Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 Histologia dos Intestinos: Objetivos: ● Compreender os componentes morfológicos que fazem parte da parede dos intestinos; ● Diferenciar os componentes histológicos de cada porção dos intestinos delgado e grosso; ● Relacionar os componentes morfológicos com as funções realizadas pelos intestinos; ● Compreender a histologia do reto, canal anal e ânus. Intestino Delgado: É a maior porção de intestino, ele tem em média 7 metros de comprimento, e é no intestino delgado que a digestão e a absorção dos nutrientes vai acontecer. A digestão é um processo que começa na cavidade oral, se continua no estômago, mas ela ainda tem uma parte que vai acontecer no intestino delgado. Modificações da Superfície Luminal (contato com a luz do órgão) do Intestino Delgado: Na região interna da parede vamos encontrar algumas modificações na superfície luminal da parede do intestino (contato com a luz do órgão), na região interna da parede do intestino delgado. A gente vai encontrar algumas modificações dessa parede que vão facilitar principalmente o processo de absorção dos nossos nutrientes. Por exemplo, se a gente pensar que quanto maior for a área de parede que eu tiver, maior vai ser a área que eu tenho de absorção, quanto mais tempo o alimento ficar em contato com células absortivas, eu vou ter uma maior quantidade de absorção, logo, ela é facilitada. 1. Pregas circulares (3X) (dobras tanto da mucosa quanto da submucosa), elas são permanentes, ou seja, não são como aquelas rugas do estômago que vão se adaptar ao volume, essas pregas estão sempre ali, como se fossem quebra-molas (imagina um carro se fosse um alimento e estivesse passando numa rua em alta velocidade, ele vai encontrar a frente vários quebra-molas, então ele precisa diminuir essa velocidade, então uma das funções dessas pregas circulares é diminuir a velocidade da passagem do alimento por essa luz do intestino, com isso diminuindo a velocidade nós vamos ter mais tempo para promover a absorção). Além disso, fazendo essas pregas, eu aumento minha área de superfície da absorção, depois desaparecem pois não terá mais tanta necessidade dela no final do íleo, menos no intestino grosso. -Permanentes - mais intensas no Duodeno, Jejuno, ½ Íleo -Aumento da área e diminuição da velocidade 2. Vilosidades (10X) (são dobras da lâmina própria com epitélio, então vou observar bem na bordinha sinalizando e observando a muscular da mucosa que ela fica separando o que é mucosa, do que é submucosa, porém de roxo, eu observo que a lâmina própria e o epitélio estão subindo e se dobrando, e dessa forma formam as vilosidades)- tem a função de aumentar a área de de absorção, e aumentam muito (cerca de 10X). É como se passasse a ter uma área de absorção a partir daí de 21 metros (7 do intestino X 3 das pregas circulares), com a vilosidade eu aumento AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 10X, então eu tinha 21 metros e multipliquei por 10, passei a ter 210 metros de área de absorção intestinal. 3. Microvilos (20X) (dobra da membrana basal da célula. Então cada vilosidade está sendo recoberta pelo epitélio cilíndrico simples, cada célula cilíndrica dessas vai ter dobras na sua superfície apical). Aumenta 20X a sua absorção, ou seja, 210X20=4200 metros de absorção. Por isso que quando uma pessoa tira um pedaço do intestino delgado não irá fazer tanta diferença. 4. Criptas de Lieberkuhn (são glândulas tubulosas simples, elas também possuem células absortivas, então de certa forma elas também ajudam a aumentar a superfície de absorção. ● Na imagem, o que está em roxo é a mucosa, a mucosa também está dobrada. Agora, o que está subindo é a submucosa. Então, é uma prega circular, pois subiu a submucosa e a mucosa. Pregas Circulares: O que está em rosa são as vilosidades, sendo que a muscular da mucosa (bordinha entre azul e rosa) não sobe junto com a vilosidade, em azul é a submucosa. Então,temos uma dobra da submucosa que subiu e a dobra da mucosa. Com a função de diminuir a velocidade do trânsito alimentar dentro do intestino delgado e aumentar a superfície de absorção. Vilosidades (ou vilos): Subiu o epitélio (mais pela beirada) e subiu e a lâmina própria (pelo meio). Embaixo ficou a muscular da mucosa. Então, a vilosidade é uma dobra da lâmina própria levando junto o epitélio. Microvilos (microvilosidades): Tem uma microscopia