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Fisiopatologia e manifestações clínicas da Tireoidite

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FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS, EXATAS E DA SAÚDE DO PIAUÍ - INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DO VALE DO PARNAÍBA (FAHESP-IESVAP)
CURSO DE MEDICINA
Fisiopatologia e manifestações clínicas da Tireoidite de Hashimoto
M.F.S.C, sexo feminino, com 11 anos e 3 meses de idade, apresentando queixa de protusão ocular à esquerda e sensação de pressão no mesmo, além disso, queixava-se de irritabilidade leve, sem outros sintomas. Avó materna apresentava patologia tireoidiana a qual não soube especificar, sem outros dados relevantes. 	 
Foi iniciado tratamento com Tiamazol 10mg/dia e Propranolol 40mg/dia.
Após 4 meses de tratamento evoluiu com melhora.
Com 10 meses em tratamento apresentava-se eutireoidiana.
Após 5 meses de suspensão do tratamento da medicação anti-tireoidiana, a paciente mantinha-se em eutireoidismo, assintomática, apenas com elevação do anticorpo antiperoxidase (> 600 UI/mL) e TRAB normal (1,67 UI/L). 
CASO CLÍNICO
➔ Nome: Maria Clara
 ➔ Idade: 33 anos 
➔ Estado civil: Casada 
➔ Filhos: Não
 ➔ Residêcia: Jundiaí, São Paulo.
 ➔ Profissão: Contadora
➔ Escolaridade: Ensino superior completo
 História clínica:
 ➔ Displipdemica (3 anos) 
➔ Faz uso de bebidas alcoólicas 
➔ Sedentaria
 ➔ Sem restrição alimentar
 ➔ Não faz uso de tabaco 
 Queixas: 
 ➔ Cansaço, fraqueza 
➔ Aumento de peso 
➔ Sensação de frio 
➔ Queda de cabelo 
➔ Constipação 
➔ Aparecimento de Bócio difuso 
Parâmetros: 
➔ Peso = 70 kg; altura = 1,56 m
➔ PA no momento da consulta = 105/60, 110/65, 100/65 
➔ Perfil lipídico (pedido pelo médico da UBS há 3 meses atrás) = CT: 190 mg/dL; HDL: 38 mg/dL, TG: 162 mg/dL 
➔ Não possui resultado de TSH; não lembra de ter feito nunca este exame
Farmacoterapia atual: ➔ Atorvastatina 20 mg/dia, 1 cp. à noite (há 6 meses) – Utiliza 1 cp. à noite
Diagnóstico: 
➔ TSH (pedido pelo médico no hospital) = 35,67 mU/L 
➔ Intervalo normal de valores de TSH em indivíduos livres de doença da tiroide tem sido tradicionalmente aceito como 0,45-4,5 mU/L
 
