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Tronco encefálico - macroscopia, microscopia + correlações anatomoclínicas

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Marcelle Souza – MED 118 
 
Tronco encefálico 
O tronco encefálico é a estrutura que se limita cranialmente com o diencéfalo e inferiormente com 
a medula, situando-se anteriormente ao cerebelo. Ele se subdivide em: 
• Bulbo: mais caudal 
• Ponte: entre bulbo e mesencéfalo 
• Mesencéfalo: mais cranial 
No tronco encefálico há conexão com 10 dos 12 pares de nervos cranianos (do III ao XII) 
 
NERVOS CRANIANOS 
 
I – nervo olfatório 
II – nervo óptico 
III – nervo oculomotor 
IV – nervo troclear 
V – nervo trigêmeo 
VI – nervo abducente 
VII – nervo facial 
VIII – nervo vestibulococlear 
IX – nervo glossofaríngeo 
X – nervo vago 
XI – nervo acessório 
XII – nervo hipoglosso 
 
Limite inferior: forame magno 
Limite superior: sulco bulbo-pontino 
 
A superfície do bulbo é percorrida por sulcos longitudinais que continuam com os sulcos da medula, 
de forma a delimitar as áreas anterior, lateral e posterior do bulbo (continuação dos funículos 
medulares). 
 
- Área anterior: percorrida pela FISSURA MEDIANA 
ANTERIOR. De cada lado dessa fissura há uma eminência 
denominada pirâmide (entre fissura mediana anterior e 
sulco lateral anterior), a qual é formada pelas fibras 
descendentes que formam o trato corticoespinhal. As fibras 
desse trato cruzam o plano mediano obliquamente na 
decussação das pirâmides (inferior às pirâmides). 
 
- Área lateral: situada entre o SULCO LATERAL 
ANTERIOR e o SULCO LATERAL POSTERIOR, contém 
uma eminência oval, a oliva, formada essa por substância 
cinzenta (núcleo olivar inferior). 
• Sulco lateral anterior: dele emergem filamentos radiculares do nervo hipoglosso (XII) 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
• Sulco lateral posterior: dele emergem filamentos radiculares dos nervos glossofaríngeo 
(IX), vago (X) e a raiz craniana do nervo acessório (XI). 
 
- Área posterior: situada entre o SULCO LATERAL POSTERIOR e o SULCO MEDIANO 
POSTERIOR, subdividindo-se, assim como o funículo posterior da medula, em fascículo grácil e 
cuneiforme pelo SULCO INTERMÉDIO POSTERIOR. As fibras ascendentes dos fascículos grácil 
e cuneiforme terminam, respectivamente, nos núcleos grácil (tubérculo do núcleo grácil) e 
cuneiforme (tubérculo do núcleo cuneiforme). 
• Sulco mediano posterior: termina a meia altura do bulbo e o afastamento dos seus lábios 
contribui para a formação dos limites laterais do IV ventrículo. 
O grosso feixe de fibras que conecta o bulbo ao cerebelo é o pedúnculo cerebelar inferior. 
 
Limite inferior: sulco bulbo-pontino 
Limite superior: mesencéfalo 
Limite lateral: pedúnculo cerebelar médio (as fibras 
transversais da superfície da ponte, que formam suas 
estriações, se convergem para formar o pedúnculo de 
cada lado). 
Longitudinalmente e ventralmente, é percorrida pelo 
sulco basilar, o qual abriga a artéria basilar. 
 
Conexão com nervos: 
• Nervo trigêmeo (V): emerge entre a ponte e o 
pedúnculo cerebelar médio, possui uma raiz 
sensitiva (maior) e uma raiz motora (menor); 
• No sulco bulbo-pontino (de medial para lateral): 
nervo abducente (VI), nervo facial (VII) – raiz 
sensitiva (nervo intermédio) e raiz motora (maior) 
– e nervo vestibulococlear (VIII). 
 
Síndrome do ângulo ponto-cerebelar: muitas raízes nervosas em uma área pequena 
desencadeia uma riqueza de sintomas. 
 
Limite inferior: ponte 
Limite superior: diencéfalo 
 
É atravessado pelo aqueduto cerebral, canal que liga o III ao IV ventrículo. Em volta do aqueduto 
há a substância cinzenta periaquedutal. 
 