eletrônica, pois não é possível visualizar microvilos por microscopia óptica. A gente está vendo uma célula com a parede lateral, em cima a superfície apical das células cilíndricas e nessa superfície, a membrana celular faz projeções em dedo de luvas que são os microvilos ou microvilosidades. Por cima desses microvilos é possível observar alguns filamentos (como se fosse uma sujeira), denominada glicocálix (como se fosse um revestimento desses microvilos que ajudam também na proteção das células, do atrito, ajuda no reconhecimento de substâncias e patógenos estranhos. ----> GLICOCÁLIX Aplicabilidade Clínica: AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 Intestino Delgado - ESPRU: ● Nome dado a várias patologias resultantes da má-absorção intestinal ● Exemplo: Enteropatia induzida por glúten (pessoas que realmente não podem comer glúten, pois quando comem glúten começam a ter uma destruição das vilosidades) O glúten é uma substância presente no centeio e no trigo que destrói os microvilos e até as vilosidades intestinais de pessoas susceptíveis. Quando comem glúten, elas começam a ter uma reação inflamatória e começam a perder as vilosidades. Na imagem, a pessoa não tem mais as vilosidades,só ficaram as criptas de Lieberkuhn que aparecem embaixo. Não tem mais a vilosidade subindo. O glúten é muito encontrado no centeio quanto no trigo, por isso as pessoas não podem comer macarrão feito de trigo,por exemplo. Enteropatia por Glúten: Essa é outra imagem, já não tem mais vilosidade, ela está praticamente destruída, ficaram somente as criptas embaixo. Relembrando o Plano Geral: Mucosa - Submucosa - Muscular Externa - Serosa ou Adventícia Mucosa Intestino Delgado: ● Epitélio cilíndrico simples (epitélio intestinal): células cilíndricas absortivas; células caliciformes (no meio das células absortivas, elas são produtores de muco); células neuroendócrinas e células M; ● Lâmina própria: conjuntivo frouxo, bem vascularizado, com nódulos linfóides (GALT. Aglomerados e células linfóides, como:linfócitos,plasmócitos, macrófagos) e quilíferos (vasos linfáticos que vão inclusive situar no meio da vilosidade intestinal. Temos vasos linfáticos passando pela submucosa, chegando na mucosa, e esses vasos pequenos que são chamados de quilíferos ou lácteal eles entram no interior da vilosidade; ● Muscular da mucosa (não entram na vilosidade intestinal): músculo liso. Fibras musculares lisas penetram nas vilosidades formando um eixo (mas não penetram todas). É formada por 2 camadas: circular interna e longitudinal externa; ● Detalhes importantes: presença dos quilíferos ou lacteal (importância clínica!!!)- Eles têm uma grande importância clínica, já que algumas células ficam dentro da vilosidade intestinal, quando alguma célula do epitélio se transforma, se modifica, se maligniza, essa célula se multiplica muito e ela pode atingir esses vasos linfáticos que estão presentes dentro das vilosidades intestinais, e dessa forma se espalhar pelos vasos linfáticos, dando o que chamamos de metástase). Então a presença de quilífero dentro da vilosidade é um fator que ajuda muito na absorção dos nutrientes, AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 mas também é uma fonte de disseminação de células malignas que podem acontecer no caso de um tumor maligno nointestino delgado. Células Absortivas: São as células cilíndricas que vamos encontrar em maior número, com a principal função de ajudar também no processo digestivo final e na absorção de vários nutrientes e água também. Células Caliciformes: A seta aponta para um célula caliciforme que tem formato de cálice, e aquela célula produtora de muco que nós já falamos, uma glândula exócrina. Células SNED (células do sistema neuroendócrino difuso, aparece tanto no digestivo, quanto no respiratório, mas com células e funções diferentes) ● Produzem hormônios parácrinos (hormônio que podem agir no local, próximo a célula secretora) e endócrinos (hormônio que precisa ser levado pela corrente sanguínea para atingir um órgão a distância) ● Exemplo: 1. Células I - colecistoquinina (CCK) - estimula a liberação de enzimas pancreáticas e a contração da vesícula biliar (então quando chega um alimento muito gorduroso no intestino delgado, essas células são capazes de perceber esse estímulo do alimento gorduroso e liberar uma substância, um hormônio endócrino que vai agir na vesícula biliar por exemplo, fazendo