Estudo de Caso - managent 3

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Management 3.0
Estudo de 
Caso
Professora: Ms Patricia Souza de Nahuys Coelho
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Lanterna do Futuro: Lanterna Mágica
A Lanterna Mágica ou epidascópio é a antecessora dos aparelhos de projeção moder-
nos. Inventada no século XVII, a primeira descrição deve-se ao sacerdote jesuíta Athanasius 
Kircher na sua obra Ars Magna Lucis et Umbrae de 1645, mas foi o dinamarquês Thomas 
Walgenstein o primeiro a lhe dar o nome de Lanterna Mágica. Era constituída por uma câmara 
escura e um jogo de lentes. A luz de uma lâmpada de azeite incorporada, por meio de um 
condensador, atravessava uma placa de vidro pintada com desenhos que eram projetados 
num lenço. Era possível criar a ilusão de movimento movendo os vidros. Utilizada em ambien-
tes acadêmicos, como em Sorbonne, e em populares, como teatros, ao longo do século XIX, 
constituiu o antecedente do que seria no século XX o cinema como espetáculo de massas.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lanterna_m%C3%A1gica
Foi também em torno de 1650 que a Lanterna Mágica foi incorporada aos grupos de ar-
tistas de rua, teatro primitivo que apresentavam danças dramáticas coletivas, tratando do 
seu dia a dia, de rituais de celebração, agradecimento ou perda. Desde então essas atrações 
ganharam corpo e sofreram evoluções com músicos, equilibristas em perna-de-pau, engo-
lidores de fogo, acrobatas, mágicos, e toda sorte de artistas. 
Uma inovação criada para a Exposição Universal de 1900...
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https://pixabay.com/pt/acrobatas-circo-contorcionismo-412011/
Foi quando da Exposição Universal de 1900, uma feira mundial realizada em Paris, França, 
para celebrar as inovações do século e acelerar o desenvolvimento para o que se iniciava, 
que o espetáculo policênico e multiforme Lanterna Mágica foi criado. As técnicas de proje-
ção cinematográfica são combinadas com as artes cênicas tradicionais como a comédia, a 
dança, a música, as artes circenses e o canto.
O gênio Nicolau Vyborov obstinado em defender que utilizava somente as regras de ótica 
mais básicas, enriqueceu suas primeiras apresentações com diversas invenções que logo 
aplicaria nos teatros mais importantes do mundo (Teatro Nacional de Praga, Ópera Garnier, 
Metropolitan de Nova York, Covent Graden, Grande teatro de Geneva e Scala de Milano. Suas 
últimas inovações estão relacionadas com as cores aditivas e as imagens virtuais. Atualmente, 
a Lanterna Mágica é uma equipe dinâmica composta por quase 100 pessoas sob a direção 
de Pietro Koslovský, que apresenta os espetáculos em todo o mundo. O repertório inclui: 
Roda de Fogo, Fogos de Artifício, Roda da Fortuna, Sparks e Trilhas. 
A partir daí o Lanterna Mágica alcançou nível de receita que jamais o campeão mundial 
da indústria do teatro atingiu em 100 anos de atividades. O que torna essa mudança ainda 
mais admirável é que esse crescimento fenomenal não ocorreu num setor atraente. Ao 
contrário, ocorreu num setor decadente, cujo baixo potencial de crescimento era ponto de 
destaque nas análises estratégicas tradicionais.
Os passos para a transformação:
Uma observação cuidadosa da trajetória da Lanterna Mágica evidencia alguns aspectos 
para alcançar a reinvenção:
Corte de custos:
• pesados cenários;
https://www.avantgarde-prague.com.br/conhecer-praga/cultura-em-praga/operas-e-ballets/teatro-nacional/
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• artistas famosos;
• excluiu decorações tradicionais.
Conservou o melhor (do teatro):
• conforto para a plateia; 
• A sofisticação intelectual e a riqueza artística do teatro;
• O espetáculo com enredo e história.
Introduziu “Inovação de Valor” (arte de rua) no teatro.
