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(Comentários) Teste de progresso interinstitucional (NIEPAEM) 2020

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edudata 
 
 
 
 
 
 
FMRP-USP 
 
 
 
 
 
TESTE DE PROGRESSO INTERINSTITUCIONAL 
NOVEMBRO/2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUÇÕES 
 
• Verifique se este caderno de prova contém um total de 120 questões, numeradas de 1 a 120. 
• Caso contrário solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo. 
• Para cada questão existe apenas UMA resposta correta. 
• Você deve ler cuidadosamente cada uma das questões e escolher uma resposta. 
• Essa resposta deve ser marcada na FOLHA DE RESPOSTAS que você recebeu. 
 
 
VOCÊ DEVE: 
 
 
• Procurar, na FOLHA DE RESPOSTAS, o número da questão a que você está respondendo. 
• Verificar no caderno de prova qual a letra (A, B, C, D) da resposta que você escolheu. 
• Marcar essa letra na FOLHA DE RESPOSTAS fazendo um traço bem forte no quadrinho que aparece 
abaixo dessa letra. 
 
 
ATENÇÃO 
 
• Marque as respostas com caneta esferográfica de tinta azul ou preta. 
• Marque apenas uma letra para cada questão, mais de uma letra assinalada implicará anulação dessa questão. 
• Responda a todas as questões. 
• Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos. 
• Você terá 4h (quatro horas) para responder a todas as questões e preencher a Folha de Respostas. 
 
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia". 
 
COMENTÁRIOS E REFERÊNCIAS 
 
2 Teste de Progresso – novembro/2020 
1. B 
 
Comentários: 
A Fenilcetonúria é um dos erros inatos do metabolismo. O defeito 
é na enzima hepática Fenilalanina Hidroxilase, levando ao 
acúmulo do aminoácido Fenilalanina no sangue e ao aumento da 
Fenilalanina e da excreção urinária de Ácido Fenilpirúvico, 
levando ao aparecimento de tais sintomas. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Mark, BERG, J., TYMOCZKO, L., STRYER, Lubert. 
Bioquímica, 7ª edição. Guanabara Koogan, 02/2014. 
 
2. A 
 
Comentários: 
O paciente tem uma acidose descompensada. O pH baixo indica 
acidose (pH normal = 7,35-7,45). A PCO2 elevada indica excesso 
de ácidos pela via respiratória (PCO2 normal= 35-45 mmHg) e o 
HCO3- diminuído indica excesso de ácidos pela via metabólica 
(HCO3- normal= 22-26 mEq/L). Portanto, tem-se uma acidose 
mista (acidose respiratória e metabólica). 
Sob condições normais, o CO2 é removido por ventilação 
pulmonar. No entanto, uma alteração nas trocas gasosas, como 
ocorre na fase avançada da DPOC, resulta na retenção de CO2. 
O dióxido de carbono é então hidratado com a formação de ácido 
carbônico que posteriormente se dissocia com a liberação de íons 
hidrogênio (H+) nos fluidos corporais, de acordo com a seguinte 
equação: CO2 + H2O ⇒ H2CO3 ⇒ HCO3 + H+ 
Assim, como consequência da alteração das trocas gasosas em 
pacientes com DPOC, ocorre hipercapnia, que por sua vez resulta 
no aumento da concentração de H+ e no desenvolvimento de 
acidose respiratória. No entanto, no presente caso, não temos 
uma acidose respiratória pura, uma vez que ela cursa com HCO3- 
baixo. Revendo a história do paciente, verificamos que a acidose 
metabólica está de acordo com a descompensação da diabetes e 
da insuficiência renal originadas pela pneumonia. Trata-se, 
portanto, de uma acidose mista. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Bruno CM, Valenti M, 2012. Acid-base disorders in patients 
with chronic obstructive pulmonary disease: a 
pathophysiological review. J Biomed Biotechnol, 
2012:915150. 
• Levitzky MG. Fisiologia Pulmonar. 8. ed. Barueri, SP: Manole, 
2016. 
 
3. D 
 
Comentários: 
A proteína p53, codificada pelo gene TP53, tem papel relevante 
no controle do ciclo celular, através de parada do ciclo para 
atuação de sistemas de reparo e indução de apoptose, no caso. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Nussbaum RL, McInnes RR, Willard. Thompson & Thompson. 
Genética Médica (8ª edição). Elsevier, Rio de Janeiro, 2016. 
• Jorde, Carey, Bamshad. Genética Médica (5a edição). 
Elsevier, Rio de Janeiro, 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. B 
 
Comentários: 
A Hibridização in situ por Fluorescência (FISH) utiliza sondas 
(sequências de DNA especificamente marcadas com 
fluorescência) complementares às regiões alvo nos cromossomos 
investigados. Esta técnica é indicada na HD de LMC para 
detecção da fusão gênica BCR/ABL, a partir da translocação 
t(9;22)(q34;q11.2), que resulta no cromossomo Philadelphia, 
principalmente quando não há células em metáfase para a análise 
do cariótipo ou nos casos em que o cariótipo é normal, mas o 
quadro clínico do paciente sugere a presença do rearranjo. Trata-
se de uma técnica mais rápida que o cariótipo, pois não depende 
de cultura celular para sua realização. É um exame qualitativo e 
quantitativo, pois além da identificação da alteração genética, 
possibilita estabelecer a frequência de células alteradas e 
normais, um parâmetro fundamental. A detecção da presença do 
cromossomo Philadelphia tem implicações no diagnóstico, 
terapêutica e prognóstico de diversas neoplasias hematológicas, 
especialmente em LMC. Células da medula óssea são muito mais 
informativas, embora no sangue periférico também possam ser 
encontradas células neoplásicas; mas a possibilidade de sucesso 
é ainda menor e o prazo para o resultado é muito maior, 
especialmente com o cariótipo com bandamento GTG. Depois de 
estabelecido o diagnóstico rapidamente por FISH (pode ser obtido 
em horas), que irá permitir o início da terapêutica específica, o 
exame em bandamento GTG deve ser repetido periodicamente, 
pois é o único exame que permite que todos os cromossomos 
sejam avaliados. A t(8;21)(q22;q22), com rearranjo AML/ETO, é 
característica de Leucemia Mieloide Aguda (LMA), 
particularmente do subtipo M2. Portanto não seria o resultado 
esperado para o diagnóstico em questão. Depois de alcançada a 
remissão Citogenética, o teste de PCR (em tempo real) é a 
escolha para monitoramento do tratamento, não para o 
diagnóstico inicial. Além disso, o rearranjo PML/RARA é 
característico de uma outra leucemia, a leucemia promielocítica 
aguda (LPA). 
 
Referências Bibliográficas: 
• JORDE, L. B. e t al. Genética médica. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2017. 
• NUSSBAUM, R. L.; MCINNES, R. R.; WILLARD, H. F. 
Thompson & Thompson Genética Médica. 8. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2016. 
 
5. C 
 
Comentários: 
O processo de fertilização ocorre, usualmente, na ampola da tuba 
uterina. Neste local, os espermatozoides mais aptos que 
alcançarem a tuba uterina iniciarão a passagem pelos envoltórios 
do ovócito secundário, por meio da ação das enzimas 
proteolíticas presentes no acrossomo. No caso desse homem, 
seu espermograma revela um quadro de oligoastenospermia, que 
pode ser causa de infertilidade futura por comprometer o 
processo de fertilização devido à diminuição no volume de sêmen 
liberado na ejaculação e pela redução na concentração e 
motilidade espermáticas. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Schoenwolf, G.C. Larsen - Embriologia Humana - 5ª Ed. 2016. 
Ed. Guanabara. 
• Moore, K. L., Persaud, T.V.N., Torchia, M.G. Embriologia 
Clínica. 10.ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. 2016. 
 
 
 
 
Teste de Progresso – novembro/2020 3 
6. D 
 
Comentários: 
Algumas vezes, numa gestação, o embrião morre e as vilosidades 
coriônicas não completam o seu desenvolvimento. Ou seja, elas 
não se tornam vascularizadas a ponto de formar vilosidades 
terciárias. Essas vilosidades em degeneração podem formar 
inchaços císticos, denominados mola hidatiforme. As molas 
apresentam graus variados de proliferação trofoblástica e 
produzem quantidade excessivas de gonadotropina coriônica 
humana. Em 3 a 5% desses casos, as molas evoluem para lesões 
trofoblásticas malignas denominadas coriocarcinomas. 
 
Referências Bibliográficas: 
• MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N.; TORCHIA, M.G. 
Embriologia Clínica, 10ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 2016. 
Capítulo 04. 
• MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N.; TORCHIA, M.G. 
Embriologia Básica, 9ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 2016. 
Capítulo 5. 
 
7. B 
 
Comentários:A fotomicrografia é de estômago e destaca a camada mucosa 
formada por um epitélio glandular que constitui as glândulas 
gástricas com tipos celulares especiais secretores, e sustentados 
por uma lâmina própria. Os números 1, 2 e 3 apontam os tipos 
celulares facilmente visualizados na coloração por hematoxilina e 
eosina, que são: células mucosas, células parietais e células 
principais. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Uchoa, JUNQUEIRA, Luiz C., CARNEIRO, José. Histologia 
Básica - Texto & Atlas, 13ª edição. Guanabara Koogan, 
06/2017. VitalBook file. 
 
8. A 
 
Comentários: 
Os benzodiazepínicos (por exemplo: diazepam, midazolam) se 
ligam em um sítio alostérico do receptor GABA do subtipo A. A 
ligação desse neurotransmissor com esse sítio aumenta a 
afinidade da molécula de GABA com seu receptor. Em 
consequência, o receptor apresenta maior frequência de abertura. 
O receptor GABA do subtipo A é um canal de cloreto, assim o 
aumento da sua frequência de abertura, favorece o influxo de íons 
cloretos, para o interior dos neurônios. Dessa forma, os 
benzodiazepínicos promovem a hiperpolarização neuronal, 
reduzindo a excitabilidade do sistema nervoso central. Devido a 
essa ação farmacológica, os benzodiazepínicos são eficazes para 
interromper uma crise convulsiva. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Brunton, L.L; Chabner BA; Knollmann BC. Goodman & 
Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12ª edição. 
Rio de Janeiro, McGraw-Hill, 2012,2112 p. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9. C 
 
Comentários: 
O quadro clínico e laboratorial é compatível com insuficiência 
adrenal de causa central. Na insuficiência adrenal primária ocorre 
hiponatremia, hiperpotassemia e aumento da renina plasmática 
pela deficiência na produção também da aldosterona pela zona 
glomerulosa. Aldosterona aumenta a reabsorção de sódio e 
secreção de potássio no túbulo distal e ducto coletor, e sua 
síntese pela glândula adrenal é regulada pela angiotensina II e 
concentração sérica de potássio. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Fisiologia. Aires MM. 5ª edição. Capítulos 53 e 69. 
 