com que ela se contraia, liberando a bile para ajudar no processo de digestão da gordura); 2. Células K - peptídeo inibidor gástrico - inibe a secreção de HCl (quando chega o quimo muito ácido por exemplo no intestino delgado, elas então liberam o peptídeo inibidor gástrico que vai agir no estômago inibindo a secreção de HCl); 3. Células que detectam sabor doce - estimulam a liberação de insulina pelo pâncreas (teria também uma função gustativa para detectar o paladar, quem vai perceber isso é o nosso sistema digestório no interior. E não como acontece na língua que dá sensação de prazer de sentir uma substância doce/amarga/azeda. Existem alguma células no intestino delgado que elas são capazes de detectar por exemplo o sabor doce, então quando um alimento muito doce chega no intestino delgado, essas células são capazes de secretar uma substância que vai estimular a liberação de insulina pelo pâncreas, já que sabemos que a insulina é importante para a absorção da glicose). Células M: ● Íleo (onde aparecem) ● Células com aspecto (formato) pavimentoso e ficam revestindo a superfície AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 onde encontramos os nódulos linfóides (temos 3 nas imagens, seta laranja apontando para os nódulos). Nos nódulos vamos encontrar um aglomerado de linfócitos, t, b, plasmócitos, macrófagos que são importantes na nossa defesa imunológica. As células M têm a função de captar um antígeno que é uma substância estranha, então elas reconhecem esse antígeno e captam o antígeno, mas não processam eles, não fazem nada com eles, simplesmente captam e jogam nas proximidades dos nódulos linfóides, para que as células linfóides reconhecem se precisam agir ou não, se vai resultar na produção de um anticorpo, e o que vai ser feito imunologicamente. Células encontradas nas Criptas de Lieberkuhn (seria a quarta modificação): Elas são glândulas tubulosas simples que aparecem no intestino delgado,mas são bem marcadas no intestino grosso. ● Células Absortivas ● Caliciformes ● Regenerativas (capacidade de se multiplicar e regenerar todo epitélio de revestimento que dá origem a todas as outras células que falamos) ● SNED ● Células M ● Intermediárias (elas são uma novidade, elas também tem a função de se dividir e de repor as células mortas. Ainda não se sabe se essas células têm uma reposição específica, por exemplo: se essas células intermediárias vão repor somente as células caliciformes) ● Paneth (vai aparecer apenas nas Criptas de Lieberkuhn no intestino delgado, não aparece no intestino grosso. Essas células produzem substância que são bactericidas, logo muito importante no intestino delgado. Porém, no intestino grosso é onde achamos a maior parte da nossa flora bacteriana intestinal, a nossa flora boa). Se eu tivesse células de Paneth nas Criptas de Lieberkuhn no intestino grosso, eu poderia matar a flora bacteriana boa. Na imagem temos o intestino delgado, tem vilosidades dentro, em contato com o alimento. A lâmina própria subia na vilosidade. As células são isoladas que também podem subir, mas não a camada muscular da mucosa totalmente. Além disso, é bem vascularizado, no meio da 1° imagem há a passagem do quilífero (em amarelinho), o vaso linfático- Ele é importante para ajudar no processo de absorção dos alimentos, mas também se uma célula da superfície sofrer alteração e se tornar uma célula maligna e começasse a se multiplicar e for invadindo, ela irá cair no quilífero e irá atingir o sistema linfático, e vai se espalhar, o processo que chamamos de METÁSTASE. Na imagem é possível observar as vilosidades, e embaixo as Criptas de Lieberkuhn (ela libera uma glândula tubulosa exócrina, vai liberar o produto da sua secreção bem na base das vilosidades, na luz).Logo abaixo então, as Criptas de Lieberkuhn estão invadindo a lâmina própria da mucosa, depois temos a submucosa e depois a muscular externa. Criptas de Lieberkuhn: AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 ● Glândulas tubulosas simples ● Se abrem nos espaços intervilosos É importante saber dos tipos celulares que são encontrados nas criptas, mostrando mais uma vez que elas ficam em destaque na Lâmina Própria. Submucosa: - Conjuntivo fibroelástico (conjuntivo denso não-modelado), bem vascularizado (vamos encontrar tanto vaso sanguíneo quanto vaso linfático), vasos linfáticos (vão mandar pequenos vasos para a mucosa e os pequenininhos