Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Semiologia Geral | Stephany Galvão Técnicas iniciais importantes para que os dados gerem algo substancial para a hipótese diagnostica; Organização para que os dados gerem resultados; São elas: inspeção, palpação, percussão e ausculta; - nem sempre acontecerá nessa ordem (ex: sistema digestório); A direção deve ser sempre crânio-caudal e, na maioria das vezes, ântero-posterior; INSPEÇÃO Primeiro contato com o paciente; De modo geral, usa-se a vista (o olhar); Existem 4 tipos: o INSPEÇÃO GERAL (panorâmica): Análise geral do corpo do paciente, ao chegar na sala você o inspeciona como um todo; o INSPEÇÃO DIRECIONADA (localizada): análise de cada segmento corporal; Semiotécnica: o Boa iluminação: Ideal: luz natural incidindo obliquamente; Iluminação artificial: luz branca e intensidade suficiente; Para exames de cavidades – focos luminosos; o Exposição adequada da região: Desnudar somente a região a ser examinada; o Técnica: (posição do examinador) Inspeção frontal; Inspeção tangencial (lateral); Instrumentos: Depende da região examinada; Uso ocasional, facilitam a inspeção; o Lanterna (cavidades); o Lupa (lesões de pele); o Oftalmoscópio (olho); o Anuscópio (anus); o Otoscópio (ouvido); o Espéculo vaginal (vagina); PALPAÇÃO Definição: é tocar o paciente e sentir características do corpo que nos auxilie no diagnóstico; Utiliza-se sobretudo as mãos e ocasionalmente alguns objetos; Objetivo: confirma os pontos observados na inspeção; recolhe impressões por meio de: o Tato: mais superficial; o Pressão: mais profundas; Auxilia no reconhecimento de modificações envolvendo textura, temperatura, umidade, vibração, pulsação, edemaciação, sensibilidade, espessura, consistência, volume, dureza, frêmito, elasticidade, flutuação, crepitações; Semiotécnica: Abordagem tranquila e gentil; Explicar as etapas do exame para o paciente cooperar; Aquecimento das mãos do examinador; Posição do examinador e do paciente: o Geralmente examinador de pé à direita o Paciente em decúbito dorsal Variantes do procedimento: o Palpação com a mão espalmada, usando toda a palma de uma ou das duas mãos; o Palpação com uma mão sobrepondo-se uma à outra; o Palpação com mão espalmada em que se usam apenas as polpas digitais e a parte ventral dos dedos; 2 Semiologia Geral | Stephany Galvão o Puntipressão (sensibilidade dolorosa e analisar teleangectasias tipo aranhas vasculares); o Vitropressão (diferenciação de eritema, que some à vitropressão, e púrpura); o Fricção com algodão (sensibilidade cutânea); o Pesquisa de flutuação (pesquisa conteúdo líquido); - Ex: abscessos; o Palpação bimanual combinada (cavidade oral, toque ginecológico); DICAS: Temperatura da sala agradável; Privacidade na hora do exame; Preste atenção na expressão facial do paciente; Cubra o paciente com lençol ou avental; Informe cada passo que será realizado para tranquilizá-lo; Não examinar o paciente com as mãos suadas; Cortar as unhas (Imperdoável marcas de unhas na pele do paciente!!!!); Palpar as regiões dolorosas por último (paciente não vai deixar você palpar o resto do corpo); Posicionar bem o paciente, atenção especial na palpação do abdome; PERCUSSÃO PRINCÍPIO: o Golpear um ponto do corpo originando-se vibrações que tem características próprias quanto à intensidade, ao timbre e à tonalidade, dependendo da estrutura anatômica percutida; Observa-se: o Som; o Resistência; Percussão simétrica em órgãos semelhantes ou partes de um mesmo órgão em lados opostos; SEMIOTÉCNICA: o Espalma uma mão no paciente e usa o dedo médio ou indicador como guia: caso você escolha o dedo médio, use o dedo médio da outra mão não espalmada para “bater” no dedo espalmado; o Essa “batida” é na falange média; o A intensidade da percussão