10. D 
 
Comentários: 
O quadro apresentado do paciente é compatível com insuficiência 
cardíaca. Histologicamente, esse quadro apresenta uma alteração 
do miocárdio demonstrada na fotomicrografia 1, com aumento da 
presença de fibras colágenas (tecido conjuntivo) entre as fibras 
musculares cardíacas, o que acarreta prejuízo do batimento 
cardíaco e consequente bombeamento do sangue/oxigenação 
para o corpo. A fotomicrografia 2 mostra a histologia do miocárdio 
normal, evidenciando várias fibras musculares cardíacas com 
núcleos de posição central e entremeadas por capilares 
sanguíneos. Ambas fotomicrografias estão coradas pela 
hematoxilina e eosina. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Uchoa, JUNQUEIRA, Luiz C., CARNEIRO, José. Histologia 
Básica - Texto & Atlas, 13ª edição. Guanabara Koogan, 
06/2017. VitalBook file. 
 
11. A 
 
Comentários: 
A encefalopatia hepática (EH) é uma complicação neurológica 
grave da cirrose hepática, caracterizada clinicamente por 
alterações de personalidade, anormalidades do sono e 
coordenação motora prejudicada, além de disfunção cognitiva que 
progride para estupor e coma. Os procedimentos utilizados para o 
diagnóstico e classificação da EH incluem avaliação neurológica, 
eletroencefalografia, testes psicométricos e uso do teste crítico de 
frequência de oscilação. Neuropatologicamente, a EH na cirrose é 
principalmente um distúrbio da neuroglia caracterizado pela 
astrocitose tipo II e ativação da microglia. Vários mecanismos 
foram propostos para explicar a patogênese da EH na cirrose, 
incluindo as ações neurotóxicas de amônia, metabolismo 
energético cerebral prejudicado, mecanismos pró-inflamatórios 
centrais e alterações da neurotransmissão excitatória e inibitória. 
A hiperamonemia e a inflamação têm papéis sinérgicos na 
indução de alterações neurológicas no HE. O tratamento da HE 
na cirrose continua a depender de estratégias de redução dos 
níveis séricos de amônia. O transplante de fígado leva à 
recuperação da função do sistema nervoso central na maioria dos 
casos. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Hepatic encephalopathy in alcoholic cirrhosis. Handb Clin 
Neurol. 2014; 125:589-602. 
• Hepatic encephalopathy due to liver cirrhosis. BMJ. 2015; 351. 
• Hepatic encephalopathy: effects of liver failure on brain 
function. Nature Reviews Neuroscience, 2013; 14: 851-858. 
 
 
 
4 Teste de Progresso – novembro/2020 
12. C 
 
Comentários: 
Neste corte de pele, bacilos aparecem claramente em vermelho 
(bacilos álcool-ácido resistentes ou BAAR). O restante do tecido 
fica corado em azul pálido por azul de metileno. Na forma 
multibacilar, bacilos de Hansen são vistos isoladamente ou em 
aglomerados chamados globias no citoplasma dos macrófagos. A 
formação de globias é típica da hanseníase virchowiana, não 
sendo observada nas demais manifestações da hanseníase ou 
outras micobacterioses. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Foto histopatologia – Hanseníase em pele. 
http://anatpat.unicamp.br/ 
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em 
Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças 
Transmissíveis. 
• Guia prático sobre a hanseníase / Ministério da Saúde, 
Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de 
Vigilância das Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério 
da Saúde, 2017. 68 p. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_hanse
niase.pdf 
• Joel Carlos Lastória, Marilda Aparecida Milanez Morgado de 
Abreu. Revista Diagn. Tratamento. 2012;17(4):173-9. 
 
13. A 
 
Comentários: 
A redução do número de linfócitos TCD8 foi decorrente do 
processamento e apresentação de antígenos ocorrer 
predominantemente pela via do MHC-II. Antígenos exógenos, 
normalmente antígenos fagocitados, são degradados dentro dos 
fagolisossomas. Concomitante, a síntese dos MHC (I e II) ocorre 
no retículo endoplasmático. Porém, o MHC-II está associado a 
uma cadeia invariante, impedindo com que antígenos do citosol 
se liguem na fenda da molécula do MHC-II e são liberados em 
vesículas. Ao fusionar com o fagolissoma, as enzimas 
proteolíticas degradam a cadeia invariante permitindo o 
ancoramento do peptídeo na fenda do MHC-II. O complexo MHC-
II-peptídeo é exocitado e fusiona na membrana da célula para ser 
reconhecido por linfócitos TCD4. Já antígenos do citosol 
(endógenos) são processados em proteassomas e adentram no 
retículo. Nesse momento, ligam-se diretamente as moléculas de 
MHC-I, já que as moléculas de MHC-II estão ocupadas pelas 
cadeias invariantes. O complexo peptídeo-MHC-I é exocitado e 
expresso na membrana para ser reconhecido por linfócitos TCD8. 
Alguns vírus apresentam mecanismos que evadem o sistema 
imune, principalmente inibindo a expressão do MHC-I e 
promovem morte em células infectadas. As células mortas são 
fagocitadas e, então, apresentam antígenos virais pela via de 
MHC-II. Sendo, portanto, uma resposta predominante de linfócitos 
TCD4. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Abul K Abbas, Imunologia Celular e Molecular, 8a edição, 
Editora Elsevier. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14. D 
 
Comentários: 
Ao ser picado por abelha, um indivíduo pode se tornar 
sensibilizado. Isso significa que passa a produzir anticorpos da 
classe IgE, principalmente devido à ativação de linfócitos B e 
células TCD4+ de padrão Th2. Os anticorpos IgE ligam-se a 
receptores expressos na superfície de mastócitos. Em contatos 
subsequentes, ocorre ativação de mastócitos por meio da ligação 
do alérgeno à IgE na superfície dos mastócitos. Os mastócitos 
liberam o conteúdo pré-formado de seus grânulos, como 
histamina, numa reação rápida (poucas horas), causando 
vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, que 
caracterizam as placas eritematosas, edema de glote e 
dificuldade para respirar. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Abbas, A.K., Lichtman, A. H., Pillai S. Imunologia Básica. 
Funções e distúrbios do sistema imunológico,5ª. Edição, 
Editora Elsevier (2017). 
 
15. B 
 
Comentários: 
As partículas do SARS-CoV-2 são envelopadas e possuem 
espículas (spikes) capazes de se ligarem aos receptores ECA-2 
nas células hospedeiras, além de possuírem genomas de RNA de 
fita simples bastante complexos e longos quando em comparação 
com outros vírus de genoma RNA não pertencentes à ordem dos 
Nidovirales. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Hoffmann, M. et al. SARS-CoV-2 Cell Entry Depends on ACE2 
and TMPRSS2 and Is Blocked by a Clinically Proven Protease 
Inhibitor. Cell 271–280 (2020). doi:10.1016/j.cell.2020.02.052 
• WHO – World Health Organization - https://www.who.int/ 
 
16. C 
 
Comentários: 
Como o teste de Gram não mostrou bactérias, Neisseria não pode 
ser o diagnóstico, pois é uma bactéria Gram positiva. A coloração 
de Gram não pode ser utilizada para a identificação de Chlamydia 
ou Candida, porém a coloração de Shorr deixa evidente tratar-se 
da forma trofozoíta de Trichomonas vaginalis. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Bases da Parasitologia Médica – Luís Rey, 3a edição, 2011; 
Parasitologia Humana, - David Pereira Neves, 13a edição, 
2016. 
 
17. A 
 
Comentários: 
O fenoterol é um agonista beta adrenérgico que atua em 
receptores beta 2 presentes nos brônquios, causando 
broncodilatação, aliviando assim os sintomas da asma. 
Entretanto, um efeito colateral é a taquicardia decorrente de sua 
ação em receptores beta 1 cardíacos. 
 
Referência Bibliográfica: 
• As bases farmacológicas da terapêutica – Goodman & 
Gilman; Editora Mc Graw Hill – 13ª Edição - Ano 2018. 
 
 
 
Teste de Progresso – novembro/2020 5 
18. D 
 
Comentários: 
Trata-se de uma imunodeficiência adquirida (secundária) causada 
pela infecção com o vírus HIV. O vírus infecta diversas células do 
sistema imunológico, incluindo linfócitos TCD4, destruindo-os. A 
eliminação de células TCD4 causa uma profunda 
imunossupressão, que é acompanhada de infecções oportunistas, 
como fúngicas (aqui representada pela C. Albicans) e co-
infecções com M. tuberculosis. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Abul K Abbas, Imunologia Celular e Molecular, 8a edição, 
Editora Elsevier. 
 
19. C 
 
Comentários: 
Os déficits funcionais indicam a Síndrome da Artéria Cerebelar 
Inferior Posterior (síndrome de Wallenberg) à esquerda, na qual 
tipicamente estão envolvidas as seguintes estruturas: 
1. Lesão do pedúnculo Cerebelar inferior do lado esquerdo: 
explica a Incoordenação de movimentos da metade do corpo 
situada do lado lesado (esquerdo). 
2. Lesão do trato espinal do trigêmeo e seu núcleo do lado 
esquerdo: explica a hipoestesia dolorosa da face a esquerda. 
3. Lesão do trato espinotalâmico lateral do lado esquerdo: explica 
a hipoestesia dolorosa do tronco e membros do lado direito. 
4. Lesão das vias hipotálamo-espinais: explica a ptose palpebral e 
miose do lado esquerdo (síndrome de Horner). 
 
Referências Bibliográficas: 
• HAINES, D.E. Neurociência Fundamental. 3ª. ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2006. 672 p. 
• MACHADO, A.B.M. Neuroanatomia funcional. 3ª ed. São 
Paulo: Atheneu, 2013. 360 p. 
 
20. B 
 
Comentários: 
A depuração de substâncias circulantes pelos rins explica o fato 
de frequentemente ser lesado por agentes tóxicos. Estes exercem 
ação tóxica por si mesmos ou por seus metabólitos. Embora a 
nefrotoxicidade possa atuar sobre os vários componentes renais, 
as agressões tubulares são as mais importantes e explicáveis 
pela reabsorção ativa exercida pelos túbulos, particularmente os 
proximais. Existem muitos agentes tóxicos e entre eles o 
contraste radiológico. As alterações morfológicas variam de 
acordo com o agente tóxico e, na maioria das vezes são 
inespecíficas. Elas ocorrem sobretudo nos túbulos proximais, e 
em geral não destroem a membrana basal, o que permite a 
regeneração completa dos túbulos se a causa for eliminada. 
 
Referências Bibliográficas: 
• BRASILEIRO FILHO, G.. Bogliolo patologia. 9.ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Páginas 588 a 589. 
• ROBBINS e COTRAN patologia: bases patológicas da 
doença. Edição de Kumar, V., Abbas, A.K. & Aster, J.C. 9.ed. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Páginas 698 a 708. 
• Robbins patologia básica. Edição de Kumar, V., Abbas, A.K. & 
Aster, J.C. 10ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2018, páginas 
498 a 501. 
 