quilíferos que vão entrar nas vilosidades) e plexo submucoso (plexo nervoso de MEISSNER, é importante agora para o movimento da submucosa, mas também para o movimento da mucosa e das glândulas. Então quando esse plexo submucoso é estimulado, ele estimula a secreção das Criptas de Lieberkuhn, como estimula a movimentação das vilosidades) ** Glândulas de Brunner no Duodeno A submucosa do intestino delgado não tem glândulas, exceto no Duodeno. Existem 2 locais que encontramos glândulas na submucosa: no esôfago e no duodeno . Na imagem a gente observa uma Submucosa sem glândulas. Muscular: ● Músculo liso - circular interna ● Plexo mioentérico de Auerbach (vai ser um dos responsáveis por estimular a contração dessa musculatura para que haja o movimento peristalse, ele é controlado pelo sistema nervoso entérico, que inclui tanto o plexo mioentérico e envolve também o sistema nervoso simpático e parassimpático. ● Músculo liso - Longitudinal Externa Obs.: Na muscular externa, ela tem 2 camadas: músculo liso circular interna e longitudinal externa. Na imagem, é possível observar as vilosidades intestinais, a lâmina própria dentro, a muscular da mucosa ficando bem na periferia. Lembrando que algumas fibras podem subir para dentro da vilosidade e “no meio” temos a submucosa que encontramos glândulas, então a porção é duodeno. Serosa e Adventícia: Todo o intestino delgado é revestido por uma serosa (na maioria das vezes quando está na cavidade abdominal que é o peritônio), exceto a segunda e a terceira porção do duodeno, por estarem em contato com outro órgão, o peritônio não faz uma dobra no meio, então justamente na 2° e 3³ porção AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 o que vamos ter é uma adventícia, por conta da sua posição, então entra ali no meio apenas o conjuntivo que dá apoio e suporte dessas porções do duodeno, mas o peritônio não se dobra ali. Intestino Delgado: Duodeno Jejuno Íleo Diferenças Regionais: Duodeno: ● Glândulas de Brunner (submucosa) ● Vilosidades mais largas, com formato foleáceo e mais numerosas por unidade de área ● Número menor de células caliciformes por unidade de área (elas não aparecem tanto no duodeno, elas vão aumentando em direção ao intestino grosso, tanto que no intestino grosso temos um grandenúmero de células caliciformes, já que elas produzem muco e a gente precisa de uma maior proteção no intestino grosso, e é onde estamos formando as nossas fezes) Obs.: Temos vilosidades mais largas, mais altas, mais numerosas no duodeno e isso vai diminuindo à medida que eu vou encaminhando para o Íleo até que vai chegar no intestino grosso não existe mais vilosidade, então guardem apenas que as vilosidades são maiores, mais numerosas no duodeno, e vão diminuindo em número e no tamanho no jejuno, mais ainda no íleo e desaparecem no intestino grosso. Glândulas de Brunner: ● Glândulas tubulosas ramificadas (exócrinas, elas produzem uma secreção mucosa, sabemos através da imagens por conta das bolinhas/florzinhas, todas elas são ácinos mucosos, pois a célula secretora tem um citoplasma claro, não se cora muito o muco com corante, é uma secreção pesada então ela pesa sobre o núcleo da célula e joga esse núcleo para a região basal. Então a parte mais corada fica o núcleo, e ele está achatado na parte basal, é uma característica de glândula mucosa. Se fosse serosa, o citoplasma vai estar mais corado e o núcleo iria estar achatado na base, ele estaria redondo mais na região basal da célula) A secreção dessas glândulas é muito importante porque elas têm bicarbonato, então elas fazem um tampão. Imagina que o quimo está chegando no Duodeno extremamente ácido e poderia ser muito agressivo a essa mucosa intestinal, então para proteger a mucosa do duodeno, essas glândulas liberam essa secreção mucosa e rica em bicarbonato para fazer com que haja um equilíbrio do pH, para fazer então um tampão que irá neutralizar esse quimo muito ácido que está chegando. ● Tampão básico - estímulo parassimpático (O estímulo para que ela secrete vem do sistema nervoso parassimpático, o tubo digestivo é coordenado pelo sistema nervoso entérico, e então inclui os plexos e também o parassimpático e o simpático). ● Urogastrona (inibe a produção de HCl e aumenta a taxa de mitose)- seria mais ou menos uma substância SNED, secretada por uma célula SNED. ● Presentes apenas no duodeno ( e essas glândulas são presentes apenas