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Técnicas básicas do Exame físico - Semiologia Porto, Cap 7

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SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO 
CAP. 7 – TÉCNICAS BÁSICAS DO 
EXAME FÍSICO 
INTRODUÇÃO
Permanecer calmo, organizado e
competente é essencial, e para isso o
estudante deve-se preparar técnica e
psicologicamente. Durante o exame físico
pode-se continuar a fazer indagações ao
paciente, de preferência relacionadas com
os dados que estão sendo obtidos naquele
momento. Mantenha sempre o paciente
informado do que será feito. 
Pontos chave:
• Mantenha a sala de exame com
temperatura agradável
• Respeite a privacidade do paciente
• Adquira o hábito de prestar atenção
nas expressões faciais, ou mesmo
perguntar se está tudo bem
• Sempre utilize um avental ou lençol
para cobrir o paciente
• Durante o exame, mantenha o
paciente informado de cada passo
INSPEÇÃO
Começa no momento em que se
entra em contato com o paciente,
realizando uma inspeção inicial,
procurando algo que se destaque. A
inspeção direcionada pode ser panorâmica
ou localizada, a olho nu ou utilizando uma
lupa.
Semiotécnica
• Utilizar luz natural ou luz branca de
intensidade suficiente. Para
inspeção de cavidades, usa-se um
foco luminoso que pode ser uma
lanterna comum.
• Deve ser realizada por partes,
desnudando-se apenas a região
examinada.
• Conhecer as características da
superfície corporal, bem como a
anatomia topográfica. 
• Há duas maneiras de se fazer a
inspeção:
◦ Olhar frente a frente a região a
ser examinada: inspeção frontal 
◦ Olhar a região tangencialmente:
maneira correta para pesquisar
movimentos mínimos da
superfície. 
• A posição do examinador depende
da condição e posição do paciente.
• A inspeção começa no contato com
o paciente e continua durante todo o
exame.
“Cometem-se mais erros por não olhar do
que por não saber.” 
PALPAÇÃO
Através dela é possível perceber
modificações na textura, temperatura,
umidade, espessura, consistência,
sensibilidade, volume, dureza, além da
percepção de frêmito, elasticidade,
reconhecimento de flutuação, crepitações,
vibração, pulsação e edema. 
Semiotécnica 
• Explique cada etapa do exame ao
paciente, uma pessoa tensa pode
dificultar o exame.
• Aqueça as mãos, friccionando uma
contra a outra.
• Geralmente, o paciente dica em
decúbito dorsal, e o examinador de
pé, à direita do paciente. 
• Pode ser feita de várias formas:
◦ Palpação com a mão espalmada,
toda a palma de uma ou de
ambas as mãos
Bruno Henryque Marconato
SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO 
◦ Palpação com uma das mãos
superpondo-se uma à outra
◦ Palpação com a mão espalmada,
usando apenas as polpas digitais
e pontas dos dedos
◦ Palpação usando o polegar e o
indicador, “pinça”
◦ Palpação com o dorso dos dedos
◦ Digitopressão, realizada com a
popa do polegar ou indicador: útil
para pesquisar a existência de
dor, avaliar a circulação cutânea
e presença de edema.
◦ Puntipressão, consiste em
comprimir um ponto do corpo
com um objeto pontiagudo:
usada para avaliar sensibilidade
dolorosa e analisar
telangiectasias.
◦ Vitropressão, realizada
comprimindo uma lamina de
vidro contra a pele, analisando a
área através da pele: Útil para
distinção de eritema e púrpura
(no eritema a vitropressão
provoca apagamento da
vermelhidão, na púrpura não)
◦ Pesquisa de flutuação, em que
se aplica o dedo da mão
esquerda de um lado da
tumefação enquanto se
comprime sucessivamente o
outro lado com o dedo da mão
direita, se houver líquido a
pressão determina um leve
rechaço no dedo da mão
esquerda.
◦ Palpação bimanual combinada:
Avalia a área de projeção das
glândulas salivares, por exemplo.