 
 
 
 
21. C 
 
Comentários: 
História de dor precordial característica com ECG mostrando 
alteração no segmento ST e na onda T podem estar presentes 
tanto em angina instável (AI) como IAM sem supra 
desnivelamento de ST. A elevação nos marcadores de necrose 
miocárdica (CKMB e troponina) podem caracterizar o IAM, assim 
como o ECG sequencial. 
Em pacientes com suspeita de angina instável, além das medidas 
como analgesia, oxigênio, betabloqueadores e aspirina, deve ser 
dosada a troponina cardíaca (hs-cTn) realizada na apresentação 
e 3h mais tarde. Entre os marcadores cardíacos, o nível da CKMB 
não é alto, mas a troponina cardíaca se eleva, especialmente 
quando medida por meio de testes de alta sensibilidade para 
troponina (hs-cTn). A repetição do ECG pode demonstrar a onda 
Q não vista anteriormente. Enquanto não se chega a esta 
definição, a melhor denominação do quadro é Síndrome 
Coronariana Aguda. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre 
Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem supra 
desnível do Segmento ST ArqBrasCardiol 2014; 
102(3Supl.1):1-61. 
• Zipes DP,LibbyP,Bonow RO, Mann DL,Tomaselli GF. 
Braunwald's Heart Disease E-Book:A Textbook of 
Cardiovascular Medicine,11ª ed. Elsevier; 2018. 
 
22. A 
 
Comentários: 
A encefalopatia hipertensiva se manifesta com elevação da 
pressão arterial, alteração do nível de consciência e edema de 
papila. A Tomografia Computadorizada de crânio pode 
demonstrar edema cerebral simétrico, envolvendo a substância 
branca, principalmente nas regiões parietocciptais. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Santos, E.C.L; Mastrocola, F., Figuinha, F.C.R. Cardiologia 
Cardiopers – 760 Pág. Editora Atheneu – 2018. 
 
23. C 
 
Comentários: 
O quadro é de anemia megaloblástica (Ht e Hb baixos com VCM 
e CHCM elevados, número de reticulócitos normal ou baixo), que 
pode ocorrer por falta de vitamina B12 ou ácido fólico. 
Clinicamente, a presença de formigamento de pés e mãos é mais 
comum na deficiência de vitamina B12. Na anemia megaloblástica 
pode também ocorrer neutropenia, com presença de neutrófilos 
hipersegmentados (pleocariócitos) e moderada plaquetopenia, 
conforme observado no hemograma do caso clínico apresentado. 
As alterações se estendem a outros locais com grande 
proliferação celular, como a língua, o que justifica a língua careca 
observada ao exame físico. 
O tipo mais comum de carência de vitamina B12 é representado 
pela anemia perniciosa, doença de natureza imunológica, em que 
ocorre atrofia e inflamação crônica da mucosa gástrica (gastrite 
atrófica), levando à ausência concomitante de fator intrínseco e 
da secreção de ácido clorídrico, com consequente má absorção 
da vitamina B12. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Zago MA, Falcão RP, Paquini R. Hematologia. Fundamentos e 
Prática. 2a edição. São Paulo: Editora Atheneu; 2013. 
• Figueiredo Maria Stela, Kerbauy José, Lourenço Dayse Maria. 
Guias de Medicina Ambulatorial e Hospitalar da Unifesp. 
Hematologia. 1ª ed. Barueri: Editora Manole, 2010. 
 
6 Teste de Progresso – novembro/2020 
24. B 
 
Comentários: 
A Púrpura Trombocitopênica Imune é uma doença resultante do 
surgimento de auto-anticorpos direcionados contra glicoproteínas 
de membrana plaquetárias, resultando em destruição das 
mesmas, e cursando com plaquetopenia exclusiva. Sua 
apresentação clínica típica é a ocorrência de sangramentos em 
pacientes previamente saudáveis. Frequentemente, há história de 
processo infeccioso viral nas semanas anteriores ao início do 
quadro. Os sangramentos incluem petéquias, equimoses, 
sangramento mucoso (gengival, nasal, dotrato urinário e 
digestivo) e dependem das contagens de plaquetas, sendo mais 
comuns e clinicamente significativos quando estão abaixo de 
20.000/mm3. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas. Portaria SAS/MS 
nº 1.316, de 22 de novembro de 2013. Púrpura 
Trombocitopênica Idiopática. 
• Guideline on immune thrombocytopenia in adults: Associação 
Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular. 
Project guidelines: Associação Médica Brasileira - 2018. 
• Margareth Castro Ozelo, Marina Pereira Colella, Erich Vinícius 
de Paula, Ana Clara Kneese Virgilio do Nascimento, Paula 
Ribeiro Villaça, Wanderley Marques Bernardo 2531-1379/© 
2018 Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e 
Terapia Celular. Published by Elsevier Editora Ltda). 
• American Society of Hematology 2019 guidelines for immune 
thrombocytopenia Cindy Neunert, Deirdra R. Terrell, Donald 
M. Arnold, George Buchanan, Douglas B. Cines, Nichola 
Cooper, Adam Cuker, Jenny M. Despotovic, James N. 
George, Rachael F. Grace, Thomas Kühne, David J. Kuter, 
Wendy Lim, Keith R. McCrae, Barbara Pruitt, Hayley 
Shimanek, Sara K. Vesely Blood Advances (2019) 3 (23): 
3829–3866. 
 
25. D 
 
Comentários: 
O tratamento irregular da hipertensão arterial e do diabetes levam 
à doença renal crônica, bem caracterizado pela presença de 
sintomas de uremia como náuseas, anemia, cansaço e edema de 
membros inferiores, causados pela retenção de sódio e eventual 
congestão. A insuficiência cardíaca não se apresenta geralmente 
com anemia. A lesão renal aguda está mais associada ao uso de 
captopril associado a estados hipovolêmicos. A síndrome 
mielodisplásica, além de não ter a diabetes e a hipertensão como 
fator de risco, embora apresente anemia, é sempre um 
diagnóstico de exclusão. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Princípios Básicos de Nefrologia; Silvia Titan; 1º Edição Ed 
Artmed 2013. 
 
26. A 
 
Comentários: 
O diagnóstico correto é erisipela, infecção da derme causada 
predominantemente por estreptococos do grupo A e caracterizada 
por apresentar lesão com eritema vivo, intenso e doloroso, com 
bordas bem delimitadas. Quando o quadro é muito intenso, 
surgem bolhas e, até mesmo necrose com ulceração, 
acompanhado por febre, mal-estar físico e calafrios. O tratamento 
é feito preferencialmente com penicilina procaína ou cristalina. A 
maioria dos casos não necessita internação, que está reservada 
para os pacientes com comorbidades. Neste caso, por ser o 
paciente diabético, há indicação de internação e antibiótico EV. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Azulay, Ruben David. Dermatologia. 5ed. Rio de Janeiro. 
Guanabara Koogan,2011. 
• Belda Jr, Walter. Tratado de Dermatologia.3ed. Atheneu,2018. 
27. D 
 
Comentários: 
Em pacientes com AIDS, a principal manifestação neurológica 
focal é a toxoplasmose cerebral. Ocorre por reativação de foco 
latente, quando as contagens de T CD4+ estão abaixo de 200 
células/mm3. A TC de crânio está indicada em todos os casos e, 
quando não são visualizadas lesões, deve-se realizar ressonância 
magnética. As lesões podem ser únicas ou múltiplas, hipodensas, 
com ou sem reforço ao contraste, sendo mais comum apresentar 
reforço, que pode ser anelar ou nodular. Tem como diagnósticos 
diferenciais, linfoma primário do cérebro, leucoencefalopatia 
multifocal progressiva, doença de Chagas, neurocriptococose, 
entre outros. A neurocriptococose, em geral, não se manifesta 
com lesão tomográfica e, quando está presente, não apresenta as 
características acima descritas. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Gomes BC, Nunes J, Pinto J, Gouveia P, Pais RP. 
Neuroimagem na infecção vírus da imunodeficiência humana. 
Acta Med Port. 2012;25:7-12. 
• Vidal JE, Hernandez AV, de Oliveira AC, Dauar RF, Barbosa 
SP Jr, Focaccia R. Cerebral toxoplasmosis in HIV-positive 
patients in Brazil: clinical features and predictors of treatment 
response in the HAART era. AIDS Patient Care STDS 2005. 
 
28. B 
 
Comentários: 
Paciente em idade reprodutiva e exantema não pruriginoso com 
comprometimento palmo-plantar associado a febre e 
micropoliadenopatia. O quadro clínico é muito sugestivo de sífilis 
secundária. A lesão primária pode persistir por semanas, a 
exemplo deste paciente, com lesão oral. O tratamento de escolha 
é a penicilina benzatina. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Talhari S, Sardinha JCG, Cortez CCT. Sífilis, pp 1543-1550. 
In: Foccacia R & Veronesi R. Tratado de Infectologia. 5. Ed. 
Editora Atheneu, 2015. 
 
29. A 
 
Comentários: 
Paciente apresenta sinais clínicos claros de hipercortisolismo: 
hipertensão, hiperglicemia, osteoporose, amenorreia, 
hipocalemia, fácies de lua-cheia, obesidade central, perda de 
gordura periférica em membros, estrias violáceas, e no caso 
sintomas psicóticos, provavelmente pelo excesso de cortisol. A 
confirmação através de 2 exames (teste de Nuggent) do excesso 
de glicocorticoides é o primeiro passo. A seguir devemos avaliar 
se estamos diante da síndrome de Cushing ACTH dependente 
(ACTH normal ou elevado), onde a patologia se encontra na 
hipófise (Doença de Cushing) ou em tumores produtores de 
ACTH (síndrome do ACTH ectópico), ou síndrome de Cushing 
ACTH-independente (ACTH reduzido), na qual a patologia se 
encontra nas glândulas adrenais. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Newell-Price J, Trainer P, Besser M, Grossman A. The 
diagnosis and differential diagnosis of Cushing´s syndrome 
and pseudo-Cushing´s states. Endocr Rev 1998;19: 647-72. 
• Nieman LK, Biller BM, Findling JW, Newell-Price J, Savage 
MO, Stewart PM, Montori VM. The diagnosis of Cushing's 
syndrome: an Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J 
Clin Endocrinol Metab 2008 May; 93(5):1526-40. 
• Shinojima H, Kakizaki H, Usuki T, Harabayashi T, Ameda K, 
Koyanagi T Clinical and endocrinological features of 
adrenocorticotropic hormone-independent bilateral 
macronodular adrenocortical hyperplasia. J Urol 2001;166: 
1639-42. 
 
