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Tecnicas básicas exame físico

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Alessandra Rocha Lima
Medicina – P4
1
Técnicas básicas do exame físico (Porto)INTRODUÇÃO
Durante o exame físico pode-se continuar fazendo indagações ao paciente, de preferência com relação a dados obtidos no momento
Mantenha o paciente informado do que pretende fazer
Solicite em linguagem clara quando for necessária sua participação ativa
É preciso usar os sentidos
Habilidades necessárias:
· Inspeção
· Palpação
· Percussão
· Ausculta
Precauções para a realização do exame
· Lavagem de mãos
· Uso de luvas para cavidades, lesões
· Uso de jaleco, calcado fechado
· EPI
· Vacinação
· BiossegurançaINSPEÇÃO
É feita pelo sentido da visão, investigando a superfície e cavidades em contato com o exterior
Começa no momento em que se entra em contato com o paciente -> inspeção geral
Inspeção direcionada -> panorâmica ou localizada
Raramente se observa o corpo inteiro, só em casos de distúrbios de desenvolvimento físico
É utilizada a inspeção de segmentos corporais onde se fixa a atenção em áreas restritas
Semiotécnica
Exige uma boa iluminação, exposição adequada e uso de instrumentos quando necessário
A luz deve ser branca e de intensidade suficiente. Para cavidades usa-se um foco luminoso
Deve ser por partes, desnudando somente o que vai ser avaliado, respeitando o pudor. O examinador deve transmitir respeito
Se existir recusa por parte do paciente, deve-se interromper o exame e chamar o professor
Formas de fazer inspeção
· Inspeção frontal -> olhar de frente
· Observar tangencialmente -> pesquisar movimentos na superfície, abaulamentos, depressões
As posições para o exame depende da condição clínica do paciente e do segmento a ser inspecionado -> geralmente o paciente senta-se a beira do leito e o examinador fica de pé, movendo-se quando necessárioPALPAÇÃO
 