no duodeno) Vão liberar o produto no epitélio, na luz do duodeno. AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 Jejuno: ● Vilosidades mais altas e mais estreitos (apesar de serem mais altas, elas vão afinando e desaparecendo à medida que vai se encaminhando em direção ao intestino grosso) apresentando um formato digitiforme (em formato de dedo) ● Número maior de células caliciformes por unidade de área (e vai ter menos principalmente se comparar ao intestino grosso) Íleo: ● As vilosidade são as mais estreitas, curtas e menos numerosas do intestino delgado ● Lâmina própria abriga grupos de nódulos linfóides (placas de Peyer- vão aparecer na parede do nosso íleo). A localização é muito importante, pois as células M que ficam no epitélio vão captar o antígeno e vão jogar na lâmina própria próxima ao nódulo linfóide, então é importante que esse nódulo se localize na lâmina própria, se fosse numa camada mais interna a defesa ficaria mais difícil. Até chegar no intestino grosso que não tem mais vilosidade. Intestino Grosso: A histologia do ceco que é a primeira porção e dos cólon é a mesma, o que vai diferenciar depois é a histologia do reto e do canal anal. Então temos a 1° porção que é o ceco, depois o cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide (pois faz o formato lembrando a letra grega) e depois já é a outra porção que é o reto e o canal anal. Ceco e Cólon: ● Não possuem vilos ● Muitas Criptas de Lieberkuhn (sem Paneth- ela produz substâncias bactericidas, se produzisse no intestino grosso iria matar a flora bacteriana)- muito características no intestino grosso ● Muitas células absortivas (principalmente absorção de água para que mantenha o nosso volume e que a gente não desidrate) ● Muitas células caliciformes (para que haja muita secreção de muco, para a proteção desse epitélio, do bolo fecal que está formando nesse local) ● Menos células enteroendócrinas (pouquíssimas nas Criptas de Lieberkuhn) ● Linfáticos na Submucosa (no intestino delgado temos linfáticos na submucosa, mas eles mandavam vasinhos que atravessavam também a mucosa e chegavam até na vilosidade que eram os quilíferos, e isso fazia com que a gente pudesse ter uma maior facilidade de um tumor que acontecesse no intestino delgado, produzindo então metástases linfática. Já no intestino grosso, que é o local de maior incidência dos tumores do intestino, os vasos linfáticos ficam na submucosa, então para aquela célula tumoral atingir a submucosa ela irá demorar muito mais, então o tempo de metástase é muito maior. Um tumor de intestino delgado pode produzir uma metástase linfática AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 muito mais rápida do que no intestino grosso, por conta da presença dos vasos linfáticos no intestino grosso só está na submucosa e no intestino delgado ele vai até a vilosidade por meio do quilífero). ● Túnica muscular externa - Tênias (também é muito característica, ela tem a circular interna, mas a longitudinal externa ela se agrupa em 3 feixes, formando o que chamamos de tênias do cólon, muito cuidado, existe um verme/parasita que é a taenia, não confundir). ● Apêndices epiplóicos ou epíplon - bolsas da serosa preenchidas por tecido adiposo (Além disso vamos encontrar revestindo o intestino grosso a serosa que é o peritônio e alguns acúmulos de gordura em bolsinhas desse peritônio) ● O reto se assemelha ao colo porém com criptas mais profundas e em menor número Na imagem é mostrado as criptas de lieberkuhn com as células e destacando que não tem célula de Paneth. Na imagem as glândulas tubulosas simples, as criptas de lieberkuhn (muito característica do intestino grosso) Na cavidade oral nós temos o epitélio estratificado pavimentoso não-queratinizado, um epitélio mais resistente, E depois à medida que a gente for, esôfago, epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado, chegamos ao estômago virou epitélio cilíndrico simples até agora, mas agora no canal anal como de novo temos uma nova abertura para o meio exterior, eu tenho que mudar esse epitélio. Então ele vai começar a sofrer alterações até chegar no ânus que é igual a superfície externa da boca nós vamos encontrar um epitélio pavimentoso estratificado queratinizado na superfície externa no ânus. Então vai ser preciso de uma transição de um epitélio cilíndrico simples até chegar nesse epitélio pavimentoso estratificado queratinizado