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Aula 6 - Estrutura do TE e cerebelo I - o Bulbo

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Laura Ramires T6 1 BBPM IV - André 
CASO CLÍNICO 
• Durante exame físico de um paciente com tumor 
intracraniano, o neurologista inquiriu um estudante de 
medicina: Quais sinais e sintomas lhe permitiram localizar 
o tumor na região do bulbo? Como você responderia a 
essa pergunta? 
- sensibilidade da face (dor e temperatura), gustação, 
problemas gástricos (núcleo dorsal do nervo vago), 
protusão da língua, disparo do parassimpático, salivação, 
deglutição (n. ambíguo) 
TE E BULBO 
GENERALIDADES 
• O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o 
diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo 
• Situa-se sobre a parte basal do osso occipital 
• Na sua constituição entram corpos de neurônios que se 
agrupam em núcleos e fibras nervosas que, por sua vez, 
se agrupam em se agrupam em feixes denominados 
tratos, fascículos ou lemniscos 
• Tronco encefálico: Bulbo (caudalmente), ponte e 
mesencéfalo (cranialmente) 
• Nervos cranianos: dos 12 pares de nervos cranianos 
conhecidos, 10 estão no tronco encefálico 
BULBO: ANATOMIA EXTERNA 
• Bulbo = medula oblonga 
• Extremidade menor continua caudalmente com a medula 
espinal 
• Limite caudal: nível do forame magno, plano horizontal 
acima do filamento radicular mais cranial do primeiro 
nervo cervical 
• Limite superior: sulco bulbo-pontino 
• Sulcos delimitam o bulbo: área anterior, lateral e 
posterior 
a) Fissura mediana anterior: na área ventral do bulbo, de 
cada lado existe uma eminência alongada, a pirâmide 
(formam o trato cortiocespinal) 
Laura Ramires T6 
2 BBPM IV - André 
b) Pirâmide bulbar: trato corticoespinal 
c) Decussação das pirâmides 
ÁREA LATERAL: 
• Sulco lateral anterior: 
a) filamentos radiculares do 
nervo hipoglosso (NC XII) 
b) oliva = núcleo olivar 
inferior, formada por uma grande 
massa de substância cinzenta 
• Sulco lateral posterior 
a) filamentos radiculares do 
n. glossofaríngeo (NC IX) e o 
vago (NV X) 
b) filamentos que 
constituem a raiz craniana u 
bulbar do nervo acessório (NC XI) 
 
ÁREA POSTERIOR 
• Parte fechada/ porção caudal: canal se abre e 
forma o quarto ventrículo 
• Parte aberta/ porção rostral: 
- sulco mediano posterior 
- sulco intermédio posterior 
- sulco lateral posterior 
- fascículo grácil (G) e cuneiforme (C) 
- tubérculos grácil e cuneiforme: 
➔ pedúndulo cerebelar inferior ou corpo 
restiforme 
➔ Fibras aferentes ao cerebelo 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS: ESTRUTURA 
DO TRONCO ENCEFÁLICO 
• Substância cinzenta homóloga à medula espinal: 
- núcleos dos nervos cranianos (10) 
• Substância cinzenta própria do tronco encefálico: sem 
relação com ME 
- disposição segue o plano geral do SNC 
- núcleos motores (anteriores) 
- núcleos sensitivos (posteriores) 
• Formação reticular: preenche espaço entre os núcleos e 
tratos 
• Tratos descendentes, ascendentes e de associação 
• Fibras transversais e longitudinais 
BULBO: NÚCLEOS DOS NERVOS 
CRANIANOS 
• O tubo neural teve uma placa alar e uma basal 
• Da placa alar surgiram os n. sensitivos, da placa basal 
surgiram os n. motores 
 
 
 
 
 
 
Laura Ramires T6 
3 BBPM IV - André 
• No tronco encefálico, os neurônios motores ficam mais 
centralmente e os neurônios sensitivos está mais para 
lateral 
• O sulco limitante delimita os dois tipos de neurônios no TE 
• Substância cinzenta homóloga à medula: núcleos dos 
nervos cranianos → 7 estão no bulbo (colunas) 
• Núcleos que não apresentam correspondência: grácil 
cuneiforme 
NÍVEIS DE 
SECÇÕES PARA O 
ESTUDO DO BULBO 
SUBSTÂNCIA CINZENTA HOMÓLOGA À DA 
MEDULA (NÚCLEOS DE NERVOS 
CRANIANOS) 
• A decussação está anteriormente 
• Núcleo espinal do nervo trigêmeo → continuidade da 
substância gelatinosa da lâmina II de Rexed, está na 
margem lateral 
• Núcleo do trato espinal do nervo trigêmeo: aferente 
somática geral 
 → capta a informação da sensibilidade da cabeça pelos 
nervos: V, VII, IX, X 
• Núcleo do nervo hipoglosso (NC XII): motor onde se 
originam as fibras eferentes somáticas para a musculatura 
da língua 
→ músculo da língua 
→ Trígono do hipoglosso 
➔ Suas fibras dirigem-se ventralmente para emergir no 
sulco lateral do bulbo, entre a pirâmide e a oliva 
 
