Buscar

Eletrocardiograma: Registro da Atividade Cardíaca

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ELETROCARDIOGRAMA 
• É o registro dos fenômenos elétricos que se originam 
durante a atividade cardíaca por meio de um aparelho 
denominado eletrocardiógrafo. 
• Eletrocardiógrafo: 
- Quando se vai fazer exame cardíaco no paciente, se 
colocam eletrodos, no precórdio, nas mãos e nos pés 
- Eletrodos nas mãos e nos pés medem diferença de 
potencial entre o membro superior direito e o membro 
superior esquerdo por ex 
- Eletrodos precordiais medem exatamente a mesma 
coisa 
- Eletrocardiógrafo nada mais é que um galvanômetro 
• Interpretação do eletrocardiograma é feita em cima da 
diferença de potencial 
• Tem uma posição correta de colocar cada eletrodo. 
Colocando-se o eletrodo da forma padronizada em 
indivíduos normais, irá se obter sempre o mesmo 
traçado. 
- Se mudar a posição desses eletrodos, teriam traçados 
diferentes para os quais não temos treinamento. 
- Se mudamos a posição dos eletrodos precordiais, 
podemos criar artefatos que não existem. Então a 
posição dos eletrodos é muito importante. 
• Eletrocardiógrafo é um galvanômetro, aparelho que 
mede a diferença de potencial entre dois eletrodos 
(pequenas placas de metal conectadas a um fio 
condutor) dispostos em determinados pontos do corpo 
humano. 
- Os eletrodos são as placas de metal que se colocam 
conectadas a um fio. E esse fio é conectado ao 
eletrocardiógrafo (galvanômetro) 
- Cada local em que o eletrodo é colocado é 
padronizado 
INDICAÇÕES DO ELETROCARDIOGRAMA 
• Investigação de qualquer problema cardiológico. 
• Eletrocardiograma dará indícios indiretos, por ex, de 
uma estenose mitral, pois no eletrocardiograma, 
haverá a inscrição de um traçado na hipertrofia no 
átrio esquerdo. 
- Associando eletrocardiograma, exame clínico, história 
do paciente e as vezes radiografia, se faz o diagnóstico 
do paciente 
- É um exame barato 
• Arritmias 
• Doença arterial coronariana / IAM 
• Distúrbios da condução AV 
• Avaliação das valvopatias 
• Pericardite / derrame pericárdico 
- Na pericardite, há alteração no segmento ST, sendo 
uma alteração diferente da do infarto. 
• Hipertrofia das câmaras cardíacas 
• Doenças genéticas 
• Doença de Chagas 
- Existem traçados no eletrocardiograma que são 
sugestivos de doença de chagas 
• Distúrbios eletrolíticos 
-Se o paciente tem por ex uma hipercalemia grave, é 
preciso ver se essa hipercalemia está acarretando 
problemas cardíacos. 
• Paciente na emergência com uma dor torácica 
sugestiva de uma síndrome coronariana aguda, o 
primeiro exame que se deve fazer é o 
eletrocardiograma, pois é preciso excluir ou confirmar 
a presença de um infarto com supradesnivelamento do 
segmento ST. 
- Nesse tipo de infarto, como tem a oclusão total do 
vaso, enquanto não abrir o vaso, o paciente não terá 
um alivio sintomático, não terá resolução do caso dele, 
podendo encaminhar para necrose daquela área 
envolvida e as complicações referentes a necrose. 
• A diferença entre um infarto com supra e sem supra é 
o tamanho da oclusão, pois no com supra 
desnivelamento, tem uma oclusão total. 
• Se o eletrocardiograma tem supradesnivelamento do 
segmento ST é preciso trombolizar 
- Se o eletro tem infradesnivelamento do segmento ST, 
a artéria não está totalmente fechada, tem um fluxo, o 
coração está em sofrimento, mas a morte celular se 
houver é menor. Logo, o tratamento é diferente 
• Trombolizar um infarto sem supra, é ajudar esse 
paciente a muito provavelmente ter um infarto com 
supra depois 
- Cascata de coagulação será ativada pela via do fator 
7, fazendo com que possivelmente piore o prognostico 
do paciente posteriormente. 
- Nesse caso se faz heparina e entra com beta 
bloqueador, anti-agregante plaquetário, mas não faz 
trombolítico. 
• Em casos de cetoacidose diabética, o paciente pode 
fazer uma hipocalemia 
- Pode-se fazer o eletrocardiograma 
 
