Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes Reprodutor masculino: Termorregulação dos testículos: Para um funcionamento eficiente, os testículos dos mamíferos devem ser mantidos em uma temperatura mais baixa que a do corpo. Receptores de temperatura localizados na pele escrotal podem provocar respostas para diminuir a temperatura do corpo todo e provocar palpitação e transpiração. Plexo pampiniforme: mecanismo contracorrente, o sangue arterial que está entrando no testículo é resfriado pelo sangue venoso que está partindo do testículo. A posição das artérias e veias próxima à superfície dos testículos tende a aumentar a perda direta de calor dos testículos. Pênis e prepúcio: No pênis dos mamíferos, três corpos cavernosos são agregados ao redor da uretra peniana. O corpo esponjoso do pênis– que envolve a uretra – é amplo. No garanhão, os corpos cavernosos contêm espaços cavernosos grandes; durante a ereção, o considerável aumento de tamanho resulta do acúmulo de sangue nesses espaços. Ereção X Protusão: A ereção é causada pela elevação da pressão arterial nos seios cavernosos do pênis, em consequência da entrada de mais sangue, em comparação com o sangue que sai. A entrada do sangue aumenta por causa da vasodilatação das artérias, que é causada pela estimulação parassimpática. A contração dos músculos isquiocavernosos também comprime o sangue localizado nos seios cavernosos (que então formam um sistema fechado) e também contribui para a ereção, aumentando a pressão arterial nos seios cavernosos. O aumento da pressão no corpo cavernoso do pênis produz considerável alongamento com pequena dilatação no pênis dos ruminantes e suínos. Quando o pênis do touro é protruído, o prepúcio é invertido e estendido acima do órgão protruído. Emissão X Ejaculação: Emissão: ocorre antes da ejaculação e resulta da inervação simpática; movimentação do fluido espermático ao longo do ducto deferente para a uretra pélvica, onde ele é misturado com secreções das glândulas acessórias. Ejaculação: passagem do sêmen resultante ao longo da uretra peniana; ocorre por ação dos músculos lisos sob o controle do sistema nervoso autônomo. Espermatogênese: todo o processo envolvido na transformação das células epiteliais germinativas (células-tronco) em espermatozoides e pode ser dividido em duas fases: espermatocitogênese e espermiogênese. - Espermatocitogênese: fase proliferativa, por meio da qual as espermatogônias multiplicam-se por uma série de divisões mitóticas seguidas de divisões meióticas, que formam a contagem haploide (n) de cromossomos. - Espermiogênese: maturação das espermátides enquanto ainda estão no compartimento adluminal; inclui uma série de modificações nucleares e citoplasmáticas e a transformação de uma célula imóvel (incapaz de mover-se) para uma célula potencialmente móvel, na qual se formou um flagelo (cauda). As espermátides maduras formadas durante a última fase da espermiogênese são liberadas no lúmen dos túbulos seminíferos na forma de espermatozoides. Espermiação: liberação das espermátides maduras no lúmen dos túbulos seminíferos. As espermatogônias iniciam um processo continuo de divisões mitóticas e produzem sucessivas gerações de cels, tornando espermatogônia do tipo A ou B. As Do tipo B passam por alguns ciclos mitóticos em que as cels filhas não se separam completamente e ao final das divisões, originam os espermatócitos primários (2n), que realizam a meiose I, gerando os espermatócitos secundários (n), que realizam a mitose II, originando as espermátides. Onda espermatogênica: A espermatocitogênese (desenvolvimento das espermatogônias em espermatozoides) requer 64 dias para ser concluída (no touro) no compartimento adluminal. Embora esse desenvolvimento seja contínuo, uma nova espermatogônia tipo A migra pela barreira de células de Sertoli e entra no compartimento adluminal para iniciar seu desenvolvimento e substituir a espermatogônia tipo A em desenvolvimento que a precedeu. Nos touros, isso corre a cada 14 dias. Como são necessários 64 dias para que os espermatozoides se desenvolvam, ocorrem 4,6 ciclos (64/14) de desenvolvimento, antes que o primeiro ciclo