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OSTEOMUSCULAR II AUTORIA DE Rebeca Zilli DOENÇAS REUMATOLÓGICAS ► ARTRITE REUMATÓIDE (AR): é uma doença inflamatória crônica, autoimune, predominante em mulheres, entre a 4ª e 5ª década de vida. É de acometimento multissistêmico, com predileção por tecido sinovial e articulações, de forma simétrica e bilateral. Apresentação clínica: insidiosa ou abrupta, com dor generalizada, cansaço, adinamia e a clássica artrite. Localização: o sistema musculoesquelético é o principal acometido, com acometimento de pés, grandes articulações, mas predominantemente da mão e punhos. Na mão, as articulações mais acometidas são as mecarpofalangeanas (MCF), interfalangeanas proximais (IFP), carpais, poupando as interfalangeanas distais (IFD). Achados na imagem: • Aumento de partes moles (por derrame articular); • Osteoporose periarticular (osso fica mais hipertransparente); • Redução do espaço articular; • Anquilose óssea (fusão óssea); • Erosões marginais. Em fases mais avançadas da doença, quando já há sequelas importantes, a imagem permite a visualização de subluxação (perda parcial de contato entre os ossos da articulação), podendo evoluir para alterações morfoestruturais, como deformidade em Boutonniere e mão em pescoço-de-cisne. RX de mão e punho Essa radiografia mostra uma mão normal, com superfície óssea regular, espaço articular normal. RX de mão e punho Nesta, há redução importante do espaço articular, a superfície óssea encontra-se mais irregular por conta de erosão e mais radiotransparentes por conta da osteopenia. Ocorre bilateral e em diferentes articulações. RX de mão e punho Esta imagem já mostra uma mão em fase avançada da Artrite Reumatóide, com sequelas importantes como: muita anquilose, principalmente carpal, irregularidades corticais e algumas articulações mal consigo avaliar pela sobreposição de estruturas consequente das sequelas sofridas por esse paciente. Também se observa subluxação na 1ª articulação MCF proximal bilateralmente, com perda parcial do contato entre os ossos destas articulações. ► ARTRITE PSORIÁSICA (AP): é uma doença inflamatória crônica, autoimune, soro negativa (FR -), relacionada à psoríase, uma doença cutânea na qual 30% dos pacientes evoluem com artrite. Geralmente seu acometimento é assimétrico e distal, o que ajuda na diferenciação entre a Artrite Reumatoide. Apresentação clínica: similar à AR, além da manifestação cutânea característica da psoríase. Localização: também similar à AR, incluindo, porém, as articulações IFD (o que também ajuda na diferenciação da AR) e articulação sacroilíaca. Achados na imagem: • Entesites (inflamação na inserção de tendões); • Erosões marginais com aspecto de Lápis-na-Taça; • Proliferação óssea; • Aumento de partes moles (aspecto de dactilite, dedos em salsicha); • Sacroileíte assimétrica. O comprometimento assimétrico e distal na sacroileíte permite a diferenciação da Espondilite Anquilosante, que também cursa com o acometimento desta articulação, porem bilateralmente. → Os achados precoces são identificados na RM em sequência STIR (muito importante na avaliação reumatológica), e são eles achados relacionados à inflamação, como edema, visto em alto sinal. → Os achados tardios são identificados na TC e RX, e são eles esclerose, erosões, redução do espaço articular. RX de mão Na imagem à esquerda vemos um acometimento articular da AP, com redução do espaço articular, erosões corticais, proliferações ósseas e erosões periféricas que afilam a falange distalmente atribuindo aspecto de Lápis-na-Taça, visto também na imagem à direita. Além disso, há acometimento de articulações IFD. RX de mãos e punhos Ao lado, vemos claramente o aspecto em Lápis-na-Taça, onde há afilamento da parte distal de falanges. Além disso, vemos várias subluxações (círculos amarelos), que indicam sequelas tardias da AP. TC de coluna lombar Podemos comparar a articulação sacroilíaca saudável à esquerda, de superfícies regulares, densidade óssea usual, com a articulação sacroilíaca doente à direita, com esclerose em superfícies ósseas apostas (aspecto hiperdenso). Na Artrite Psoriásica, essa sacroileíte é assimétrica. ► ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA): é uma doença inflamatória crônica, soro negativa, predominante em homens, geralmente na 3ª década de vida. Apresentação clínica: cursa com dor nas costas e articulações, além de redução da flexibilidade da