 
 
POTENCIAL DE REPOUSO 
• Potencial de repouso depende do K e do NA, mas 
depende muito mais do K. Potássio é um íon que está 
muito presente no intracelular. 
• K: > concentração intracelular. Tende a migrar para o 
extracelular. 
• Na: > concentração extracelular. Tende a migrar para o 
intracelular. 
• Potencial de repouso = -90mV. 
• Potencial de repouso se dá entre a relação do potássio 
intracelular e o extracelular. Isso que dá a esse 
potencial de repouso de -90mV. 
- Quando se tem uma isquemia e essa é grave, a ponto 
de alterar esse potencial de repouso, a célula sofre um 
processo denominado necrose elétrica 
• O interior da célula é NEGATIVO em relação ao 
exterior. 
• Potássio fica no intracelular, se a bomba for 
desativada, ele tende a migrar para o extra. O mesmo 
ocorre com o NA. 
POTENCIAL DE AÇÃO 
• Uma vez para que haja o estímulo para despolarização 
da célula, ela sofre despolarização e ocorre o potencial 
de ação, o qual tem 5 fases 
- O coração tem um estímulo espontâneo – 
automatismo. 
• Potencial de ação é utilizado muito na elaboração de 
medicamentos antiarrítmicos. 
• Quando o potencial é deflagrado, há uma ascensão 
rápida (fase0) que depende do aumento da 
permeabilidade do sódio. 
• Fase 4: com -90 mV 
• Além do potencial de ação, existe o potencial limiar 
POTENCIAL LIMIAR 
• Valor crítico do potencial de membrana a partir do qual 
se pode deflagrar um potencial de ação. 
• Nas fibras de Purkinje é de cerca de -70mV. 
• É útil para se entender extrassístole 
- Extrassístoles: batimento que vem antes do esperado. 
- Muitas vezes nascem da estimulação simpática. Além 
disso, a célula precisa atingir no mínimo o potencial 
limiar, ou seja, cera de -70mV nas fibras de purkinje 
para que ela possa ter seu potencial de ação 
deflagrado 
- Extrassístole é comum 
OVERSHOOT 
• Valor positivo adquirido pelo interior da membrana 
após a inversão da polaridade (despolarização). 
• Inversão de polaridade depois que ocorre a 
despolarização da célula 
AUTOMATISMO 
• Capacidade do coração gerar seu próprio impulso 
elétrico e transmiti-lo a todas as células cardíacas 
fazendo com que o coração contraia (sístole) e relaxe 
(diástole). 
• Tecido cardíaco é um tecido muscular especializado em 
condução, ou seja, não é um tecido nervoso. 
• Coração tem dois tipos de tecido muscular 
- O tecido muscular propriamente dito, que exerce sua 
função mecânica 
- Tecido muscular que sofreu uma diferenciação no 
sentido de facilitar o impulso elétrico dos átrios para os 
ventrículos. – Tecido muscular especializado em 
condução 
• Todas as células dos dois tipos de tecido muscular, 
apresentam a propriedade de automatismo 
- Essa propriedade garante que o coração gere seu 
próprio impulso, além disso, esse impulso é 
transmitido para todas as células cardíacas 
- É por meio desse impulso que haverá a sístole e a 
diástole 
• Sentido da passagem do impulso é sempre das 
estruturas atriais (supraventriculares) para as 
estruturas ventriculares 
- A velocidade de despolarização das estruturas 
superiores é superior a velocidade de despolarização 
por exemplo dos ventrículos – garante a dinâmica de 
contração do coração e garante a eficiência de 
contração do átrio e do ventrículo. 
• Sistema condutor – apresenta uma velocidade de 
condução de 4m/s 
• Composto pelo nodo sinusal – se localiza no átrio 
direito na porção posterior 
- Nodo atrioventricular – na junção entre o átrio e o 
ventrículo 
- Comunicando esses dois nodos: Sistema internodal ou 
feixe intermodal. São 3 vias →Trato internodal 
anterior, trato internodal médio e trato internodal 
posterior. 
- Do trato internodal anterior, há a saída de outro 
feixe: feixe de bachmann 
• Feixe de bachmann tem por função, conduzir o impulso 
do trato internodal anterior para o átrio esquerdo 
- esse impulso é gerado no nodo sinusal, uma parte 
segue pelo feixe internodal anterior e vai ativar o átrio 
esquerdo. A outra parte desce para o nodoatrioventricular. 
• No nodo atrioventricular há uma estrutura um pouco 
diferente, que causa um retardado 
- Fibras do feixe atrioventricular começam a descer em 
