciente, e ângulo vertical também de 0° e paralelo à linha canto-meatal POSTEROANTERIOR PARA SEIOS MAXILARES Sinonímia: técnica de Waters; occipitomentual padrão; mento-naso-placa; occipitonasal Indicações: exame radiográfico do seio maxilar; fraturas do terço médio da face, tais como as do tipo: Lefort l, II e lll, do complexo zigomácico, do complexo nasoetmoidal, fraturas da órbita; fraturas do processo coronoide; exame dos seios frontal e ermoidal; exame do seio esfenoidal (feita com o paciente mantendo a boca bem aberta durante o exame, e esta modificação recebe o nome "Waters-Waldron") Posição da cabeça do paciente: o paciente fica de frente para o chassi, com o seu plano sagital mediano perpendicular ao filme; deve encostar a região do mento no chassi, mas não deve encostar a ponta do nariz e sim afastá-la cerca de 1 cm; esta radiografia deve ser tomada de preferência com o paciente em posição ortostácica, para que possíveis conteúdos líquidos dentro dos seios maxilares possam ser observados na imagem. Área de incidência do feixe principal: região da protuberância occipital externa em direção à espinha nasal anterior Direção do feixe de raios X: ângulo horizontal de 0° em relação ao plano sagital mediano do paciente, e ângulo vertical também de 0° em relação ao plano horizontal ou 90° em relação ao chassi (paciente em posição ortostácica) RADIOGRAFIAS EM NORMA AXIAL AXIAL INVERTIDA Sinonímia: submentovértice; axial de Hirtz; Hirtz direta; mento-bregma; incidência basal; incidência de base de crânio. Indicações: exames do seio esfenoidal; lesões osteoliticas ou expansivas que afetem região do palato, região pterigoide e a base do crânio; pesquisa de fraturas de arco zigomático, e processo coronoide e condilo em radiografias obtidas com uma redução dos fatores de exposição. Posição da cabeça do paciente: o paciente é posicionado de costas para o filme, com a cabeça bastante inclinada para trás, de tal modo que o vértice do crânio toque o chassi e a linha canto- meatal (linha de Reid) fique paralela ao filme Área de incidência do feixe principal: abaixo da mandíbula, em uma linha imaginária que une os dois primeiros molares, com uma distância focal de 80 cm Direção do feixe de raios X: desta linha imaginária eirada no item anterior em direção ao vértice (ponto bregma) do crânio TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS EXTRABUCAIS REALIZADAS COM FILME OCLUSAL EXAME DO ÂNGULO E RAMO DA MANDÍBULA Sinonímia: ângulo e ramo de mandíbula com filme oclusal Indicações: possui as mesmas indicações da radiografia convencional, feita com chassi porta-filme, contudo pode ser improvisada no consultório odontológico para agilizar o atendimento e o estabelecimento do diagnóstico, já que pode ser realizada com um filme oclusal e o aparelho convencional odontológico. Posição do filme: o filme do tipo oclusal é mantido pelo próprio paciente, na região de ângulo e ramo da mandíbula que se pretende escudar Posição da cabeça do paciente: o paciente pode permanecer sentado verticalmente na própria cadeira odontológica, inclinando ligeiramente a cabeça Área de incidência do feixe principal: gônio (região do ângulo) da mandíbula do lado oposto ao que está sendo estudado Direção do feixe de raios X: Ângulo vertical -30° e ângulo horizontal 90° TOWNE INVERTIDA Técnica radiográfica em forma de PA, onde o paciente realiza a técnica de Boca Aberta Técnica muito especifica para visualizar região de processos condilares, fraturas de processos condilares INDICAÇÕES Pesquisa de fraturas na região de côndilo POSICIONAMENTO DO PACIENTE O paciente está com boca aberta na mesma posição da PA O feixe pode entrar de forma reta ou entrar de forma inclinada, geralmente esse ângulo de angulação é em torno de 20°; TELERRADIOGRAFIA Fonte de raio – X distante em torno de 1,50 m do filme radiográfico Esta radiografia tem a característica de ser padronizada e poder ser reprodutível, utilizamos um dispositivo chamado "cefalostato" ou "cranioscato", que mantém a cabeça do paciente em uma posição definida INDICAÇÕES Muito utilizada em odontologia Ortodontia e cirurgia ortognatica Analises de casos Anomalias de crescimento e desenvolvimento Cefalometria Tipo facial POSICIONAMENTO DO PACIENTE Posição da cabeça do paciente: mantido em um "cefalostato", com o plano sagital mediana perpendicular ao plano horizontal, e plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Área de incidência do feixe principal: na região do meato acústico externo, ou no ponto Tragus, do lado oposto àquele que está sendo examinado O paciente tem que estar em oclusão, tem que estar com a boca fechada, pode ou não estar com os lábios relaxados, estar com as vertebras cervicais o mais vertical possível e com o plano de Frankfurt paralelo ao plano horizontal Dispositivo preso a glabela RADIOGRAFIAS PARA ATM Projeções laterais; o transfacial (pode ser realizado no aparelho radiográfico panorâmico, panorâmico especial para ATM, sendo os mais utilizadas) o transcraniana (precisa de equipamentos próprios para realizar essa transcraniana) Projeção antero- posterior Técnicas especiais com aparelho panorâmico INDICAÇÕES Avaliar distúrbios do temporomandibular POSICIONAMENTO DO PACIENTE Paciente com a boca fechada para avaliar o posicionamento do côndilo dentro da cavidade articular Depois uma radiografia com o paciente com a boca aberta REPAROS ANATÔMICOS OBSERVADOS Processo condilar Cavidade articular Meato acústico Posicionamento do processo condilar com relação a eminencia articular TRANSCRANIANA Dispositivo que é adaptado ao equipamento intraoral e partir dessa adaptação ele já tem um ângulo especifico para pegar a região Não sendo muito mais realizada, por causa da dificuldade de realizar a tomada porque tem que ser realizada 4 tomadas radiográficas, expondo o paciente a 4 vezes TRANSFACIAL O paciente vai realizar uma radiografia em uma rotação única com a boca aberta e uma rotação única com a boca fechada
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