• artistas alegres, musicalidade, dança;
• diversão e vibração;
• dinâmica dos diferentes grupos trabalhando colaborativamente;
• musicalidade e dança.
Aumentou o valor do ticket
• incluiu frequentadores de teatro, que estavam dispostos a pagar por um ticket maior.
Criação de um espaço de mercado inexplorado
Rompeu a regra das melhores técnicas, teatrais alcançando ao mesmo tempo diferencia-
ção e baixo custo, mediante a reconstrução de elementos em ambos os lados das fronteiras 
setoriais.
Envolveu diferentes fontes de inspiração, mas não é nenhuma delas em sua completu-
de. E assim criou um espaço de mercado inexplorado, que até agora ainda não havia sido 
denominado.
O Lanterna Mágica não se esforça para oferecer um teatro melhor, mediante a recombi-
nação dos conhecimentos e tecnologias existentes sobre atos e performances. Ao contrário, 
se empenha em reconstruir os atuais indutores de valor para a plateia, a fim de criar uma 
nova forma de entretenimento que ofereça a vibração e a diversão do circo com a sofistica-
ção intelectual do teatro.
A mágica da lanterna
É possível perceber pelo menos seis diretrizes adotadas que contribuíram para a mudança:
1. Criatividade é o combustível da reinvenção
Walt Disney, um homem de criatividade indiscutível, disse certa vez em uma palestra que 
a criatividade é a mesma coisa que um exercício físico: quanto mais se exercita músculo, 
mais ele se desenvolve.
2. Inove: sem inovação não haverá reinvenção
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Para William Ford Jr. “inovação” é bússola e estratégia essencial para o futuro da Ford.
Para Steve Ballmer inovação é o único meio para satisfazer e fidelizar os clientes da 
Microsoft, mantendo os concorrentes sob controle.
3. Estar sempre aberto às novas ideias.
A GE está investindo em cerca de cem projetos de “ruptura da imaginação”, a fim de con-
duzir o crescimento por meio da inovação e reinvenção constantes.
4. As dificuldades operacionais e tecnológicas devem ser encaradas como desafios e não 
impossibilidades.
Possuem prazos e orçamento, e como! Eles é que na verdade forçam a criatividade. 
Obrigam a criar soluções que do contrário jamais nos ocorreriam. É incrível a capacidade de 
motivação que os limites de tempo, dinheiro e recursos podem ter. Algumas das ideias mais 
importantes surgiram das mais difíceis situações.
5. Trabalho em Equipe
Entendem que só há vitória se todos chegarem juntos. O indivíduo é um membro da 
equipe com quem todos os outros podem contar e, literalmente, colocar a própria vida em 
suas mãos.
Os cartazes dos nossos espetáculos são espalhados pelo prédio inteiro. É importante 
lembrar às pessoas que, qualquer que seja a sua função no Lanterna Mágica desde equili-
bristas a maquiadores é por esses shows que elas fazem o que fazem. Isso ajuda a manter 
a motivação da equipe
6. Ofereça mais do que seu cliente está esperando
Entregar às pessoas o que elas querem é um erro perigoso. De fato elas não sabem o 
que querem…ofereça algo melhor. Eles estão sempre surpreendendo seus clientes ofere-
cendo mais do que eles estão esperando. Surpreendendo.
Estudo
Estude Atentamente o Estudo de caso Lanterna do Futuro: Lanterna Mágica, faça uma 
análise segundo os fundamentos do Gestão 3.0, para responder as questões propostas.
Referencias
APPELO, J. Management 3.0: leading agile developers, developing agile leaders. New York: 
Addison-Wesley Professional, 2011.
Manifesto para o Desenvolvimento Ágil de Software. Disponível em: <http://agilemanifesto.
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caso
org> Acesso em: 15.12.2017.
SENGE, P. A quinta disciplina. Bert Seller, 29a edição, São Paulo, 2013.
TAKEUCHI, H., NONAKA, I. The New New Product Development Game, Harvard Business 
Review, January/February, 285-305, 1986.
TIDD J., BESANT, J., PAVITT, K. Gestão da inovação. São Paulo: Artmed, 2008