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Resumo Câncer de Colo de Útero

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Câncer de Colo de Útero 
 
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção 
persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos 
oncogênicos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anatomia 
O colo do útero é a porção inferior do 
útero, localizando-se no fundo da 
vagina. O colo do útero separa os 
órgãos internos e externos da genitália 
feminina estando mais exposto ao risco 
de doenças e alterações relacionadas ao 
ato sexual. Ele mede aproximadamente 
3 cm em comprimento e 2,5 cm em 
diâmetro. 
Exame Papanicolau 
É um teste realizado para detectar alterações nas 
células do colo do útero. Este exame também pode ser 
chamado de esfregaço cervicovaginal e colpocitologia 
oncótica cervical. Esse exame é a principal estratégia 
para detectar lesões precocemente e fazer o diagnóstico 
da doença bem no início, antes que a mulher tenha 
sintomas. Pode ser feito em postos ou unidades de 
saúde da rede pública que tenham profissionais 
capacitados. É fundamental que os serviços de saúde 
orientem sobre o que é e qual a importância do exame 
preventivo, pois sua realização periódica permite que o 
diagnóstico seja feito cedo e reduza a mortalidade por 
câncer do colo do útero. O exame preventivo é indolor, 
simples e rápido. Pode, no máximo, causar um pequeno 
desconforto que diminui se a mulher conseguir relaxar 
e se o exame for realizado com boa técnica e de forma 
delicada. 
O exame de papanicolau é feito com o objetivo de 
identificar alterações no útero, que podem incluir: 
Infecções vaginais, como tricomoníase, candidíase 
ou vaginose bacteriana por Gardnerella vaginalis; 
Doenças sexualmente transmissíveis, como 
clamídia, gonorreia, sífilis ou HPV; 
Câncer de colo do útero; 
Avaliar a saúde do colo do útero e a presença de 
cistos de Naboth, que são pequenos nódulos que 
podem ser formados devido ao acúmulo de líquido 
liberado por glândulas presentes no colo do útero. 
Como é feito o exame? 
· para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo na vagina (conhecido 
popularmente como “bico de pato”, devido ao seu formato); 
· o médico faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero; 
· a seguir, o profissional provoca uma pequena escamação da superfície externa e interna do colo do útero 
com uma espátula de madeira e uma escovinha; 
· as células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório especializado em citopatologia. 
 
Rastreamento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quem deve e quando fazer o exame preventivo? 
Toda mulher que tem ou já teve vida sexual deve submeter-se ao exame preventivo periódico, especialmente 
as que têm entre 25 e 59 anos. Inicialmente, o exame deve ser feito anualmente. Após dois exames seguidos 
(com um intervalo de um ano) apresentando resultado normal, o preventivo pode passar a ser feito a cada três 
anos. 
O que fazer após o exame? 
A mulher deve retornar ao local onde foi realizado o exame (ambulatório, posto ou centro de saúde) na data 
marcada para saber o resultado e receber instruções. Tão importante quanto realizar o exame é buscar o 
resultado e apresentá-lo ao médico. 
 