coluna e eventual postura curvada para frente. Localização: compromete predominantemente enteses, coluna e articulações sacroilíacas. Achados na imagem: • Erosões; • Esclerose; • Sacroileíte simétrica; • Anquilose (fusão óssea); O comprometimento simétrico bilateral na sacroileíte permite a diferenciação da Artrite Psoriásica, que também cursa com o acometimento desta articulação, porem unilateralmente. → Os achados precoces são identificados na RM em sequência STIR (muito importante na avaliação reumatológica), e são eles achados relacionados à inflamação, como edema, visto em alto sinal. Na coluna, pode ser visto o Sinal dos Cantos Brilhantes, relativo a edema nos cantos dos corpos vertebrais. → Os achados tardios são identificados na TC e RX, e são eles pequenas erosões em cantos vertebrais (Sinal de Romanus), sindesmófitos marginais e ossificação de ligamentos espinhosos e discos intervertebrais, formando pontes entre as vértebras e configurando a coluna-em-bambu. RM de coluna sequência STIR/ T2 A sequência T2 é outra que permite a visualização dos achados precoces da EA. Vemos nos cantos vertebrais áreas em alto sinal que indicam edema, no chamado Sinal dos Cantos Brilhantes. Diagnosticar precocemente essa doença pode mudar a sua história natural, e isso é super importante para evitar sequelas que afetem a qualidade de vida do paciente. RM de coluna sequência STIR Também como sinal precoce, vemos na RM áreas em alto sinal na superfície das articulações sacroilíacas, indicando edema e sacroileíte bilateralmente, o que corrobora para o diagnóstico de Espondilite Anquilosante. RX de bacia Apesar de difícil visualização nessa radiografia, vemos um pouco de esclerose em superfícies ossas apostas, uma área branca em articulação sacroilíca, que representa um estágio mais tardio da EA. TC de coluna lombo-sacra Nesta tomografia já vemos uma evolução da doença em que há fusão óssea (anquilose). Já não vemos a parte superior da articulação. ► GOTA: é uma doença inflamatória crônica, predominante em homens, geralmente após a 4ª década de vida, relacionada ao depósito de cristais de monourato. É uma artrite monoarticular, mas pode eventualmente evoluir para oligoarticular. Apresentação clínica: cursa com dor intensa e limitação funcional da articulação acometida. Localização: pode acometer as articulações das mãos (principalmente MCF) e pés, mas a grande acometida é a 1ª metatarsofalangeana. Achados na imagem: • Derrame articular; • Aumento de partes moles periarticulares; • Erosões ósseas excêntricas com margens escleróticas que recebem o nome de lesões em saca-bocado. Nessa doença também a RM é o método de estudo adequado para avaliação de achados precoces. Na Gota, pode ser visto o depósito de materiais em partes moles. DOENÇAS PEDIÁTRICAS ► DOENÇA DE LEGG-CALVE-PERTHES: também chamada de Osteonecrose Espontânea de Cabeça de Fêmur, é uma doença que compromete crianças entre 2 e 14 anos, com pico de incidência entre 5 e 6 RX de coluna Nesta radiografia, vemos sindesmófitos na periferia dos corpos vertebrais, e a medida que estes vão crescendo e evoluindo,podemos ter calcificações entre vertebras, criando uma ponte e caracterizando a coluna- em-bambu. É também um achado tardio encontrado na Espondilite Anquilosante. RX de pé e mão Na radiografia à esquerda, vemos comprometimento da 1ª articulação metatarsofalangeana, com erosões periféricas em lesão de saca-bocado, e importante aumento das partes moles adjacentes a essa articulação. À direita vemos os mesmos tipos de acometimento, agora em IFP. Esses achados são sugestivos de Gota por acúmulo de material. anos, com predileção por meninos. Nesta condição, a cabeça do fêmur recebe menor suprimento sanguíneo e acaba sofrendo necrose, fragilizando o osso. Apresentação clínica: cursa com dor no quadril e dificuldade de deambular, mas sem relação com trauma. Localização: cabeça do fêmur. Achados na imagem: → Em fases precoces geralmente não há alterações, mas quando há, pode ser visto derrame articular (aumento do espaço articular), assimetria entre cabeças de fêmur, onde o lado doente terá densidade aumentada, apagamento da fise de crescimento e radioluscência da metáfise. → Em fases tardias pode ser visto deformidade da cabeça femoral, luscência subcondral, deformidade do colo femoral (coxa-magna). Quando não tratamos essa condição ainda cedo, o paciente vai evoluir com artrose. ► EPIFISIÓLISE: é outra doença que compromete