originado de Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes determinada área do epitélio seminífero comece a chegar à rede testicular. Alteração sequencial do estágio do ciclo ao longo do comprimento do túbulo; inclui uma sequência de estágios, que começam com os estágios menos avançados do meio da curva e avançam progressivamente para estágios mais desenvolvidos e mais próximos da rede testicular. Controle hormonal: O aumento da secreção de LH leva as células de Leydig a secretar testosterona; quando alcança níveis altos, este último hormônio inibe a secreção adicional de LH. Cel. Leydig- produz testosterona e é controlada pela gonadotrofina conhecida como hormônio de estimulação das células intersticiais, ou ICSH. O hormônio foliculoestimulante (FSH) – secretado pela hipófise anterior estimula a produção de uma proteína de ligação dos androgênios (liga-se à testosterona e a outros androgênios para estabilizar suas concentrações e assegurar quantidades suficientes para a espermatogênese) pelas células de Sertoli; estimula a secreção de estrógeno pelas cels. de Sertoli. As células de Sertoli também produzem um hormônio conhecido como inibina, que inibe a secreção do FSH pela hipófise anterior. Ações da testosterona: Mantém a espermatogênese sustentando o processo meiótico; Ativação e a manutenção da libido, a atividade secretória das glândulas sexuais acessórias e as características corporais gerais associadas aos machos- crescimento ósseo aumentado (ossos mais pesados), músculos mais desenvolvidos, pele mais espessa e voz mais grossa (nos touros). Durante o crescimento fetal, a testosterona regula a descida dos testículos. Reprodutor feminino: Foliculogênese, maturação ovocitária e ovulação: Regressão dos folículos: A partir do nascimento e ao longo de todo o ciclo reprodutivo da fêmea, há atresia (regressão) considerável de alguns folículos primordiais. No final do ciclo reprodutivo da fêmea, restam apenas poucos folículos primordiais e até estes sofrem atresia pouco tempo depois. O crescimento de alguns folículos primordiais não ocorre depois do nascimento e antes da puberdade, mas estes nunca alcançam o estágio de folículo graafiano e regridem. A formação dos folículos graafianos depende de hormônios e começa na puberdade, quando os níveis tônicos do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio foliculoestimulante (FSH) começam a aumentar e diminuem a cada ciclo estral. Oogênese: O processo por meio do qual os ovócitos são formados. O ovócito do folículo primordial é um ovócito primário em estado de inatividade da meiose (meiose interrompida). A meiose recomeça por ocasião da ovulação. Hormônios: FSH: Estimula o desenvolvimento de folículos no ovário. LH: Estimula o desenvolvimento e maturação de folículos e ovócitos e suporta a formação e manutenção do corpo lúteo no ovário. Induz os sintomas de estro. Estrógenos: produzidas pelas cels. Da granulosa; O estradiol-17β e a estrona são os estrogênios que predominam nos animais domésticos que não estão gestantes e nos animais gestantes, respectivamente. Em geral, a função principal dos estrogênios é estimular a proliferação celular e o crescimento dos tecidos relacionados com a reprodução. Progesterona (produzida pelo corpo lúteo):Prepara o endométrio para a prenhez, mantém a prenhez e diminui a secreção de GnRH pelo hipotálamo. Prostaglandina F2α(Útero): Induz a regressão do corpo lúteo. As concentrações dos estrogênios e da progesterona também afetam a quantidade de LH ou FSH secretado. Em geral, a concentração crescente de estrogênio aumenta a sensibilidade da hipófise anteriorao GnRH e amplia a secreção das gonadotrofinas. A progesterona reduz a sensibilidade da hipófise anterior ao GnRH e as concentrações de LH e FSH diminuem. Durante o estágio de dependência hormonal sob influência do LH, as células da teca interna produzem androgênios. Os androgênios difundem-se da teca interna para as células da granulosa. Sob ação do FSH, as células da granulosa convertem os androgênios em estrogênios. Os estrogênios produzidos estimulam o crescimento e a divisão das células da granulosa e, em combinação com FSH, levam