Recomendações para o exame 
O exame citopatológico deveria ser realizado em 
mulheres de 25 a 60 anos de idade, uma vez por 
ano e, após dois exames anuais consecutivos 
negativos, a cada três anos. A rigor, adotou-se 
para o Brasil a recomendação da OMS na época. 
Esse estudo, que serviu de base para toda uma 
geração de normas ainda hoje vigentes no 
mundo, demonstrou que, em mulheres entre 35 e 
64 anos, depois de um exame citopatológico do 
colo do útero negativo, o exame subsequente 
pode ser realizado a cada três anos, com eficácia 
semelhante à realização anual10. Esse estudo 
permitiu criar modelos que estimaram, após um 
exame citopatológico negativo e cobertura de 
100%, uma redução percentual da incidência 
cumulativa do câncer invasor do colo do útero de 
93,5% para intervalos de até um ano entre os 
exames citopatológicos. Para intervalos de até 
três anos entre os exames, a redução estimada é 
de 90,8% (evidência alta). 
Quando a OMS estabeleceu as recomendações 
que deram origem às normas brasileiras, em 
1988, um estudo publicado um ano antes tinha 
demonstrado que a proteção conferida em até dez 
anos por um exame prévio negativo era de 58% e 
de 80% se dois exames fossem negativos 
(evidência alta). Estudos mais recentes têm 
confirmado que o exame citológico realizado a 
cada três anos é seguro após dois ou três 
resultados negativos. (evidência moderada). 
O método de rastreamento do câncer do colo do 
útero e de suas lesões precursoras é o exame 
citopatológico. Os dois primeiros exames devem 
ser realizados com intervalo anual e, se ambos os 
resultados forem negativos, os próximos devem ser 
realizados a cada 3 anos. O início da coleta deve ser 
aos 25 anos de idade para as mulheres que já 
tiveram ou têm atividade sexual. 
O rastreamento antes dos 25 anos deve ser evitado. 
Os exames periódicos devem seguir até os 64 anos 
de idade e, naquelas mulheres sem história prévia 
de doença neoplásica pré-invasiva, interrompidos 
quando essas mulheres tiverem pelo menos dois 
exames negativos consecutivos nos últimos cinco 
anos. Para mulheres com mais 64 anos de idade e 
que nunca se submeteram ao exame citopatológico, 
devesse realizar dois exames com intervalo de um a 
três anos. 
Se ambos os exames forem negativos, essas 
mulheres podem ser dispensadas de exames 
adicionais. 
O rastreamento em gestantes deve seguir as 
recomendações de periodicidade e faixa etária 
como para as demais mulheres, devendo sempre ser 
considerada uma oportunidade a procura ao serviço 
de saúde para realização de pré-natal. Não oferece 
risco pro feto, nem para a grávida. 
Mulheres na pós-menopausa devem ser rastreadas 
de acordo com as orientações para as demais 
mulheres. 
Mulheres submetidas à histerectomia total por 
lesões benignas, sem história prévia de diagnóstico 
ou tratamento de lesões cervicais de alto grau, 
podem ser excluídas do rastreamento, desde que 
apresentem exames anteriores normais. 
Rastreamento 
 
 
 
Papilomavirus Humano 
Mais de 100 tipos 
Afeta 80% da população sexualmente ativa 
Infecção transitória – a maioria das pessoas 
consegue eliminar o vírus com o próprio 
sistema imunológico 
Pode infectar outras áreas além do colo do útero 
Quando o vírus persiste, penetra a célula e pode 
causar lesões de dois graus: 
- baixo grau: sem potencial oncológico 
- alto grau: tem potencial para evoluir para o 
câncer de colo de útero, entretanto a evolução é 
muito lenta (mas não significa que vai se tornar 
câncer) 
3 em cada 7 mulher com lesões de alto grau irão 
ter câncer de colo de útero (se nada for feito) 
TODO CÊNCER DE COLO COMEÇA COM 
A INFECÇÃO PELO VÍRUS, QUE NÃO FOI 
ELIMINADO PELO ORGANISMO E 
CAUSOU LESÕES DE ALTO GRAU. 
 
 
 
~ E se a lesão for identificada em uma grávida, 
como se deve proceder? 
Devido ao desenvolvimento lento do vírus, 
espera-se o tempo da gestação e, após o parto 
(aproximadamente 2 meses) trata-se a lesão. 
~Exceções: 20% dos cânceres não seguem a 
regra e se instalam subitamente de evolução 
muito rápida. Acontece normalmente antes dos 
25 anos. (nesse caso, o Papanicolau não terá 
poder de prevenção). 
Toda lesão de alto grau deve ser 
tratada! 
Evidências Científicas 
Transmissão sexual → HPV → Causa do 
Câncer de Colo 
- Protocolo inicial: rastrear todas após início da 
vida sexual (American Cancer Society). 
Em três anos, a maioria das adolescentes 
adquire, mas elimina o vírus → pequena 
persistência. (Warson et al, 2008) 
- Protocolo seguinte: rastrear após três anos do 
início da vida sexual. 
Antes de 25 anos, as lesões de alto grauregridem sozinhas. Também, quando aplicado 
tratamento, gerava consequências para a vida 
reprodutiva. (KYRGIOU et al, 2006). 
- Protocolo atual: rastrear após os 25 anos de 
idade (ARBYN et 2010). 
Reino Unido: 25 a 64 anos. 
Noruega: 25 a 69 anos. 
Estados Unidos: 21 a 64 anos. 
Brasil: 25 a 64 anos (INCA/Min. Saúde).

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