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Direito Civil III | Maria Eduarda Q. Andrade pág. 1 Classificada quanto a elementos não essenciais. É considerada uma classificação especial quanto ao elemento objetivo = prestação. Conceito: São obrigações em que há pluralidade de prestações possíveis, embora apenas uma seja devida. ® Chamada também de OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA DISJUNTIVA ® A obrigação pode ter como objeto duas ou mais prestações, que se excluem no pressuposto de que somente uma delas deve ser satisfeita, conforme a escolha do devedor ou credor. ® prestações estão ligadas pela partícula disjuntiva “ou”. ® Prestações excludentes entre si Observação: Quando se trata de obrigação alternativa, não é a coisa (objeto) que indeterminada, mas sim a própria prestação. Quem escolhe qual a prestação fazer? Se não for pactuado, especificado em contrato, a decisão cabe ao devedor. ¨ Art. 252 do CC Embora a escolha caiba ao devedor, o credor não está obrigado a receber parte em uma prestação e parte em outra (princípio da indivisibilidade do objeto) ¨ Art. 252 §1º do CC. Exemplo: Caio devia um quilograma de batatas ou um saco de farinha, não pode forçar o credor a aceitar quinhentos quilogramas de batatas e meio saco de farinha. E quando se trata de uma obrigação contínua? Em se tratando de uma obrigação contínua, ou seja, que perdura durante os meses, admite-se que a cada pagamento seja exercida a escolha de qual prestação executar. Se a obrigação for de prestações periódicas, o direito de escolha poderá ser exercido em cada período; ¨ Art. 252, §2º do CC. E se houver pluralidade de optantes? Na hipótese de a escolha caber a vários sujeitos, e não houver acordo unanime entre eles, cabe ao juiz decidir. ¨ Art. 252, §3º do CC Também caberá ao juiz escolher a prestação a ser cumprida, se o título da obrigação houver deferido esse encargo a um terceiro, e este não quiser ou não puder exercê-lo. ¨ Art. 252, §4º do CC. Das Obrigações Alternativas Direito Civil III | Maria Eduarda Q. Andrade pág. 2 ¨ Prazo para cumprimento da obrigação: O código civil não estabelece o prazo para o exercício do direito de escolha. Mas o CPC, em seu art. 800 dispõe que: “Art. 800. Nas obrigações alternativas, quando a escolha couber ao devedor, esse será citado para exercer a opção e realizar a prestação dentro de 10 (dez) dias, se outro prazo não lhe foi determinado em lei ou em contrato. § 1º Devolver-se-á ao credor a opção, se o devedor não a exercer no prazo determinado. § 2.º A escolha será indicada na petição inicial da execução quando couber ao credor exercê- la”. Se uma das obrigações se tornar impossível? A impossibilidade de uma das prestações passíveis de escolha, não implica na resolução da obrigação. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra. Haverá concentração automática na prestação que resta. ¨ Art. 253 do CC. Entretanto, se nenhuma prestação for possível de ser realizada, SEM CULPA do devedor, aí sim se extinguirá a obrigação. ¨ Art. 256 do CC. Se todas as prestações se tornarem impossíveis por CULPA do devedor, sendo que a escolha a ele cabia, deverá pagar o equivalente + perdas e danos. ¨ Art. 254 do CC. Mas, se a escolha cabia ao credor, e apenas UMA prestação se tornou impossível, por culpa do devedor, o credor continuará podendo escolher entre a prestação que sobrou ou o valor da outra + perdas e danos. Agora, se por culpa do devedor, AMBAS as prestações se tornarem impossíveis, poderá o credor receber o valor de qualquer das duas + perdas e danos. ¨ Art. 255 do CC. Art. 256 do CC: Se todas as prestações se tornarem impossíveis SEM culpa do devedor, extingue-se a obrigação.
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