Confirma pontos observados na inspeção, recolhendo dados por meio do tato (impressão superficial) e pressão (impressão profunda)
Percebe-se: modificação na textura, temperatura, umidade, espessura, consistência, sensibilidade, volume, elasticidade. Reconhece-se flutuação, crepitação, vibração, pulsação, edema...
Obs.: mantenha uma temperatura agradável, privacidade, prestar atenção as expressões faciais, perguntar se está tudo bem. Usar algo pra cobrir o paciente, mantenha o paciente informado
Semiotécnica
Deve ter uma abordagem sistemática, tranquila e gentil, explicando cada etapa e a maneira que o paciente pode cooperar.
Recomenda-se que o examinador aqueça as mãos e equipamentos
Geralmente o paciente fica em decúbito dorsal e o examinador em pé a direita.
Tecnicas:
· Palpação com a mão espalmada
· Palpação com a mão sobrepondo-se
· Palpação com a mão espalmada
· Palpação com a borda da mão
· Palpação em pinça
· Palpação com o dorso dos dedos/mãos -> temperatura
· Digitopressão -> compressão de uma área para pesquisar dor, avaliar circulação, detectar edema
· Puntipressão -> comprimir com um objeto pontiagudo para avaliar sensibilidade dolorosa
· Vitropressão -> analisa-se a pele através da lâmina -> eritema (apaga a vermelhidão), púrpura (permanece a mancha)
· Fricção com algodão -> avalia sensibilidade cutânea
· Pesquisa de flutuação -> pesquisar líquido em tumefação 
· Palpação bimanual -> exame de glândula salivar
Obs.: deve-se deixar regiões dolorosas por ultimo. Para palpar o abdome o paciente fica em decúbito dorsal com as pernas estendidas evitando tensão na musculatura abdominal, usando técnicas para distrair o paciente.PERCUSSÃO
Baseia-se em golpear um ponto observando as características da vibração de acordo com a estrutura, observando-se também o som e a resistência
Semiotécnica
Tecnicas de percussão:
· Percussão direta -> golpeia-se diretamente a região alvo com as pontas dos dedos. Os dedos devem estar fletidos para imitar um martelo e o movimento é feito pela articulação do punho num golpe seco e rápido -> percussão de tórax do lactente e regiões sinusais do adulto
· Percussão digitodigital -> golpeia-se (plexor) com a borda da unha do dedo médio/indicador da mão direita sobre a segunda falange do dedo médio/ indicador da outra mão (plexímetro)
· A mão plexora pode ter todos os dedos estendidos, exceto o dedo médio que imita um martelo; ou o indicador e o polegar ficam semiestendidos, enquanto o dedo médio imita o martelo e os outros ficam fletidos 
· A movimentação da mão é somente com o punho, o cotovelo permanece fixo, fletido a 90° com o braço em semiabdução
· O dedo plexímetro é o único que toca a região alvo, os outros ficam suspensos próximos a superfície
· A intensidade é variável
· É recomendado executar dois golpes seguidos
· Em órgãos simétricos pode-se comparar a percussão
· As posições varia com a região alvo a ser percutida
· O som da percussão varia de pessoa para pessoa
· Punho-percussão -> avalia sensação dolorosa. Geralmente utilizado para rins
· Percussão com a borda da mão -> avalia sensação dolorosa. Geralmente utilizado para rins
· Percussão por papirote -> pesquisa-se ascite
Para treinamento:
· Automatizar o movimento da mão que percute
· Automatizar a direção do golpe
· Automatizar a força e ritmo -> estruturas maciças e submaciças = golpe mais forte; estruturas com ar = golpe leve
· Percutir o corpo normal -> tórax (som pulmonar); fígado (som maciço); abdome (som timpânico)
Tipos de sons:
· Som maciço (cabeceira da cama, tampo de mesa, parede) -> obtém-se em regiões desprovidas de ar -> coxa, fígado, coração e baço)
· Som submaciço -> obtém-se onde tem ar em quantidade restrita
· Som claro pulmonar (colchão de mola, livro grosso) -> tórax
· Som timpânico (caixa vazia ou pequeno tambor) -> obtém-se onde se tem ar recoberto por uma membrana flexível -> intestino ou espaço de Traube (estômago)AUSCULTA
Consiste em ouvir os sons produzidos pelo corpo
Estetoscópio
Existem vários tipos: clássico, máster, digital, pediátrico
Componentes de um esteto clássico:
· Olivas auriculares -> adaptam ao meato auditivo, criando um sistema fechado. Deve ser usada no sentido frontal
· Armação metálica -> faz comunicação das olivas com os tubos
· Tubos de borracha -> preferem-se tubos de menor comprimento e maior diâmetro
· Receptores -> campânula (ideal para baixa frequência -> sopros e bulhas anormais) e diafragma (melhor para altas frequências -> ruídos respiratórios, intestinais, sopros, bulhas cardíacas)
Semiotécnica
Normas:
· Ambiente silencioso
· Posições confortáveis -> paciente em decúbito dorsal, sentado com o tórax inclinado pra frente ou decúbito lateral esquerdo (ausculta cardíaca); sentado inclinado para frente (ausculta pulmonar); decúbito dorsal (ausculta abdominal)
· O receptor deve ser levemente apoiado sobre a pele, buscando juntar suas bordas na área auscultada (quando posicionado corretamende deixa uma leve marca)
· Se existirem pelos na região torácica, o ideal é umedecerOLFATO
Em determinadas doenças existem odores diferentes liberados pela secreção de certas substâncias. Ex.: hálito de álcool; odor de acetona em pacientes com cetoacidose diabética; hálito fétido em coma hepático; hálito com cheiro de urina em uremiaINSTRUMENTOS
Limpar os instrumentos com álcool após término do exame
Valise do médico
Termômetro, abaixador de língua descartável, lanterna, fita métrica, estetoscópio, esfigmomanômetro, luvas, glicosímetro capilar, carimbo com CRM, bloco receituário

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