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Ecotoxicologia e Poluição Ambiental

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Disciplina: Biorremediação
Aula: 08
ECOTOXICOLOGIA E POLUIÇÃO AMBIENTAL
Profa. Elidamar Nunes de Carvalho Lima 
email: elidamarnunes@usp.br
São Paulo, 09 de Novembro de 2020
1
2
Ecotoxicologia 
Conceitos
Definições
Histórico..
Poluição Ambiental
Conceitos 
Definições
Histórico
...
ROTEIRO 
Ecotoxicologia
• Ecotoxicologia ou Toxicologia Ambiental é a área da toxicologia relacionada ao estudo de efeitos tóxicos aos constituintes de ecossistemas, causados por poluentes sintéticos ou naturais
• O termo surgiu na década de 60, através de René Truhaut, que definiu como sendo "o ramo da toxicologia preocupado com o estudo de efeitos tóxicos causados por poluentes naturais ou sintéticos, sobre quaisquer constituintes dos ecossistemas: animais, vegetais ou microrganismos.
O que é?
3
3
 Ecotoxicologia é uma su-área da Toxicologia Ambiental, dedicada a estudar os impactos de substâncias químicas de origem antropogênica no ambiente, nas populações dentro de ecossistemas 
 Analisa os impactos de poluentes químicos ambientais em seres vivos (ênfase a não-humanos)
Estudo do transporte, destino e interações das substâncias tóxicas no ambiente
Ecotoxicologia
Toxicologia Ambiental
4
Objetivos mais comuns 
Obtenção de dados para avaliação de risco e manejo ambiental. 
Desenvolver e testar as exigências legais para o desenvolvimento e liberação de novos produtos. 
Desenvolver princípios teóricos e empíricos para melhorar o conhecimentos sobre o comportamento e efeitos dos agentes químicos em sistemas vivos.
Ecotoxicologia
Objetivos Comuns
5
5
Possibilidades de contaminação
5% das áreas agricultadas usam agrotóxicos
Produtos sanitários 
Derivas e chuvas
Armazenamento de agrotóxicos
Lixo industrial de fábricas de agrotóxicos e de indústrias de alimentos
Uso doméstico (esgoto)
Limpeza de banheiras carrapaticidas
Objetivos mais comuns 
Ecotoxicologia
Possibilidades de Contaminações
6
6
	Agrotóxico	Persistência no solo
	DDT	4 anos
	BHC	3 anos
	Trifuralina	6 meses
	Aldrin	2 anos
	Malation	1 semana
	Glifosato	1 mês (meia vida)
Objetivos mais comuns 
Ecotoxicologia
Persistência Ambiental
7
DDT: diclorodifeniltricloroetano, primeiro pesticida moderno, muito usado durante e após a Segunda Guerra Mundial
BHC: Hexaclorobenzeno, pó de broca, pesticida , composto químico sintético na forma de um sólido cristalino branco. Caracteriza-se pela sua alta toxicidade, e persistência no meio ambiente/bioacumulação
7
Toxicidade Aguda
Substância que causa dano ou morte em curto espaço de tempo após contato com os
organismos acompanhados
Toxicidade Crônica
Substância que só vem a causar dano ou morte ao organismo acompanhado, após um longo espaço de tempo ou após sucessivas exposições.
Objetivos mais comuns 
Ecotoxicologia
Toxicidade - Definições
8
8
 • Uma avaliação completa exige que os testes sejam realizados com produtores primários, consumidores primários e secundários.
Uso de seres vivos para determinação de toxicidade, por meio de exposição a uma concentração do poluente, por tempo determinado
Objetivos mais comuns 
Ecotoxicologia
Biotoxicidade - Acompanhamento
9
9
“Medida” de toxicidade
Dose Letal 50 (DL50): Dose de agente químico ou físico que causa morte de pelo menos 50% dos organismos
Dose Efetiva 50 (DE50): Dose de um agente que se espera produzir um determinado efeito em 50% dos organismos
Dose Efetiva Mínima (DEM): Dose na qual o efeito tóxico estatístico definido como mínimo é encontrado
Dose Efetiva Não-Observável (DNO): Dose na qual a toxicidade não é significativa do ponto de vista estatístico.
