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Microbiologia Clínica - Isolamento de Microrganismos - Métodos de Isolamento e Coloração

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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos
ANÁLISES CLÍNICAS
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ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS – MÉTODOS DE ISOLAMENTO E 
COLORAÇÃO – ASPECTOS TEÓRICOS
Coleta, Transporte e Conservação da Amostra
O resultado liberado pelo laboratório de microbiologia é consequência da qualidade da 
amostra recebida. O material coletado deve ser representativo do processo infeccioso inves-
tigado, devendo ser eleito o melhor sítio da lesão, evitando contaminação com as áreas 
adjacentes.
A coleta e o transporte inadequados podem ocasionar falhas no isolamento do agente etio-
lógico e favorecer o desenvolvimento da flora contaminante, induzindo a um tratamento não 
apropriado.
Pontos importantes na coleta:
Obs.: � A coleta do material precisa ser feita antes do início da antibioticoterapia. 
5m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos
ANÁLISES CLÍNICAS
Critérios de segurança:
Amostra Tempo Crítico Frascos e Meios de Transporte
Líquor Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril
Líquido pleural Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril
Swab Imediatamente (não refrigerar) Tubo seco estéril ou meio semis-sólido (Stuart Amies)
Suspeita de anaeróbios 30 minutos
Meio de transporte apropriado. 
Evitar o transporte em seringa com 
agulha
Feridas e tecidos 30 minutos ou até 12 horas (meio de transporte) Meio de transporte apropriado
Hemocultura 30 minutos (não refrigerar) Frascos com meios de cultura para rotina manual ou automatizada
Trato respiratório 30 minutos Tubo seco estéril
Trato gastrointestinal 1 hora Tubo seco estéril
Urina 1 hora ou refrigerada até 24 horas Pote seco estéril
Fezes 12 horas se em meio de transporte
Cary Bair meio modificado para 
transporte de fezes, com pH 8,4. 
Boa recuperação também para 
Vibrio sp e Camylobacter sp
10m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos
ANÁLISES CLÍNICAS
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Critérios de Rejeição
• Erros de identificação: ausência de identificação ou identificação discrepante em rela-
ção ao pedido médico;
• Amostras inadequadas;
• Material clínico recebido em solução de fixação (formalina);
• Material conservado inadequadamente com relação à temperatura (urinas colhidas há 
mais de 24 horas, que ficaram guardadas em geladeira, ou colhidas há mais de 2 horas, 
sem refrigeração); 
• Frascos não estéreis;
• Presença de vazamentos, frascos quebrados ou sem tampa, com contaminação na 
superfície externa;
• Mais de uma amostra de urina, fezes, escarro, ferida colhida no mesmo dia e da 
mesma origem;
• Swab único com múltiplas requisições de testes microbiológicos;
• Swab seco; e
• Culturas para anaeróbios recebidas em condições não apropriadas.
Métodos de Isolamento
O isolamento é feito em meio de cultura. Trata-se de material nutriente utilizado para 
promover o crescimento de microrganismos. Ele contém nutrientes, água, pH, oxigênio e 
esterilidade.
• Meios definidos: adição de quantidades precisas de compostos químicos inorgânicos 
ou orgânicos à água destilada. Portanto, a composição química exata de um meio defi-
nido (de forma qualitativa e quantitativa) é conhecida. Ex.: caldo simples e ágar simples.
• Meios complexos: produtos microbianos, animais ou vegetais, como a caseína, extrato 
de carne, soja, levedura etc. Esses meios podem ser enriquecidos para fastidiosos. 
Ex.: ágar sangue, ágar chocolate, caldo BHI. Desvantagem: sua composição nutricional 
não é precisamente conhecida.
• Meios seletivos: contém compostos que inibem seletivamente o crescimento de alguns 
microrganismos, mas não o de outros. Ex.: Ágar Thayer-Martin, Caldo Selenito.
15m
20m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos
ANÁLISES CLÍNICAS
• Meios diferenciais ou seletivo-indicador: aquele ao qual um indicador é adicionado, 
revelando por meio de uma mudança de coloração, se uma reação metabólica em par-
ticular ocorreu durante o crescimento. Ex.: Ágar MacConkey e Ágar SS. 