estas células a produzir secreções que afetam a separação das células da Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes granulosa e a formação de um espaço preenchido por líquido folicular (liquor folliculi), que é conhecido como antro. Além disso, o FSH estimula a formação dos receptores de LH nas células da granulosa. Um pico de secreção de LH (pico pré-ovulatório) ocorre cerca de 24 h antes da ovulação. Além de seu papel na ovulação e na formação do corpo lúteo, o pico de LH provoca redução da quantidade de receptores de FSH nas células da granulosa, de modo que a secreção de estrogênio por estas células diminui. Os folículos que estão perto do desenvolvimento completo, mas não têm receptores de LH em quantidades suficientes, não ovulam em resposta ao pico de LH e tornam-se atrésicos. Na maioria das espécies, a elevação dos níveis de estrógenos produzidos pelos folículos ovarianos durante o proestro atinge uma concentração limiar que faz com que ocorra uma maior secreção de GnRH pelo hipotálamo durante o estro. Atingindo a hipófise anterior, o GnRH estimula principalmente um pico de secreção de LH. No ovário, o LH é necessário para a finalização do processo de maturação do(s) ovócito(s) e a liberação dele(s) pelo processo de ovulação. Durante o estro (E), a produção de estrógenos pelos folículos em desenvolvimento resultam no pico de LH e, em menor extensão, FSH pela hipófise levando à ovulação do ovócito (1). Os folículos não ovulados entram em atresia (2) e as células foliculares do folículo ovulado desenvolvem-se no corpo lúteo (3) secretando progesterona. Uma nova onda de folículos desenvolve-se (4), mas entra em atresia (5). Uma outra onda de crescimento folicular produz então o folículo ovulatório (6) para o próximo estro. Se o ovócito ovulado não for fertilizado não resultando em prenhez, a prostaglandina é liberada pelo endométrio causando a regressão do corpo lúteo e eventual formação do corpo albicans (7). O consequente declínio da progesterona resulta na remoção do bloqueio hipotalâmico da secreção de GnRH e possibilita o retorno ao ciclo estral. No útero gestante, a liberação de prostaglandina F2α na corrente sanguínea é bloqueada, permitindo a persistência do corpo lúteo Formação do CL: envolve a luteinização da granulosa, por meio da qual esta camada de células é convertida da secreção de estrogênio para a secreção de progesterona (os receptores de LH das células da granulosa eram previamente induzidos pelo FSH). Esse processo é iniciado pelo pico pré-ovulatório de LH. A PGF2α é liberada pelo útero não gestante em torno de 14 dias depois da ovulação e acredita-se que ela seja a substância luteolítica. O prolongamento da fase lútea por mais de 14 dias, ou talvez por 1 a 5 meses, é conhecido como persistência do corpo lúteo. A existência de um CL persistente impede o retorno à fase folicular e sua ovulação subsequente. Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes Ciclo estral: Estro: período de receptividade sexual, algumas vezes também referido como cio. A ovulação geralmente ocorre no final do estro, embora isto nem sempre ocorra. Os elevados níveis de estradiol, além de induzirem a manifestação do cio, são também responsáveis pela dilatação da cérvice, síntese e secreção do muco vaginal e o transporte dos espermatozóides no trato reprodutivo feminino. Fica inquieta, monta e deixa-se montar por outras vacas, reduz o apetite, diminui a produção de leite e apresenta corrimento muco vaginal claro e viscoso; a vulva e a vagina apresentam-se intumescidas e avermelhadas. Metaestro: período pós-ovulatório imediato, durante o qual começa o desenvolvimento do CL. Com duração de dois a três dias, tem como característica principal a ovulação, que é a liberação do óvulo pelo folículo. Em bovinos, a ovulação ocorre geralmente de 12 a 16 horas após o término do cio. Após a ruptura do folículo, o óvulo é transportado para o local de fertilização, porção média do oviduto, e as células da parede interna do folículo se multiplicam dando origem a uma nova estrutura, denominada corpo lúteo ou corpo amarelo. O corpo lúteo produz progesterona, que é o hormônio