paralelo, mas elas apresentam cruzamento. Se cruzam 
entre si. Isso acarreta um retardo da passagem do 
impulso para o sistema de hiss purkinje. 
- Retardo da passagem do impulso para o sistema de 
his purkinje a partir do nodo atrioventricular, permite o 
término do enchimento ventricular através da sístole 
atrial que é responsável do 20% do enchimento 
ventricular. 
- Retardo de 1 décimo de segundo permite o 
enchimento de 20% a mais do ventrículo 
• Uma vez que o impulso atinge o sistema de his 
purkinje, ele desce pela via comum. No septo 
interventricular, ele segue dois caminhos distintos: 
pelo ramo esquerdo (vai conduzir impulso para 
ventrículo esq) e pelo ramo direito que vai conduzir 
para ventrículo direito 
• O ramo direito é maior e mais comprido. É mais 
superficial também 
- Explica o porquê de haver estatisticamente mais 
distúrbio de condução do ramo direito do que do ramo 
esquerdo 
VIAS ACESSÓRIAS 
• Essas são vias que não existem naturalmente 
- Vias que ocorrem em paciente principalmente jovens 
que fazem arritmias do tipo supra ventricular 
• Feixe de Kent: WPW 
- Faz comunicação entre átrio e ventrículo 
- Essa via não tem retardado fisiológico do nodo 
atrioventricular, então ela conduz o impulso 
praticamente de forma instantânea para baixo 
- Se o paciente tiver uma frequência sinusal de 100/120 
batimento, isso pode virar uma arritmia grave 
- Se o paciente tiver uma frerquencia de 70, não hpa 
problema. 
- Causa a síndrome de Wolf-Parkinson-White 
- Muitas vezes pode ter WOLF oculto- traçado do eletro 
é normal 
• Fibras de Mahaim: nódulo AV (feixe de His) e septo IV 
DERIVAÇÕES 
• Linha que une dois eletrodos. 
• Podem ser unipolares ou bipolares. 
- Mesmo os unipolares possuem duas facetas, dois 
polos 
• Derivação é uma linha imaginária que liga dois 
eletrodos e que, a partir dessa, se forma o vetor 
resultante de despolarização. 
• Dois eletrodos são colocados nos braços e dois nas 
pernas. Eles vão fornecer a base para as 6 derivações 
dos membros (3 derivações-padrão/ bipolares, I, II e III; 
e 3 derivações aumentadas/unipolares aVR, aVL, aVF). 
6 eletrodos também serão colocados no tórax, 
formando as 6 derivações precordiais. 
• Essas derivações (bipolares e unipolares) vão visualizar 
o coração em um plano vertical ou frontal 
-A derivação dos membros vê as forças elétricas (ondas 
de despolarização e repolarização) se movendo para 
cima e para baixo, para a esquerda e para a direita por 
esse círculo. Para produzir as 6 derivações, cada 
eletrodo é designado variavelmente como positivo e 
negativo (feito pela máquina do ECG), para gerar várias 
visões específicas do coração. 
• O vetor é “puxado” sempre para o eletrodo positivo. 
DERIVAÇÕES UNIPOLARES 
• Medem a diferença de potencial entre certas partes do 
corpo e o coração. 
• Nessas derivações, considera-se positivo o eletrodo 
explorador colocado nas seis posições diferentes sobre 
o tórax, e negativo, um eletrodo situado no dorso do 
indivíduo, através da projeção das derivações a partir 
do nódulo AV. 
- Positivo – V1 -V2, V3-4, V5-V6 
- No tórax é colocada a porção positiva 
• Essas derivações são construídas de forma que a 
“chupeta” é a parte positiva da derivação e o aparelho 
gera no dorso do paciente a derivação negativa 
• É aquela que registra as variações de potencial obtidas 
pelo eletrodo positivo (chamado de explorador), 
enquanto o eletrodo negativo está a uma distância 
muito grande do coração (chamado de indiferente). 
Assim, o explorador passa a captar potenciais 
absolutos onde é colocado, ao invés de diferença de 
potencial 
• As derivações unipolares são criadas amplificando o 
traçado do ECG. É realizada definindo: (1) uma única 
derivação positiva; (2) as outras derivações negativas; e 
(3) a média servindo como eletrodo negativo. 
• Derivação aVL: Braço E positivo e os outros membros 
negativos. Ângulo de orientação: -30° 
• Derivação aVR: Braço D positivo e outros membros 
negativos. Ângulo de orientação: -150° 
• Derivação aVF: Pernas positivas e os outros membros 
negativos. Ângulo de orientação: +90° 
 