Atenção: 
• Mãos secas e quentes
• Unhas curtas
• Regiões dolorosas por último
• Ao palpar o abdome, tentar deixar a
musculatura menos tensa (seja
conversando com o paciente ou
pedindo para ele realizar inspirações
profundas)
• Treinar o tato utilizando pequenos
sacos de superfícies diversas com
conteúdos também diversos (lã,
plástico, seda, algodão). 
PERCUSSÃO 
Bruno Henryque Marconato
SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO 
Ao se golpear um ponto qualquer do
corpo, originam-se vibrações que tem
características próprias. Deve-se observar
não apenas o som obtido, mas também a
resistência da refião golpeada. 
Semiotécnica
• O golpe deve ser seco e rápido,
levantando a mão que percutiu
rapidamente 
• Percussão direta: Golpeia-se
diretamente, com as pontas dos
dedos, a região-alvo. Utilizada nas
regiões do tórax do lactente e nas
regiões sinusais do adulto. 
• Percussão digitodigital: Golpeia-se
com a borda ungueal do dedo médio
ou do indicador de uma das mãos na
segunda falange do dedo médio ou
indicador da outra mão. 
◦ O dedo que golpeia é o plexor, e
o que recebe o golpe é o
plexímetro
◦ O dedo plexímetro é o único a
tocar a região que está sendo
examinada.
◦ É aconselhável a execução de
dois golpes seguidos, secos e
rápidos.
◦ Em órgãos simétricos, a
percussão deve ser comparada
de um e outro lado.
◦ Técnicas erradas: percussão
com o pulso rígido e
movimentação da articulação do
cotovelo.
• Punho-percussão: com a mão
fechada, golpeia-se com a borda
cubital a região em estudo e avalia
se o paciente refere dor.
• Percussão com a borda da mão:
dedos estendidos e unidos, golpeia-
se a região desejada com a borda
ulnar da mão, avaliando se o
paciente refere dor.
• Percussão por piparote: golpeia-se o
abdome enquanto a outra mão
busca captar ondas líquidas na
parede contra-lateral. Utilizada para
pesquisa de Acscite.
Tipos de sons obtidos à percussão:
• Som maciço: regiões desprovidas de
ar (na coxa, fígado, coração e baço)
• Som submaciço: variação do som
maciço. Existência de ar em
quantidade restrita.
• Som timpânico: qualquer área que
contenha ar, recoberta por uma
membrana flexível. Intestino e
espaço de Traube (fundo do
estômago).
• Som claro pulmonar: Depende da
existência de ar dentro dos alvéolos
e demais estruturas pulmonares.
Tórax normal
AUSCULTA
É realizada através do estetoscópio
(sthetos = peito e skopeo = examinar). Os
principais componentes de um estetoscópio
clássico são: Olivas auriculares; armação
metálica; tubos de borracha e; receptores.
Semiotécnica
• Ambiente silencioso e de
temperatura agradável (se o
paciente tremer isso pode prejudicar
o exame)
• Olivas bem ajustadas
• Manter o diafragma firmemente
posicionado contra a pele do
paciente
• Nunca auscultar sobre as roupas do
paciente
Bruno Henryque Marconato
Utilizadas 
para 
exame 
físico dos 
rins. Sinal 
de 
Giordano
SEMIOLOGIA MÉDICA PORTO 8ed – PARTE 3: MÉTODO CLÍNICO 
• O roçar dos pelos no tórax pode
gerar sons semelhantes aos
estertores finos, para evitar isso
pode umedecer os pelos com um
chumaço de algodão molhado
• Aprenda a reconhecer os sons
normais, para depois perceber os
anormais e extras.
OLFATO COMO RECURSO
DIAGNÓSTICO
Em determinadas doenças odores
diferentes são eliminados pela secreção de
substâncias; por exemplo, o hálito da
pessoa que ingeriu bebida alcoólica,
pacientes com cetoacidose diabética
eliminam um odor que lembra o de
acetona, e nos pacientes com uremia, o
hálito tem cheiro de urina.
Bruno Henryque Marconato

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