Doenças da Tireoide
As principais afecções da tireoide são os bócios (uni ou multinodulares), as tireoidites, as disfunções tireoidianas e o câncer de tireoide. Do ponto de vista funcional, as disfunções tireoidianas podem levar ao hipertireoidismo ou hipotireoidismo.
Tireoidite é a inflamação da tireoide, havendo quatro tipos: 
Tireoidite aguda: Bacteriana ou fúngica;
Tireoidite de Hashimoto: Autoimune
Tireoidite granulomatosa subaguda: Viral 
 Tireoidite de riedel: Desconhecida
TIREOIDITE DE HASHIMOTO
Destruição autoimune da glândula tireoide mediada por linfócitos T e autoanticorpos. A Tireoidite de Hashimoto ou tireoidite linfocítica crônica tem etiologia autoimune e é a forma mais comum de tireoidite. 
Epidemiologia
Prevalência mundial de 0,3 a 1,5 por 1.000 indivíduos
Predomina no sexo feminino 
Ocorre em qualquer idade
Fatores de risco 
Estima-se que fatores genéticos contribuam com cerca de 70 a 80%, e fatores ambientais, com aproximadamente 20 a 30% para a patogênese da doença autoimune tireoidiana (DAT).
Fatores genéticos 
Risco aumentado de TH em irmãos de indivíduos afetados e maior taxa de concordância em gêmeos monozigóticos, em comparação aos heterozigotos.
FATORES AMBIENTAIS
Idade
Sexo
Iodo e medicamentos que contém iodo
Selênio
Vitamina D
Citocinas
Radiação
Infecção
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Sintomas de hipotireoidismo são a queixa inicial do paciente com TH em 10 a 20% dos casos enquanto, hipertireoidismo ocorre em torno de 5%
O diagnóstico é feito por investigação a partir de anormalidades em exames de rotina ou pela detecção de um bócio discreto ao exame físico
A maioria dos pacientes com TH é assintomática. 
O Bócio geralmente é:
 difuso e pode ser uni ou multinodular;
indolor, de consistência firme, superfície irregular ou lobulado e de tamanho variável;
O volume da tireoide corresponde a 2 a 4 vezes o normal
Mais raramente, o quadro doloroso pode mimetizar a tireoidite granulomatosa 
Nos casos de crescimento rápido do bócio pode haver sintomas de: 
 Disfagia
 Dispneia 
 Rouquidão por pressão sobre estruturas cervicais
Existe ainda a tireoidite atrófica, que seria a evolução tardia da TH, com anticorpos também positivos, porém sem bócio e geralmente cursando com hipotireoidismo. 
O hipotireoidismo incide progressivamente com o avançar da idade. Já a ocorrência de bócio é inversamente proporcional.
Fatores genéticos ( HLA-DR3, DR4, DR5) + Fatores adquiridos ( ingestão de altas doses de iodo)
Geração de autoanticorpos
Resultado final: Reação imunológica contra antígenos tireoidianos
Principais autoanticorpos: ANTITIREOPEROXIDASE(TPO), antitireoglobulina, antireceptor de TSH, antitransportador de iodo
Anti-TPO e Antitireoglobulina Presente em 100% dos casos
Os outros anticorpos apenas 15 a 20% 
EVOLUÇÃO
Fase inicial: hipertireoidismo subclínico
Segunda fase: hipotireoidismo subclínico
Terceira fase: hipotireoidismo clínico
Excesso de TSH estimula crescimento folicular
Hipotireoidismo primário: T4 diminuído + TSH aumentado
Hipotireoidismo central: T4 diminuída + TSH diminuida
FISIOPATOLOGIA
Alterações laboratoriais
A principal característica laboratorial da TH são os anticorpos anti-TPO, encontrados em títulos elevados em cerca de 80 a 99% dos pacientes. Anticorpos antitireoglobulina (anti-Tg) são detectados em até 60% dos casos.
IMAGENS MACROSCÓPICAS
TIREOIDE NORMAL
TIREOIDITE DE HASHIMOTO
HISTOPATOLOGIA
A TH se caracteriza por um infiltrado de linfócitos, plasmócitos e macrófagos no parênquima tireoidiano, com graus variáveis de atrofia e fibrose
TIREOIDE NORMAL
TIROIDITE DE HASHIMOTO
PATOLOGIAS ASSOCIADAS
Doenças autoimunes
Neoplasias tireoidianas
Outras patologias
Encefalopatia de Hashimoto (EH) 
Tratamento
Reposição de L-tiroxina
Glicocorticoides
Cirurgia
M.F.S.C, sexo feminino, com 11 anos e 3 meses de idade, apresentando queixa de protusão ocular à esquerda e sensação de pressão no mesmo, além disso, queixava-se de irritabilidade leve, sem outros sintomas. Avó materna apresentava patologia tireoidiana a qual não soube especificar, sem outros dados relevantes. 	 
Foi iniciado tratamento com Tiamazol 10mg/dia e Propranolol 40mg/dia.
Após 4 meses de tratamento evoluiu com melhora
Com 10 meses em tratamento apresentava-se eutireoidiana
Após 5 meses de suspensão do tratamento da medicação anti-tireoidiana, a paciente mantinha-se em eutireoidismo, assintomática, apenas com elevação do anticorpo antiperoxidase (> 600 UI/mL) e TRAB normal (1,67 UI/L). 
CASO CLÍNICO
➔ Nome: Maria Clara
 ➔ Idade: 33 anos 
➔ Estado civil: Casada 
➔ Filhos: Não
 ➔ Residêcia: Jundiaí, São Paulo.
 ➔ Profissão: Contadora
➔ Escolaridade: Ensino superior completo
 História clínica:
 ➔ Displipdemica (3 anos) 
➔ Faz uso de bebidas alcoólicas 
➔ Sedentaria
 ➔ Sem restrição alimentar
 ➔ Não faz uso de tabaco 
 Queixas: 
 ➔ Cansaço, fraqueza 
➔ Aumento de peso 
➔ Sensação de frio 
➔ Queda de cabelo 
➔ Constipação 
➔ Aparecimento de Bócio difuso 
Parâmetros: 
➔ Peso = 70 kg; altura = 1,56 m
➔ PA no momento da consulta = 105/60, 110/65, 100/65 
➔ Perfil lipídico (pedido pelo médico da UBS há 3 meses atrás) = CT: 190 mg/dL; HDL: 38 mg/dL, TG: 162 mg/dL 
➔ Não possui resultado de TSH; não lembra de ter feito nunca este exame
Farmacoterapia atual: ➔ Atorvastatina 20 mg/dia, 1 cp. à noite (há 6 meses) – Utiliza 1 cp. à noite
Diagnóstico: 
➔ TSH (pedido pelo médico no hospital) = 35,67 mU/L 
➔ Intervalo normal de valores de TSH em indivíduos livres de doença da tiroide tem sido tradicionalmente aceito como 0,45-4,5 mU/L
 
Referências
Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/lamendo9.html. Acesso em: 03/03/2021
Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/bihashimoto.html. Acesso em: 03/03/2021
Disponível em: http://anatpat.unicamp.br/lamendo12.html. Acesso em: 03/03//2021
COSTA, Ciliana Cardoso B. et al. Tireoidite de Hashimoto pode estar associadaa um subgrupo de pacientes de esclerose sistêmica com hipertensão pulmonar. Revista Brasileira de Reumatologia, v. 54, n. 5, p. 366-370, 2014.
Endocrinologia Clínica 6ª edição , 2016 Vilar, Lúcio
NASCIMENTO, Joana Catarina Nogueira do. Tiroidite linfocítica e neoplasias: que associações existem?. 2017. Tese de Doutorado. 
Semiologia Médica - Celmo Celeno Porto - 7ª Edição. 2013. Editora Guanabara Koogan.
SGARBI, José Augusto; MACIEL, Rui. Patogênese das doenças tiroidianas autoimunes. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 53, n. 1, p. 5-14, 2009.
VASCONCELOS, Jessica Castro et al. Doença autoimune da tireoide (doença de graves e tireoidite de hashimoto): estudo dos marcadores celulares de apoptose e proliferação celular e a relação com características clínicas, laboratoriais e anatomopatológicas. 2017.
Vitamina D e Selênio na Tireoidite de Hashimoto: espectadores ou jogadores?
Williams´ - Tratado de Endocrinologia Clínica – 11ª edição
OBRIGADO!!!!!!
“Uma coletânea de pensamentos é uma farmácia moral onde se encontram remédios para todos os males.”
– Voltaire

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