responsável pela manutenção da gestação Diestro: período de atividade do corpo lúteo maduro, que começa cerca de 4 dias depois da ovulação e termina com a regressão do CL ; liberação de elevados níveis de progesterona; caso não ocorra a fecundação, o corpo lúteo regridirá (ao redor de 17 dias após o cio) e os níveis de progesterona no sangue diminuirão, permitindo assim o desenvolvimento de um novo ciclo estral. Proestro: com duração de dois a três dias, é caracterizado pelo declínio nos níveis de progesterona, pelo desenvolvimento folicular e pelo aumento dos níveis de estradiol no sangue. Nessa fase, a liberação do GnRH pelo hipotálamo estimula a secreção de FSH e LH da glândula pituitária. Os elevados níveis de FSH no sangue induzem o desenvolvimento dos folículos e, em sinergismo com o LH, estimulam a sua maturação. À medida que o folículo se desenvolve, aumenta a produção de estradiol pelos folículos, e após uma determinada concentração, o estradiol estimula a manifestação do cio e a liberação massiva do LH, dando início à segunda fase. Antes do proestro, há um período longo de inatividade sexual (anestro), durante o qual os níveis de progesterona são baixos ou nulos. Os períodos foliculares (proestro e estro) caracterizam- se pela ação predominante do estrogênio. Fotoperíodo (durações relativas dos períodos alternantes de luz e escuridão) é o fator mais importante associado à procriação sazonal. As gatas e as éguas tornam-se anestrais (sem ciclos estrais) no final do outono (tempo de “desligamento”) por causa da diminuição da luminosidade e os ciclos ovarianos são reiniciados no final do inverno ou no início da primavera (período de “ligação”) com o aumento da luminosidade. Parto: Sinais de parto iminente: ✓ abdome continua a aumentar e seu tamanho máximo é alcançado pouco antes do parto. ✓ As glândulas mamárias também continuam a crescer e, alguns dias antes do parto, começam a secretar um material leitoso. ✓ edema da vulva e eliminação de muco pela vagina. ✓ Os músculos abdominais relaxam e isto provoca descida do ventre e afundamento dos dois quartos e da base da cauda. Relaxina combinado com o nível crescente de estrogênio no final da gestação provocam o relaxamento dos ligamentos, para permitir a dilatação do canal do parto. ✓ PGF2α ajude a relaxar a cérvice. Alterações Hormonais: aumento da produção de estrogênio. ✓ A unidade fetoplacentária produz estrona à medida que aumenta a maturidade fetal. ✓ O aumento da produção de cortisol pelos córtices adrenais, somado à maturação do feto, inicia o aumento da produção de estrogênio antes do parto. Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes estimula a produção de proteínas contráteis na musculatura do útero antes do trabalho de parto sinal para a secreção de PGF2α, que ocorre no período imediato antes do parto. ✓ O aumento do nível do estrogênio e a redução da concentração de progesterona convertem o útero de um estado de inatividade para um estado de contratilidade potencial. ✓ PGF2α aumenta a sensibilidade do útero à ocitocina, que aumenta as contraçõesrítmicas da musculatura uterina durante o trabalho de parto. ✓ A presença dos pés no canal pélvico e a estimulação subsequente da vagina desencadeiam contração reflexa dos músculos abdominais. ✓ As contrações dos músculos uterinos e abdominais, somadas ao relaxamento dos ligamentos pélvicos, à separação da sínfise pélvica e à dilatação da pelve, asseguram a expulsão do feto. Os três estágios do trabalho de parto são os seguintes: Contrações uterinas (contribuem para a dilatação da cérvice e a apresentação do feto) Contrações associadas à expulsão do feto (envolvem contrações da musculatura abdominal) Expulsão das membranas fetais Involução uterina: processo por meio do qual o útero volta às suas dimensões fisiológicas (antes da gestação) depois do parto. Os pontos de inserção da placenta fetal ao endométrio desprendem e o endométrio exposto cicatriza, formando epitélio novo. Além da proliferação do epitélio novo, o miométrio contrai e as células encurtam. Reprodução de aves domésticas: Fotoperíodo: A luz que afeta estimulação e periodicidade reprodutivas é percebida