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Fisiologia do sistema reprodutor masculino e feminino

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Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes 
Reprodutor masculino: 
Termorregulação dos testículos: Para um 
funcionamento eficiente, os testículos dos mamíferos 
devem ser mantidos em uma temperatura mais baixa 
que a do corpo. Receptores de temperatura localizados 
na pele escrotal podem provocar respostas para diminuir 
a temperatura do corpo todo e provocar palpitação e 
transpiração. 
Plexo pampiniforme: mecanismo contracorrente, o 
sangue arterial que está entrando no testículo é 
resfriado pelo sangue venoso que está partindo do 
testículo. A posição das artérias e veias próxima à 
superfície dos testículos tende a aumentar a perda direta 
de calor dos testículos. 
Pênis e prepúcio: No pênis dos mamíferos, três corpos 
cavernosos são agregados ao redor da uretra peniana. 
O corpo esponjoso do pênis– que envolve a uretra – é 
amplo. 
No garanhão, os corpos cavernosos contêm espaços 
cavernosos grandes; durante a ereção, o considerável 
aumento de tamanho resulta do acúmulo de sangue 
nesses espaços. 
Ereção X Protusão: 
A ereção é causada pela elevação da pressão arterial 
nos seios cavernosos do pênis, em consequência da 
entrada de mais sangue, em comparação com o sangue 
que sai. 
A entrada do sangue aumenta por causa da 
vasodilatação das artérias, que é causada pela 
estimulação parassimpática. 
A contração dos músculos isquiocavernosos também 
comprime o sangue localizado nos seios cavernosos 
(que então formam um sistema fechado) e também 
contribui para a ereção, aumentando a pressão arterial 
nos seios cavernosos. 
O aumento da pressão no corpo cavernoso do pênis 
produz considerável alongamento com pequena 
dilatação no pênis dos ruminantes e suínos. Quando o 
pênis do touro é protruído, o prepúcio é invertido e 
estendido acima do órgão protruído. 
Emissão X Ejaculação: 
Emissão: ocorre antes da ejaculação e resulta da 
inervação simpática; movimentação do fluido 
espermático ao longo do ducto deferente para a uretra 
pélvica, onde ele é misturado com secreções das 
glândulas acessórias. 
Ejaculação: passagem do sêmen resultante ao longo da 
uretra peniana; ocorre por ação dos músculos lisos sob 
o controle do sistema nervoso autônomo. 
Espermatogênese: todo o processo envolvido na 
transformação das células epiteliais germinativas 
(células-tronco) em espermatozoides e pode ser dividido 
em duas fases: espermatocitogênese e 
espermiogênese. - Espermatocitogênese: fase 
proliferativa, por meio da qual as espermatogônias 
multiplicam-se por uma série de divisões mitóticas 
seguidas de divisões meióticas, que formam a contagem 
haploide (n) de cromossomos. 
- Espermiogênese: maturação das espermátides 
enquanto ainda estão no compartimento adluminal; 
inclui uma série de modificações nucleares e 
citoplasmáticas e a transformação de uma célula imóvel 
(incapaz de mover-se) para uma célula potencialmente 
móvel, na qual se formou um flagelo (cauda). As 
espermátides maduras formadas durante a última fase 
da espermiogênese são liberadas no lúmen dos túbulos 
seminíferos na forma de espermatozoides. 
Espermiação: liberação das espermátides maduras no 
lúmen dos túbulos seminíferos. 
As espermatogônias iniciam um processo continuo de 
divisões mitóticas e produzem sucessivas gerações de 
cels, tornando espermatogônia do tipo A ou B. As Do tipo 
B passam por alguns ciclos mitóticos em que as cels 
filhas não se separam completamente e ao final das 
divisões, originam os espermatócitos primários (2n), que 
realizam a meiose I, gerando os espermatócitos 
secundários (n), que realizam a mitose II, originando as 
espermátides. 