Ecotoxicologia
Medida de Toxicidade
10
10
Toxicologia Ambiental
Ecotoxicologia - Abrangência
11
A Ecotoxicologia é fundamentada em bases da toxicologia convencional onde atua os efeitos individuais, mas precisa enfatizar:
populações
comunidades
ecossistemas
Toxicologia Ambiental
Ecotoxicologia
12
Toxicologia Ambiental
Ecotoxicologia - Efeitos
13
SEGURANÇA: probabilidade de uma substância não produzir efeito nocivo sob determinadas condições previamente estabelecidas
Dose
Concentração
Tempo de exposição, etc. 
RISCO: probabilidade de uma substância 
produzir efeito nocivo.
Toxicologia Ambiental
Segurança e Qualidade do Ambiente
14
Como avaliar o risco ambiental para os seres vivos ?
• O biota aquático pode ser usado como indicador de ecotoxicidade, Ex: algas, microinvertebrados, peixes, etc podem dar informações sobre a qualidade da água e auxiliar no monitoramento da ecotoxicidade de um Agente Tóxico – A.T.)
 • Espécies de ciclo de vida podem emitir “alerta” sobre efeitos 
a curto/médio prazo 
• Espécies de ciclo de vida longa podem indicar riscos sobre 
efeitos a médio/longo prazo. Ex.: bioacumulação
Toxicologia Ambiental
Qualidade do Ambiente
15
Como avaliar o risco de toxicidade para os seres vivos ?
IBAMA: “Potencial de Periculosidade Ambiental“ (PPA)
Avaliação de diversos aspectos:
 Características fisico-químicas
 Comportamento ambiental como degradação, mobilidade, etc.
 Toxicidade em organismos-modelo
 Genotoxicidade
 Carcinogenicidade
 Embriotoxicidade (organismos superiores)
Toxicologia Ambiental
16
Qualidade do Ambiente
Como avaliar o risco de toxicidade para os seres vivos ?
• Devido a questões éticas/práticas, os testes são feitos em um número limitado de espécies, o que inviabiliza alguns dados pois a extrapolação entre espécies é difícil
Ex.:	Daphnia magna (crustáceo do zooplancton) – modelo para avaliação de 
toxicidade aquática
			Eisenia fetida e Lumbricus terrestris (minhocas terrestres) 
modelos para estudos de toxicidade no solo
Toxicologia Ambiental
Ecotoxicologia
17
Risco de um Agente Tóxico - AT para seres vivos em um ecossistema
Para avaliação do risco de um AT, é necessário conhecer sobre:
- Dados toxicológicos
- Conhecimento sobre o destino ambiental 
- Individuos
- População
Toxicologia Ambiental
Ecotoxicologia
Conclusão: p/avaliar o risco de um AT em um ecossistema , os modelos toxicológicos tradicionais (seres humanos) não são suficientes
18
A concentração indoor pode ser maior do que no ambiente externo. 
Em um ambiente fechado, a exposição pode estar relacionada à proximidade de diferentes fontes emissoras
 - Síndrome do edifício doente (ar condicionado, carpetes, produtos de limpeza)
 - Tabagismo ativo e passivo
Toxicologia Ambiental
Ecotoxicologia – Poluição indoor
19
Biodisponibilidade em compartimentos ambientais
- Sobre o ambiente: é necessário considerar
 -Características físico-químicas dos sedimentos (pH, presença de outras substâncias, etc.)
- Características físico-químicas da água (pH, força iônica, etc.)
Presença / comportamento de microorganismos
Transformações bióticas e abióticas 
Toxicologia Ambiental
Riscos Ecológicos
20
Biodisponibilidade em compartimentos ambientais 
Ex.: mercúrio em ambiente aquático - Como avaliar o risco para os seres vivos ?
- Sobre o mercúrio é necessário considerar
- A forma (organometálico / inorgânico / oxidação)
- A concentração (nos sedimentos / na água)
Biodisponibilidade
- Disponibilidade de um contaminante presente em uma matriz ambiental, que pode atuar em um sistema biológico
Toxicologia Ambiental
Riscos Ecológicos
21
- São metabólitos/produtos da interação com o contaminante/molécula ou célula-alvo.
