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Ana Karolliny Lipídios Os ácidos graxos podem ser divididos em saturados e insaturados (gorduras trans), podem ser de origem animal ou vegetal. ✓ Desequilíbrio energético crônico ✓ Síndrome metabólica ✓ A ingestão calórica, quando maior que o gasto calórico, aumenta as chances de sobrepeso e câncer. Esteatose hepática É uma alteração histológica frequente em biópsias hepáticas e em exame de fígados de necropsia. É assintomática, pode causar hepatoemegalia, e a etiologia pode ser alcóolica ou não alcóolica. Ocorre quando há um aumento de triglicerídeos dentro dos hepatócitos. Histologicamente → hepatócitos poliédricos, excesso de mitocôndrias e de lipídios. Esteatose hepática não alcóolica Descrita inicialmente em mulheres obesas e/ou diabéticas, sem ingestão importante de álcool. Mais frequente doença hepática do mundo (prevalência mundial de 20 a 30%), sexo masculino e feminino. Qualquer faixa etária, inclusive crianças. 1. Biopsia hepática com degeneração gordurosa sem inflamação 2. Evidencia de baixo consumo de álcool (inferior a 40g/semana) 3. Ausência de outras causas de hepatite (virais, autoimunes, etc) Obesidade DM II Hiperlipidemia: triglicerídes elevados com redução do HDL Toxinas ambientais Cirurgias biliodigestivas; by-pass jejunal Gastroplastias Medicamentos (corticoides, AINES, tetraciclinas, tamoxifeno, cloroquina, anti-virais, dentre outros) Lipoproteínas Resistência à insulina mecanismo chave da patogênese → os tecidos adiposo, muscular e hepático, tonam-se incapazes de metabolizar a glicose e os ácidos graxos, e a resistência é exacerbada pela obesidade e pela ingestão de gorduras dietéticas São moléculas transportadoras, os triglicérides (fosfolipideos), colesterol livre (apolipoproteínas). - LDL → transporta lipídeos do fígado às células do organismo, onde estes podem ser usados. Lipoproteina de baixa densidade. - VLDL → transporta lipídeos do fígado e intestino às células adiposas, musculares, vasos e outras. Lipoproteína de muito baixa densidade. - HDL → transporta lipídeos para o fígado, onde estes podem ser depositados ou degradados (transporte reverso). Lipoproteína de alta qualidade. Esteatose com VLDL baixo Ocorre pela deficiência de produção de lipoproteínas. As etiologias podem ser: Jejum/desnutrição ou genética → deficiência de aminoácidos (colina e metionina) → produção deficiente de lipoproteína (VLDL) → prejudicada a exportação de triglicérides para outros tecidos. • Lipogênese → produção hepática de lipídios a partir da glicose. Glicose → ácidos graxos → sangue → gordura periférica. • Lipólise → Ac. Graxos (degradação da gordura periférica) → sangue → glicogênio hepático → glicose Peroxidação lipídica EROs → ativação das fosfolipases → desintegração dos fosfolipídeos de membrana → Liberação de ácidos graxos poliinsaturados → penetração das EROs no citoplasma → peróxidos lipídicos (AG-ERO). ✓ Ruptura das membranas celulares ✓ Mutações do DNA ✓ Oxidação dos lipídeos insaturados ✓ Formação de resíduos químicos ✓ Comprometimento dos componentes da matriz extracelular Esteatose com VLDL alto Ocorre pela oferta de ácidos graxos no fígado. Diabetes descompensado → falta de insulina → ativação da lipase hormônio sensível → intensa mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo → excesso de ácidos graxos no fígado → acúmulo de triglicérides. Os triglicérides dietéticos (TG) sofrem emulsificação pelos sais biliares, nisso eles sofrem a ação da lipase, que quebra TG → acido graxo + glicerol → Lipoproteinas + LDL (corrente sanguínea) / Quilomícrons (linfa e corrente sanguínea) • Lipase lipossolúvel: situa-se na mucosa intestinal, quebra triglicerideos em AG e Glicerol • Lipase lipoproteinica: situa-se nos capilares do tecido adiposo, retira lípideos de quilomícrons e VLDL • Lipase hormonio-sensível: Situa-se