Obs.: � Ao se falar em ágar simples, o meio é apenas solidificante. Todavia, quando o meio for 
líquido, chama-se de caldo.
Inóculo: microrganismos introduzidos em um meio de cultura para dar início ao cresci-
mento e gerar a cultura (produto final).
Todo o processo de isolamento deve ser feito de maneira asséptica.
25m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos
ANÁLISES CLÍNICAS
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• A alça é aquecida para esterilização.
• O tubo é destampado.
• A ponta do tubo é passada pela chama para esterilização.
• Apenas a porção estéril da alça entra no tubo.
• O tubo é novamente flambado.
• O tubo é fechado.
• A alça é novamente esterilizada.
1. A alça é esterilizada e uma porção do inóculo é removida do tubo. 
30m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos
ANÁLISES CLÍNICAS
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2. A semeadura inicial é realizada em uma porção da placa. As estrias subsequentes estão 
em ângulo com a primeira estria.
3. Aspecto de uma placa bem-semeada após a incubação mostra colônias da bactéria 
Micrococcus luteus em uma placa de ágar-sangue.
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Debora Martins Coelho Juliani. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos II
ANÁLISES CLÍNICAS
ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS – MÉTODOS DE ISOLAMENTO E 
COLORAÇÃO – ASPECTOS TEÓRICOS II
Métodos de Isolamento
A escolha dos meios de cultura utilizados para cada material deve estar relacionada aos 
agentes esperados.
Crescimento dos microrganismos nos principais meios de cultura utilizados na rotina
Mais provável Ágar Chocolate Ágar Sangue CLED Mac Conkey Salm. — Shigella Caldo TIO
Gram-nega -
tivo, leveduras 
e enterococo
+ + + + + +
Gram-positivo + + + neg neg +
Gram-negati-
vos exigentes + + neg neg neg neg
Haemophilus + neg neg neg neg neg
Anaeróbios neg neg neg neg neg +*
+ Meio dá suporte ao crescimento
- Meio não dá suporte ao crescimento
* Principalmente em coluna alta
Técnicas de Semeadura
Técnica de Semeadura Qualitativa: gradiente decrescente (esgotar) de concentração do 
inóculo, que permita o isolamento de todas as colônias diferentes.
• Descarregar o material num canto da placa;
• Flambar a alça;
• Esfriar a alça em um canto do ágar;
• Semear partindo da ponta da primeira semeadura; e
• A cada mudança de direção, flambar a alça e esfriá-la.
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos II
ANÁLISES CLÍNICAS
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Técnica de Semeadura Quantitativa: semeadura de um volume conhecido de material e a 
contagem do númerode UFC (unidades formadoras de colônia) obtidas após incubação. 
Ex.: urina, trato respiratório, cateter etc.
Avaliação do Crescimento e Contagem
 
5m
10m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos II
ANÁLISES CLÍNICAS
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Técnica de Semeadura Quantitativa
Utilizar o fator de correção:
• Do volume:
 – 1 µL — multiplicar por 1.000;
Ex.:
1 µL → 100 UFC
1.000µL → x
X – = 100.000 UFC/mL
→ 105 UFC/mL
1 mL → 1.000µL
 – 10µL — multiplicar por 100;
 – 100µL — multiplicar por 10.
• E/ou diluição:
 – Diluição 1:10 — multiplicar por 10;
 – Diluição 1:100 — multiplicar por 100;
 – Diluição 1:1000 — multiplicar por 1000.
Atmosfera de incubação: aeróbia em estufa/anaeróbia em câmara/microaerófila em jarra 
de microaerofilia.
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos II
ANÁLISES CLÍNICAS
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85% de N2, 10% de H2 e 5% de CO2
10% de CO2 e 3 a 15% de O2
15m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos II
ANÁLISES CLÍNICAS
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Obs.: � A tampa da placa sempre fica para baixo e o meio de cultura sempre fica para cima. 
Isso acontece para que a água de condensação não atinja o local de semeadura das 
bactérias.
Tempo e temperatura e de incubação: 18-24 horas a 36ºC +/- 1ºC
Métodos de Coloração
Coloração de Gram
Trata-se de um método de coloração desenvolvido em 1884 pelo médico dinamarquês 
Christian Gram. Esse é o procedimento mais importante na microbiologia. Ele utiliza coran-
tes diferenciais: diferentes cores a diferentes tipos de células (Diferenças na estrutura da 
parede celular).