Ex.: sangue - adutos DNA/substâncias carcinogênicas
Produzem informação quantitativas sobre danos já estabelecidos/potenciais à saúde
Ex.: enzimas hepáticas – biomarcadores de exposição a pesticidas clorados (DDT, DDE, DDD)
	Biomarcador	Organismo	Poluente
	inibição da AChE	peixes, moluscos, crustáceos	pesticidas organofosforados e carbamatos
	indução de metalotioninas	peixes	metais (Zn, Cu, Cd, Hg, etc.)
	indução da EROD ou CYP-450 1 A	peixes	PAHs, alguns PCBs, dioxinas
	indução da vitelogenina	peixes jovens machos	disruptores endócrinos
	adutos de DNA	peixes, moluscos	PAHs, triazinas
Toxicologia Ambiental
Biomarcadores – Controle de Qualidade Ambiental 
22
A maioria dos estudosecotoxicológicos são complexos, dependem:
- Fatores individuais de cada ecossistema (ex.: fatores ambientais, características fisico-químicas, etc);
- Grande variação/diversidade entre as espécies vivas exposta aos agentes tóxicos-AT;
Presença de outros AT e/ou de seus metabólitos e 
produtos de degradação
É necessário considerar que cada caso é um caso 
e deve ser analisado o AT no meio ambiente.
Toxicologia Ambiental
Biomarcadores - Análises
23
Toxicologia: ramo das ciências da área da Saúde
“Estudos de caso” : ferramenta frequentemente usada para estudos e pesquisa na área da Saúde.
- Origem: Medicina e Psicologia; consistia na análise detalhada de um “caso” ( = um paciente) , explicando a dinâmica e patologia de uma doença ou problema (= sintomas, evolução, tratamento, etc.)
- Pode ser usada como ferramenta de estudos qualitativos, sobretudo nas Ciências Humanas e Sociais
- Pode ser usado como metodologia didática, em diversas áreas do conhecimento, Poluentes Químicos e Ecotoxicologia
Toxicologia Ambiental
Origens – Termos 
24
O estresse do trânsito urbano; Pneus/depósitos à proliferação de vetores da Dengue. 
25
POLUIÇÃO AMBIENTAL
• No ano de 2000, cerca de 63,6% do total de internações por Doenças Infecciosas e Parasitárias foi devido a Doenças Relacionadas a um Saneamento Ambiental Inadequado – D.R.S.A.I. 
• Norte e Nordeste esse percentual é maior que 70%, principalmente pelo alto número de hospitalizações por diarreia nessas regiões.
Poluição Ambiental
Morbi-mortalidade
26
27
Poluição Ambiental
Morbi-mortalidade
• A globalização permeia o trabalho e reduz os empregos formais, aumentando o emprego informal 
• Mudanças na legislação e proteção
ao trabalhador podem evitar às 
condições insalubres e perigosas, 
propiciando um aumento quantitativo 
das situações de risco no ambiente de 
trabalho. 
Poluição Ambiental
Globalização vs Ambiente
28
• A globalização aumenta a vulnerabilidade da população de trabalhadores a uma grande variedade de doenças. 
• Alguns grupos de trabalhadores, como por exemplo os negros que ocupam os postos de trabalho menos qualificados e mais perigosos, são mais 
atingidos por este processo, além do que há uma maior 
inserção do grupo infanto-juvenil no mercado de trabalho. 
 (IBGE, 1999)
Poluição Ambiental
Globalização vs Ambiente
29
• Doenças decorrentes dos ambientes de trabalho, embora subnotificadas, sofreram um acréscimo no número de ocorrências registradas e, apesar de não envolverem os trabalhadores do setor informal, os dados ainda não demonstram a complexidade desta problemática
 
• As estatísticas sobre acidentes e doenças do trabalho compiladas pela Previdência Social cobrem somente os trabalhadores segurados pelo Seguro Acidente do Trabalho (SAT), trabalhadores empregados, celetistas, e alguns segurados especiais, apenas 27,7% da população economicamente ativa ocupada do país. 
Poluição Ambiental
Globalização vs Ambiente
30
• O controle da malária, até pouco tempo, era baseado no uso do DDT (organoclorado altamente persistente no meio ambiente), produto que causa danos à flora, à fauna e à saúde humana
• Em 1999, o Sistema de Informação Tóxico-farmacológica registrou 398 óbitos por exposição aos agrotóxicos, dos quais 140 foram de origem ocupacional
• Os dados não refletem a realidade, pois estão subestimados. 