- Posteriormente ao aqueduto: teto do mesencéfalo 
- Anteriormente ao aqueduto: dois pedúnculos cerebrais 
VII 
V 
VIII
 
VI 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
• Teto do mesencéfalo – vista dorsal 
Quatro colículos (dois superiores, que fazem conexão com o 
corpo geniculado lateral, da via óptica; e dois inferiores que se 
conectam ao corpo geniculado medial, da via auditiva). 
Caudalmente a cada colículo inferior emerge o nervo troclear 
(IV), único nervo craniano que emerge dorsalmente. 
 
• Pedúnculos cerebrais – vista ventral 
Parte posterior: tegmento e parte anterior: base; separados 
pela substância negra. A partir da substância negra é possível 
delimitar dois sulcos, um lateral e um medial. Do sulco medial 
emerge o nervo oculomotor (III). Delimitam uma depressão, 
a fossa interpeduncular, limitada esta anteriormente pelos 
corpos mamilares. No fundo da fossa há a substância 
perfurada posterior. 
 
 
 
→ IV VENTRÍCULO 
Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral. Sua 
comunicação com o espaço subaracnóideo se dá através de aberturas laterais e uma abertura 
mediana dos recessos laterais. 
• Assoalho 
É formado pela parte dorsal da ponte e porção aberta do bulbo. 
Limite ínfero-lateral: pedúnculo cerebelar inferior, tubérculos do núcleo grácil e cuneiforme. 
Limite súpero-lateral: pedúnculo cerebelar médio. 
 
• Teto 
Metade cranial: véu medular superior (fina lâmina de substância branca). 
Metade caudal: véu medular inferior, tela corioide e plexo corioide – produz líquor (líquido 
cerebroespinhal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sulco mediano 
Colículo facial 
Eminência medial 
Sulco limitante 
Trígono do 
hipoglosso 
Locus ceruleus 
Estrias medulares do IV 
ventrículo 
Área vestibular 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
MICROSCOPIA DO TRONCO ENCEFÁLICO 
O sulco mediano posterior do bulbo, continuação do presente na medula, afasta seus lábios para 
a abertura do IV ventrículo. Na medula, a substância cinzenta era disposta em colunas, de forma 
que a coluna anterior é eferência somática (ES), a coluna lateral eferência visceral geral (EVG) e 
coluna posterior aferência somática e visceral geral (ASG e AVG). Com a abertura do IV ventrículo, 
há uma rotação dessa estrutura, de forma que a eferência, antes anterior, passa a ser medial, 
enquanto que a aferência, antes posterior, passa a ser lateral. Os núcleos motores (mediais) são 
separados dos núcleos sensitivos (laterais) por meio do sulco limitante do IV ventrículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A substância cinzenta do tronco é fragmentada (núcleos), 
sendo divida em substância cinzenta homóloga e 
substância cinzenta própria. A homóloga é composta por 
colunas de nervos cranianos, como disposto na imagem ao 
lado. A coluna de eferência somática (ES) é a mais medial 
de todas. A coluna de eferência visceral geral (EVG), 
representada em amarelo, é aquela relacionada ao SNA. A 
de eferência visceral especial (EVE) é que inerva músculos 
de origem branquiomérica (mastigação, deglutição e 
músculos da mímica/expressão facial). A de aferência 
visceral é dividida em geral (SNA) e especial (gustação e 
olfação, sendo no tronco apenas gustação). A de aferência 
somática geral (ASG) está relacionada à sensibilidade geral 
da cabeça (dor, temperatura, propriocepção e tato). Já a 
coluna de aferência somática especial (ASE) relaciona-se 
com a visão, audição e equilíbrio (a visão não se inclui no 
tronco). 
 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
MICROSCOPIA DO BULBO 
1. Substância cinzenta homóloga 
 