DERIVAÇÕES BIPOLARES 
• Medem a diferença de potencial entre os membros. 
• É aquela em que os eletrodos positivos e negativo são 
colocados a uma mesma distância do coração (do 
ponto de vista elétrico), captando a diferença entre 
esses dois pontos. 
• Derivação I: Braço E positivo e braço D negativo. 
Ângulo de orientação: 0° 
• Derivação II: Pernas positivo e braço D negativo. 
Ângulo de orientação: +60° 
• Derivação III: Pernas positivas e braço E negativo. 
Ângulo de orientação: +120° 
 
• Assim, as três derivações bipolares ficam 
representadas no coração por um triângulo: 
 
RESUMO DE DERIVAÇÕES BIPOLARES E 
UNIPOLARES 
• As derivações II, III e aVF são chamadas de derivações 
inferiores, visto que visualizam melhor a superfície 
inferior do coração (porção sobre o diafragma) 
• Derivações I e aVL são as derivações laterais esquerdas. 
• A derivação aVR é a única derivação lateral direita 
verdadeira. 
 
DERIVAÇÕES PRECORDIAIS 
• Estão dispostas no tórax formando um plano 
horizontal, fazendo as forças se moverem anterior e 
posteriormente. Para criar essas derivações, os 
eletrodos são tornados positivos um de cada vez. 
 
• V1: 4º EIC, na linha paraesternal direita. 
• V2: 4º EIC linha paraesternal esquerda. 
• V3: entre V2 e V4. 
• V4: 5º EIC na linha hemiclavicular esquerda. 
• V5: 5º EIC, linha axilar anterior esquerda. 
• V6: 5º EIC, na linha axilar média esquerda. 
• Como V1 está diretamente sobre VD; V2 e V3 sobre o 
septo interventricular; V4 sobre o ápice do VE; e V5 e 
V6 sobre a lateral do VE, podemos inferir que: 
• V2 e V4 são chamadas de derivações anteriores; 
• V5 e V6, junto com DI e aVL formam as derivações 
laterais esquerdas 
• aVR e V1 são as derivações do ventrículo D. 
 
 
 
 
 
 
DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS 
 
 
 
• O eixo representa a despolarização completa (ou 
repolarização) de uma câmara, desenhando uma serie 
de vetores sequenciais, com cada vetor representando 
a soma de todas as forças elétricas em um 
determinado momento. O vetor médio representa a 
média de todos os vetores instantâneos e sua direção 
que irá determinar o eixo elétrico médio. 
• Para se definir o eixo pelo ECG, é necessário a 
determinação da positividade ou negatividade das 
derivações. Por exemplo, quando o QRS é positivo em 
DI, a representação gráfica será determinada pelo 
semicírculo da derivação 
• Caso fosse negativo, estaria fora do semicírculo de DI. 
Por fim, se o complexo QRS fosse bifásico, com 
deflexões positiva e negativa praticamente iguais, o 
eixo seria orientado perpendicularmente a essa 
derivação. A determinação do eixo exige a avaliação do 
complexo QRS em, pelo menos, duas derivações. 
Geralmente, as duas escolhas para determinação são 
DI e aVF. Caso o complexo esteja positivo em aVF, a 
representação seria a seguinte: 
• A interseção entre as duas derivações que irá 
determinar o eixo do complexo QRS, sendo nesse caso 
entre +90 e 0°. Caso aVF fosse negativo, a avaliação de 
uma terceira derivação, como DIII, seria imprescindível 
para definir se o eixo está entre 0° e -30° (normal, faixa 
estendida) ou entre -30° e -90° (desvio a esquerda). 
EIXO QRS 
• O vetor QRS médio aponta para esquerda e para baixo, 
representando a corrente de despolarização 
ventricular. O eixo normal do QRS fica, então, entre 
+90° e 0°. Essa faixa de normalidade é estendida de 
+90° à -30°, devido às possibilidades de inclinação 
fisiológica do coração. Para que o QRS se situe dentro 
desse intervalo, o QRS deve ser positivo nas derivações 
I e aVF. 
 