Poluição Ambiental
Produtos Químicos vs Saúde ambiental
31
• A contaminação ocupacional por agrotóxicos é uma questão relevante nas áreas rurais brasileiras, variam de 3 a 23% (Almeida & Garcia, 1991; Gonzaga et al., 1992; Faria et al., 2000)
• Baseado nos limites mínimos reportados e na população rural brasileira envolvida em atividades agrícolas, estima-se anualmente que estão contaminados 540.000, e mortos 4.000 
Poluição Ambiental
Contaminação Ocupacional
32
33
Poluição Ambiental
Produtos Químicos vs Saúde ambiental
• Um estudo realizado pelo INCQS/Fiocruz verificou grau de contaminação por resíduos de pesticidas de frutas brasileiras (morango, tomate e mamão) revelou contaminação em 35% das amostras, com grande variação de região para região
• No caso do mamão, na região Nordeste, essa contaminação atingiu 70% das amostras analisadas
• Um dos contaminantes avaliados - Dicofol, tem ação carcinogênica, endócrina, imunotóxica e neurotóxica, sendo que a substância base deste produto é considerada uma das mais tóxicas para o ecossistema e para a saúde humana. 
Poluição Ambiental
Contaminantes
34
• A biotecnologia dos transgênicos, pode ser uma alternativa para os processos produtivos na agricultura.
• Os organismos geneticamente modificados OGM, podem determinar a dependência total dos produtores rurais a um monopólio multinacional. 
• A incerteza sobre os riscos decorrentes do 
consumo de alimentos transgênicos para a 
saúde do homem, e para o ambiente, exige 
que essas tecnologias sejam submetidas ao
 "Princípio da Precaução". 
Biotecnologia e Saúde Ambiental
OGM e Saúde Ambiental
35
• Em 1960, uma empresa multinacional instalou uma fundição em Santo Amaro, BA
• Em 1987, o empreendimento foi repassado para um grupo brasileiro 
• Em 1993, a fundição fechou suas portas, demitindo 250 funcionários e deixou um imenso passivo ocupacional e ambiental. 
• Houve contaminação por Chumbo, cádmio e outros 
poluentes gerados pela fundição que prejudicaram/
contaminaram o ar, água, solo, sedimentos fluviais e 
marítimos, vegetação natural, produção hortifrutigranjeira, 
peixes, mariscos, gado bovino e, sobretudo, os trabalhadores 
e a população do lugar 
Poluição Ambiental
Impactos Gerados
36
Poluição Ambiental
Poluição Atmosférica – Prejuízos 
37
• Em Alta Floresta/MT, foi registrado aumento de 20 vezes no número de pacientes portadores de doenças respiratórias, durante um episódio de queima de biomassa.
Poluição Ambiental
Poluição Atmosférica
38
• No Brasil, grande parte das doenças/mortes por problemas respiratórios nos últimos anos está associada à deterioração da qualidade do ar, sobretudo nas grandes cidades. 
• Entre 1970 e 2000, houve aumento da emissão de poluentes, variando entre 200%, no caso do dióxido de enxofre (SO2), a 500% no caso de hidrocarbonetos. 
• Estes gases, junto com a fumaça negra emitida pelos veículos, contribuem para o aumento de doenças respiratórias.
Poluição Ambiental
Poluição Atmosférica
39
• Em São Paulo, estima-se que 17.000.000 pessoas sofram os efeitos da poluição atmosférica.
• Quando a poluição aumenta na capital, aumenta os problemas respiratórios, que passam a responder por 20 a 25% dos atendimentos, com 10 a 12% de mortes. 
Poluição Ambiental
Poluição Atmosférica
40
• A sílica e o asbesto/amianto representam importantes agentes de pneumopatias, presentes de forma principal em alguns ambientes de trabalho (ex: indústrias extrativas, têxteis, e de construção civil, etc). 
• No Brasil, a identificação dos casos de pneumopatias decorrentes destes agentes, tem ocorrido somente em trabalhadores, se intensificou 
na década de 90, é pequeno o número de casos registrados
frente ao número de expostos. 