• Gram-positivos: roxo;
 – 90% da parede celular composta por peptideoglicano;
 – Ácido teicoico.
• Gram-negativos: vermelho.
 – Camada fina de peptideoglicano;
 – Membrana externa composta por lipopolissacarídeos. 
Bactérias Gram-negativas apresentam uma fina camada de peptideoglicano, envolta por 
membrana externa lipídica.
Bactérias Gram-positivas apresentam uma espessa camada de peptideoglicano e não 
possuem membrana externa.
Desvantagem: baixa sensibilidade de amostras in natura. São necessárias aproximada-
mente 100.000 bactérias/mL para que se possa visualizar uma bactéria por campo de micros-
copia, utilizando óleo de imersão (objetivas de 100x).
Procedimento
1. Preparação de um esfregaço:
20m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos II
ANÁLISES CLÍNICAS
Espalhar a cultura em uma camada fina, sobre a lâmina e secar ao ar.
2. Fixação pelo calor e coloração:
Passar a lâmina sobre a chama, para fixar pelo calor e cobrir a lâmina com o corante. 
Após, lavar e secar.
3. Microscopia:
Pingar uma gota de óleo sobre a lâmina. Por fim, examinar com a lente objetiva de 100x.
Etapas
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos II
ANÁLISES CLÍNICAS
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1. Aplicação de cristal violeta (corante púrpura) — 1 Min; 
2. Aplicação de iodo (mordente). Forma complexos com o cristal violeta — 1 Min;
3. Lavagem com álcool (descoloração). Perda da membrana externa de lipopolissaca-
rídeo — 30s;
4. Aplicação de safranina/fucsina (contracorante).
25m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos III
ANÁLISES CLÍNICAS
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ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS – MÉTODOS DE ISOLAMENTO E 
COLORAÇÃO – ASPECTOS TEÓRICOS III
MÉTODOS DE COLORAÇÃO
Coloração de Gram
A coloração de Gram é o procedimento microbiológico mais importante. Todavia, nem 
todas as bactérias podem ser visualizadas por ela.
Nome Motivo
Abordagem microscópica 
alternativa
Microbactérias, incluindo 
M. tuberculosis
Alto teor de lipídeos na 
parede celular, impedindo a 
penetração do corante.
Coloração acidorresistente
Treponema pallidum Muito delgada para permitir visualização.
Microscopia de campo escuro 
ou com anticorpos fluorescentes
Mycoplasma pneumo-
niae
Ausência de parede celular; 
tamanho muito pequeno. Nenhum
Legionella pneumophila Fraca captação do corante vermelho.
Aumento do tempo de contraco-
loração
Clamídias, incluíndo C. 
trachomatis
Intracelular; tamanho muito 
pequeno. Corpos de inclusão citoplasma
Riquétsias Intracelular; tamanho muito pequeno.
Coloração de Giemsa ou outros 
corantes de tecidos
Coloração de Ziehl-Neelsen
Método de coloração, também chamada de coloração acidorresistente, para identificação 
de todas as bactérias do gênero Mycobacterium, incluindo os dois patógenos importantes 
Mycobacterium tuberculosis e Mycobacterium leprae, e do gênero Nocardia. Foi desenvolvida 
por Franz Ziehl e posteriormente melhorada por Friedrich Neelsen, no final do século XIX. 
5m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos III
ANÁLISES CLÍNICAS
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Obs.: � No aquecimento, não pode deixar ferver.
• Acidorresistentes: vermelho;
• Não acidorresistentes: azul. 
Obs.: � BAAR = Bacilo álcool ácido resistente. (Mycobacterium)
Exame Direto sem Coloração
Salina
Material Indicação Técnica
– Salina (soro fisiológico —0,85% 
de cloreto de sódio);
– Lâmina;
– Lamínula.
– Permite observar a morfologia 
bacteriana e avaliar a existência de 
motilidade.
– Usada para pesquisa a fresco de 
Trichomonas em secreções, fungos 
(leveduriformes ou filamentosos) e 
em diferentes materiais etc.