a cabeça do fêmur na qual há escorregamento da epífise fêmural, comprometendo mais adolescentes (entre 8 e 17 anos), com predileção por meninos. Pode ser bilateral em 20% dos casos e tem a obesidade como fator de risco. Apresentação clínica: cursa com dor no quadril e discrepância no tamanho dos membros inferiores, mas sem relação com trauma. RX de quadril e fêmur Vemos que há um lado saudável (direito) e um lado doente (esquerdo). No fêmur saudável, vemos uma epífise de tamanho normal e contornos regular. Já no fêmur alterado, observa-se tamanho reduzido, irregularidade da superfície, aspecto heterogêneo e metáfise também irregular. Também é possível ver aumento do espaço articular, provavelmente ocupado por derrame. Esses achados corroboram para o diagnóstico de Doença de Legg- Calve-Perthes. RX de quadril e fêmur Nesta radiografia vemos uma cabeça de fêmur alterada à direita, com tamanho reduzido, irregular, aumento de espaço articular, indicativo de Osteonecrose Espontânea de Cabeça de Fêmur à direita. Se não identificada e tratada na infância, essa doença pode ser levada à vida adulta na forma de artrose importante de quadril. Na imagem, vemos também uma estrutura muito radiopaca, que é um protetor gonodal. RX de quadril e fêmur Na imagem ao lado, vemos um fêmur com dimensões normais à direita, e à esquerda vemos um fêmur com colo encurtado e alargado, que recebe o nome de coxa-magna. Se não tratado precocemente, essa perna pode se desenvolver encurtada, representando importante sequela morfoestrutural. Localização: cabeça do fêmur. Achados na imagem: temos fases do deslizamento: → Na fase pré-deslizamento, vemos achados como aumento, borramento e irregularidade da fise, além de desmineralização de metáfise. → Na fase de deslizamento, vemos a epífise deslizando posteromedialmente, com linha de Klein não passando mais por ela. OBS.: Na RM, podemos ver os mesmos achados, mas é um método que não costuma ser pedido nesta investigação de Epifisiólise. ► OSTEOSARCOMA: é um tumor formador de osso, sendo o 2º tumor primário de ossos mais comum (ficando atrás apenas do Mieloma Múltiplo), com predileção por meninos e com 2 picos de incidência: primário: entre os 10 e 20 anos e secundário: após a 5ª década de vida. Apresentação clínica: cursa com dor e aumento do volume local. Localização: localiza-se principalmente em metadiáfise de ossos longos, sobretudo fêmur, tíbia e úmero; gosta muito das articulações próximas ao joelho. Em um fêmur normal, quando traçamos uma linha que passa pela metáfise, colo e disco epifisário femoral, esta linha, chamada de linha de Klein, transfixa a epífise proximal do fêmur. Na fase de pré-deslizamento, apesar de haver aumento do disco epifisário, ainda não há deslizamento e a epífise ainda é transfixada por essa linha. Mas quando há deslizamento medial, essa linha não irá mais transfixar a epífise, caracterizando a Epifisiólise. NORMAL EPIFISIÓLISE RX de quadril e fêmur Vemos a radiografia de uma menina com protetor gonodal para proteção de ovários. Na imagem, há alteração na cabeça do fêmur esquerdo, com aumento da fise de crescimento e com linha de Klein não transfixando a epífise, ou seja, já há deslizamento medial da epífise, relativo à Epifisiólise. RX de quadril e fêmur Nesta outra imagem, vemos também um caso de Epifisiólise, desta vez com um deslizamento medial mais evidente da cabeça do fêmur do lado esquerdo. A linha de Klein ficou longe de transfixar a epífise femoral, diferente do que é visto no lado com o fêmur saudável. Achados na imagem: • Lesão expansiva; • Matriz óssea, calcificada; • Destruição da cortical e medular do osso; • Massa em partes moles; • Reação periosteal, que pode ser em: raios-de-sol, multilamelada (casca-de-cebola) ou triângulo de Codman. ► SARCOMA DE EWING: é o segundo tumor ósseo mais comum na infância, com pico de incidência entre 10 e 20 anos, também com predileção por meninos. Pode ser bilateral em 20% dos casos e tem a obesidade como fator de risco. Apresentação clínica: cursa com dor e aumento do volume local. Localização: prefere a medular da diáfise de ossos longos, principalmente em MMII (mais em fêmur). Achados na imagem: • Lesão lítica (hipertransparente); • Limites pouco definidos (permetivos); • Grande componente de partes moles; • Reação periosteal multilamelada. RX de tornozelo Na imagem ao lado, é possível observar uma lesão com matriz óssea (bem opaca), comprometendo a metadiáfise