 
• Núcleo ambíguo: eferente visceral especial, motor para a 
musculatura estriada 
→ mm de origem branquiomérica 
→ mm da laringe e faringe 
→ fibras para os nervos: IX, X e XI 
→ situa-se profundamente no interior do bulbo 
* Síndrome de Wallenberg 
Laura Ramires T6 
4 BBPM IV - André 
 
• O núcleo do trato espinal do nervo trigêmeo acaba nesse 
nível, mas o trato continua 
• Núcleo dorsal do nervo vago (NC X): eferente visceral 
geral 
→ motor parassimpático 
→axônios dos neurônios pré-ganglionares que saem pelo 
nervo X 
→ situa-se no trígono do vago, no assoalho do IV 
ventrículo 
• Núcleo do trato solitário: aferente visceral geral e 
especial 
→ gustação 
→ sensibilidade visceral geral: VII, IX e X, trafegam pelo 
trato solitário 
 
• Coluna aferente somática especial: vestibulares e mediais 
• Núcleos cocleares e vestibulares (NC XIII): aferente 
somática especial 
→ núcleos sensitivos que recebem aferências: 
a) Coclear: porção coclear do NC VIII → capta 
informações da audição 
b) Vestibular: porção vestibular do NC VIII → capta 
informações do órgão vestibular, equilíbrio 
 
• Núcleo salivatório inferior: eferente visceral geral 
→ fibras pré-ganglionares para gl. parótida 
→ via nervo IX (glossofringeo) 
• Núcleo do trato solitário: sensitivo que recebe fibras 
aferentes viscerais gerais e especiais que entram pelo VII, 
IX e X pares cranianos 
➔ gustação 
TOMAR SORVETE 
• Língua: núcleo do NC XII (hipoglosso) 
• Temperatura: núcleo do trato espinal do trigêmeo 
• Gustação: núcleo do trato solitário 
• Saliva: núcleo salivatório inferior bulbo 
• Deglutição: núcleo ambíguo 
• Suco gástrico: núcleo dorsal o NC X (vago) 
• Postura: núcleos vestibulares (inferior e medial) 
Laura Ramires T6 
5 BBPM IV - André 
BULBO: SUBSTÂNCIA CINZENTA PRÓPRIA 
• Não tem relação com os nervos cranianos 
➔ Núcleos grácil e cuneiforme: locais de primeira 
sinapse das vias sensoriais do funículo posterior. Dão 
origem a fibras arqueadas internas que cruzam o plano 
mediano para formar o lemnisco medial 
a) Trato epicrítico, propriocepção consciente e 
vibratória 
 
→Núcleo cuneiforme acessório: propriocepção do tipo 
inconsciente 
a) Liga-se ao cerebelo pelo trato cuneocerebelar, fibras 
arqueadas externas 
 