Teste de Progresso – novembro/2020 7 
30. D 
 
Comentários: 
O transtorno afetivo bipolar frequentemente se inicia com um 
quadro de depressão (depressão bipolar), que por vezes pode ser 
difícil de ser diferenciada da depressão unipolar. Constituem-se 
em critérios clínicos sugestivos da fase depressiva do transtorno 
afetivo bipolar: história familiar de transtorno bipolar, presença de 
sintomas atípicos (ex: hipersonia e hiperfagia), episódio 
depressivo em paciente jovem (abaixo de 25 anos), irritabilidade, 
presença de sintomas de lentificação psicomotora e melhora 
rápida com antidepressivos. O uso de antidepressivos pode 
precipitar o aparecimento de sintomas maníacos/hipomaníacos, 
como foi o caso da paciente em questão. Nessas situações, deve-
se suspender o antidepressivo imediatamente e instituir a 
terapêutica para o transtorno afetivo bipolar, que são os 
estabilizadores do humor, tais como o carbonato de lítio ou 
valproato de sódio. 
 
Referências Bibliográficas: 
• BORGES DR. (Org.). Atualização Terapêutica. 25 ed. 
(2014/2015). São Paulo: Artes Médicas, 2014, v. 1, p. 192-
202. 
• MIGUEL EC, GENTIL V, GATTAZ WF. Clínica Psiquiátrica. 1ª. 
Ed. São Paulo: Manole, 2011. 
 
31. B 
 
Comentários: 
A imagem radiológica mostra uma seriografia de esôfago, 
estômago e duodeno, focando na junção esofagogástrica. O 
diâmetro do esôfago tem menos que 4cm - está normal (chance 
menor de megaesôfago com disfagia lentamente progressiva), o 
relevo mucoso é liso e a cardia aparece claramente acima do 
pinçamento diafragmático caracterizando hérnia hiatal, 
geralmente causa de Doença do Refluxo gastroesofagiano que 
evolui frequentemente com azia, pirose e desconforto 
retroesternal. A dor epigástrica tipo fome, anorexia, 
emagrecimento e anemia sugerem mais lesão gástrica, péptica ou 
neoplásica, não presentes neste exame. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Andreollo, NA; Lopes, LR; Coelho-Neto, JS. Doença do refluxo 
gastroesofágico: qual a eficácia dos exames no diagnóstico? 
ABCD, arq.bras. cir. dig. vol.23 no.1 São Paulo Jan/Mar 2010. 
https://doi.org/10.1590/S0102-67202010000100003 
 
32. D 
 
Comentários: 
A hepatite viral, por seu processo fisiopatológico, é classificada 
como metabólica, devido ao processo inflamatório que ocorre no 
parênquima hepático e no hepatócito, gerando disfunção das 
organelas e lesão da membrana citoplasmática. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Gastroenterologia Essencial, 4ª edição; cap. 52, pag. 528. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33. B 
 
Comentários: 
Dentre outros exames que devem ser solicitados na investigação 
de lúpus eritematoso sistêmico (LES), é importante colher o 
Anticorpo anti-Sm, C3 e C4 e a urina I para avaliar o 
comprometimento renal. O fator reumatoide pode estar presente 
no LES, mas não são importantes para estabelecer diagnóstico. O 
o anticorpo anti P ribossomal, apesar de ter alta especificidade 
para o diagnóstico de LES, é pouco utilizado por não estar 
amplamente disponível e ter baixa sensibilidade, além de conferir 
um padrão citoplasmático e não nuclear, como cita o enunciado. 
O anticorpo U3 RNP, também denominado antifibrilarina, é 
altamente específico de esclerose sistêmica e produz o padrão 
nucleolar de FAN. O anticorpo anti-LKM1 está presente na 
hepatite autoimune tipo 2. A biópsia renal poderá ser indicada 
num segundo momento, se houver indício de acometimento renal 
por LES ou acometimento renal sem causa definida. O anticorpo 
anti-DNA de hélice simples não deve ser utilizado devido a sua 
baixa especificidade (o que deveria ser indicado é o anticorpo 
anti-DNA dupla hélice). Anticorpo antimitocôndria está presente 
na colangite biliar primária. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Carvalho MAP, Lanna CCD, Bértolo MB. Reumatologia: 
diagnóstico e tratamento. 5o. Rio de Janeiro: GEN; 2019. 752 
p. 
 
34. C 
 
Comentários: 
O comprometimento cognitivo (esquecimento) e sonolência do 
paciente, observados há 2 dias, poderiam decorrer de 
encefalopatia por descompensação hiperglicêmica não cetótica 
do diabetes mellitus. Em paciente idoso, com provável 
comprometimento vascular encefálico decorrente da hipertensão 
arterial associada ao diabetes, tal descompensação cursa 
comumente com crises epilépticas circunstanciais de origem focal 
ou multifocal, que podem ter tido progressão para crise 
generalizada com liberação de esfíncteres e perda completa da 
consciência. Os dados não permitem estabelecimento de 
diagnóstico de Epilepsia, mas de crises epilépticas 
circunstanciais. A alteração cognitiva progressiva do paciente e 
ausência de outros dados (como do levantar noturno para micção) 
não permitem estabelecer diagnóstico de síncope da micção 
como primeira hipótese diagnóstica. Da mesma forma, os dados 
sugerem crise no contexto de encefalopatia em progressão nos 
últimos 2 dias, sendo Ataque Isquêmico Transitório uma 
impressão menos provável neste cenário. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Harrisson’s Manual of Medicine, 19th Edition, 2016, Edited by 
Mc Graw Hill Edu, Kasper, Fauci, Hauser, Jameson, Loscalzo. 
Chapter 16 – Confusion, Stupor and Coma; pp:76-82 and 
Chapter 181 – Seizures and Epilepsy; pp: 956-968. 
 
35. A 
 
Comentários: 
Quando se observa VEF1/CVF < 70 se faz o diagnóstico de 
DPOC. Para classificar este DPOC deve ser feita a avaliação da 
limitação ao fluxo aéreo pelo VEF1, nesse caso 59%, portanto 
GOLD 2 (50 - 79); depois foi fornecido que o paciente tinha um 
mMRC de 1 e que teve uma internação no ano anterior, o que o 
classifica como C. Portanto é um paciente GOLD 2C, e o 
tratamento recomendado nesse estádio da doença é o uso de 
anticolinérgico de longa duração (LAMA). 
 
Referência Bibliográfica: 
• GOLD 2020 
 
8 Teste de Progresso – novembro/2020 
36. B 
 
Comentários: 
O caso em questão retrata um episódio depressivo grave com 
sintomas psicóticos. São fatores de risco para o suicídio: sexo 
masculino, ser viúvo/solteiro/divorciado, faixa etária até os 19 
anos ou acima de 45 anos, presença de transtorno psiquiátrico 
(principalmente depressão), histórico de abuso/dependência de 
substâncias, sintomas de desesperança, histórico próprio de 
tentativas de suicídio e histórico familiar de tentativas ou de 
suicídio. Os sintomas de tristeza, anedonia e insônia terminal se 
constituem em sintomas do quadro depressivo, não estando 
associados diretamente ao risco de suicídio. 
 
Referência Bibliográfica: 
• BORGES DR. (Org.). Atualização Terapêutica. 25ed. 
(2014/2015). São Paulo: Artes Médicas, 2014, v. 1, p. 192-
202.MIGUEL EC, GENTIL V, GATTAZ WF. Clínica 
Psiquiátrica. 1ª. Ed. São Paulo: Manole, 2011. 
 
37. C 
 
Comentários: 
A presença de peptídeo C baixo é típica de utilização de insulina 
exógena, já que a aplicação de insulina leva a uma supressão da 
liberação pancreática de insulina. Tanto o insulinoma quanto a 
hipoglicemia causada por sulfonilureias são caracterizadas por 
níveis elevados de insulina, peptídeo C e pró-insulina. Na 
hipoglicemia mediada por IGF-II, típica de pacientes com grandes 
tumores retroperitoneais, o paciente apresentará tipicamente 
níveis suprimidos de insulina e peptídeo C. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Guyton & Hall. 2017. Tratado de Fisiologia Médica. 13° 
edição, editora Guanabara-Koogan. 
• Melmed et al. 2015. Williams textbook of Endocrinology. 13° 
edição, editora Elsevier. 
• Vilar. 2016. Endocrinologia Clínica. 6° edição, editora 
Guanabara-Koogan. 
 
38. D 
 
Comentários: 
Alargamento mediastinal (principalmente paratraqueal direito) e 
aumento do volume hilar bilateral, de aspecto lobulado, 
caracteriza o sinal radiográfico do 1,2,3, sendo característico da 
doença linfonodal pela sarcoidose. O quadro clínico descrito 
também desfavorece outras doenças que cursam com 
linfonodomegalias, como tuberculose e linfoma. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Wada DT, Rodrigues JAH, Santos MK. Sinais radiológicos no 
tórax. Medicina (Ribeirão Preto Online) [Internet]. 15out.2019 
[citado 23mar.2020]; 52(supl1.): 45-6. Available from: 
http://www.revistas.usp.br/rmrp/article/view/154870 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39. A 
 
Comentários: 
A demência pode ter várias etiologias. No caso desse paciente, 
que é frágil e apresentava quedas (possibilidade de traumatismo 
craniano) até há 3 meses, uma das etiologias suspeitas é de um 
hematoma subdural crônico (três meses sem quedas). O 
enunciado já relata que foi feito o diagnóstico de demência. 
Apresentava também sinais neurológicos focais (déficit motor em 
dimidio direito). O hematoma subdural crônico pode se apresentar 
em pessoas com atrofia cortical importante (idosos e alcoólatras), 
pois como existe a atrofia cortical é possível que não ocorra 
sintomas até que o volume cresça tanto que possa empurrar o 
hemisfério cerebral para o lado contralateral. A figura B 
representa um acidente vascular cerebral isquêmico, que daria 
sintomas imediatos. A imagem C representa hidrocefalia de 
pressão normal, cuja apresentação normalmente contempla 
demência, ataxia de marcha e incontinência urinária. A imagem D 
revela uma atrofia cortical de grande proporção, inclusive com 
hidrocefalia ex-vacum, que pode ser compatível com a idade. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Lôbo RR, Mendonça MF, Moriguti JC. Esquecimento e outras 
queixas de memória. In Desafios do Diagnóstico Diferencial 
em Geriatria. Moriguti JC, Lima NKC, Ferriolli E. Editora 
Atheneu, São Paulo. 2012. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teste de Progresso – novembro/2020 9 
40. C 
 
