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AGONIA DE EROS A obra Agonia de Eros do Filósofo coreano Byung -Chul Han é uma abordagem contemporânea em torno do amor, uma crítica aos mecanismos inerentes ao capitalismo e seu modo de atuação. Segundo o autor o amor é uma experiência de alteridade, de um necessário esvaziamento de si para o encontro com o outro, mas que numa sociedade que é movida pelo capital a tendência é exatamente o contrário, a norma passa a ser um narcisismo, uma vez que o capitalismo tende a individualizar o indíduo. Isso acaba perpetuando os iguais, ou seja anaquilando a alteridade que segundo Han é fundamental para a experiência do amor. A domesticação do amor implica na “mera vida” , uma escravidão onde no fundo não procuramos o outro , mas alguém como nós mesmos, e quando nos deparamos com a perda de um amor não sabemos lidar com a dor, justamente pelo excesso de positividade típica dos discursos do capital. O amor agoniza sem previsão ou receitas possiveis, nem mesmo uma melhora, a obra de Han pode ser analisada de forma controversa pelo viês crítico ao capital, mas é sem dúvida uma leitura perspicaz de seu tempo e do amor que se rendeu a positividade. Considerando a relevância do tema propomos uma oficina com música. O amor também agoniza pelas letras e harmonias. Desse modo a oficina visa a compreensão do livro Agonia de Eros a partir de canções executadas ao vivo criando um espaço de sensibilidade peculiar da música concomitante a discussão filósofica.
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