distal do fêmur, além de reação periosteal em triângulo-de- Codman (>), visto em lesões mais agressivas. Esses achados corroboram para o diagnóstico de Osteosarcoma TC/ RM de osso longo Ao lado, vemos nas imagens lesões com destruição cortical e reação periosteal. Na TC vemos que a lesão é bem branca, pois o Osteosarcoma é um tumor formador de osso. Na RM, é evidenciada a reação periosteal em raios-de-sol. < > > RX de ombro e braço Vemos uma lesão expansiva, heterogênea, cheia de áreas líticas (hipertransparentes), com destruição cortical agressiva. Essa é uma imagem compatível com Sarcoma de Ewing. CASOS CLÍNICOS 1. Sexo feminino, 12 anos, dor e edema na porção distal do antebraço. 2. Sexo masculino, 86 anos, dor intensa na coxa de início súbito, história de CA de pulmão. 3. Sexo masculino, 12 anos, dor no ombro esquerdo, queda enquanto jogava futebol. RX de mão e punho Na imagem ao lado, temos um Sarcoma de Ewing comprometendo o terceiro dedo, principalmente em sua parte distal, com grande componente em partes moles. RX de antebraço e punho Diagnóstico de Osteomielite. Na radiografia ao lago vemos hipertransparência em metáfise distal do rádio, o que podemos chamar de osteopenia regional, ou aparência lítica. Há também reação periosteal e erosão cortical: a linha branca que circunda os ossos na imagem não está aparente. RX de coxa Diagnóstico de fratura de estresse por insuficiência. Vemos uma lesão mal delimitada hipertransparente, configurando uma metástase lítica. Essa lesão deixou o osso mais fraco, o que justifica uma fratura que ocorre f rente à esforços habituais, recebendo o nome de fratura por estresse por insuficiência. O tratamento é conservador, sendo importante o repouso e imobilização. Tratar o CA de pulmão também pode ajudar. RX deombro Na radiografia deste paciente com história de trauma vemos uma fratura transversa entre epífise e diáfise, no disco epifisário. Quando há fratura comprometendo disco epifisário, dá-se o nome de Fratura de Salter-Harris. Neste caso, é uma lesão de melhor prognóstico, pois houve apenas deslocamento, sem compressão. O grande problema deste tipo de fratura é que ela pode afetar o crescimento da criança, sendo importantes identificar e tratar de forma adequada. 4. Sexo feminino, 85 anos, dor no joelho após queda da própria altura. 5. Sexo feminino, 62 anos, dor nas mãos. 6. Sexo masculino, 5 anos, dor no quadril esquerdo. RX de joelho Diagnóstico de Osteoartrose de joelho. Vemos na imagem osteófitos nas epífises e redução do espaço articular (seta). Quando osso com osso estão diretamente em contato, ocorre esclerose das superfícies apostas. Isso ocorre principalmente em pacientes mais velhos, sendo o tratamento conservador, com repouso e analgesia. Se não houver outro jeito, coloca-se prótese. A seta da segunda imagem mostra uma calcificação vascular, comum em pacientes mais idosos. RX de mãos e punhos Observa-se comprometimento de articulações MCF, carpais e IFP bilateralmente, estando as IFD preservadas. Como comprometimento há redução do espaço articular, muita erosão cortical, superfícies articulares apostas irregulares e osteopenia nessas superfícies. Nessa segunda incidência mais oblíqua, pode ser verificada subluxações, indicando um quadro de artrite mais avançada. O diagnóstico é de Artrite Reumatoide. RX de quadril Diagnóstico de Osteonecrose Espontânea de Cabeça de Fêmur. Vemos na radiografia fêmur direito saudável, com epífise de tamanho normal e superfícies regulares. Assimétricamente, o fêmur do lado esquerdo está alterado, com aumento do espaço articular e epífise reduzida, irregular e heterogênea. A metáfise também se encontra irregular à esquerda e com hipertransparência em sua porção proximal. 7. Sexo masculino, 26 anos, lombociatalgia intensa. 8. Sexo masculino, 20 anos, dor e aumento do volume na porção distal da perna. 9. Sexo masculino, 8 anos, dor no quadril esquerdo e dificuldade para deambular. RX de coluna lombar AP/ perfil Diagnóstico de Espondilite Anquilosante. Nesta imagem, vemos os corpos vertebrais mais quadrados, com sindesmófilos marginais unindo os corpos vertebrais, além de espaços intervertebrais mais hipotransparentes (mais calcificados). Esta coluna está em aspecto de coluna-em- bambu, o que significa que a doença está em uma fase mais avançada. RX de perna e tornozelo Diagnóstico de Osteosarcoma. Nesta radiografia, vemos a fíbula comprometida por uma lesão expansiva com matriz óssea, calcificada, que faz destruição cortical e medular do osso, perdendo sua morfologia habitual. Também vemos reação periosteal em raios-de-sol. RX de quadril Diagnóstico de Doença de Legg-Calve-Perthes. Vemos uma alteração, onde a epífise femural está irregular, com dimensões reduzidas e metáfise também irregular e com leve hipertransparência. O espaço articular está aumentado, ocupado por derrame. O outro fêmur está em aspecto normal. Essa doença pode ser bilateral também, mas geralmente comparamos com o lado saudável para perceber a irregularidade. 