nos adipócitos, de onde mobiliza lipides. Ativada por adrenalina e glucagon Esteatose hepática alcóolica Consequencias do alcoolismo atingem cerca de 10 milhões de pessoas, responsável por uma mortalidade anual de 200.000 pessoas, segundo a OMS, é uma doença que representa um grave problema de saúde pública, mundial. O etanol tem efeito hepatotóxico direto, ele é reabsorvido pela mucosa do TGI e oxidado no sistema portal no fígado, segue na forma de aldeído acético para a circulação e é metabolizado em CO2 e H2O nos tecidos extrahepáticos, cerca de 2% a 10% eliminnado pelos rins e pulmões. Esteatose Macrovesicular É uma alteração precoc e acomete cerca de 90% dos pacientes alcoolatras. Pode desaparecer em cerca de 2-4 semanas após suspensão da ingesta alcoolica, também serve como marcador de abstinência. Pode causar hepatomegalia assintomática. Os vacúolos parecem resultar da confluência de vacuolos menores e deslocam o núcleo do hepatócito para a periferia. Esteatose Microvesicular É associada à intoxicação enólica, bem como à distúrbios metabólicos mais graves e agudos associados com a beta- oxidação de ácidos graxos nas mitocôndrias. Alem disso, outros fatores podem estar associados ao alcool, como: drogas, toxinas bacterianas, gravidez, hepatites (B, C e D), Doença de Wolman. 1. Clínica 2. Ultrassonografia 3. Biopsia hepática → estabelece em pacientes alcoolicos, obesos ou com doenças metabólicas. A existência ou não de esteatose, identificar a co- existência de outras doenças hepáticas, reconhecer as lesões histológicas com significados prognósticos favoráveis ou desfavoráveis, estabelecendo o padrão de lesão, sua evolução e gravidade. Metodos de coloração → Hematoxilina-eosina, coloração tricrômica (Masson, Mallory), para tecido conjuntivo Picrossirius, para tecido conjuntivo Método de Gordon e Sweet (reticulina) Perls (identificação de pigmento férrico) Esteato-hepatite Pode se apresentar na forma crônica ou aguda. Histologicamente → ✓ Esteatose ✓ Necrose ✓ Corpos de Mallory ✓ Inflamação por neutrófilos ✓ Lipogranuloma, mitocôndrias gigantes ✓ Fibrose pericelular e perivenular ✓ Metaplasia ductal de hepatócitos, colestase ✓ Proliferação de ductos biliares É a forma mais grave, pode causar uma icterícia acentuada. Mostra elevação de aminotransferases, fosfatase alcalina, gama-glutamil transpeptidase. Histologicamente → ✓ Vacuolos multiplos e pequenos ✓ Nucleo central no hepatócito Fatores indicativos de mau prognóstico 1º grupo → Necrose, fibrose com pontes e septos, distúrbios da arquitetura lobular 2º grupo → doença parenquimatosa difusa 3º grupo → obliteração difusa de VHT 4º grupo → formação exagerada de corpos de Mallory Profilaxia Alimentação balanceada, rica em fibras; evitando as gorduras saturadas e aumentando a ingestão de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, cereais, carnes brancas. Evitar bebidas alcoólicas e fumo Praticar exercícios físicos regularmente, evitando o sobrepeso. Aterosclerose Lesão endotelial → estrias lipídicas → hiperplasia intimal e muscular → compressão, hipóxia → liberação de PDGF, moléculas de adesão → neutrófilos, linfócitos, plaquetas, fibrose → ateromafibro-inflamatório → placa instável → complicações: ruptura, hemorragia, trombose e embolia. Os trombos murais facilitam a adesão lipídica, favorecendo a formação de placas de ateroma e, por conseguinte, levando à obstrução vascular. ✓ Fumo, HAS, hiperlipidemia ✓ Hereditariedade, obesidade ✓ Sedentarismo ✓ Contraceptivos orais, estresse ✓ Idade (idosos e faixa etária de 20-29 anos) Aorta, coronárias, carótidas, cerebrais, artérias da perna, intestinais. É um processo de degeneração vascular e pode ser reversível. Pode causar alteração da estruturada camada íntima das artérias musculares e artérias musculares e artérias elásticas.
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