pelos fotorreceptores localizados no hipotálamo. A percepção da luz no cérebro resulta na secreção do hormônio de liberação das gonadotrofinas (GnRH), que é seguida da secreção das gonadotrofinas e da estimulação das gônadas. A luz estimula as aves a tornarem-se reprodutivamente aptas e ativas quando a duração da luz é suficiente e atua no sentido de regular os eventos do ciclo reprodutivo. A resposta ao horário de iluminação é profundamente influenciada pelo fotoperíodo anterior que a ave experimentou. Quando a ave percebe que a duração do dia está aumentando, o efeito é estimulador. Por outro lado, a percepção de um fotoperíodo decrescente leva à regressão fotoinduzida. Machos: Testículos: produzir hormônios (androgênio) e gametas. As aves têm um epidídimo pequeno e um canal deferente, que conduz o esperma até o orifício cloacal. Em algumas espécies de aves, principalmente pássaros canoros, o canal deferente alonga-se na extremidade Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes distal e é conhecido como glomo seminal. Quando o glomo está cheio de esperma, ele causa uma protrusão em um dos lados da cloaca e, embora não seja um escroto, indica que o animal esteja pronto para procriar. São formados de túbulos seminíferos com células intersticiais dispersas entre os túbulos. Os túbulos seminíferos contêm espermatogônias e células germinativas em desenvolvimento em contato direto com as células de Sertoli. As células intersticiais secretam vários androgênios (testosterona e androstenediona) embora o androgênio principal presente no sangue seja o primeiro. Em resposta aos fotoperíodos estimuladores ou à medida que se aproxima a maturidade sexual, quantidades crescentes de LH circulante estimulam a diferenciação das células de Leydig. Em seguida, as células de Leydig maduras são capazes de produzir androgênio sob ação estimuladora do LH. Ductos epididimais: conectam-se ao ducto deferente distal, que conduz o sêmen até a cloaca. Em consequência da absorção do líquido dos túbulos seminíferos, a concentração do esperma é acentuadamente aumentada durante seu transporte ao longo desse sistema. Os espermatozoides adquirem motilidade à medida que percorrem o sistema de ductos excurrentes, enquanto os espermatozoides presentes no canal deferente não parecem móveis. A motilidade dos espermatozoides não parece ser essencial à fecundação, porque os espermatozoides testiculares têm a capacidade de fertilizar oócitos quando são colocados dentro do oviduto acima da vagina. A inseminação ocorre por contato cloacal; as cloacas do macho e da fêmea são colocadas em aposição direta, em vez de ocorrer uma penetração real. Espermatogênese: Embora os testículos das aves sejam internos, isto não significa que a espermatogênese seja insensível à temperatura - a espermatogênese está bem adaptada à temperatura corporal alta das aves (cerca de 41°C). Fêmeas: Apenas o ovário e o oviduto esquerdo desenvolvem-se. Durante a estação de reprodução ou durante a fotoestimulação das aves domésticas, os folículos cheios de gema estão dispostos com uma hierarquia. O folículo maior é aquele que ovulará primeiro, o segundo maior depois deste e assim por diante. A gema que se acumula nos folículos é produzida no fígado sob a influência do estradiol. Lipoproteínas – especialmente as lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL) – e a proteína vitelina são produzidas no fígado em resposta ao estrogênio. O oócito é grande e cheio de gema (ao contrário dos mamíferos). O oócito está circundado por uma membrana vitelina. A região do disco germinativo, que contém o material nuclear, é uma estrutura opaca situada na superfície do oócito sob a membrana vitelina. Oviduto: conduto que se estende do ovário até a cloaca, no qual cada região está especializada para desempenhar funções específicas. 1. Infundíbulo: A extremidade fimbriada do infundíbulo torna-se ativa por ocasião da ovulação e engolfa o ovo. Alguns espermatozoides são armazenados nas glândulas do infundíbulo, que é onde ocorre a fecundação. Os ovos passam cerca de 15 a 30 min nesse segmento. 