Comentários: 
O paciente preenche os critérios mais utilizados para diagnóstico 
de fragilidade: 
a) Fenótipo de Fragilidade de Fried (Fried et al., 2001): 
Esta definição, amplamente utilizada em protocolos de pesquisa e 
que foi validada no Cardiovascular Health Study (CHS), considera 
os seguintes itens: 
1) Perda de peso não intencional (≥ 4,5kg ou ≥ 5% do peso 
corporal no ano anterior). 
2) Exaustão, avaliada por auto-relato de fadiga, indicadopor duas 
questões da Center for Epidemiological Studies – Depression 
(CES-D). 
3) Fraqueza (força de preensão diminuída mensurada pela força 
de preensão palmar obtida em quilograma-força (kgf) com 
dinamômetro na mão dominante e ajustada ao sexo e ao índice 
de massa corporal - IMC). 
4) Lentidão, medida pelo tempo de marcha indicada em segundos 
(s) após percorrer a distância de 4,6 metros (m), ajustada 
segundo sexo e altura. 
5) Baixo nível de atividade física, medido pelo dispêndio semanal 
(Kcals na última semana: homem < 383 Kcal e mulher < 270 
kcal), segundo questionário de Minnesota Leisure Time Activities 
Questionnaire. A classificação é determinada pelo número de 
critérios encontrados: 
- três ou mais: frágil 
- um ou dois: pré-frágil 
- nenhum: não frágil 
Este paciente preenche os critérios 1, 2 e 4. 
b) Frail – Brasil: 
1) Fadigue - Você se sente cansado? 
2) Resistance - Não consegue subir um lance de escadas? 
3) Aerobic - Não consegue andar uma quadra? 
4) Ilness - Você tem mais de 5 doenças? 
Cinco doenças podem ser: HAS, diabetes mellitus, câncer (exceto 
carcinoma espino/basocelular em pele), ICC, DAC ou IAM, 
DPOC, asma, artrite, AVE, IRC. 
5) Low Weight - Você perdeu mais que 5% do seu peso nos 
últimos 6 meses? 
Interpretação - pontos 
- 0 - robusto 
- 1 ou 2 - pré-frágil 
- 3 ou mais - frágil 
Este paciente preenche os critérios 1, 3 e 5. 
c) Study of Osteoporotic Fractures (SOF) index: 
Critérios: 
1. Inabilidade de levantar-se da cadeira sem ajuda dos braços 
(5x). 
2. Perda de peso de 5% não intencional nos últimos 2 anos. 
3. Você se sente cheio de energia? 
Interpretação: 
- 0 critério - robusto 
- 1 critério - pré-frágil 
- 2 ou 3 critérios - frágil 
Este paciente preenche os critérios 2 e 3. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Fried, L.P., Tangen, C.M., Walston, J., Newman, A.B., Hirsch, 
C., Gottdiener, J., Seeman, T., Tracy, R., Kop, W.J., Burke, G., 
et al. (2001). Frailty in older adults: evidence for a phenotype. 
J. Gerontol. A. Biol. Sci. Med. Sci. 56, M146-156. 
• Aprahamian et al. J Am Med Dir Assoc 2017; 18(7):592–6. 
• Ensrud et al. Arch Intern Med 2008; 168(4):382–9. 
 
 
 
41. B 
 
Comentários: 
O quadro descrito corresponde ao “blues” pós-parto, de evolução 
benigna. O pediatra deve garantir que o RN esteja bem, reforçar 
orientações a respeito da amamentação sob livre demanda e 
manter acompanhamento cuidadoso, assegurando que a mulher 
receba apoio familiar e social, fundamentais neste período de 
transição e mudanças. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Atenção 
humanizada ao recém-nascido: Método Canguru: manual 
técnico – 3. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 340 p.: il 
 
42. D 
 
Comentários: 
Aumento do testículo fala a favor de ativação hipofisária, 
dependente de gonadotrofinas, tratando-se de puberdade 
precoce central / verdadeira As demais alternativas têm 
diagnósticos diferenciais de puberdade precoce periférica, em que 
existe a produção de esteroides sexuais pela via adrenal e/ou 
testicular e/ou exógena, sem ativação hipofisária e, clinicamente, 
uma desproporção do tamanho testicular (testículo de tamanho 
normal < 4mL) para o grau de virilização do genital. A 
consistência normal do testículo afasta tumor testicular. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Spinola-Castro AM, Siviero-Miachon AA. Distúrbios Puberais. 
In: Dennis Alexander Rabelo Burns, Dioclécio Campos Junior, 
Luciana Rodrigues Silva, Wellington Gonçalves. (Org.). 
Tratado de Pediatria - Sociedade Brasileira de Pediatria. 4ed. 
São Paulo: Manole, 2017, v. 1, p. 639-48. 
 
43. A 
 
Comentários: 
O caso apresentado representa uma situação típica de sepse 
neonatal precoce, cuja manifestação clínica pode se iniciar ainda 
na sala de parto com quadro de desconforto respiratório, com 
aparecimento das alterações sistêmicas nas primeiras horas de 
vida. Neste caso é possível identificar fatores de risco pré-natais 
importantes para infecção neonatal, além da clínica e da 
confirmação por hemocultura. O resultado do líquor sugere 
meningite neonatal bacteriana, cujo diagnóstico ocorre em 25-
30% dos casos de sepse. Os agentes etiológicos da meningite 
neonatal precoce são os mesmos da sepse precoce e são 
aqueles que geralmente fazem parte da flora genital materna: 
Escherichia coli, Streptococcus beta-hemolítico do grupo B e, 
menos frequentemente, a Listeria monocitogenes. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Perinatologia - Fundamentos e Prática. 3ª ed. Conceição AM 
Segre, Umberto Gazi Lippi. (Org.) São Paulo, Sarvier, 2015. 
• Atenção à Saúde do Recém-Nascido. Guia para os 
profissionais de Saúde. 2ª Ed. Brasil. Ministério da Saúde. 
Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível online. 
 
 
 
 
 
10 Teste de Progresso – novembro/2020 
44. B 
 
Comentários: 
A questão utiliza como referência a recomendação da OMS e MS, 
que é de introdução de 1mg/kg/dia somente após os 6 meses de 
idade para crianças nascidas a termo, em aleitamento materno 
exclusivo. Recém-nascidos a termo, de peso adequado para a 
idade gestacional, em aleitamento materno exclusivo, devem 
receber suplementação com ferro elementar na dose de 
1 mg/kg/dia a partir do terceiro mês de vida, segundo a Sociedade 
Brasileira de Pediatria, estendendo-se até o 24º mês. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamentos de 
Nutrologia e Hematologia-Hemoterapia. Diretrizes. Consenso 
sobre anemia ferropriva: mais que uma doença, uma urgência 
médica! No. 2, Junho/2018. 
• World Health Organization. Nutritional Anaemias: Tools for 
Effective Prevention and Control. Genebra. 2017. 
 
45. C 
 
Comentários: 
Lactente de 9 meses, IMC = 21, entre Z-escore +2 e Z-escore +3 
da curva de IMC/idade, classificação de sobrepeso. A 
classificação apresentada na opção peso elevado para a idade 
não existe, já que peso elevado para idade se refere à curva de 
peso/idade. 
 
Referências Bibliográficas: 
• OMS. Curvas de crescimento. Disponíveis em 
http://www.who.int/childgrowth/standards/en. Acessado em 
04/05/2020. 
• Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Atenção Básica. Orientações para a coleta e 
análise de dados antropométricos em serviços de saúde: 
Norma Técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e 
Nutricional- SISVAN / Ministério da Saúde, Secretaria de 
Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 
Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em 
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/orientac
oes_coleta_analise_dados_antropometricos.pdf. Acessado em 
04/05/2020. 
• Departamento científico de Nutrologia. Sociedade Brasileira 
de Pediatria. Avaliação Nutricional da criança e do 
adolescente: Manual de Orientação. Disponível em: 
http://www.sbp.com.br/pdfs/MANUAL-AVAL-NUTR2009.pdf -
Acessado em 04/05/2020. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46. A 
 
Comentários: 
A alternativa correta é Parvovírus, pelas características do 
exantema, principalmente o fato de ser intenso em região das 
bochechas, caracterizando o aspecto de “face esbofeteada”. 
Estas características não ocorrem nos exantemas do vírus da 
rubéola, herpes tipo 6 e Paramyxovírus. 
O diagnóstico é feito, na maioria dos casos, clinicamente. 
Rubéola: exantema maculopapular que se inicia na face, 
tonalidade rósea, sem aspecto intenso e endurecido, sem 
predomínio nas bochechas, generaliza-se em 24 a 48h, não muda 
de cor nem descama, e desaparece entre o 1º e 5º dia da 
evolução. 
Herpes tipo 6: Coincidindo com a descida ou desaparecimento da 
febre surge uma erupção na pele, do tronco para o pescoço e 
para os membros superiores, e, em menor intensidade em face e 
membros inferiores. 
O Paramyxovírus é o agente etiológico do sarampo. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Recomendações_Atualização de Condutas em Pediatria.Departamentos Científicos SPSP Gestão 2016-2019. 
Aspectos úteis no diagnóstico diferencial dos exantemas. 
Março 2017. 
• Doenças exantemáticas febris. DIVE – Secretaria de 
Vigilância Epidemiológica- Secretaria do Estado da Saúde de 
Santa Catarina - 2018 
• FARHAT, Calil K. et al. Infectologia pediátrica. 2ª edição. 
Editora Atheneu. 1999. 
 
47. D 
 
Comentários: 
Quadro clínico de Bronquiolite Viral aguda em lactente jovem, 
apresentando sinais de insuficiência respiratória, devendo ser 
considerado o uso de cateter nasal de alto fluxo como terapêutica, 
almejando tratamento da hipóxia. A indicação de cateter nasal de 
alto fluxo visa inclusive evitar a necessidade de ventilação 
mecânica. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Slain KN, Shein SL, Rotta AT. The use of high-flow nasal 
cannula in the pediatric emergency department. J Pediatr (Rio 
J). 2017;93:36-45. 
 
48. B 
 
Comentários: 
De acordo com a última revisão do GINA 2020 o controle da asma 
nas crianças entre 6-11 anos de idade pode ser caracterizado de 
acordo com parâmetros clínicos apresentados nas últimas 4 
semanas do atendimento (sintomas diurnos mais que duas vezes 
na semana, despertar noturno, limitação de atividade física, uso 
de medicação de resgate mais que duas vezes na semana), em 3 
diferentes níveis: asma controlada (nenhum parâmetro), asma 
parcialmente controlada (1-2 parâmetros presentes) e asma não 
controlada (3-4 parâmetros presentes). No presente caso, a 
paciente referiu despertar noturno, limitação de atividade física e 
faz uso de salbutamol de resgate três vezes na semana, portanto 
sua asma não está controlada. Portanto existe a necessidade de 
step up no seu tratamento, passando do step 2 (baixa dose de 
corticoide inalatório) para o step 3, cuja opção preferida é a 
associação de beta-2 de longa duração. O uso do Formoterol traz 
muito benefício para o paciente que tem limitação de atividade 
física. A espirometria mostra um distúrbio ventilatório obstrutivo 
de grau leve, com resposta significativa ao uso de 
broncodilatador. 
 