• Caso o eixo esteja desvio para aesquerda, ele vai se 
situar entre -30° e -90°: 
 
• Caso o eixo esteja desviado para a direita, ele vai se 
situar entre +90° e +180°: 
 
• Caso o eixo esteja desviado para o QSD (entre 180° e -
90°), não há como saber se o desvio é para esquerda 
ou para direita, sendo denominado de desvio extremo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ELETROCARDIOGRAMA 
ONDAS E INTERVALOS 
• Cada derivação registra o fluxo médio de corrente em 
determinado momento (vetor médio) 
• O ângulo de orientação do vetor corresponde a direção 
média do fluxo da corrente e seu comprimento 
representa a voltagem (amplitude) alcançada 
• Em um período do ciclo, como na despolarização 
ventricular, os vetores de todas as correntes podem ser 
somados em um único vetor 
• O traçado de ECG que conhecemos é formado pela 
derivação DII, que capta o fluxo de condução na região 
de ápice. 
 
FREQUÊNCIA CARDÍACA 
• 1.500 / no de quadradinhos entre 2 ondas R 
 
 
 
ONDA P 
• Essa onda que representaria a repolarização atrial, fica 
encoberta pelo QRS. 
- O QRS tem uma maior potência elétrica, representa 
um maior diferencial elétrico. Então ele acaba 
encobrindo essa onda representativa da repolarização 
atrial 
• No eletro se tem simplesmente no traçado, uma onda 
da despolarização atrial que é a onda P. Um complexo 
de ondas que é o QRS representativo da despolarização 
ventricular e a onda P que presenta a repolarização 
ventricular 
• Onda P 
• A onda P é composta por duas partes: uma porção 
inicial referente ao AD e outra porção final referente 
ao átrio esquerdo 
• Existe a despolarização do nódulo sinusal devido ao 
automatismo 
- O impulso se dirige por meio do feixe internodal ao 
nodo atrioventricular, onde sofre o retardo fisiológico. 
O trato internodal anterior, tem uma particularidade, 
ele origina o feixe de bathcman que vai ativar o átrio 
esquerdo. 
- Pela própria despolarização do sistema de condução, 
se tem o fenômeno da parte inicial pertencer ao átrio 
direito da onda P e da parte final pertencer ao átrio 
esquerdo. 
- Essa diferenciação é útil quando se vai abordar 
sobrecargas atriais. Ou seja, os crescimentos do átrio 
tanto direito quanto esquerdo, resultante de alguma 
anomalia por ex da valva mitral, da tricúspide 
• Limites de uma onda P normal: 
- Ela dura no plano horizontal: dois quadrados e meio 
no máximo 
- No plano vertical: Também dois quadrados e meio no 
máximo 
- Até esse limite, a onda P é considerada normal, acima 
desse limite, tanto na horizontal quanto na vertical, se 
considera sobrecarga ou crescimento atrial 
• Duas derivações boas para visualização da onda P: DI e 
aVF. Onda P é mais nítida nessas duas derivações 
 