• Eferência somática: núcleo do hipoglosso – 1 – 
motricidade voluntária da língua; 
• Eferência visceral geral: núcleo do vago – 2 – inerva 
vísceras torácicas e abdominais e núcleo salivatório 
inferior – 3 – inervação da parótida; 
• Eferência visceral especial: núcleo ambíguo – 4 – 
deglutição (faringe e laringe); 
• Aferência visceral geral e aferência visceral especial: 
núcleo do trato solitário – 5 – gustação; 
• Aferência somática geral: núcleo do trato espinhal do 
trigêmeo – 6 – dor e temperatura; 
• Aferência somática especial: núcleos vestibulares inferior (7) e medial (8) – equilíbrio. 
Macete para memorizar os núcleos: ato de tomar sorvete: 
• Coloca a língua para fora: núcleo do hipoglosso (músculos da língua); 
• Percebe que está frio: núcleo do trato espinhal do trigêmeo (sensibilidade geral dacabeça; 
dor e temperatura); 
• Sente o gosto do sorvete: núcleo do trato solitário (gustação); 
• Começamos a salivar: núcleo salivatório inferior (inerva parótida); 
• Engole o sorvete: núcleo ambíguo (deglutição); 
• Sorvete vai para o estômago sofrer ação do suco gástrico: núcleo dorsal do vago (inerva 
vísceras torácicas e abdominais); 
• Mantemos o equilíbrio durante todo o processo: núcleos vestibulares inferior e medial 
(equilíbrio). 
 
2. Substância cinzenta própria 
 
• Núcleo grácil e núcleo cuneiforme: recebem fibras do funículo posterior da medula. Nos 
núcleos grácil e cuneiforme, essas fibras cruzam o plano mediano na decussação sensitiva 
formando as fibras arqueadas internas, as quais se fletem cranialmente para formar o 
lemnisco medial (carrega informações de tato epicrítico, estereognosia, sensibilidade 
vibratória e propriocepção consciente). O lemnisco medial leva essas informações ao 
tálamo. 
• Complexo olivar inferior: recebe aferências do córtex cerebral, núcleo rubro e medula. 
Também cruzam o plano mediano na decussação sensitiva e, através das fibras 
olivocerebelares, se dirigem ao cerebelo (via pedúnculo cerebelar inferior). Está associado 
à aprendizagem motora. 
 