Onda espermatogênica: 
A espermatocitogênese (desenvolvimento das 
espermatogônias em espermatozoides) requer 64 dias 
para ser concluída (no touro) no compartimento 
adluminal. Embora esse desenvolvimento seja contínuo, 
uma nova espermatogônia tipo A migra pela barreira de 
células de Sertoli e entra no compartimento adluminal 
para iniciar seu desenvolvimento e substituir a 
espermatogônia tipo A em desenvolvimento que a 
precedeu. Nos touros, isso corre a cada 14 dias. Como 
são necessários 64 dias para que os espermatozoides 
se desenvolvam, ocorrem 4,6 ciclos (64/14) de 
desenvolvimento, antes que o primeiro ciclo originado de 
Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes 
determinada área do epitélio seminífero comece a 
chegar à rede testicular. 
Alteração sequencial do estágio do ciclo ao longo do 
comprimento do túbulo; inclui uma sequência de 
estágios, que começam com os estágios menos 
avançados do meio da curva e avançam 
progressivamente para estágios mais desenvolvidos e 
mais próximos da rede testicular. 
Controle hormonal: 
O aumento da secreção de LH leva as células de Leydig 
a secretar testosterona; quando alcança níveis altos, 
este último hormônio inibe a secreção adicional de LH. 
Cel. Leydig- produz testosterona e é controlada pela 
gonadotrofina conhecida como hormônio de estimulação 
das células intersticiais, ou ICSH. 
O hormônio foliculoestimulante (FSH) – secretado pela 
hipófise anterior estimula a produção de uma proteína 
de ligação dos androgênios (liga-se à testosterona e a 
outros androgênios para estabilizar suas concentrações 
e assegurar quantidades suficientes para a 
espermatogênese) pelas células de Sertoli; estimula a 
secreção de estrógeno pelas cels. de Sertoli. 
As células de Sertoli também produzem um hormônio 
conhecido como inibina, que inibe a secreção do FSH 
pela hipófise anterior. 
Ações da testosterona: 
Mantém a espermatogênese sustentando o processo 
meiótico; 
Ativação e a manutenção da libido, a atividade 
secretória das glândulas sexuais acessórias e as 
características corporais gerais associadas aos machos- 
crescimento ósseo aumentado (ossos mais pesados), 
músculos mais desenvolvidos, pele mais espessa e voz 
mais grossa (nos touros). Durante o crescimento fetal, a 
testosterona regula a descida dos testículos. 
Reprodutor feminino: 
Foliculogênese, maturação ovocitária e ovulação: 
Regressão dos folículos: A partir do nascimento e ao 
longo de todo o ciclo reprodutivo da fêmea, há atresia 
(regressão) considerável de alguns folículos primordiais. 
No final do ciclo reprodutivo da fêmea, restam apenas 
poucos folículos primordiais e até estes sofrem atresia 
pouco tempo depois. O crescimento de alguns folículos 
primordiais não ocorre depois do nascimento e antes da 
puberdade, mas estes nunca alcançam o estágio de 
folículo graafiano e regridem. 
A formação dos folículos graafianos depende de 
hormônios e começa na puberdade, quando os níveis 
tônicos do hormônio luteinizante (LH) e do hormônio 
foliculoestimulante (FSH) começam a aumentar e 
diminuem a cada ciclo estral. 
Oogênese: O processo por meio do qual os ovócitos são 
formados. O ovócito do folículo primordial é um ovócito 
primário em estado de inatividade da meiose (meiose 
interrompida). A meiose recomeça por ocasião da 
ovulação. 
Hormônios: 
FSH: Estimula o desenvolvimento de folículos no ovário. 
LH: Estimula o desenvolvimento e maturação de 
folículos e ovócitos e suporta a formação e manutenção 
do corpo lúteo no ovário. Induz os sintomas de estro. 
Estrógenos: produzidas pelas cels. Da granulosa; O 
estradiol-17β e a estrona são os estrogênios que 
predominam nos animais domésticos que não estão 
gestantes e nos animais gestantes, respectivamente. 