Poluição Ambiental
Poluição - Trabalhadores
41
42
Poluição Ambiental
Poluição - Trabalhadores
• Em 1983, na cidade de Cubatão – SP centenas de casos de intoxicação por benzeno foram diagnosticados, sendo que o mesmo problema foi identificado em diversos pólos petroquímicos e siderúrgicos do país (ex: Volta Redonda-RJ, Ouro Branco-MG, Camaçari-BA, Vitória-ES), com mais de 4.000 casos diagnosticados.
Poluição Ambiental
43
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
• Em 1985 foi um ano marcado pelo descobrimento de aterros clandestinos de organoclorados, em diversas áreas da Baixada Santista - SP, vitimando residentes e trabalhadores com resíduos de pentaclorofenol, tetracloreto de carbono, percloroetileno e hexaclorobenzeno. 
• Foram observados resíduos de hexaclorobenzeno no 
leite materno de mulheres da área contaminada, ealterações citogenéticas e hepáticas entre os 
trabalhadores da indústria causadora da contaminação.
Poluição Ambiental
44
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
• Em 1986 na Vila Socó, região de Cubatão-SP, houve uma grande destruição pelo fogo, em razão da queima de gasolina vazada de tubulações de uma indústria de refino de petróleo.
• No mesmo ano, na cidade de Goiânia-GO, houve o maior acidente com substância radioativa, fora de uma planta nuclear, com o Césio137. 
Poluição Ambiental
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
45
• Em 1996 em Caruarú-PE mais de 60 pacientes de uma clínica de hemodiálise morreram devido a contaminação na água (utilizada no processo de diálise) por cianobactérias (algas azuis) produtoras de toxinas 
46
Fogo Vila Socó
Césio - Goiânia
Hemodiálise - Caruaru
• Em 2000, três importantes problemas ambientais, com risco para a saúde, foram registrados: 
 Em Mauá-SP, foi observado emanação de hidrocarbonetos aromáticos, o benzeno, em um condomínio erguido sobre um terreno utilizado no passado como depósito clandestino de resíduo industrial (isso era desconhecido pelos moradores)
2) Em Paulínia-SP, resíduos clorados e metais pesados de uma empresa produtora de agrotóxicos e de incineração de resíduos organoclorados, contaminaram o solo/lençol freático, expondo os moradores do entorno da empresa
Poluição Ambiental
47
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
3) Outro local com um intenso processo de contaminação, é a Serra do Navio/Amapá, uma área de exploração de manganês, incluindo resíduos de arsênio, presentes no ambiente 
• Essa contaminação estende-se para áreas distantes da fonte de mineração, incluindo a área urbana. 
• O manganês pode produzir síndromes neurológicas e o arsênio é cancerígeno para a espécie humana. 
Poluição Ambiental
48
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
• Deve-se considerar os desastres ambientais, considerados como desastres naturais, ocorridos no território brasileiro (Ex: inundações, estiagens, secas, deslizamentos e incêndios florestais) 
• Excetuando-se os deslizamentos, todos os outros foram, consequências diretas do fenômeno "El NIÑO", que afetou o clima e o regime das chuvas de todo o país
• Outros fatores de impacto é a ocorrência de 
incêndios florestais/região Norte, a seca/região 
Nordeste e as inundações/região Sul.
Poluição Ambiental
49
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
• O impacto desses desastres afetam a economia significativamente, sendo que, a região Nordeste, onde vive cerca de 30% da população do país/com menor poder aquisitivo, é a mais afetada. 
• Em 1998, a região Nordeste teve 75,5 % da sua área afetada pela seca, com 1.429 municípios atingidos e 24 milhões de pessoas afetadas. 
Poluição Ambiental
50
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
• Outros fatores como deslizamentos de terra, durante chuvas torrenciais em áreas urbanas vulneráveis, acabem por dizimar muitas pessoas a cada ano
• Enchentes em áreas urbanas têm sido responsáveis também por epidemias de leptospirose. 
• Em 1988 e 1996, o Rio de Janeiro, teve um aumento na incidência anual de leptospirose entre 10 a 30 vezes.
Poluição Ambiental
51
Histórico dos Poluentes/Contaminações no Brasil
• A vigilância possui caráter sistêmico e busca reorientar o planejamento e a gestão das diversas vigilâncias, implementadas no Sistema Único de Saúde (SUS), tais como:
 - Vigilância Epidemiológica (sobre as populações);
 - Vigilância Sanitária (de produtos e serviços);
 - Vigilância em Saúde do Trabalhador (das condições e riscos à saúde no ambiente de trabalho;
 - Vigilância AMBIENTAL (dos riscos sócio-ambientais).