– Gotejar a salina (uma gota) no 
centro de uma lâmina de microsco-
pia e nela suspender uma colônia 
ou uma alçada do material a ser 
investigado.
– Cobrir com uma lamínula e exa-
minar ao microscópio, com objetiva 
de 40X ou 100X (óleo de imersão).
10m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos III
ANÁLISES CLÍNICAS
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Hidróxido de potássio
Material Indicação Técnica
– Hidróxido de potássio em 
solução aquosa a 10% ou 
20%.
– Lâmina;
– Lamínula.
– Usada para pesquisa de 
fungos (leveduriformes e par-
ticularmente filamentosos) em 
material biológico na presença 
de muco, restos celulares, 
pêlos, unhas etc.
– Facilita a microscopia por 
dissolver a queratina e o muco, 
destacando as estruturas fún-
gicas, quando presentes.
– Colocar uma pequena amostra do 
material a ser pesquisado no centro da 
lâmina;
– Suspender o material com uma a duas 
gotas de KOH;
– Cobrir com lamínula e aguardar ; ou
– Aquecer ligeiramente a lâmina para 
acelerar o clareamento;
– Examinar com objetiva de 10X ou 40X, 
fechando o diafragma;
– As lâminas poderão ser colocadas em 
câmara úmida e, após 24 horas, realizar 
uma segunda leitura microscópica.
Exame em campo escuro
MaterialIndicação Técnica
– Microscópio com conden-
sador de campo escuro e, 
quando possível, objetiva de 
100X com íris;
– Lâmina;
– Lamínula;
– Salina;
– Óleo de imersão.
– Para observar a motilidade 
de bactérias dificilmente obser-
vadas em microscopia direta 
com salina, como é o caso do 
Treponema pallidum e da Lep-
tospira sp.
– Pode ser usada também 
para observar a motilidade do 
Campylobacter sp e outras 
bactérias.
Para o Treponema pallidum:
– Atritar as bordas da lesão suspeita 
com um swab ou alça bacteriológica;
– Colher o exsudato com a própria alça 
ou fazer um imprint com a lâmina;
– Cobrir com a lamínula (utilizar uma 
gota de salina);
– Realizar a pesquisa rapidamente.
Para o Leptospira:
– Utilizar a urina recém-emitida, centri-
fugada e examinado o sedimento;
– Em campo escuro, colocar óleo de 
imersão entre o condensador e a parte 
inferior da lâmina (encostar o conden-
sador na lâmina);
– Observar com objetiva de 40X para 
obter o foco;
– Avaliar as condições do material, 
fazendo-se, a seguir, a bacterioscopia 
por imersão, com objetiva de 100X.
 
15m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Aspectos Teóricos III
ANÁLISES CLÍNICAS
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Tinta da China
Material Indicação Técnica
– Tinta da China (nanquim);
– Lâmina;
– Lamínula.
– Principalmente para pes-
quisa de criptococos em 
líquor ou outros materiais, 
permitindo destacar a cáp-
sula deste fungo contra um 
fundo negro.
– Suspender o sedimento do liquor 
ou uma colônia do meio de cultura 
em uma gota de tinta da China, 
fazendo-se um filme bem delgado 
entre a lâmina e a lamínula;
– Observar com objetivas de 10X 
e 40X;
– Caso esteja muito espesso, adi-
cionar uma pequena gota de salina 
esterilizada na suspensão para 
facilitar a observação;
– Erro comum: confundir linfócitos 
com criptococos. A diferenciação 
é feita através da observação do 
núcleo refringente e gemulação do 
fungo.
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Questões
ANÁLISES CLÍNICAS
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ISOLAMENTO DE MICRORGANISMOS –
MÉTODOS DE ISOLAMENTO E COLORAÇÃO – QUESTÕES
1. (IDECAN/UFPB/ANÁLISES CLÍNICAS/2016) Sobre a coloração de GRAM, a sequência 
de fases correta para a técnica é:
a. Álcool; cristal violeta; lugol; e, fucsina.
b. Cristal violeta; lugol; álcool; e, fucsina.
c. Fucsina; álcool; lugol; cristal; e, violeta.
d. Cristal violeta; álcool; lugol; e, fucsina.