depende da região e do tipo de pessoa; PERCUSSÃO DIRETA: Golpea-se diretamente com a ponta dos dedos a região alvo; Dedos fletidos (imitando martelo); Movimentos de golpear são feitos pela articulação do punho; Golpe seco e rápido; Ex: percussão do tórax do lactente e das regiões sinusais (seios da face); PERCUSSÃO DÍGITO-DIGITAL: Golpea-se com a borda ungueal do dedo médio ou do indicador da mão direita (plexor) a superfície dorsal da segunda falange do dedo 3 Semiologia Geral | Stephany Galvão médio ou do indicador da outra mão (plexímetro); Mão que percute pode ficar com todos os dedos estendidos sem esforço ou com o polegar e o indicador semiestendidos e o mínimo e o anular são fletidos; Se o plexor for o indicador, o plexímetro deve ser o indicador. Assim como se o plexor for o dedo médio, o plexímetro deve ser o dedo médio também; Movimentação da mão apenas com o punho. Cotovelo permanece fixo, fletido em ângulo de 90o com o braço em semiabdução; Apenas o dedo plexímetro toca a região a ser examinada. Os outros dedos e a palma da mão ficam suspensos rentes a superfície; Golpe deve ser dado com a borda ungueal; Intensidade do golpe variável; Dois golpes seguidos, secos e rápidos; Percussão comparativa em órgãos simétricos; PUNHO-PERCUSSÃO: Mão fechada golpeia-se com a borda cubital ou ulnar; Avalia sensação dolorosa; Pacientes com queixas renais; Sinal de Giordano: é utilizado na pesquisa de pielonefrite ou litíase renal. Para ser detectado, deve ser realizado uma percussão com a mão em forma de punho no dorso do paciente no nível da 11° e 12° costela, com uma mão realizando o amortecimento. O paciente sente uma dor muito forte à percussão. Geralmente o paciente chega na consulta apresentando cólica renal (dor lombar com irradiação para o abdomen, de forte intensidade) associada a vômito; PERCUSSÃO COM A BORDA DA MÃO: Dedos estendidos e unidos golpeia-se com a borda cubital ou ulnar; Avalia sensação dolorosa; PERCUSSÃO TIPO PIPAROTE: Uma das mãos golpeia o abdomen enquanto a outra permanece espalmada na região contralateral; - peteleco/piparote; Procura captar ondas líquidas chocando-se contra a parede abdominal; Se o paciente colocar a não no centro do abdome ajuda o examinador a sentir as vibrações que venham unicamente do líquido; Muito usado em casos de ascite; TIPOS DE SONS: SOM MACIÇO: Regiões desprovidas de ar; Ex.: fígado, baço; SOM TIMPÂNICO: Qualquer área que contenha ar, recoberta por uma membrana flexível; Ex.: intestinos; SOM SUBMACIÇO: Variação do maciço; Quantidade de ar restrita; Ex.: transição entre o fígado e o pulmão; SOM CLARO PULMONAR: Som claro pulmonar; 4 Semiologia Geral | Stephany Galvão Depende da existência de ar dentro dos alvéolos e demais estruturas pulmonares; Ex.: tórax normal; OBS: em pacientes com problemas respiratórios há alterações!AUSCULTA Técnica que consiste em ouvir os sons do corpo; Componentes: o Olivas auriculares o Armação metálica o Tubos de borracha Receptores: o Campânula o Diafragma Semiotécnica: Ambiente da ausculta; Silencioso; Posição do examinador e do paciente: medico do lado direito do paciente; Orientações ao paciente; Escolha do receptor; Aplicação correta do receptor; TIPOS DE AUSCULTA AUSCULTA RESPIRATÓRIA: Exame dos ruídos respiratórios normais e patológicos; AUSCULTA CARDÍACA: Exame das bulhas cardíacas normais e suas alterações, sopros e outros ruídos; AUSCULTA DE VASOS: Ex: sopro carotídeo; AUSCULTA ABDOMINAL: Exame do abdome para detectar sopros e ruídos hidroaéreos; além de vasos abdominais; INSTRUMENTOS MÉDICOS: Balança Haste milimetrada Fita métrica Abaixador de língua Lanterna Martelo de reflexos Estetoscópio Esfigmomanômetro Termômetro clínico Lupa Agulha e algodão Diapasão Oftalmoscópio Otoscópio Rinoscópio Luvas
Compartilhar