Em geral, a função principal dos estrogênios é estimular 
a proliferação celular e o crescimento dos tecidos 
relacionados com a reprodução. 
Progesterona (produzida pelo corpo lúteo):Prepara o 
endométrio para a prenhez, mantém a prenhez e diminui 
a secreção de GnRH pelo hipotálamo. 
Prostaglandina F2α(Útero): Induz a regressão do corpo 
lúteo. 
As concentrações dos estrogênios e da progesterona 
também afetam a quantidade de LH ou FSH secretado. 
Em geral, a concentração crescente de estrogênio 
aumenta a sensibilidade da hipófise anteriorao GnRH e 
amplia a secreção das gonadotrofinas. A progesterona 
reduz a sensibilidade da hipófise anterior ao GnRH e as 
concentrações de LH e FSH diminuem. 
Durante o estágio de dependência hormonal sob 
influência do LH, as células da teca interna produzem 
androgênios. Os androgênios difundem-se da teca 
interna para as células da granulosa. Sob ação do FSH, 
as células da granulosa convertem os androgênios em 
estrogênios. Os estrogênios produzidos estimulam o 
crescimento e a divisão das células da granulosa e, em 
combinação com FSH, levam estas células a produzir 
secreções que afetam a separação das células da 
Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes 
granulosa e a formação de um espaço preenchido por 
líquido folicular (liquor folliculi), que é conhecido como 
antro. Além disso, o FSH estimula a formação dos 
receptores de LH nas células da granulosa. Um pico de 
secreção de LH (pico pré-ovulatório) ocorre cerca de 24 
h antes da ovulação. Além de seu papel na ovulação e 
na formação do corpo lúteo, o pico de LH provoca 
redução da quantidade de receptores de FSH nas 
células da granulosa, de modo que a secreção de 
estrogênio por estas células diminui. 
Os folículos que estão perto do desenvolvimento 
completo, mas não têm receptores de LH em 
quantidades suficientes, não ovulam em resposta ao 
pico de LH e tornam-se atrésicos. 
Na maioria das espécies, a elevação dos níveis de 
estrógenos produzidos pelos folículos ovarianos durante 
o proestro atinge uma concentração limiar que faz com 
que ocorra uma maior secreção de GnRH pelo 
hipotálamo durante o estro. Atingindo a hipófise anterior, 
o GnRH estimula principalmente um pico de secreção de 
LH. No ovário, o LH é necessário para a finalização do 
processo de maturação do(s) ovócito(s) e a liberação 
dele(s) pelo processo de ovulação. 
Durante o estro (E), a produção de estrógenos pelos 
folículos em desenvolvimento resultam no pico de LH e, 
em menor extensão, FSH pela hipófise levando à 
ovulação do ovócito (1). 
 Os folículos não ovulados entram em atresia (2) e as 
células foliculares do folículo ovulado desenvolvem-se 
no corpo lúteo (3) secretando progesterona. Uma nova 
onda de folículos desenvolve-se (4), mas entra em 
atresia (5). 
Uma outra onda de crescimento folicular produz então o 
folículo ovulatório (6) para o próximo estro. Se o ovócito 
ovulado não for fertilizado não resultando em prenhez, a 
prostaglandina é liberada pelo endométrio causando a 
regressão do corpo lúteo e eventual formação do corpo 
albicans (7). O consequente declínio da progesterona 
resulta na remoção do bloqueio hipotalâmico da 
secreção de GnRH e possibilita o retorno ao ciclo estral. 
No útero gestante, a liberação de prostaglandina F2α na 
corrente sanguínea é bloqueada, permitindo a 
persistência do corpo lúteo 
Formação do CL: envolve a luteinização da granulosa, 
por meio da qual esta camada de células é convertida 
da secreção de estrogênio para a secreção de 
progesterona (os receptores de LH das células da 
granulosa eram previamente induzidos pelo FSH). Esse 
processo é iniciado pelo pico pré-ovulatório de LH. 