3. Substância branca 
FIBRAS TRANSVERSAIS 
• Fibras arqueadas internas (do núcleo grácil e cuneiforme para formar o lemnisco medial e 
as fibras olivocerebelares em direção ao cerebelo) e fibras arqueadas externas. 
1 
3 
2 
4 
5 
8 
7 
6 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
FIBRAS LONGITUDINAIS 
- Vias ascendentes: tratos e fascículos 
ascendentes oriundos da medula + lemnisco 
medial 
• Fascículos grácil e cuneiforme 
• Trato espinotalâmico lateral 
• Trato espinotalâmico anterior 
• Trato espinocerebelar anterior 
• Trato espinocerebelar posterior 
• Lemnisco medial 
- Vias descendentes: tratos que vão em direção à 
medula + trato corticonuclear 
• Trato corticoespinhal 
• Trato rubroespinhal 
• Trato tetoespinhal 
• Tratos reticuloespinhais pontino e bulbar 
• Tratos vestibuloespinhais lateral e medial 
• Trato corticonuclear: origem no córtex e 
termina nos núcleos motores do tronco 
encefálico, homólogo ao trato 
corticoespinhal 
- Vias de associação 
• Fascículo longitudinal medial: transita informações entre diferentes segmentos do tronco 
encefálico – corresponde ao fascículo próprio. Está na porção medial e dorsal do tronco. 
MICROSCOPIA DA PONTE 
ESTRUTURA INTERNA 
Possui uma parte anterior (BASE) e uma parte 
posterior (TEGMENTO), que são separados pelo 
corpo trapezoide. 
- Base da ponte: fibras longitudinais (trato 
corticoespinhal, trato corticonuclear e trato 
corticopontino) e fibras transversais (associadas 
aos núcleos pontinos). Com relação às fibras 
transversais: fibras do córtex chegam à ponte via trato 
corticopontino, de forma que as fibras corticopontinas 
fazem sinapse nos núcleos pontinos. Dos núcleos 
pontinos saem as fibras transversais da ponte (pontinhas ou pontocerebelares) que vão em direção 
ao cerebelo via pedúnculo cerebelar médio. Há formação da via córtico-ponto-cerebelar, de 
importância associada ao planejamento e correção de movimentos no cerebelo. 
Fascículo 
longitudinal medial 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
- Tegmento da ponte: substância cinzenta homóloga 
• Eferência somática: núcleo do abducente – 1 – 
inerva musculo extrínseco do olho responsável por sua 
abdução (retolateral); 
• Eferência visceral geral: núcleo lacrimal – não está 
representado na figura (inerva glândulas lacrimais) – e 
núcleo salivatório superior – 2 – submandibular e 
sublingual; 
• Eferência visceral especial: núcleo motor do 
trigêmeo – 3 – mastigação – e núcleo facial – 4 – 
músculos da mímica/expressão facial; 
• Aferência somática geral: núcleo sensitivo 
principal – 5 – tato; 
• Aferência somática especial: núcleos vestibulares 
superior – 6 – e lateral – 7 – equilíbrio – e núcleos 
cocleares – 8 – audição. 
Não há aferência visceral, a qual está presente apenas no 
bulbo (trato solitário). 
• Nervo trigêmeo (V) 
Responsável pela eferência visceral especial (nervo motor do trigêmeo, mastigação) e pela 
aferência somática geral (núcleo sensitivo principal, tato). As informações de sensibilidade geral 
veiculadas pelo trigêmeo, tanto na ponte, como também no bulbo e mesencéfalo, sobem ao tálamo 
através do lemnisco trigeminal. 
• Nervo vestibulococlear (VIII) 
Possui uma parte coclear relacionada à audição e uma parte vestibular relacionada ao equilíbrio. 
Ambas têm origem no ouvido interno. 
- AUDIÇÃO: fibras partem do gânglio espiral e, através da parte coclear do nervo vestibulococlear, 
chegam aos núcleos cocleares dorsal e ventral, na ponte. Partindo desses núcleos, a maioria das 
fibras cruza o plano mediano no corpo trapezoide, contornam o núcleo olivar superior e chegam ao 
colículo inferior (mesencéfalo) pelo lemnisco lateral. Do colículo inferior se ligam ao corpo 
geniculado medial, no tálamo, compondo a via auditiva. A via auditiva possui tanto componentes 
cruzados como não cruzados, dificultando a perda total da audição. 
- EQUILÍBRIO: fibras partem do gânglio vestibular e, através da parte vestibular do nervo 
vestibulococlear, chegam à área vestibular, nos núcleos: superior, lateral – ponte – e inferior e 
medial – bulbo. A partir desses núcleos, mandam informações para: fascículo longitudinal medial 
(coordenação dos movimentos dos olhos com a cabeça); fascículo vestibulocerebelar (conexões 
reciprocas com o cerebelo); tratos vestibuloespinhais (equilíbrio e postura) e fibras 
vestibulotalâmicas. 
 
 
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2 
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Marcelle Souza – MED 118 
 
MICROSCOPIA DO MESENCÉFALO 
ESTRUTURA INTERNA 
O mesencéfalo é dividido, a partir do aqueduto cerebral, em uma parte anterior (PEDÚNCULOS 
CEREBRAIS) e posterior (TETO MESENCEFÁLICO). 
- PEDÚNCULOS CEREBRAIS 
A substância negra os divide em base do pedúnculo e tegmento do pedúnculo. A base é formada 
por vias descendentes motoras (tratos corticoespinhal, corticonuclear e corticopontino), enquanto 
que o tegmento é formado por substância cinzenta homóloga e própria. 
- Tegmento: substância cinzenta homóloga 
• Eferência somática: núcleo do nervo troclear – 1 – 
inervação do músculo oblíquo superior – e núcleo do 
nervo oculomotor – 2 – inervação da maior parte dos 
músculos extrínsecos do olho; 
• Eferência visceral geral: núcleo de Edinger-
Westphal – 3 – inervação dos músculos intrínsecos 
do olho, também através do nervo oculomotor. 
Circuito oculomotor: parte eferente somática do oculomotor 
+ eferente visceral (núcleo de Edinger-Westphal) 
• Aferência somática geral: núcleo do trato 
mesencefálico – 4 – propriocepção. 
- Tegmento: substância cinzenta própria 
• Substância negra: tem conexões recíprocas com o 
corpo estriado, através das fibras estriatonigrais e 
nigroestriatais (dopaminérgicas) – a diminuição das 
fibras nigroestriatais e, portanto, do nível de 
dopamina, levam à doença de Parkinson. 
• Núcleo rubro: associado à motricidade voluntária; recebe aferências do córtex e do 
cerebelo, compondo o trato rubroespinhal (em direção à medula) e as fibras rubro-olivo-
cerebelares (em direção ao cerebelo). 
• Substância cinzenta periaquedutal: associada ao portão da dor. 
- TETO MESENCEFÁLICO 
• Colículos superiores – controle do olhar vertical; recebem aferência da retina (pelo nervo 
óptico – II) e do córtex visual, mandando informações para o núcleo do nervo oculomotor e 
para a medula (trato tetoespinhal). 
• Colículos inferiores – núcleo do colículo inferior recebe as fibras do lemnisco lateral e leva 
essas informações para o corpo geniculado medial. 
- ÁREA PRÉ TETAL: controle dos reflexos pupilares. 
 