10. Sexo feminino, 15 anos, dor no quadril esquerdo, nega trauma, redução da amplitude de movimento. 11. Sexo feminino, 9 anos, com dor no joelho. 12. Sexo masculino, 16 anos, dor aos queda da própria altura apoiando braço. RX de quadril Diagnóstico de Epifisiólise. É possível observar comprometimento da cabeça do fêmur do lado esquerdo, onde há deslocamento medial da epífise femoral. O tratamento desse paciente é cirúrgico, sendo colocados parafusos para fixação na epífise de ambos os fêmures, com finalidade preventiva, uma vez que é comum essa doença ocorrer bilateralmente. RX de coxa e joelho Diagnóstico de Sarcoma de Ewing. Vemos lesão heterogênea em metadiáfise distal do fêmur, com um pouco de reação periosteal e lesão lítica permeativa (sem contornos definidos). O aspecto mal delimitado dessa lesão é sugestivo de malignidade. RX de ombro e braço Diagnóstico de fratura de estresse por insuficiência. A radiografia desse paciente mostra uma fratura que não é normal para uma história de queda da própria altura para um paciente jovem. Assim, devemos procurar na imagem outras alterações que justifiquem esse caso. Nesta radiografia, além da fratura em úmero, encontramos área hipertransparente próxima (seta); vemos também cistos ósseos (círculo), que indicam que há uma lesão benigna do osso. Essa lesão pode fragilizar o osso, justificando a fratura frente à uma sobrecarga que o osso deveria suportar. 13. Sexo feminino, 80 anos, dor nas mãos que piora com o movimento. 14. Sexo masculino, 6 anos, queda com o braço esticado. 15. Sexo masculino, 10 anos, queda com o braço esticado. 16. Sexo feminino, 43 anos, dor intensa no joelho. 7 RX de mãos e punhos Diagnóstico de Osteoartrose. Vemos alteração nas articulações IFD, IFP e carpais, com redução do espaço articular, osteófitos marginais e irregularidades nas superfícies ósseas apostas, com leve esclerose óssea. Por piorar ao movimento, também nos leva a pensar em osteoartrose. RX de antebraço Nessa imagem vemos fratura em dois ossos diferentes: • Fratura completa em diáfise de rádio. • Fratura incompleta em galho-verde em diáfise de Ulna. Os ossos das crianças ainda não estão totalmente calcificados, tendo, portanto, um aspecto mais elástico. Assim, antes da fratura há uma angulação do osso, o que é possível ver na radiografia ao lado também. RX de antebraço Diagnóstico de fratura em tórus. Na radiografia desta fratura vemos uma discreta irregularidade cortical distal em rádio, sem ver o traço da fratura propriamente dito. RX de joelho Diagnóstico de Osteoartrose de joelho. Vemos na radiografia ao lado, bilateralmente é possível observar redução importante do espaço articular, com osteófitos marginais e bastante esclerose óssea, representada por maior opacidade das superfícies ósseas apostas. OBS.: Por que o RX é melhor que a TC e RM para avaliação de espaço articular? Pois a radiografia consigo fazer com o paciente em ortostase, com o peso real do corpo sobre as articulações, vendo o espaço articular real. Nos outros métodos, o exame é feito em decúbito, tirando a carga real das articulações e podendo mostrar um espaço articular maior que o real. 17. Sexo masculino, 55 anos, acidente automobilístico. 18. Sexo masculino 32 anos, lombalgia e rigidez matinal há cerca de 4 anos sem melhora com tratamento clínico. RX de perna Na radiografia deste paciente, observam-se duas fraturas em diferentes óssos: • Fratura cominutiva em diáfise de Tíbia. • Fratura transversal em diáfise proximal de Fíbula. RM de coluna lombar Diagnóstico de Espondilite Anquilosante Na imagem, o que corrobora para esse diagnóstico é a presença de áreas em alto sinal no canto dos corpos vertebrais, o chamado Sinal dos cantos brilhantes. Provavelmente esta doença está em fase inicial, na qual consigo verificar achados precoces na ressonância.
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