 
Poluição Ambiental
Vigilância à Saúde no Brasil - Instituições
52
• A FUNASA regulamentou a Portaria do Ministério da Saúde n 1. 399, de 15 de dezembro de 1999, no que se refere as competências da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, na área de Vigilância Ambiental em Saúde, por meio da Instrução Normativa n. 1 de 25 de setembro de 2001
• Nesta, são estabelecidas as principais atribuições dos três níveis de governo, descrevendo as ações específicas da vigilância ambiental em saúde e as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco físicos, químicos e biológicos do meio ambiente, relacionados às doenças e agravos à saúde. 
Poluição Ambiental
Vigilância à Saúde no Brasil - Instituições
53
• Em junho de 2003, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) absorveu as atribuições do antigo Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) e, baseada no Decreto n° 3.450, maio de 2000, assumiu a gestão do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde.
 
• A Instrução Normativa n° 1, de março de 2005 regulamentou o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (SINVSA). Entre suas atribuições estão coordenação, avaliação, planejamento, acompanhamento, inspeção e supervisão das ações de vigilância relacionadas às doenças e agravos à saúde. 
Poluição Ambiental
Vigilância à Saúde no Brasil - Instituições
54
ATRIBUIÇÕES DO SUBSISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL:
1) Água para consumo humano (Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano - SISAGUA e VIGIAGUA); 
2) Contaminações do ar e do solo (VIGIAR, VIGISOLO); 
3) Desastres naturais (VIGIDESASTRES); 
4) Contaminantes ambientais e substâncias químicas (Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental relacionado às Substâncias Químicas, VIGIQUIM); 
5) Acidentes com produtos perigosos (VIGIAPP); 
Poluição Ambiental
Vigilância à Saúde no Brasil - Instituições
55
ATRIBUIÇÕES DO SUBSISTEMA NACIONAL DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE AMBIENTAL:
6) Efeitos dos fatores físicos (Sistema de Vigilância em Saúde Ambiental relacionado a Fatores Físicos, VIGIFIS; 
7) Condições saudáveis no ambiente de trabalho (Vigilância em saúde relacionada ao ambiente de trabalho, VIGIAMBT).
Cabe ainda ao SINVSA elaborar indicadores e sistemas de informação de vigilância em saúde ambiental para análise e monitoramento, promover intercâmbio/experiências e estudos, ações educativas e orientações e democratizar o conhecimento na área.
Poluição Ambiental
Vigilância à Saúde no Brasil - Instituições
56
	Nome do Grupo de Pesquisa*	Censo
2004	Base Corrente
	Saúde Ambiental 
 (Palavra exata)	20	104
	Saúde Ambiental 
 (Todas as palavras)	82	138
	Saúde & Ambiente 
 (Todas as Palavras)	113	140
Evolução dos Grupos de Pesquisa em Saúde Ambiental 
cadastrados no CNPq, 2004-Base Corrente
 * - Busca feita sobre Nome do grupo, Título das linhas de pesquisa e Palavras-chave da linha de pesquisa. 
57
 Alguns desafios dos Programas Educacionais/Pós-Graduação em Saúde Pública e Meio Ambiente:
 - Abordagens que variam do elementar ao complexo;
 - "Cientistas" versus "extensionistas";
 - Relação com empresas (Saúde do Trabalhador);
 - Mercado de trabalho para este novo profissional.
Poluição Ambiental
Vigilância à Saúde no Brasil - Desafios
58
S. Oga et al., Fundamentos de Toxicologia – 4ª Ed. (2014).
Brickus e Aquino-Neto Química Nova 22 (1), Janeiro 1999. IQ/UFRJ.
Almeida & Garcia, 1991; Gonzaga et al., 1992; Faria et al., 2000.
L. P. Sá e Salete L. Queiroz. Estudo de Casos no Ensino de Química. 2011.
Guilherme Franco Netto e Fernando Ferreira Carneiro, Ciência & Ambiente 25, 2002. 
REFERÊNCIAS
Contato-dúvidas: elidamarnunes@usp.br 
59