Referência Bibliográfica: 
• GINA (2020). Disponível em: https://ginasthma.org/gina-
reports/ 
 
Teste de Progresso – novembro/2020 11 
49. C 
 
Comentários: 
 
A leucemia linfoide aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais 
frequente (70%) entre as crianças menores de 15 anos de idade. 
As manifestações clínicas mais comuns são: febre, palidez e 
sangramentos de pele (equimoses, petéquias) que decorrem da 
falência na hematopoiese normal, devido à infiltração medular de 
blastos leucêmicos. Outras manifestações clínicas são 
hepatoesplenomegalia e linfadenopatia. As dores osteoarticulares 
como sintoma inicial ocorrem em 25% dos casos e atingem, 
principalmente, os ossos longos e grandes articulações, 
comprometidas de forma assimétricas. Geralmente na leucemia a 
dor articular é intensa e desproporcional aos achados do exame 
físico das articulações. Na leucemia a articulação pode estar 
normal ao exame físico ou apresentar processo inflamatório, 
geralmente de pequena intensidade. Nesse caso descrito, o 
tempo de história é curto (1 semana) sendo que na artrite 
idiopática juvenil (AIJ) um dos critérios diagnósticos é o quadro 
clínico de pelo menos 6 semanas. 
As alterações hematológicas da leucemia são consequentes à 
infiltração medular. Pacientes com artralgia ou artrite com 
alterações no hemograma devem ser investigados pela 
possibilidade de leucose. Nesse caso o paciente apresentava 
anemia sendo que níveis de Hb inferiores a 10 g/dL estão 
presentes em 80% dos casos de leucemia, a leucometria 
acentuada com linfocitose ocorre em aproximadamente 50%. As 
plaquetas inferiores a 150.000 células/mm3 ocorrem em cerca de 
75% dos casos. Nas outras hipóteses diagnósticas as plaquetas 
geralmente são normais ou aumentadas. O diagnóstico definitivo 
é feito através do mielograma apresentando mais de 25% de 
células blásticas. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Pizzo, Philip A & Poplack, David G & ProQuest (Firm) (2015). 
Principles and Practice of Pediatric Oncology (7th ed). Wolters 
Kluwer, Philadelphia 
 
50. C 
 
Comentários: 
Legg-Calvé-Perthes: corrobora com a resposta, a idade: escolar, 
dor, dificuldade em deambular, hipotrofia do membro, diminuição 
de força. 
Doença de Osgood-Schlatter: a queixa seria na face anterior da 
tíbia. 
Sinovite Transitória de quadril: o quadro seria auto-limitado, não 
duraria 3 meses. 
O quadro arrastado e pela radiografia com destruição da cabeça 
femoral fala contra processo reativo (sinovite transitória) ou 
escorregamento da cabeça de fêmur (epifisiólise). A necrose 
avascular ou doença de Legg-Perthes-Calvé tem esse achado 
típico de ausência da cabeça femoral por destruição. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Assis MR. Dor no quadril e no joelho. In: Vasconcelos JTS, 
Marques Neto JF, Shinjo SK, Radominski SC editors. Livro da 
Sociedade Brasileira de Reumatologia. 1ª ed. Barueri-SP: 
Manole; 2019. p. 525-34. 
• RE, Petty Laxer RM, Lindsley CB, Wedderburn L. Textbook of 
Pediatric Rheumatology, 7.edição, Editora Philadelphia: 
Elsevier Health Sciences, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
51. B 
 
Comentários: 
Apresentação clínica de diarreia disabsortiva condizente com 
quadro de Doença Celíaca. História de diarreia após a introdução 
alimentar, portanto, após a inserção do glúten na dieta evolução 
com emagrecimento e palidez e no EF apresenta abdome 
distendido e hipotrofia dos glúteos - aspecto característico de 
doença celíaca. A Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), 
normalmente, se manifesta mais precocemente e a manifestação 
gastrointestinal comum é a colite alérgica, com diarreia, sangue e 
muco. A diarreia da APLV não é disabsortiva, e geralmente não 
ocorre perda de peso. Doença de Crohn - apesar de poder 
ocorrer em qualquer idade, a idade de início do quadro, 9 meses, 
não é o mais frequente (geralmente é mais tardio, por volta de 6 
anos), a sintomatologia é compatível, mas a suspeita aumentaria 
com diarreia sanguinolenta. E também não ocorre hipotrofia de 
glúteos. Síndrome do intestino irritável (SII) - a idade de início é 
compatível (6m - 5 anos), e a diarreia faz parte do quadro que 
caracteristicamente apresenta alternância do hábito intestinal. 
Mas a SII não evolui com perda de peso e desnutrição. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Tratado de Pediatria: Sociedade Brasileira de Pediatria, 4ª 
edição, Barueri, SP: Manole, 2017. 
• Gastroenterologia Pediátrica - Manual de condutas - Vera 
Lucia Sdepanian. 
• Gastroenterologia e Nutrição em Pediatria - Luciana 
Rodrigues Silva. 
 
52. D 
 
Comentários: 
Lactente de 6 meses, com antecedente de episódio prévio de 
infecção do trato urinário e quadro atual de febre sem sinais 
localizatórios. Considerando que paciente sem controle 
esfincteriano, o método de eleição para a coleta seria o 
cateterismo uretral. A urina 1 evidenciou leucocitúria, nitrito 
positivo e esterase leucocitária positivos, sugestivos de infecção 
do trato urinário. Como paciente em bom estado geral e com boa 
aceitação alimentar, sem vômitos, pode ser iniciada 
antibioticoterapia oral, com retorno para avaliação e verificação de 
urocultura. Não está indicada a internação. Critério de internação: 
idade < 2 meses, urosepsia clínica (por exemplo, aparência 
tóxica, hipotensão, falta de enchimento capilar), paciente 
imunocomprometido, vômitos ou incapacidade de tolerar 
medicação oral, falta de acompanhamento ambulatorial adequado 
(por exemplo, sem telefone, morando longe do hospital), falha em 
responder à terapia ambulatorial. Assim, podemos iniciar 
antibiótico domiciliar. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Urinary tract infection: clinical practice guideline for the 
diagnosis and management of the initial UTI in febrile infants 
and children 2 to 24 months. Pediatrics 2011; 128:595. 
• Schnadower D, Kuppermann N, Macias CG, et al. Outpatient 
management of young febrile infants with urinary tract 
infections. Pediatr Emerg Care 2014; 30:591.12 Teste de Progresso – novembro/2020 
53. A 
 
Comentários: 
O sopro inocente é um achado frequente, que ocorre em mais de 
50% das crianças, e são mais facilmente audíveis nos estados 
circulatórios hipercinéticos, como a febre. As características do 
sopro cardíaco descrito no caso (sistólico, tipo ejeção, vibratório, 
de baixa intensidade, sem irradiação, com bulhas normais) 
associadas ao quadro de uma criança assintomática, são 
compatíveis com o diagnóstico de sopro inocente. O sopro 
associado a CIA é um sopro mais audível em área pulmonar e 
sempre acompanhado do desdobramento fixo da 2ª bulha e na 
CIV geralmente é do tipo regurgitação. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Kliegman, R., St Geme III, J., Blum N., Shah S., Tasker, R., 
Wilson, K. and Behrman, R. Nelson Textbook Of Pediatrics. 21 
ed. Philadelphie, PA: Elsevier 2020. 
• Tratado de Pediatria, Sociedade Brasileira de Pediatria, 4 ed. 
Ed. Manole, 2017. 
 
54. C 
 
Comentários: 
Os pacientes com feocromocitoma, em sua maioria, apresentam 
sinais e sintomas de síndrome hiperadrenérgica, ou seja, 
hipertensão arterial associada a outros sintomas dependentes da 
produção tumoral de catecolaminas, como palpitação, cefaleia e 
sudorese. As reações do tipo flushing são raras, mas podem ser 
decorrentes do aumento de fluxo sanguíneo em pele devido à 
liberação de substâncias vasodilatadoras (tipo histamina) pelo 
tumor ou à vasodilatação reativa que se segue à vasoconstrição 
prévia, causada pelo aumento das metanefrinas livres 
plasmáticas. A hipertensão intracraniana com 3 meses de 
evolução cursaria com alterações progressivas do nível de 
consciência e não tem curso paroxístico. A síndrome de Cushing 
é excluída pela ausência de ganho ponderal e de fácies 
cushingoide. As crianças com aldosteronismo primário podem ter 
hipertensão acentuada, cefaleia, tontura e perturbações visuais, 
mas a ausência de fraqueza e de poliúria falam contra este 
diagnóstico. 
 
Referências Bibliográficas: 
• VILAR, Lucio et al (Ed.). Endocrinologia Clínica. 6. ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. 
• Arq Bras Endocrinol Metab vol.48 no.5 São Paulo Oct. 2004 
https://doi.org/10.1590/S0004-27302004000500022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55. D 
 
Comentários: 
A cefaleia tensional é caracterizada por ser difusa (holocraniana), 
de caráter em pressão ou aperto (não pulsátil), não interferindo 
com as atividades normais da criança e melhorar com analgésico 
comuns e/ou anti-inflamatórios não hormonais. Além disso, a 
cefaleia tensional costuma não ser acompanhada de aura ou 
náuseas e nem piorar com exercícios físicos. 
Estudos populacionais indicam que a queixa de cefaleia aumenta 
com a idade: aos 7 anos, a prevalência varia entre 37 e 51% e, 
aos 15 anos, entre 57 e 82%. Até a puberdade, a queixa de 
cefaleia ocorre mais entre os meninos, tornando-se nitidamente 
mais prevalente entre as meninas após os 12 anos de idade. 
A migrânea sem aura tem característica pulsátil, em crianças 
costuma ser holocraniana, mas está associada a náuseas, 
vômitos, fono e/ou fotofobia, a duração deverá ser de mais de 2h. 
A cefaleia tipo salvas é rara em crianças e tem sintomas 
autonômicos em face. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Gherpelli JLD. Cefaleia na criança. Recomendações. 
Atualização de Condutas em Pediatria. Sociedade de 
Pediatria de São Paulo. 2004-2006;18:6-14 
• Classificação internacional das Cefaleias 3ª edição. Tradução 
da sociedade Brasileira de Cefaleia com autorização da 
sociedade internacional de Cefaleia. Kowacs F et al. 
(Coordenador). Omnifarma São Paulo 2019. Pág 39. 
• KLIEGMAN, R., ST GEME III, J., BLUM N., SHAH S., 
TASKER, R., WILSON, K.and BEHRMAN, R. Nelson Textbook 
Of Pediatrics. 21 ed. Philadelphie, PA: Elsevier, 2019. 
• ARRUDA, Marco Antônio; DE SOUZA CARVALHO, 
Deusvenir. Cefaléia na infância e na adolescência. Fascículos 
Janssen-Cilag. São Paulo, 2005. Disponível 
em:https://www.medlink.com.br/sites/default/files/artigos/dor/c
efaleia-infancia-e-adolescencia.pdf. Acesso em: 11/06/2020. 
 