COMENTÁRIO
Fases da Coloração de Gram:
1. Aplicação de cristal violeta (corante púrpura) — 1 Min;
2. Aplicação de iodo (mordente). Forma complexos com o cristal violeta — 1 Min;
3. Lavagem com álcool (descoloração). Perda da membrana externa de lipopolissacarídeo 
— 30s;
4. Aplicação de safranina/fucsina (contracorante).
2. (CESPE/FUB/ANÁLISES CLÍNICAS/2018) No que se refere a bactérias e meios de cultura 
utilizados na rotina bacteriológica, julgue o item subsecutivo. A coloração de Ziehl-Neelsen 
representa um método tintorial para pesquisa de bacilos álcool-ácido resistentes como o 
M. tuberculosis e o M. leprae. 
COMENTÁRIO
BBAR = bacilos álcool-ácido resistentes.
3. (CESPE/FUB/ANÁLISES CLÍNICAS/2018) No que se refere a bactérias e meios de cultura 
utilizados na rotina bacteriológica, julgue o item subsecutivo. O crescimento de estafiloco-
cos em meio ágar manitol salgado é demonstrado pela mudança no indicador de pH, que 
causa uma coloração amarela no meio de cultura, ao redor das colônias.
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Questões
ANÁLISES CLÍNICAS
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COMENTÁRIO
Estafilococos = CGP;
Ágar manitol salgado = 7,5% NaCL. 
Os meios indicadores denotam a ocorrência de alguma via metabólica ou reação química 
durante o processo de crescimento da bactéria.
Os estafilococos conseguem crescer em 7,5% de NaCL e conseguem fermentar o manitol. 
Essa fermentação reduz o pH do meio de cultura, fazendo com que o forme uma coloração 
amarela.
4. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/LABORATÓRIO/2018) Como se denomina o coran-
te de fundo ou secundário da técnica de Ziehl-Neelsen utilizado na identificação do bacilo 
da tuberculose e da hanseníase?
a. fucsina fenicada.
b. álcool-ácido.
c. azul de metileno.
d. cristal violeta.
COMENTÁRIO
O primeiro corante é a fucsina de Ziehl e o segundo é o azul de metileno.
O corante secundário/de fundo/contracorante é o azul de metileno.
a) A fucsina fenicada é usada no Gram.
b) O álcool-ácido é o descorante.
d) O cristal violeta é o corante principal do Gram.
5. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/BIOQUÍMICO/2018) Ainda sobre os meios de cul-
tura utilizados na microbiologia, assinale aquele que contém somente exemplos de meios 
seletivos.
a. BHI e tioglicolato.
b. Manitol salgado e SS
c. Hektoene McConkey.
d. TSI e citrato de Simmons.
5m
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Questões
ANÁLISES CLÍNICAS
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COMENTÁRIO
• Meio simples: a composição exata é conhecida. Ex.: Caldo simples;
• Meios complexos/compostos: ex.: Ágar sangue e extrato de levedura;
• Meios seletivos: possuem determinadas coisas (antibióticos ou bile) que inibem o cres-
cimento daquilo que não se quer e proporcionam o crescimento do que se quer; e
• Meio diferencial ou seletivo-indicador: além de selecionar, possui indicador que mostra 
a ocorrência de determinada via metabólica. 
b) O manitol indica que a bactéria consegue crescer em 7,5% de NaCL. A concentração 
de sal no manitol salgado transforma ele em um meio seletivo. Vale lembrar que se houver 
apenas o manitol, sem ser salgado, ele seria diferencial.
O meio SS permite o crescimento tanto das bactérias do gênero Salmonella quanto do 
gênero Shighella.
c) McConkey é um meio seletivo, mas o Hektoen não é.
6. (PREFEITURA DE FORTALEZA – CE/BIOQUÍMICO/2018) Sobre a classificação dos 
meios de cultura utilizados em microbiologia, assinale a alternativa que descreve correta-
mente a definição de cada um dos meios abaixo relacionados.
a. Os meios de enriquecimento são geralmente líquidos, de composição química pobre em 
nutrientes, com finalidade de permitir que bactérias contidas em uma amostra clínica 
aumentem em número.
b. Os meios de transporte são isentos de nutrientes, contendo um agente redutor e uma 
substância com poder de tamponamento para a manutenção do pH favorável e evitar a 
oxidação dos patógenos presentes.
c. Os meios seletivos, por terem, em sua composição, substâncias que permitem a diferen-
ciação visual presuntiva, evidenciada pela mudança de coloração ou na morfologia das 
colônias, possibilitam a distinção entre vários gêneros e espécies.
d. Os meios indicadores são utilizados para selecionar espécies suspeitas, uma vez que 
lhes é adicionado um componente químico específico como antibiótico ou outra subs-
tância com poder inibitório.