 
SOBRECARGA ATRIAL 
• Quando por ex se tem uma insuficiência mitral, se terá 
um crescimento ou uma sobrecarga do átrio esquerdo 
- Uma insuficiência tricúspide ou hipertensão pulmonar 
também acarreta sobrecarga do átrio direito 
• Geralmente valvopatias a direita é secundária a 
processos patológicos ou a doenças do lado esquerdo 
do coração 
- Dificilmente ocorre uma valvopatia primeira a direita 
→ raro 
- Supondo que o paciente fez uma hipertensão 
pulmonar, DPOC, que evoluiu com uma insuficiência 
tricúspide. Nesse caso, ele irá evoluir com uma 
sobrecarga atrial direita. 
• A primeira parte da onda P diz respeito ao átrio direito, 
quando o átrio direito cresce, a onda P aumenta em 
tamanho – aumenta na vertical, ou seja, passa de 2,5 
mm 
- Processo criando sobrecarga atrial direita 
- P era antigamente denominada P pulmonale, pois na 
maior parte dos casos que tem crescimento atrial 
direito, isso ocorre secundariamente ao problema 
pulmonar, como em um DPOC 
• Ao contrário da onda P, decorrente do crescimento 
atrial direito que aumenta em amplitude, há a onda P 
do crescimento atrial esquerdo da sobrecarga atrial 
esquerda. 
- A P que representa crescimento atrial esquerdo por 
ex por uma estenose mitral, aumenta no sentido 
horizontal, ou seja, na sua duração. 
- Onda P de sobrecarga atrial esquerda 
→ pode aparecer uma chanfradura no 
meio da onda P. 
-Ativação do átrio começa do AD indo 
para o AE por meio do feixe de batchman: Se o átrio 
esquerdo está muito crescido o caminho de percurso 
entre o átrio direito e o átrio esquerdo para ativar 
totalmente é maior, então ocorre um alargamento com 
uma separação das duas subOndas P. 
• Aumento do átrio direito- aumenta amplitude da onda 
P – sentido vertical 
• Aumento do átrio esquerdo – aumenta duração da 
onda P – sentido horizontal 
- De forma que muitas vezes se pode ver essa 
chanfradura no meio da onda P. É como se separasse a 
P inicial do AD, da P final do AE. 
• Patologias quando há aumento da onda P 
verticalmente: quando diz respeito ao AD 
– Ex: estenose tricúspide, insuficiência tricúspide. 
• A sobrecarga de uma câmera vai estar muito 
relacionada a valva pela qual escoa o sangue dessa 
câmera 
- Sobrecarga do AD está relacionada a tricúspide. 
Sobrecarga do ventrículo direito com a valva pulmonar 
- Quando se tem uma sobrecarga ventricular, em geral 
também ocorre uma sobrecarga atrial secundária 
INTERVALO PR 
• Há dois tipos de intervalos: 
-Intervalo PR que vai do início da onda P, até o início do 
QRS. 
- O segmento PR: do final da onda P, ao início do QRS 
• O intervalo PR normal → a despolarização da onda P e 
o atraso no estímulo até ocasionar a despolarização 
ventricular (atraso que ocorre no nódulo 
atrioventricular devido a disposição das fibras que 
descem reto, mas decussam/ se cruzam no caminho. 
As frentes de onda se anulam porque elas se chocam, 
causando um retardo na passagem do estímulo do 
átrio para o ventrículo que vai originar esse intervalo 
PR). 
• Existe um intervalo de normalidade: Vai de 0,12 s a 
0,20 s – 3 quadradinhos a 5 quadradinhos 
• A partir do normal, há duas situações: 
- Situação em que o intervalo PR é menor que 0,12: o 
impulso passa de uma forma muito rápida (mais rápida 
do que o normal) do átrio para o ventrículo. 
- Situação em que o intervalo PR é superior a 0,20 s: 
impulso passa mais devagar 
• Quando o impulso passa muito rápido: PR curto ou 
síndrome de pré-excitação ventricular 
- Menos que 3 quadradinhos de PR 
• Na situação em que o PR é superior a 0,20 s o PR se 
alarga: bloqueio atrioventricular 
- Acima de 5 quadradinhos de PR 
• O bloqueio atrioventricular é classificado em 3 graus 
- Bloqueio de primeiro, segundo e terceiro grau 
- Bloqueio de segundo grau recebe duas 
subclassificações 
PR CURTO 
 
