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FISIOLOGIA DO S. REPRODUTOR MASCULINO EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-GÔNADAS O GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) é produzido no hipotálamo, age na adenohipófise, nos gonadotrofos. Quando estimulados pelo GnRH, os gonadotrofos secretam LH e FSH, que agem nas gônadas, no caso do masculino, nos testículos. Age estimulando a produção de hormônios e de gametas. Durante o período fetal, aumenta a produção dos hormônios do eixo, para formar o s. genital masculino. Quando o bebê nasce, ocorre um pequeno aumento de FHS e LH e consequentemente de testosterona, para ajudar deslocar os testículos do abdômen pro escroto, se já não estiver lá. Durante toda a infância esse eixo fica desativado. Na puberdade é ativado pelo hipotálamo. Existem vários mecanismos envolvidos nessa ativação. Em pessoas mais velhas, diminui a produção de hormônios sexuais, entaõ, por feedback negativo passa a produzir mais FSH/LH. A SECREÇÃO DE GNRH É PULSÁTIL. Ele age diretamente na adenohipófise, tem meia vida curta, de cerca de 2 min, então não pode ser medido na corrente sanguínea. O LH tem meia vida de 20 min, o FSH de 3h. VIA DE SINALIZAÇÃO GNRH Na adenohipófise, o GnRH se liga aos receptores acoplados a proteína Gq dos gonadotrofos, ativa fosfolipase C, que pega o fosfolípide me membrana e faz IP3 e DAG. O DAG ativa a PKC, que faz uma cascata que induz a transcrição de proteínas que formam LH e FSH. O IP3 vai abrir canais de cálcio no retículo endoplasmático, aumenta o nível de cálcio intracelular. Estimula a translocação de vesículas. Pode ter abertura de canais de cálcio na membrana celular, aumentando também. No homem, a liberação LH e FSH ocorre mais ou menos junta. EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TESTÍCULO O LH age nas células de Leydig ou intersticiais, que se localizam fora do túbulo seminífero. Com o estímulo do LH, elas produzem testosterona. O FSH estimula a espermatogênese, age nas células de sertoli, que são essenciais para a espermatogênese. BIOSSÍNTESE DE ANDRÓGENOS São derivados do colesterol. Colesterol → várias enzimas → DHEA (primeiro andrógeno, n é o principal) → androstenediona (tem função, mas não é o principal) → testosterona → Di- hidrotestosterona (DHT); Na corrente sanguínea, encontramos testosterona, mas nos tecidos alvo ela é CONVERTIDA EM DHT pela 5-alfa-redutase. DHT é um potente andrógeno, é mais potente que a testosterona, alguns tecidos respondem ao DHT, tem receptor apenas para DHT por isso é necessária essa conversão. A testosterona pode ser convertida em estradiol, pela aromatase. A maior parte da testosterona está conjugada a proteínas carreadoras. MECANISMO MOLECULAR (FSH E LH) O LH SE LIGA AOS RECEPTORES DE MEMBRANA ACOPLADO A PROTEÍNA GS NAS CÉLULAS DE LEYDIG, ativa adenilato ciclase, ativa uma proteína quinase (PKA), que fosforila proteínas e ativam diversas enzimas relacionadas a produção/conversão de colesterol em de testosterona. A TESTOSTERONA TEM 2 DESTINOS, PARTE VAI PARA O PLASMA, PARTE ENTRA NO TÚBULO SEMINÍFERO, E ENTRA NAS CÉLULAS DE SERTOLI. O FSH SE LIGA AO RECEPTOR ACOPLADO A PROTEÍNA GS DAS CÉLULAS DE SERTOLI, ativa adenilato ciclase, ativa uma proteína quinase (PKA), que fosforila proteínas e ativam diversas enzimas relacionadas a produção de várias substâncias: • ABP: proteína ligadora de andrógeno. Parte da testosterona é conjugada a proteína ABP e vai para o túbulo seminífero estimular a espermatogênese. Sem testosterona dentro do túbulo seminífero, não tem espermatogênese. • Inibina: hormônio que cai na corrente sanguínea e inibe a adenohipófise a liberar FSH. Feedback negativo, altos níveis de FSH, aumenta inibina, que aumenta a inibição de FSH na adenohipófise. • Aromatase: converte testosterona em estradiol. Na corrente sanguínea, a TESTOSTERONA É CARREGADA PELA SHBG, é uma globulina ligadora de hormônios sexuais. Pelo menos 80% estão conjugadas a SHBG. A albumina também se carrega. Apenas 2% da testosterona está livre e é ela que age nos tecidos alvo. Se a célula tem a 5 alfa redutase, o DHT age. Se não tem, é a testosterona. PRODUÇÃO DE TESTOSTERONA DURANTE A VIDA FETAL Braço curto do cromossomo Y carrega o gene SRY, que induz a formação das células primordiais dos gametas masculinos etc. etc. etc. BDE. Função dos andrógenos no desenvolvimento fetal: • Pênis e saco escrotal; • Próstata; • Vesículas seminais; • Ductos genitais masculinos; • Suprime a formação de órgãos genitais femininos. Os testículos se desenvolvem no abdômen por conta da menor temperatura. As espermatogônias são as células que sofrem mais com a temperatura. FUNÇÕES DOS HORMÔNIOS ANDROGÊNICOS NA PUBERDADE • Estimula o crescimento do pênis, escroto e testículos; • Estimula o aparecimento das características sexuais secundárias: • Crescimento de pelos pubianos, axilares, faciais, linha alba, peito, costas, etc; • Reduz o crescimento de cabelo (calvície); • Aumenta a espessura da pele; • Causa hipertrofia da mucosa da laringe; • Crescimento dos ossos; • Aumenta a massa muscular. Medicamento para tratar hiperplasia prostática é inibidor da 5-alfa-redutase. SÊMEN Composição: •10% fluído contendo os espermatozoides; •55% fluído das vesículas seminais; •30% fluído prostático; •5% fluído bulbouretral. Volume médio: 2,5 – 3,5 ml 100 Milhões de Espermatozoides / ml pH Médio = 7,5 O pH precisa ser um pouco alcalino para neutralizar o pH da vagina. O pH neutro é melhor para o espermatozoide, aumenta sua atividade. O meio ácido reduz a atividade e mata. A motilidade dos espermatozoides é inibida até após a ejaculação; O aumento de temperatura aumenta a atividade dos espermatozoides. FUNÇÕES DAS VESÍCULAS SEMINAIS Secretam material mucoso; Frutose e outros nutrientes: fonte de nutrientes; Fibrinogênio: dá aspecto de coágulo ao sêmen – precisa de uma enzima produzida pela próstata. FUNÇÕES DA PROSTÁTA Secreta fluído leitoso e alcalino (cálcio): auxilia a neutralizar o pH ácido da vagina Contém uma enzima de coagulação. Contém o antígeno prostático específico (PSA) – liquefaz o sêmen, para “libertar” o espermatozoide do coágulo que fica preso ao canal vaginal e ganhar as tubas uterinas. FUNÇÕES DA BULBOURETRAL Responsável pela secreção do líquido pré-ejaculatório e integra em cerca de 5% o fluido seminal → limpa a uretra e lubrifica, ajuda a tirar o atrito. Geralmente não tem espermatozoides, as chances de engravidar são poucas, mas pode até acontecer. A função desse líquido é esterilizar e lubrificar a uretra durante o ato sexual. ATO SEXUAL MASCULINO Tem 4 fases: • Excitação; • Platô; • Orgasmo; • Resolução. EREÇÃO PENIANA Para ocorrer a ereção é necessário que ocorra aumento de pressão do corpo cavernoso provocado por um aumento do aporte sanguíneo. Depende da ativação do parassimpático. Vasodilatação arterial e diminuição da drenagem venosa. S. nervoso parassimpático → ereção. Vasodilata, enche de sangue, o corpo cavernoso cheio, comprime as veias e diminui a drenagem. Ereção pode ser psicogênica ou reflexogênica. É dependente do s. nervoso. • SNA simpático: o Região toracolombar, + ou – de T11-L2; o Nervo hipogástrico; • SNA parassimpático: o Região sacral, S2-S4; o Nervo pélvico. • SN somático: o Altura sacral, S2-S4. o Nervo pudendo. o O somático (via eferente) induz a contração de m estriado esquelético, age nos músculos da região pélvica, na raiz do pênis. o A via sensitiva (via aferente), o pênis é bem inervado, principalmente na glande, vai para a medula. O hipogástrico e o pélvico se encontram em um plexo, desse plexo sai o nervo cavernoso. Se ativa o simpático, o hipogástrico manda potenciais para o nervo cavernoso. Se ativa o parassimpático, o nervo pélvico emite os sinais para o cavernoso. O nervo cavernoso tem função simpática e parassimpática. Ereção psicogênica:• Olfato, visão, imaginação; • Informação para o pênis ficar ereto; • Ocorre inibição do simpático na toracolombar; • Estimula o nervo pélvico na sacral; • Libera substâncias vasodilatadoras; • Vasodilatação → ereção. Ereção reflexogênica: • Estimulação do pênis ou zonas erógenas; • Informação vai para SNC, medula. Chega via nervo pudendo, via aferente; • A resposta é medular, é como se fosse um arco reflexo; • Ela mantém a ereção por mais tempo; • A informação chega no cérebro e ativa ainda mais a psicogênica; • Ativa o parassimpático, inibe o simpático. Disfunção erétil → pode ser por nervosismo, ativação do simpático. Em lesões medulares a nível de coluna sacral, pode-se haver ereção pela inibição do simpático no estímulo psicogênico. Em lesões mais superiores, o estímulo psicogênico é interrompido. Pode acontecer ereção por via reflexa. Mas depende do caso. Lesões extensas, toracolombar até a sacral, perde todos os estímulos. Não ocorre ereção. Nervo cavernoso libera ACh que estimula as células endoteliais a produzirem óxido nítrico, que age no músculo liso e relaxa o músculo liso dos vasos. Além disso, o nervo cavernoso é nitrérgico, que libera NO e relava o músculo liso do vaso. Mecanismo de ação: O NO ativa a GC (guanilato ciclase) que quebra GTP em GMPc. GMPc diminui o cálcio intracelular → relaxamento muscular/vasodilatação. A PDE-5 transforma GMPc em GMP, com isso diminui a vasodilatação. Ajuda a voltar da ereção para o estado flácido. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Agem inibindo PDE-5, quando inibe a PDE-5, tem mais GMPc, então a ereção se mantém por mais tempo. Sildenafila, vardenafila e tadalafina são os mais comuns. Viagra (Sildenafila) tem muitas reações adversa, como, infarto agudo do miocárdio, dores de cabeça, congestão nasal, hipersensibilidade à luz, palpitações e distúrbios visuais. EJACULAÇÃO Depende da ativação do sistema simpático e da estimulação da glande. O simpático faz contrair o canal deferente, a próstata, as vesículas seminais e faz a transferência do fluido ejaculatório para a uretra interna e emissão.