do ânus. AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 Canal Anal: ● Criptas curtas e escassas (desaparecem no final do canal anal) ● Ausentes no final do canal ● Mucosas com pregas (colunas anais, importante para dar sustentação ao bolo fecal, e é um dos mecanismo que faz com que a gente consiga segurar as fezes e que não seja preciso ir ao banheiro toda hora) ● Epitélio cilíndrico/cúbico simples até a linha pectinada (LP- onde vamos encontrar o assoalho pélvico do músculo esquelético que dá sustentação a esses órgãos internos) ● Epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado até o orifício anal externo ● Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado (no ânus) ● Lâmina própria com glândulas anais (junção anorretal, elas lubrificam, dão secreção) e as circumanais (final do canal anal) ● Submucosa com Plexo hemorroidário interno (acima da LP) e o externo na junção do canal anal com o ânus (abaixo da LP) (qualquer dilatação do plexo pode ter uma hemorróida, como se fossem varizes do ânus) ● Muscular externa circular (é liso,a gente não controla) - a circular interna forma o esfíncter interno do ânus (LP) não é controlável ● Músculos do assoalho pélvico formam o esfíncter externo do ânus,a gente controla essa musculatura, elaque segura quando estamos com vontade de ir banheiro Essa imagem mostra as Criptas ainda no intestino grosso, elas vão se diminuindo chegando no reto canal anal, e observa o epitélio se modificando, o epitélio passa a ser mais fino estratificado pavimentoso não-queratinizado, até passar a ganhar um pouco de queratina e vira queratinizado já na superfície externa do ânus. Era um epitélio cilíndrico que passou a ser cúbico e que depois virou estratificado pavimentoso, neste momento não queratinizado pois ainda não é a superfície externa do ânus. Nessa imagem a queratina está aparecendo, nessa imagem tem toda a modificação do epitélio, e locais que temos modificações do epitélio que passa do cilíndrico para o cúbico, para estratificado principalmente. Em determinado ponto ele começa a se modificar e nesses locais têm uma incidência maior de tumor. Então cuidado quando o paciente dizer que tem uma hemorróida e não examinar, pode se tratar de um tumor anal. AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 Diverticulose ou Doença Diverticular (afeta o intestino grosso): ● É a presença de divertículos ou herniações da mucosa e da submucosa através da túnica muscular externa. ● Ela é uma alteração histológica, a mucosa e a submucosa vão “herniar” pela túnica muscular externa. como assim? A muscular dessa pessoa fica frágil, como se ela rompesse e devido à grande pressão dentro do intestino (muito das vezes por conta de constipação intestinal, por conta de uma fragilidade muscular hereditária. A mucosa e a submucosa saíram do local que era próprio dela e “herniaram” e foram para fora e vão formando essas bolinhas que vão dar para fora, que são os divertículos. Na imagem o intestino está cheio de divertículos, muito frequente na porção do final do intestino, de sigmóide (região de maior pressão, onde ficam as fezes e gases) e cólon descendente. O exame que faz é a colonoscopia, e é possível ver um buraquinho, divertículo na parede. Se o divertículo se romper, as fezes entram em contato com a cavidade abdominal, e pode ser um quadro complicado de infecção. Pólipos Intestinais: Quando se tem uma formação que se prolifera para dentro da luz do intestino, por isso os pólipos são mais predispostos a virarem um tumor, pois já tem uma proliferação celular, fica sendo agredido o tempo todo pelas fezes que estão passando por ali, e num determinado momento ele pode malignizar, se transformar num tumor maligno. Por isso que muitas vezes quando uma pessoa faz uma colonoscopia, às vezes alguns pólipos já são até retirados no próprio exame. AMEC - Aula 1 - 2°P - 03/03/2021 - Prof: José / Paula Pitta Caroline Rodovalho MED 104 Hemorróidas: A hemorróida mais frequente é a externa desse plexo que fica mais embaixo, em comparação a externa a hemorróida interna é menos comum. É uma bolinha que se forma como na segunda imagem por exemplo, mas pode ser também uma fístula, um tumor, tem vários diagnósticos diferenciais. Então quando o paciente falar sobre isso é necessário examinar. capítulo 17 no Gartner Histologia do Canal Alimentar *** Completar a tabela *** @carolinerodovalho
Compartilhar