• Nesse caso tem 00,4 seg 
- Pré-excitação ventricular 
- Significa que o impulso despolarizou o átrio e passou 
de uma forma muito rápida para o ventrículo – não 
houve retardo fisiológico para o ventrículo 
• Na imagem: PR curto, QRS com empastamento inicial 
(onda delta) e existe uma alteração do segmento ST 
(alteração da repolarização ventricular) 
- Muitas vezes pode acontecer inversão da onda T (não 
representada na imagem) 
BAV – PR LONGO 
• Na imagem: 0,24s ou 240 Milissegundos 
• Sempre que houver intervalo PR maior do que 5 
quadradinhos, há um bloqueio atrioventricular. 
- Maior dificuldade do impulso, saindo do átrio (nodo 
sinusal) atingir o ventrículo. 
- Pode ocorrer por uso de medicação: 
Betabloqueadores em usos muito altos, usos de 
digitálicos 
- Endocardite também pode causar 
• BAV de primeiro grau causam poucos problemas. A 
maior preocupação começa a partir do BAV de segundo 
grau. 
-BAV de primeiro grau é mais problemático se o 
paciente tiver algum outro problema. 
• A fisiopatologia do BAV de primeiro grau, é muito 
diferente dos de outros graus. Pois é benigno. 
COMPLEXOQRS 
• Complexo de 3 ondas 
• Em algumas derivações aparecem duas 
- Não tem a onda Q 
• Quando é completo: tem 3 ondas 
- A onda inicial negativa (onda Q) 
- Onda R – Uma onda positiva. Onda R existe em V2, as 
vezes em V1, mas com amplitude menor. À medida que 
se caminha para o lado esquerdo do peito do paciente 
(V5 e V6) essa onda vai crescendo em amplitude. As 
ondas negativas, como a onda S, vai diminuindo sua 
amplitude. 
- É normal no eletrocardiograma, as derivações V1 e V2 
terem ondas negativas proeminentes e as mais a 
esquerdas tem umas ondas positivas muito mais 
acentuadas, mostrando que a quantidade de carga 
elétrica positiva do ventrículo esquerdo é muito maior 
do que do ventrículo direito 
• V3 e V4, derivações intermediárias, haverá traçados 
intermediários, ou seja, ondas negativas e ondas 
positivas mais ou menos proporcionais. 
• Onda S – onda negativa 
• Quando tem uma cicatriz no infarto, a onda R 
desaparece, pois o tecido que infartou, necrosou, 
deixou de gerar potenciais positivos, não despolariza. É 
um tecido que morreu, virou uma cicatriz. 
- Naquele local, existe uma fusão da onda Q com a 
onda S. Vira uma grande onda negativa. 
EIXO 
• Eixo elétrico do coração é a somatória da resultante 
das cargas elétricas geradas pelo coração 
• A resultante ocorre de tal forma que o normal se situa 
entre eixo 0° e 90° - intervalo de normalidade 
- Ainda se admite 30° a menos, ou seja, - 30° 
e 30° a mais em aVF 
• A rigor é de 0° a 90° podendo ser considerado de -30° 
até +120° 
- Esse é o normal, pois como o ventrículo esquerdo é 
mais hipertrofiado, porque ele mantem o debito 
cardíaco sistêmico, ele tem mais massa muscular e com 
isso ele gera mais carga elétrica. 
- O eletro é um instrumento de mensuração de 
diferença de potencial, desse modo, ele trabalha com 
carga elétrica. Então a resultante aponta para um eixo 
que passa pelo ventrículo esquerdo. 
• Se atentar para D1, se for negativo, vê-se que ele está 
do centro do corpo para o braço direito, então muitas 
vezes o técnico pode ter trocado o eletrodo. Mas existe 
sim, desvio desse eixo 
• Quando for determinar o eixo, precisa ver se D1 é 
positivo. 
- Lembrar que o traçado acima da linha de base é uma 
onda positiva 
- O traçado ou a onda que se situa abaixo da linha de 
base, é negativo 
• Se o D1, é com R amplo, 
então o D1 é positivo. 
Ele está em 0° 
- Imagem QRS 
• Se tem um aVF também 
positivo, igual na 
imagem QRS, então o 
eixo estará entre 0 e 90 
- Estará normal – primeira imagem sobre eixos 
• O eixo se usa para ver sobrecarga ventricular 
• No segundo exemplo D1 é positivo, a onda elétrica do 
QRS, a maior onda elétrica é positiva. Mas quando se 
vai para aVF, tem uma onda negativa 
- Uma onda mais para baixo 
• Se situa no quadrante de 0 a -90 
- Considerado como quadrante indicativo de desvio do 
eixo para esquerda 
- Traduz uma sobrecarga do eixo para esquerda 
- O que poderia causar uma sobrecarga do VE: 
estenose aórtica, hipertensão arterial, insuficiência 
aórtica. Valvopatias mitrais também podem acarretar 
esse desvio do eixo para esquerda, principalmente uma 
insuficiência mitral 
• Desvio para a direita 
- D1 negativo e aVF positivo: DI invertido e aVF normal 
- Cai no quadrante entre +90 e +180 
- Quando cai nesse quadrante, se diz que o paciente 
tem uma sobrecarga a direita. Desvio do eixo a direita 
- O que pode desviar o eixo a direita: estenose 
pulmonar, insuficiência pulmonar, DPOC grave com 
hipertensão pulmonar grave 
• Desvio do eixo para a direita – HIPERDESVIO 
- D1 e aVF são negativos 
- Ocorre nas mesmas situações que o desvio anterior, 
só que em situações mais graves. 
COMPLEXO QRS 
• A primeira variação, vai aparecer mais quando houver 
distúrbios de condução do ramo 
- QRS com distúrbio de condução de ramo 
• Segundo QRS é um QRS estreito, porém não apresenta 
nenhuma correlação clínica. É uma variação da 
normalidade 
• O terceiro é o clássico- QRS com duração normal 
• Onda Q patológica: Aparece em uma necrose 
- Duração dela é superior a 1 quadradinho ou 40 
milissegundos ou 0,04 segundos. 
-A amplitude da onda é superior a 1/3 do complexo 
QRS dessa derivação 
- Nem sempre estará exatamente nessas condições – 
pode variar um pouco, mas são condições conceituais 
- Mostra um infarto antigo, não um infarto agudo. 
- Na área que sofre a necrose, essa área é substituída 
por tecido cicatricial, tecido que só tem a função de 
preenchimento, não despolariza e nem nada. Fica uma 
onda negativa do ponto de vista elétrico. 
ONDA R 
• Onda R é 
positiva. É muito bem 
vista em D1 e aVF 
 