A PGF2α é liberada pelo útero não gestante em torno de 
14 dias depois da ovulação e acredita-se que ela seja a 
substância luteolítica. 
O prolongamento da fase lútea por mais de 14 dias, ou 
talvez por 1 a 5 meses, é conhecido como persistência 
do corpo lúteo. A existência de um CL persistente 
impede o retorno à fase folicular e sua ovulação 
subsequente. 
Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes 
 
Ciclo estral: 
Estro: período de receptividade sexual, algumas vezes 
também referido como cio. A ovulação geralmente 
ocorre no final do estro, embora isto nem sempre ocorra. 
Os elevados níveis de estradiol, além de induzirem a 
manifestação do cio, são também responsáveis pela 
dilatação da cérvice, síntese e secreção do muco 
vaginal e o transporte dos espermatozóides no trato 
reprodutivo feminino. Fica inquieta, monta e deixa-se 
montar por outras vacas, reduz o apetite, diminui a 
produção de leite e apresenta corrimento muco vaginal 
claro e viscoso; a vulva e a vagina apresentam-se 
intumescidas e avermelhadas. 
Metaestro: período pós-ovulatório imediato, durante o 
qual começa o desenvolvimento do CL. Com duração de 
dois a três dias, tem como característica principal a 
ovulação, que é a liberação do óvulo pelo folículo. Em 
bovinos, a ovulação ocorre geralmente de 12 a 16 horas 
após o término do cio. Após a ruptura do folículo, o óvulo 
é transportado para o local de fertilização, porção média 
do oviduto, e as células da parede interna do folículo se 
multiplicam dando origem a uma nova estrutura, 
denominada corpo lúteo ou corpo amarelo. O corpo 
lúteo produz progesterona, que é o hormônio 
responsável pela manutenção da gestação 
Diestro: período de atividade do corpo lúteo maduro, que 
começa cerca de 4 dias depois da ovulação e termina 
com a regressão do CL ; liberação de elevados níveis de 
progesterona; caso não ocorra a fecundação, o corpo 
lúteo regridirá (ao redor de 17 dias após o cio) e os níveis 
de progesterona no sangue diminuirão, permitindo 
assim o desenvolvimento de um novo ciclo estral. 
Proestro: com duração de dois a três dias, é 
caracterizado pelo declínio nos níveis de progesterona, 
pelo desenvolvimento folicular e pelo aumento dos 
níveis de estradiol no sangue. Nessa fase, a liberação 
do GnRH pelo hipotálamo estimula a secreção de FSH 
e LH da glândula pituitária. Os elevados níveis de FSH 
no sangue induzem o desenvolvimento dos folículos e, 
em sinergismo com o LH, estimulam a sua maturação. À 
medida que o folículo se desenvolve, aumenta a 
produção de estradiol pelos folículos, e após uma 
determinada concentração, o estradiol estimula a 
manifestação do cio e a liberação massiva do LH, dando 
início à segunda fase. 
Antes do proestro, há um período longo de inatividade 
sexual (anestro), durante o qual os níveis de 
progesterona são baixos ou nulos. 
Os períodos foliculares (proestro e estro) caracterizam-
se pela ação predominante do estrogênio. 
Fotoperíodo (durações relativas dos períodos 
alternantes de luz e escuridão) é o fator mais importante 
associado à procriação sazonal. As gatas e as éguas 
tornam-se anestrais (sem ciclos estrais) no final do 
outono (tempo de “desligamento”) por causa da 
diminuição da luminosidade e os ciclos ovarianos são 
reiniciados no final do inverno ou no início da primavera 
(período de “ligação”) com o aumento da luminosidade. 
Parto: 
Sinais de parto iminente: 
✓ abdome continua a aumentar e seu tamanho 
máximo é alcançado pouco antes do parto. 