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Questões
ANÁLISES CLÍNICAS
A
N
O
TA
ÇÕ
ES
COMENTÁRIO
a) Os meios de enriquecimento são geralmente líquidos, decomposição química rica em 
nutrientes.
b) Os meios de transporte são isentos de nutrientes (pois não precisam fazer o crescimento 
da bactéria), contendo um agente redutor e uma substância com poder de tamponamento 
para a manutenção do pH favorável e evitar a oxidação dos patógenos presentes.
c) Os meios indicadores, por terem, em sua composição, substâncias que permitem a 
diferenciação visual presuntiva, evidenciada pela mudança de coloração ou na morfologia 
das colônias, possibilitam a distinção entre vários gêneros e espécies.
d) Os meios seletivos são utilizados para selecionar espécies suspeitas, uma vez que lhes 
é adicionado um componente químico específico como antibiótico ou outra substância com 
poder inibitório.
7. (FUNRIO/SESAU–RO/BIOMÉDICO/2017) Com relação às bactérias Gram-positivas e 
Gram-negativas, é INCORRETO afirmar que:
a. as Gram-positivas obtêm coloração violeta ou azul escura através da técnica de Gram.
b. as Gram-positivas obtêm coloração violeta ou azul através do uso de Coomassie Blue.
c. a parede celular de Gram-negativas apresenta lipopolissacarídeos.
d. as Gram-positivas apresentam peptideoglicano na sua parede celular.
e. as Gram-negativas são coradas com a safranina.
COMENTÁRIO
a) As Gram-positivas obtêm coloração violeta ou azul escura através da técnica de Gram.
b) O Coomassie Blue é utilizado na eletroforese de proteínas.
c) A parede celular de Gram-negativas é rica em lipopolissacarídeos e possuem pouco 
peptideoglicano.
d) As Gram-positivas apresentam cerca de 90% de peptideoglicano na sua parede celular.
e) As Gram-negativas são coradas com a safranina/fucsina (contracorante).
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Isolamento de Microrganismos – Métodos de Isolamento e Coloração – Questões
ANÁLISES CLÍNICAS
8. (MS CONCURSOS/PREFEITURA DE PIRAÚBA – MG/FARMACÊUTICO/2017) Paciente 
B.B., sexo feminino, 25 anos, foi atendida no pronto atendimento em um hospital local 
após um desmaio. Durante a anamnese, a paciente relatou estar com diarreia, desconfor-
to abdominal e dor intensa ao evacuar, há três dias. Relatou ter evacuado fezes amoleci-
das e com sangue. O médico solicitou vários exames, dentre eles macro e microscópico 
de fezes, parasitológico de fezes e hemograma. Enquanto aguardava os exames, a pa-
ciente foi medicada apenas com soro glicofisiológico e analgésicos. Com o resultado dos 
exames, o médico constatou que a paciente apresentava uma infecção bacteriana por um 
bacilo Gram negativo, com crescimento de colônias transparente e no ágar Mac Conkey 
não fermentou lactose.
Resultado dos exames:
• Hemograma: 12,5 g/dL;
• Parasitológico de fezes: negativo;
• Macroscópico de fezes: fezes amolecidas com presença de sangue;
• Microscópico de fezes: Bacilos Gram negativos.
Sobre o caso clínico citado, o meio de cultura diferencial e seletivo mais indicado para o 
isolamento de bacilos Gram negativos é o:
a. Ágar S.S
b. Agar sangue azida
c. Ágar Mueller Hinton
d. Ágar Sabouraud
COMENTÁRIO
O Ágar S.S é muito importante em cultura de fezes.
GABARITO
 1. b
 2. C
 3. C
 4. c
 5. b
 6. b
 7. b
 8. a
���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pela professora Debora Martins Coelho Juliani. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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