56. B 
 
Comentários: 
A descrição é compatível com uma criança com ametropia. As 
ametropias decorrem de erros de refração que impedem que os 
raios luminosos sejam corretamente focados na retina. Dentre as 
manifestações clínicas encontradas destacam-se fotofobia, ardor, 
hiperemia e lacrimejamento ocular, além de fadiga visual 
decorrente do esforço para a acomodação. Pode haver 
desinteresse pela leitura e prejuízo no rendimento escolar. 
Também na intenção de melhorar a acomodação visual, pode ser 
necessário a aproximação de objetos dos olhos. O tratamento 
recomendado, no contexto da atenção básica à saúde, é a 
utilização de lentes corretivas. A criança tem clínica para uso de 
lentes corretoras e emetropia seria condição normal sem vícios de 
refração. 
A conjuntivite alérgica caracteriza-se por prurido, apesar de cursar 
com lacrimejamento ocular. Uveíte por toxoplasmose seria 
unilateral e geralmente com diminuição da acuidade visual. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Oftamologia ⁄coordenadores Rosa Maria Graziano, Mariza 
Polati, Ana Beatriz S Ugano Crestana. – Barueri, SP. Manole, 
201. – (Coleção Pediatria do Instituto da Criança do Hospital 
da FMUSP; v 24⁄ editores Benita G. Soares Schvarstsman, 
Paulo Taufi Maluf Jr.). 
• Molinari, Luiz Carlos. Curso Oftalmologia na Atenção Básica à 
Saúde / Luiz Carlos Molinari, Joel Edmur Boteon -- Belo 
Horizonte : Nescon/UFMG, 2016. 
• Óptica, refração e visão subnormal / editores Paulo Schor, 
Ricardo Uras e Silvia Veitzman – 2.ed. – Rio de Janeiro: 
Cultura Médica : Guanabara Koogan, 2011, p.214-6. 
 
Teste de Progresso – novembro/2020 13 
57. C 
 
Comentários: 
Trata-se de lactente com síndrome do Choque Séptico. Apresenta 
critérios para diagnóstico de sepse (provável foco infeccioso, 
taquicardia, taquipneia, febre, pulsos finos) e que será confirmado 
após reposição volêmica adequada, independentemente da causa 
a principal conduta é o acesso venoso para hidratação. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Surviving sepsis campaign international guidelines for the 
management of septic shock and sepsis-associated organ 
dysfunction in children. Intensive Care Med (2020):46(suppl 1): 
S10-S67. 
• Reis, M & Zambon, MP; Manual de Urgência e Emergências 
Pediátricas. 
 
58. A 
 
Comentários: 
Em crianças com DM 1, a descompensacão mais frequente é a 
cetoacidose diabética, no caso comprovada pelos exames 
laboratoriais. Para o tratamento sempre se preconiza hidratação e 
insulinoterapia, pois a acidose é secundária 
O diagnóstico de cetoacidose diabética se dá pela tríade de 
hiperglicemia (glicose acima de 200 mg/dL), acidose metabólica 
(pH abaixo de 7,3 ou bicarbonato menor que 15 mEq/L) e cetose 
(cetonas acima de 3 mmol/L ou cetonúria). Após avaliação inicial 
e determinação do estado de hidratação do paciente inicia-se a 
fase de ressuscitação volêmica na primeira hora que deve ser 
realizada com 10 a 20 mL/kg/h na primeira hora, a não ser que 
haja sinais de choque. Na 2ª hora inicia-se insulinização com 
insulina regular ou ultra-rápida. Uma vez que a glicemia atinja 
níveis em torno de 250 mg/dL, a hidratação passa a ser SF: SG 
1:1. A correção de bicarbonato só deve ser realizada se a acidose 
metabólica for grave e não responda à hidratação (pH < 6,9 ou 
HCO3 < 5 mEq/L na 1ª hora) ou se choque. A reposição de K na 
hidratação após a 2ª hora deve ser realizada mesmo se K 
inicialmente normal, já que à medida que a acidose metabólica é 
corrigida, existe queda no K. O manitol e a hiperventilação são 
utilizados no tratamento do edema cerebral, que é uma 
complicação rara, porém com elevada mortalidade. 
Estado hiperosmolar pode ser distinguido da cetoacidose 
diabética e tem glicemia acima de 600 mg/dL; acidose discreta, 
pH venoso acima de 7,25 e arterial 7,3 e o bicarbonato sérico 
acima de 15 cetose discreta, osmolaridade sérica acima de 320 
mmol/L. 
 
Referências Bibliográficas: 
•Reis, M & Zambon, MP; Manual de Urgência e Emergências 
Pediátricas. 
• Wolfsdorf JI, Allgrove J, Craig ME, Edge J, Glaser N, Jain V, 
Lee WW, Mungai LN, Rosenbloom AL, Sperling MA, Hanas R; 
International Society for Pediatric and Adolescent Diabetes. 
ISPAD Clinical Practice Consensus Guidelines 2014. -Diabetic 
ketoacidosis and hyperglycemic hyperosmolar state. Pediatr 
Diabetes. 2014;15 Suppl 20:154-79. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59. D 
 
Comentários: 
Entre as serpentes venenosas existentes no Brasil, as que 
provocam alteração da coagulação são a Crotalus, a Bothrops, e 
a Lachesis. Os constituintes tóxicos do veneno são denominados 
neurotoxinas (NTXs). As NTXs competem com a acetilcolina 
(Ach) pelos receptores colinérgicos da junção neuromuscular, 
atuando de modo semelhante ao curare. Nos envenenamentos 
onde predomina essa ação (M. frontalis), o uso de substâncias 
anticolinesterásticas (edrofônio e neostigmina) pode prolongar a 
vida média do neurotransmissor (Ach), levando a uma rápida 
melhora da sintomatologia. Os sintomas podem surgir 
precocemente, em menos de uma hora após a picada. 
Recomenda-se a observação clínica do acidentado por 24 horas, 
pois há relatos de aparecimento tardio dos sintomas e sinais. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Manual de Diagnóstico e Tratamento de Acidentes por 
Animais Peçonhentos – Ministério da Saúde, Fundação 
Nacional de Saúde 1998. 
 
60. C 
 
Comentários: 
A síndrome do bebê sacudido caracteriza-se por lesões do 
sistema nervoso central e hemorragias oculares. A suspeita 
diagnóstica deve ser considerada para lactentes com exame 
neurológico alterado, especialmente abaixo dos seis meses, 
podendo haver também outras lesões produzidas por abuso. A 
hemorragia retiniana ocorre em 78% das crianças com trauma por 
abuso e em 5% dos traumas cranianos acidentais; nos casos 
acidentais, as hemorragias são unilaterais e em pequeno número. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Sociedade de Pediatria de São Paulo. Sociedade Brasileira de 
Pediatria. Manual de atendimento às crianças e adolescentes 
vítimas de violência. Coordenação: Renata Dejtiar Waksman, 
Mário Roberto Hirschheimer, Luci Pfeiffer. –2.ed. Brasília, DF: 
Conselho Federal de Medicina, 2018. 
 
61. B 
 
Comentários: 
Em paciente com mais de 2 fatores de risco e tromboembolismo 
prévio sempre deve ser feita uma boa profilaxia. Para evitar 
grandes sangramentos usa-se heparina não fracionada ou 
heparina de baixo peso molecular com redução das 
complicações. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Consenso e Atualização na Profilaxia e no Tratamento do 
tromboembolismo Venoso. Da SBACV 2019. 
• Antithrombitic therapy for VTE disease – Chest guideline and 
expert panel report. Kearon, C et al Chest 2016. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 Teste de Progresso – novembro/2020 
62. A 
 
Comentários: 
A sutura de tecidos superficiais contaminados deve ser realizada 
com fios monofilamentares e não absorvíveis. O catgut® é um fio 
preparado a partir da parede intestinal de mamíferos (como 
carneiro) e é absorvível. O vicryl® é um fio sintético (ácido 
poliglicólico) multifilamentar e absorvível. O fio de algodão não é 
absorvível, mas é multifilamentar. O fio de nylon® atende aos 
critérios de ser monofilamentar e inabsorvível. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Townsend, Beauchamp, Evers, Mattos. Sabiston Tratado de 
Cirurgia. 19ª edição. Guanabara Koogan: 2014. 
 
63. D 
 
Comentários: 
Este paciente apresenta um quadro de apendicite complicada 
com perfuração e peritonite difusa. A conduta para estes 
pacientes é a ressuscitação hemodinâmica, coleta de 
hemoculturas, iniciar antibioticoterapia de largo espectro e realizar 
a cirurgia com apendicectomia e drenagem dos abscessos. A 
conduta de drenagem guiado por TC de abdome e 
apendicectomia de intervalo não se aplica a este caso porque ele 
tem coleções fora da área do apêndice o que denota peritonite 
difusa. O tratamento conservador da apendicite também não se 
aplica neste caso, sendo reservado para pacientes com 
apendicite não complicadas em pacientes sem choque séptico e 
estáveis. O contato com paciente COVID-19 (+) não contraindica 
a cirurgia, devendo-se, porém, realizar os RT-PCR. Na cirurgia, 
devem-se tomar todas as medidas de precaução de contato e de 
via área. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Gök A.F.K., et cols. Uls Trauma Acil Cerr Derg. May 2020, vol 
26, No 3. 
• Saveiro S.D., et cols. Diagnosis and treatment of acute 
appendicitis: 2020 update of the WSES Jerusalem Guidelines. 
World J. of Emerg. Surg. (2020) 
https://doi.org/10.1186/s13017-020-00306-3 
 
64. C 
 
Comentários: 
Bebês prematuros do sexo masculino tem uma maior incidência 
de apresentar hérnia inguinal indireta devido a uma persistência 
do conduto peritônio-vaginal que não se fechou. Além disso o 
bebê em questão está em condição neonatal crítica. Desta forma, 
recomenda-se fazer a redução manual da hérnia toda vez que 
encarcerar e corrigir cirurgicamente quando as condições clínicas 
se estabilizarem. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Tazima MFGS, et al. Afecções cirúrgicas da região inguino-
escrotal e fimose in Condutas em Pediatria, 2020. Cap. 25 – 
p.201-208. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65. B 
 
Comentários: 
Considerando a história clínica e os antecedentes sugestivos, o 
diagnóstico mais provável é de acalasia (megaesôfago 
chagásico). O tratamento mais adequado é cirúrgico – cirurgia de 
Heller (esofagocardiomiotomia com fundoplicatura). 
 
Referências Bibliográficas: 
• Modern management of esophageal achalasia: From 
pathophysiology to treatment. Francisco Schlottmann et al. 
Curr Problems in Surgery 55; 2018 (10 – 37). 
• Townsend, Beauchamp, Evers, Mattos. Sabiston Tratado de 
Cirurgia. 19ª edição. Guanabara Koogan: 2014. 
 
66. C 
 
Comentários: 
A ultrassonografia é o melhor exame para estabelecer o 
diagnóstico de litíase da vesícula biliar devido tanto a boa 
sensibilidade, como a boa especificidade, alcançando a precisão 
para cálculos da vesícula de 95% a 99%. Trata-se de um exame 
econômico, rápido, prático, amplamente disponível, que não 
utiliza radiação ionizante e que avalia outras estruturas 
abdominais. 
 