1 
2 
4 
3 
 
Marcelle Souza – MED 118 
 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
- Lesão de área anterior: comprometimento motor 
- Lesão de tegmento: comprometimento sensitivo 
1. Bulbo 
• Lesão da área anterior:hemiparesia oposta + lesão do XII (hipoglosso). A hemiparesia 
oposta ocorre, pois há comprometimento das pirâmides bulbares e, portanto, do trato 
corticoespinhal (cruza na decussação das pirâmides – hemiparesia oposta). A lesão do XII 
leva a um desvio da língua para o lado da lesão. 
• Síndrome de Wallemberg: comprometimento isquêmico da área dorsolateral do bulbo 
devido à oclusão da artéria cerebelar inferior posterior (ACIP), que irriga essa área. O 
comprometimento do pedúnculo cerebelar inferior e dos tratos espinocerebelares anterior e 
posterior cursam com incoordenação motora. O comprometimento do trato e núcleo espinhal 
do trigêmeo leva à perda de sensibilidade da face do lado lesado. A lesão do trato 
espinotalâmico lateral leva à perda de sensibilidade do lado oposto do corpo. Por fim, 
também podem ocorrer disfonia e disfagia devido ao comprometimento do núcleo ambíguo. 
Então, resumindo: incoordenação motora, perda de sensibilidade da face do lado lesado, 
perda de sensibilidade do corpo do lado oposto, disfonia e disfagia. 
 
2. Mesencéfalo 
• Lesão da base (síndrome de Weber): hemiparesia oposta + lesão do III (oculomotor). A 
hemiparesia oposta ocorre em decorrência do comprometimento dos tratos corticoespinhal 
e corticonuclear. A lesão do III cursa com grande alteração no movimento dos olhos, diplopia, 
estrabismo divergente (o músculo retolateral deixa de ter o balanço/oposição), midríase (por 
perda dos músculos intrínsecos). 
• Lesão do tegmento (síndrome de Benedikt): hemianestesia oposta + lesão do III. A 
hemianestesia oposta ocorre em virtude da lesão dos lemniscos medial, espinhal (tratos 
espinotalâmicos lateral e anterior) e trigeminal. Os medial e espinhal afetam a sensibilidade 
do corpo, enquanto que o trigeminal a da face. A lesão do III tem as mesmas consequências 
citadas anteriormente. 
 
3. Ponte 
• Lesão da base: hemiparesia oposta + lesão do VI (estrabismo convergente, diplopia) 
• Síndrome de Millard-Gubler: hemiparesia oposta + lesão do VI + lesão do VII 
• Lesão da base: hemiparesia oposta + lesão do V (anestesia da face e desvio da mandíbula 
em virtude da perda da inervação dos músculos mastigatórios). 
 
• PARALISIAS FACIAIS 
A parte superior da face recebe, através do nervo facial, fibras oriundas dos dois lados do córtex 
(contralaterais e ipsilaterais). A parte inferior da face, também através do nervo facial, recebe fibras 
apenas contralaterais, oriundas do lado oposto do córtex. 
- PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: lesão do nervo facial e, portanto, das fibras que chegam às 
metades inferior e superior do rosto – homolateral, total e flácida (síndrome do neurônio motor 
inferior). 
- PARALISIA CENTRAL: lesão do trato corticonuclear ou do próprio córtex – afeta apenas a 
metade inferior contralateral do rosto, portanto é uma paralisia parcial e espástica (síndrome do 
neurônio motor superior).

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