 
 
 
 
ONDA S 
 
• Onda final negativa – 
onda S 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ONDA T E SEGMENTO ST 
 
• Tem sua importância nas síndromes coronarianas 
agudas 
• Segmento ST vai do final do complexo QRS, até o final 
da onda T. 
• Ponto J equivale a uma distância de 1mm entre o final 
do QRS, a partir. 
-É utilizado para determinar se existe supra ou 
infradesnivelamento de segmento ST. Auxilia muito no 
diagnóstico de infarto 
ALTERAÇÕES DA ONDA T E DO SEGMENTO ST 
• Quando tem uma oclusão total de uma determinada 
coronária, terá uma corrente de lesão ou 
supradesnivelamento de segmento ST na derivação 
que olha aquela coronária. 
- Segmento ST fica elevado em relação a linha do PR. – 
Corrente de lesão 
- Indica que a coronária envolvida sofreu uma oclusão 
total. Totalmente obstruída 
- Tratamento é abrir a coronária. Com trombolítico por 
ex. Se não fazer isso, vai evoluir posteriormente para 
necrose (onda q) 
• Isquemia subepicárdica: Paciente que desenvolve placa 
na coronária e a placa vai crescendo até obstruir cerca 
de 70% dessa coronária. 
- A partir de 70% que se nota o comprometimento do 
fluxo coronariano 
- Nas derivações que mostram a parede envolvida – se 
vê essas alterações, uma inversão da onda T (simétrica) 
- Se não fizer o tratamento pode haver evolução para 
lesão subepicárdica (supradesnivelamento do 
segmento ST) ou para necrose. 
• Quando tem oclusão total – supradesnivelamento do 
segmento total 
• Quando a oclusão é parcial – isquemia subepicárdica 
• Lesão subendocárdica (morte só de uma camada). Do 
ponto de vista agudo, o prognóstico desse paciente é 
melhor. Mas se não tratar, podo fechar a coronária e o 
infarto pegar toda parede. Ou seja, é um paciente que 
pode evoluir para um infarto com supra. 
• Somente o infarto com supra causa Q patológica. 
INTERVALO QT 
 
• Intervalo QT normais: 
• Homens: 340 a 450 ms 
• Mulheres: 340 a 470 ms 
• QT < 320 ms: QT curto 
- também pode predispor a arritmias 
• Fórmula de Bazzet (QT corrigido): QT / √RR 
- Calcula-se intervalo QT em função da frequência 
cardíaca. 
- QT encontrado / raiz quadrada do intervalo duas 
ondas R consecutivas 
• Medicações como azitromicina, hidroxicloroquina, 
podem alargar intervalo QT 
- Predispondo a arritmias ventriculares – 
potencialmente mortais. 
- Somatória de medicações podem causar esse 
alargamento. 
- Antidepressivos também prolongam o QT.

Outros materiais