✓ As glândulas mamárias também continuam a 
crescer e, alguns dias antes do parto, começam 
a secretar um material leitoso. 
✓ edema da vulva e eliminação de muco pela 
vagina. 
✓ Os músculos abdominais relaxam e isto provoca 
descida do ventre e afundamento dos dois 
quartos e da base da cauda. Relaxina 
combinado com o nível crescente de estrogênio 
no final da gestação provocam o relaxamento 
dos ligamentos, para permitir a dilatação do 
canal do parto. 
✓ PGF2α ajude a relaxar a cérvice. 
Alterações Hormonais: aumento da produção de 
estrogênio. 
✓ A unidade fetoplacentária produz estrona à 
medida que aumenta a maturidade fetal. 
✓ O aumento da produção de cortisol pelos 
córtices adrenais, somado à maturação do feto, 
inicia o aumento da produção de estrogênio 
antes do parto. 
Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes 
 estimula a produção de proteínas 
contráteis na musculatura do útero antes 
do trabalho de parto 
 sinal para a secreção de PGF2α, que 
ocorre no período imediato antes do 
parto. 
✓ O aumento do nível do estrogênio e a redução da 
concentração de progesterona convertem o útero de 
um estado de inatividade para um estado de 
contratilidade potencial. 
✓ PGF2α aumenta a sensibilidade do útero à 
ocitocina, que aumenta as contraçõesrítmicas da 
musculatura uterina durante o trabalho de parto. 
✓ A presença dos pés no canal pélvico e a estimulação 
subsequente da vagina desencadeiam contração 
reflexa dos músculos abdominais. 
✓ As contrações dos músculos uterinos e abdominais, 
somadas ao relaxamento dos ligamentos pélvicos, à 
separação da sínfise pélvica e à dilatação da pelve, 
asseguram a expulsão do feto. 
Os três estágios do trabalho de parto são os seguintes: 
Contrações uterinas (contribuem para a dilatação da 
cérvice e a apresentação do feto) 
Contrações associadas à expulsão do feto (envolvem 
contrações da musculatura abdominal) 
 Expulsão das membranas fetais 
Involução uterina: processo por meio do qual o útero 
volta às suas dimensões fisiológicas (antes da gestação) 
depois do parto. Os pontos de inserção da placenta fetal 
ao endométrio desprendem e o endométrio exposto 
cicatriza, formando epitélio novo. Além da proliferação 
do epitélio novo, o miométrio contrai e as células 
encurtam. 
 
Reprodução de aves domésticas: 
Fotoperíodo: A luz que afeta estimulação e 
periodicidade reprodutivas é percebida pelos 
fotorreceptores localizados no hipotálamo. A percepção 
da luz no cérebro resulta na secreção do hormônio de 
liberação das gonadotrofinas (GnRH), que é seguida da 
secreção das gonadotrofinas e da estimulação das 
gônadas. 
A luz estimula as aves a tornarem-se reprodutivamente 
aptas e ativas quando a duração da luz é suficiente e 
atua no sentido de regular os eventos do ciclo 
reprodutivo. 
A resposta ao horário de iluminação é profundamente 
influenciada pelo fotoperíodo anterior que a ave 
experimentou. 
Quando a ave percebe que a duração do dia está 
aumentando, o efeito é estimulador. Por outro lado, a 
percepção de um fotoperíodo decrescente leva à 
regressão fotoinduzida. 
Machos: 
Testículos: produzir hormônios (androgênio) e gametas. 
As aves têm um epidídimo pequeno e um canal 
deferente, que conduz o esperma até o orifício cloacal. 
Em algumas espécies de aves, principalmente pássaros 
canoros, o canal deferente alonga-se na extremidade 
Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes 
distal e é conhecido como glomo seminal. Quando o 
glomo está cheio de esperma, ele causa uma protrusão 
em um dos lados da cloaca e, embora não seja um 
escroto, indica que o animal esteja pronto para procriar. 