2. Magno: a parte mais longa do oviduto. A albumina (produzida em resposta ao estrogênio) é depositada nesse segmento ao longo de duas a três horas. 3. Istmo: local onde as membranas das cascas interna e externa são depositadas, o ovo permanece nesse local de 1 a 1,5h. 4. Útero/glândula da casca: onde a casca é acrescentada. Água e sais, além de pigmento, também são acrescentados ao ovo na glândula da casca, o ovo permanece por aproximamente 20h. Durante aproximadamente as primeiras 6 horas, um líquido aquoso produzido pela região do colo passa para dentro do ovo, resultando em um aumento de duas vezes na massa da clara. Essa “dilatação” pode continuar durante o tempo em que o ovo ficar na glândula da casca. 5. Vagina: a parte do oviduto que se estende entre a glândula da casca e a cloaca e não tem função na formação do ovo. Armazenamento do esperma: Os espermatozoides inseminados são armazenados nos túbulos de armazenamento de esperma da junção uterovaginal e são liberados e transportados ao infundíbulo para que ocorra a fecundação. Apenas os espermatozoides móveis e morfologicamente normais entram nos túbulos de armazenamento de esperma. Endocrinologia do ovário: Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes A teca interna produz basicamente androgênios, enquanto os estrogênios são originados da teca externa. A progesterona é produzida em quantidades maiores pela camada de células da granulosa dos folículos grandes. O LH estimula a esteroidogênese, tanto na camada de células da teca quanto da granulosa. Os folículos ovarianos estão dispostos hierarquicamente, ou seja, o folículo que será ovulado em seguida é referido como F1, o folículo que será ovulado no dia seguinte é denominado como F2 e assim por diante. Esses folículos são muito bem vascularizados e isto é importante para a transferência de grandes quantidades de componentes da gema proveniente do sangue. Ciclo ovulatório: As galinhas, diferentemente dos mamíferos, têm somente uma fase folicular. Por elas não gestarem, não há necessidade de um corpo lúteo. Os fatores-chave para a determinação da regulação da ovulação (e oviposição subseqüente) são as gerações das ondas pré-ovulatórias de LH e a presença de um folículo maduro no momento em que a onda de LH ocorre. A regulação da onda pré-ovulatória de LH é o resultado de um ritmo circadiano que restringe essa onda para um período “aberto” de 8 horas durante as 24 horas do dia. O resultado, entretanto, é que a onda de LH ocorre mais tarde a cada noite até que, eventualmente, a onda seja suprimida porque os eventosneuroendócrinos necessários que culminam nela não ocorreram durante o período aberto e nenhum ovo será posto no dia seguinte. Esse dia é chamado dia de “pausa”. A galinha retomará seu ritmo neuroendócrino, ovulará inicialmente no período aberto, e botará o primeiro ovo da próxima ninhada bem cedo no próximo dia. A concentração de FSH permanece constante. Fotorefratariedade: O início da reprodução ocorre quando a luz, agindo por meio de fotorreceptores no cérebro, envia sinais neurais que o sistema endócrino da ave percebe como um dia longo, ou seja, de comprimento suficiente para iniciar a reprodução. Todavia, com o passar do tempo, esses sinais neurais começam a falhar para manter a secreção de gonadotrofinas, apesar da estimulação contínua de luz. Essa “fotorrefratariedade” é um evento gradual, caracterizado por um declínio gradativo na produção de ovos até, finalmente, a hipófise não secretar LH suficiente para manter as gônadas e ocorrer a regressão gonadal. O mecanismo dessa regressão ovariana parece residir no hipotálamo, onde a síntese ou secreção do hormônio liberador de LH (LHRH) declina. Cada ovulação é seguida de oviposição. A secreção de prostaglandinas pelo folículo pré-ovulatório e também pelo folículo pós-ovulatório colabora para a oviposição. O choco é observado quando a produção de ovos declina e a galinha começa a incubar seus ovos. Essa condição está associada à redução da ingestão de alimentos. Durante o choco, quando a galinha está incubando, as concentrações plasmáticas das gonadotrofinas são muito baixas e há regressão do ovário. A concentração plasmática de prolactina é alta.
Compartilhar