Referência Bibliográfica: 
• COELHO, J.C. Aparelho Digestivo: Clínica e Cirúrgica.São 
Paulo: Atheneu, 2012.2240p. 
 
67 A 
 
Comentários: 
A principal causa de sangramento digestivo baixo maciço é a 
doença diverticular dos cólons entre 30-50% dos casos, sendo a 
angiodisplasia a segunda causa 10-30%. A realização do lavado 
gástrico com presença de bile descarta a presença de 
sangramento ativo gástrico e duodenal. A colonoscopia de 
emergência é instrumento que até pode ser utilizado, porém sem 
realização de preparo via oral, devido à instabilidade recorrente 
do paciente. O tratamento em casos de sangramento persistente 
tem como opções a realização de colectomia total de emergência 
e/ou arteriografia para embolização, sendo esta disponível 
apenas em centros de referência. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Townsend, Beauchamp, Evers, Mattos. Sabiston Tratado de 
Cirurgia. 19ª edição. Guanabara Koogan: 2014. 
• WGO Practice Guidelines Doença Diverticulares. 
 
68. D 
 
Comentários: 
O quadro clínico clássico de estenose hipertrofia de piloro é de 
vômitos progressivos não biliosos, podendo ser em jato, com pico 
de incidência entre a 3ª e 5ª semanas de vida, em crianças a 
termo. Nesses casos, há possibilidade de desidratação e distúrbio 
hidroeletrolítico (alcalose metabólica, hipoclorêmica, 
hipocalêmica) devido à perda de suco gástrico pelos vômitos 
frequentes. Os cuidados iniciais são sonda em drenagem, 
hidratação e investigação de possíveis distúrbios hidroeletrolíticos 
e sua correção. Não é uma emergência cirúrgica. O exame 
padrão ouro para diagnóstico é o ulltrassom de abdome. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Holcomb,G.Ascraft Cirurgia Pediátrica. 6ª edição. Elsevier. 
• Maksoud, J.G. Cirurgia Pediátrica / voII. 2ª Edição. RJ: 
Revinter2003.• NELSON. Tratado de Pediatria - Richard E. Behrman, Hal B. 
Jenson, Robert Kliegman. 19a Edição. Elsevier. 2013. 
 
Teste de Progresso – novembro/2020 15 
69. B 
 
Comentários: 
O quadro clínico de uma oclusão arterial aguda é caracterizado 
por parestesias, dor, palidez, ausências de pulso, diminuição de 
temperatura e paralisia. Radiculopatia lombar causa dor 
neurogênica sem alterações vasculares. Claudicação intermitente 
é causada por insuficiência arterial crônica e progressiva. A 
trombose venosa profunda se apresenta com edema e cianose e 
os pulsos arteriais estão presentes. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Doenças Vasculares Periféricas 2 vol – Maffei. Edição: 5ª, 
2015. Autores: Maffei, Francisco H. de A. - Lastória, Sidnei - 
Yoshida, Winston B. - Rollo, Hamilton A. - Giannini, 
Mariangela - Moura, Regina Editora: Guanabara. 
 
70 C 
 
Comentários: 
O quadro clínico da paciente é sugestivo de litíase de vias 
urinárias, cuja confirmação requer tomografia computadorizada. 
Como a paciente apresenta febre, deve-se considerar cálculo 
infectado – o hemograma auxiliaria a identificar leucocitose 
compatível. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Campbell's Urology. 9th Edition. New York: Saunders 
Company, 2007. 
• Zerati Filho M, Nardozza Jr A, Reis RB. Urologia fundamental. 
São Paulo: Planmark, 2010. 
 
71. A 
 
Comentários: 
Ressonância magnética multiparamétrica evidencia áreas 
sugestivas de captação do radiofármaco, facilitando 
direcionamento para biópsias localizadas. Biópsia prostática é 
considerada padrão-ouro para diagnóstico de câncer de próstata. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Campbell's Urology. 9th Edition. New York: Saunders 
Company, 2007. 
• Zerati Filho M, Nardozza Jr A, Reis RB. Urologia fundamental. 
São Paulo: Planmark, 2010. 
 
72. D 
 
Comentários: 
A distopia testicular pode se manifestar de várias maneiras, como 
testículo palpável em região inguinal, testículos retráteis e 
testículo não palpável, podendo ter abordagens diferentes de 
acordo com a idade da criança e os achados de exame físico. A 
literatura mais recente mostra a indicação cirúrgica ideal a partir 
de 6 meses de vida. A terapia hormonal para casos de 
criptorquidia é controversa, com discrepância nos resultados 
apresentados, e com poucas indicações, não sendo usada 
rotineiramente. Alguns dos hormônios, que apresentam 
resultados variáveis na literatura, são: Gonadotrofina Coriônica 
humana (hCG), hormônio liberador de hormônio luteinizante 
(LHRH), análogo sintético LHRH - spray nasal. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Carnevale, J; Miranda E.G; Silveira A.E; Tiburcio, M.A. 
Tratado de Urologia Pediátrica. Editora Sparta. 
• Holcomb, G. Ascraft Cirurgia Pediátrica. 6ª edição. Elsevier 
2017. 
• Maksoud, J.G. Cirurgia Pediátrica / voII. 2ª Edição. RJ: 
Revinter2003. 
 
73. A 
 
Comentários: 
Dor e limitação da abdução do membro superior (eventualmente 
com fraqueza) são característicos da síndrome do manguito 
rotador, em cuja fisiopatologia está a lesão do tendão do 
supraespinnhal. São diagnósticos diferenciais da síndrome do 
manguito rotador: capsulite adesiva, tendinite calcárea, artrose 
glenoumeral. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Ortopedia e Traumatologia, Princípios e Prática. 5ª ed. Herbet, 
S et al. 
 
74. B 
 
Comentários: 
A piora do quadro clínico do paciente após melhora inicial se deve 
à complicação da meningite com hidrocefalia e consequente 
hipertensão intracraniana. Nesse caso, é urgente uma medida de 
compensação da pressão intracraniana, com derivação ventricular 
– que deve ser externa, pois o líquor não está estéril (o que 
contraindica derivação ventrículo-peritoneal). Nova coleta de 
líquor está proscrita pelo risco de herniação uncal e tonsilar e 
morte. Ampliar o espectro antimicrobiano não mudará a evolução 
da hidrocefalia. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Carlotti Jr CG, Colli BO, Dias LAA. Hipertensão intracraniana. 
Medicina (Ribeirão Preto). 1998; 31:552-562. 
• Nitrini R, Bacheschi LA. A Neurologia que todo médico deve 
saber. 2ª ed. Atheneu: São Paulo, Rio de Janeiro, Ribeirão 
Preto, Belo Horizonte: 2003. 
 
75. D 
 
Comentários: 
A superfície corpórea queimada, segundo a regra dos 9, é 9% 
(metade do tronco anterior) + 18% (todo membro inferior 
esquerdo) = 27%. Segundo a fórmula de Parkland, a reposição 
hídrica nas primeiras 24 horas após o trauma é: 4mL x peso x % 
da superfície corpórea queimada = 4 x 70 x 27 = 7.560mL. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Tratado de Queimaduras no Paciente Agudo. Editora Atheneu. 
2008. Capítulo 11, pg 102. 
• Fundamentos de Cirurgia Plástica. Editora Thieme. 2015. 
Capítulo 9, pg 62. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 Teste de Progresso – novembro/2020 
76. A 
 
Comentários: 
Diante de um nódulo tireoideano, a conduta inicial é solicitar TSH 
e T4L para avaliar a função tireoideana e ultrassom de tireoide 
para avaliar as características ultrassonográficas do nódulo e do 
parênquima tireoideano. Se TSH e T4L sugerirem hipertireoidismo 
com ultrassom de tireoide confirmando nódulo único, estaria 
indicada a realização de cintilografia de tireoide para confirmar ou 
excluir doença de Plummer (presença de nódulo quente com 
hipocaptação no restante do parênquima tireoideano à 
cintilografia). Caso o TSH e T4L sugiram que o paciente se 
apresenta eutireoideano ou com hipotireoidismo e o ultrassom de 
tireoide apresente nódulo com características sugestivas de 
malignidade, deve-se solicitar uma punção aspirativa com agulha 
fina (PAAF). A tomografia de pescoço com contraste não é um 
exame usualmente solicitado de rotina para avaliação de nódulo 
tireoideano. Por fim, a indicação de tireoidectomia passa 
inicialmente por uma avaliação clínica, laboratorial, de imagem e 
citológica e não deve ser tomada como primeira conduta. 
 
Referências Bibliográficas: 
• Cummings - Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e 
Pescoço. 6a edição, ano 2017. 
• Tratado de Tireoide e Paratireoides - 2ª edição, ano 2018. 
 
77. C 
 
Comentários: 
Para as cefaleias pós-raquianestesia de leve a moderada 
intensidade, a conduta inicial é repouso, hidratação, analgésicos, 
cafeína. Cefaleias intensas e incapacitantes necessitam de 
tratamento invasivo, por via epidural, podendo ser utilizado 
solução fisiológica, tampão sanguíneo, dextran e cola de fibrina. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Cangiani LM, Cangiani LH, Lutti MN, Esteves LO. Anestesia 
Subaracnoidea. In: Tratado de Anestesiologia SAESP, 8ª ed, 
São Paulo: Atheneu, vol 1, 2017, Cap 114, p. 1687-1724. 
 
78. A 
 
Comentários: 
Nesse caso, no raio-X há evidência de hemotórax grande à 
direita, que precisa ser drenado enquanto se faz a reposição de 
hemoderivados e se decide pela urgência de tratamento cirúrgico 
ou possibilidade de realizar tomografia – dependendo da resposta 
hemodinâmica à reposição dos hemoderivados. 
 
Referência Bibliográfica: 
• ATLS. Manual de Alunos. 9ª edição, 2012. 
 
79. D 
 
Comentários: 
Deiscência profunda (pele e subcutâneo) após cirurgia de retirada 
de safena. Já se percebe completa granulação do subcutâneo, 
sem exsudação importante e sem sinais inflamatórios ao redor da 
ferida. Nestes casos o tratamento é manter limpeza adequada e 
curativos oclusivos, preferencialmente os de longa duração entre 
as trocas, como as placas de hidrocoloide e permitir a completa 
cicatrização por segunda intenção. A boa granulação do leito 
mostra que o ferimento não é recente, não há exsudação, 
coleções purulentas ou restos necróticos e, por se tratar de fase 
tardia de cicatrização por segunda intenção, não há necessidade 
de retornar ao centro cirúrgico e ressutura, como seria feito se a 
deiscência fosse precoce e limpa. 
 
Referência Bibliográfica: 
• Sabiston - Cap 13 - Surgical Complications, p. 282-288. 
80. B 
 
Comentários: 
Este paciente apresenta quadro clínico e radiológico típico de 
obstrução intestinal não complicada. A cicatriz mediana é 
indicativa de cirurgia

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