São formados de túbulos seminíferos com células 
intersticiais dispersas entre os túbulos. Os túbulos 
seminíferos contêm espermatogônias e células 
germinativas em desenvolvimento em contato direto 
com as células de Sertoli. 
As células intersticiais secretam vários androgênios 
(testosterona e androstenediona) embora o androgênio 
principal presente no sangue seja o primeiro. Em 
resposta aos fotoperíodos estimuladores ou à medida 
que se aproxima a maturidade sexual, quantidades 
crescentes de LH circulante estimulam a diferenciação 
das células de Leydig. Em seguida, as células de Leydig 
maduras são capazes de produzir androgênio sob ação 
estimuladora do LH. 
Ductos epididimais: conectam-se ao ducto deferente 
distal, que conduz o sêmen até a cloaca. Em 
consequência da absorção do líquido dos túbulos 
seminíferos, a concentração do esperma é 
acentuadamente aumentada durante seu transporte ao 
longo desse sistema. Os espermatozoides adquirem 
motilidade à medida que percorrem o sistema de ductos 
excurrentes, enquanto os espermatozoides presentes 
no canal deferente não parecem móveis. A motilidade 
dos espermatozoides não parece ser essencial à 
fecundação, porque os espermatozoides testiculares 
têm a capacidade de fertilizar oócitos quando são 
colocados dentro do oviduto acima da vagina. A 
inseminação ocorre por contato cloacal; as cloacas do 
macho e da fêmea são colocadas em aposição direta, 
em vez de ocorrer uma penetração real. 
Espermatogênese: Embora os testículos das aves 
sejam internos, isto não significa que a 
espermatogênese seja insensível à temperatura - a 
espermatogênese está bem adaptada à temperatura 
corporal alta das aves (cerca de 41°C). 
Fêmeas: 
Apenas o ovário e o oviduto esquerdo desenvolvem-se. 
Durante a estação de reprodução ou durante a 
fotoestimulação das aves domésticas, os folículos 
cheios de gema estão dispostos com uma hierarquia. O 
folículo maior é aquele que ovulará primeiro, o segundo 
maior depois deste e assim por diante. 
A gema que se acumula nos folículos é produzida no 
fígado sob a influência do estradiol. Lipoproteínas – 
especialmente as lipoproteínas de densidade muito 
baixa (VLDL) – e a proteína vitelina são produzidas no 
fígado em resposta ao estrogênio. 
O oócito é grande e cheio de gema (ao contrário dos 
mamíferos). O oócito está circundado por uma 
membrana vitelina. A região do disco germinativo, que 
contém o material nuclear, é uma estrutura opaca 
situada na superfície do oócito sob a membrana vitelina. 
Oviduto: conduto que se estende do ovário até a cloaca, 
no qual cada região está especializada para 
desempenhar funções específicas. 
1. Infundíbulo: A extremidade fimbriada do infundíbulo 
torna-se ativa por ocasião da ovulação e engolfa o 
ovo. Alguns espermatozoides são armazenados nas 
glândulas do infundíbulo, que é onde ocorre a 
fecundação. Os ovos passam cerca de 15 a 30 min 
nesse segmento. 
2. Magno: a parte mais longa do oviduto. A albumina 
(produzida em resposta ao estrogênio) é depositada 
nesse segmento ao longo de duas a três horas. 
3. Istmo: local onde as membranas das cascas interna 
e externa são depositadas, o ovo permanece nesse 
local de 1 a 1,5h. 
4. Útero/glândula da casca: onde a casca é 
acrescentada. Água e sais, além de pigmento, 
também são acrescentados ao ovo na glândula da 
casca, o ovo permanece por aproximamente 20h. 
Durante aproximadamente as primeiras 6 horas, um 
líquido aquoso produzido pela região do colo passa 
para dentro do ovo, resultando em um aumento de 
duas vezes na massa da clara. Essa “dilatação” 
pode continuar durante o tempo em que o ovo ficar 
na glândula da casca. 