• Complexo olivar inferior: foco no núcleo olivar inferior 
principal 
→ recebe fibras do córtex cerebral, ME e n. rubro (situado 
no mesencéfalo) 
→liga-se ao cerebelo através das fibras olivocerebelares, 
que cruzam o plano mediano, penetram no cerebelo pelo 
pedúnculo cerebelar inferior, distribuindo-se a todo córtex 
desse órgão. 
➔ aprendizado motor, movimento repetitivo 
• Núcleos olivares acessórios medial e dorsal: têm 
basicamente a mesma estrutura, conexão e função do 
núcleo olivar inferior, constituindo com ele o complexo 
olivar inferior 
• Formação reticular do bulbo: constituída por uma 
mistura difusa de fibras nervosas e pequenos grupos de 
células nervosas, está em posição profunda, posterior ao 
núcleo olivar 
→centro vasomotor 
→centro respiratório 
→centro do vômito 
SUBSTÂNCIA BRANCA DO BULBO 
FIBRAS TRANSVERSAIS 
• São também denominadas fibras arqueadas e podem ser 
divididas em internas e externas 
a) Fibras arqueadas internas: formam dois grupos 
principais 
- algumas são constituídas pelos axônios dos 
neurônios dos núcleos grácil e cuneiforme no trajeto 
entre estes núcleos e o lemnisco medial 
- outras são constituídas pelas fibras olivocerebelares 
que, do complexo olivar inferior, cruzam o plano 
mediano, penetrando no cerebelo do lado oposto, 
pelo pedúnculo cerebelar inferior 
b) Fibras arqueadas externas: originam-se do núcleo 
cuneiforme acessóriotêm trajeto próximo à 
superfície do bulbo e penetram no cerebelo pelo 
pedúnculo cerebelar inferior 
FIBRAS LONGITUDINAIS 
• Formam as vias ascendentes, descendentes e de 
associação do bulbo 
VIAS ASCENDENTES 
• São constituídas pelos tratos e fascículos do bulbo ou 
passam por ele em direção ao cerebelo ou ao tálamo. A 
eles acrescenta-se o lemnisco medial, originado do 
próprio bulbo 
a) Fascículo grácil e cuneiforme: visíveis na porção 
fechada do bulbo 
b) Lemnisco medial: forma uma fita compacta de fibras 
de cada lado do plano mediano, suas fibras terminam 
no tálamo 
c) Trato espinotalâmico lateral: está situado na área 
lateral do bulbo, medialmente ao trato espinocerebelar 
anterior 
d) Trato espitotalâmico anterior: sobe junto com o 
espinotalâmico lateral 
Laura Ramires T6 
6 BBPM IV - André 
e) Trato espinocerebelar anterior: situa-se 
superficialmente na área lateral do bulbo, entre o 
núcleo olivar e o trato espinocerebelar posterior 
f) Trato espinocerebelar posterior: situa-se 
superficialmente na área lateral do bulbo, entre o trato 
espinocerebelar anterior e o pedúnculo cerebelar 
inferior, com o qual pouco a pouco se confunde 
g) Pedúnculo cerebelar inferior: é um proeminente 
feixe de fibras ascendentes que percorrem as bordas 
ascendentes que percorrem as bordas da metade 
inferior do IV ventrículo até o nível dos recessos 
laterais, onde se fletem dorsalmente para penetrar no 
cerebelo. É formado pelas fibras olivocerebelares, do 
trato espinocerebelar posterior e arqueadas externas 
VIAS DESCENDENTES 
Tratos do sistema lateral da medula 
• Trato corticoespinal: constituído por fibras originadas no 
córtex cerebral, que passsam no bulbo em trânsito para a 
medula, ocupando as pirâmides bulbares. É, por isso, 
denominado também de trato piramidal. É motor 
voluntário 
• Trato rubroespinal: originado de neurônios do núcleo 
rubro do mesencéfalo, chega à medula por trajeto que não 
passa pelas pirâmides. É motor voluntário, mas no homem 
é menos importante que o corticoespinal 
Tratos do sistema medial da medula 
• Constituídos por fibras originadas em várias áreas do 
tronco encefálico e que se dirigem à medula: trato 
corticoespinal anterior, trato tetoespinal, tratos 
vestibuloespinais e tratos reticuloespinais 
Trato corticonuclear: 
• Constituído por fibras originadas no córtex cerebral e que 
terminam em núcleos motores do tronco encefálico. No 
caso do bulbo, essas fibras terminam nos núcleos ambíguo 
e hipoglosso, permitindo o controle voluntário dos 
músculos da laringe, faringe e língua 
Trato espinal do nervo trigêmeo: 
• Constituídos por fibras sensitivas que penetram na ponte 
pelo nervo trigêmeo e tomam trajeto descendente ao longo 
do núcleo do trato espinal do nervo trigêmo 
Trato solitário: 
• Formado por fibras aferentes viscerais, que penetram no 
tronco encefálico pelos nervos VII, IX e X e tomam trajeto 
descendente ao longo do núcleo do trato solitário, no qual 
vão terminando em níveis progressivamente mais caudais 
VIAS DE ASSOCIAÇÃO 
• São formadas por fibras que constituem o fascículo 
longitudinal medial, presente em toda a extensão do tronco 
encefálico e níveis mais altos da medula 
• Corresponde ao fascículo próprio → via de associação da 
medula 
• O fascículo longitudinal medial liga todos os núcleos 
motores dos nervos cranianos, com ênfase aos relacionados 
com o movimento do bulbo ocular (III, IV e VI) e da cabeça 
• Desse modo, o fascículo longitudinal medial é 
importante para a realização de reflexos que 
coordenam os movimentos da cabeça com os do olho 
FORMAÇÃO RETICULAR DO BULBO 
• Ocupa grande área do bulbo, onde preenche todo o espaço 
não ocupado pelos núcleos de tratos mais compactos 
• É onde se localiza o centro respiratório → muito 
importante para a regulação do ritmo respiratório 
• Também se localizam o centro vasomotor e centro do 
vômito 
• Lesões graves → centro vasomotor e respiratório 
CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS 
• Lesões do bulbo causam sinais e sintomas muito variados 
→ síndromes bulbares 
• Sintomas mais característicos: disfagia (dificuldade de 
deglutição) e alterações da fonação por lesão do núcleo 
ambíguo, assim como alterações do movmento da língua 
por lesão do núcleo hipoglosso 
• Esses quadros podem ser acompanhados de paralisisas e 
perdas da sensibilidade no tronco e nos membros por 
lesão das vias ascendentes ou descendentes, que 
percorrem o bulbo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Laura Ramires T6 
7 BBPM IV - André 
 
Laura Ramires T6 
8 BBPM IV - André

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