5. Vagina: a parte do oviduto que se estende entre a 
glândula da casca e a cloaca e não tem função na 
formação do ovo. 
Armazenamento do esperma: 
Os espermatozoides inseminados são armazenados 
nos túbulos de armazenamento de esperma da junção 
uterovaginal e são liberados e transportados ao 
infundíbulo para que ocorra a fecundação. 
Apenas os espermatozoides móveis e morfologicamente 
normais entram nos túbulos de armazenamento de 
esperma. 
Endocrinologia do ovário: 
Ana Beatriz Mendes @_bia.mendes 
A teca interna produz basicamente androgênios, 
enquanto os estrogênios são originados da teca externa. 
A progesterona é produzida em quantidades maiores 
pela camada de células da granulosa dos folículos 
grandes. 
O LH estimula a esteroidogênese, tanto na camada de 
células da teca quanto da granulosa. 
Os folículos ovarianos estão dispostos 
hierarquicamente, ou seja, o folículo que será ovulado 
em seguida é referido como F1, o folículo que será 
ovulado no dia seguinte é denominado como F2 e assim 
por diante. Esses folículos são muito bem 
vascularizados e isto é importante para a transferência 
de grandes quantidades de componentes da gema 
proveniente do sangue. 
Ciclo ovulatório: 
As galinhas, diferentemente dos mamíferos, têm 
somente uma fase folicular. 
Por elas não gestarem, não há necessidade de um corpo 
lúteo. 
Os fatores-chave para a determinação da regulação da 
ovulação (e oviposição subseqüente) são as gerações 
das ondas pré-ovulatórias de LH e a presença de um 
folículo maduro no momento em que a onda de LH 
ocorre. A regulação da onda pré-ovulatória de LH é o 
resultado de um ritmo circadiano que restringe essa 
onda para um período “aberto” de 8 horas durante as 24 
horas do dia. 
O resultado, entretanto, é que a onda de LH ocorre mais 
tarde a cada noite até que, eventualmente, a onda seja 
suprimida porque os eventosneuroendócrinos 
necessários que culminam nela não ocorreram durante 
o período aberto e nenhum ovo será posto no dia 
seguinte. Esse dia é chamado dia de “pausa”. A galinha 
retomará seu ritmo neuroendócrino, ovulará inicialmente 
no período aberto, e botará o primeiro ovo da próxima 
ninhada bem cedo no próximo dia. A concentração de 
FSH permanece constante. 
Fotorefratariedade: O início da reprodução ocorre 
quando a luz, agindo por meio de fotorreceptores no 
cérebro, envia sinais neurais que o sistema endócrino da 
ave percebe como um dia longo, ou seja, de 
comprimento suficiente para iniciar a reprodução. 
Todavia, com o passar do tempo, esses sinais neurais 
começam a falhar para manter a secreção de 
gonadotrofinas, apesar da estimulação contínua de luz. 
Essa “fotorrefratariedade” é um evento gradual, 
caracterizado por um declínio gradativo na produção de 
ovos até, finalmente, a hipófise não secretar LH 
suficiente para manter as gônadas e ocorrer a regressão 
gonadal. O mecanismo dessa regressão ovariana 
parece residir no hipotálamo, onde a síntese ou 
secreção do hormônio liberador de LH (LHRH) declina. 
 Cada ovulação é seguida de oviposição. A secreção de 
prostaglandinas pelo folículo pré-ovulatório e também 
pelo folículo pós-ovulatório colabora para a oviposição. 
O choco é observado quando a produção de ovos 
declina e a galinha começa a incubar seus ovos. Essa 
condição está associada à redução da ingestão de 
alimentos. 
Durante o choco, quando a galinha está incubando, as 
concentrações plasmáticas das gonadotrofinas são 
muito baixas e há regressão do ovário. A concentração 
plasmática de prolactina é alta.

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