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MÉTODOS DE ESTUDO EM CITO-HISTOLOGIA THAINARA BEATRIZ Métodos de Estudo em Cito-histologia Citologia: Investigação de como as células se constituem, se organizam, funcionam, como se comunicam e controlam suas atividades. Histologia: estudo (com auxílio de microscópios) das células e dos tecidos do corpo e de como essas estruturas se organizam para constituir os órgãos. MICROSCÓPIO DE LUZ Ocular Objetiva Aumento 10x 4x 40x 10x 10x 100x 10x 40x 400x 10x 100x 1.000x Ampliação total: Objetiva x ocular. → Resolução: menor distância entre duas partículas ou entre duas linhas, distância essa que possibilita que elas sejam vistas como dois objetos separados. É dado pela lente objetiva. → No microscópio de luz é possível observar células vivas ou material fixado e corado. → Objetos menores que 0,2 μm (como a membrana da célula ou um filamento de actina) não podem ser distinguidos com o microscópio de luz. → O que determina a riqueza de detalhes da imagem é o limite de resolução de um sistema óptico, e não seu poder de aumento. O aumento só tem valor prático se for acompanhado de resolução. A resolução depende essencialmente da objetiva, pois a lente ocular apenas aumenta a imagem nela projetada pela objetiva. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO → Possibilita altíssima resolução (0,3 nm). Essa resolução que torna possível que espécimes ampliados até cerca de 400 mil vezes sejam vistos com detalhes. → É formada uma Imagem bidimensional por meio de feixe de elétrons que captados por um detector, como um negativo fotográfico, para se observar uma imagem. → A imagem resultante é sempre em preto e branco. As áreas escuras de uma micrografia eletrônica costumam ser denominadas de elétron-densas, enquanto as áreas claras são chamadas de elétron-lucentes ou elétron- transparentes. MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA → A microscopia eletrônica de varredura fornece imagens pseudotridimensionais (dão uma ideia de três dimensões) das superfícies de células, tecidos e órgãos. → Nesse microscópio, um feixe de elétrons de diâmetro muito pequeno é focalizado MÉTODOS DE ESTUDO EM CITO-HISTOLOGIA THAINARA BEATRIZ sobre o espécime, percorrendo sequencialmente, “varrendo” sua superfície. → Os elétrons varrem uma delgada camada de metal previamente aplicada ao espécime e são refletidos pelos átomos do metal. Esses elétrons são capturados por um detector e transmitidos a amplificadores e outros componentes eletrônicos que geram um sinal, o qual resulta em uma imagem em preto e branco que pode ser observada em um monitor, gravada ou fotografada. MICRSCOPIA DE LUZ X ELETRÔNICA MÉTODOS DE ESTUDO EM HISTOLOGIA Técnicas histológicas: conjunto de operações que tem a finalidade de transformar células e tecidos em preparações destinadas ao exame microscópico Etapas: 1. Colheita do tecido. 2. Fixação: Os tecidos são imersos em fixadores, ou seja, soluções de agentes desnaturantes ou de agentes que estabilizem as moléculas ao formar pontes com moléculas adjacentes. Finalidade: evitar a digestão dos tecidos por enzimas existentes nas próprias células (autólise) ou em bactérias; endurecer os fragmentos; preservar em grande parte a estrutura e a composição molecular dos tecidos. Fixador mais usado : solução de formaldeído a 4% ou glutaraldeído. 3. Desidratação: A água contida nos tecidos é inicialmente extraída pela passagem dos fragmentos por diversos banhos de soluções de concentrações crescentes de etanol (normalmente desde etanol 70% em água até etanol 100%). 4. Clarificação: etanol dos fragmentos é substituído por uma substância intermediária (xilol e o toluol), que deve ser miscível tanto em etanol como no meio que foi escolhido para inclusão. Depois de embebidos no solvente orgânico, eles ficam transparentes ou translúcidos. 5. Impregnação: os fragmentos de tecidos são colocados em parafina derretida (56 a 60°C). O calor causa a evaporação do solvente orgânico, e os espaços existentes dentro dos tecidos tornam-se preenchidos com parafina. 6. Inclusão: meio apropriado para cortes finos (parafina, resina plástica). O meio penetra nos tecidos, dando-lhes, depois de solidificado, certa dureza. 7. Microtomia: Os blocos de parafina que contêm os tecidos são então levados a um micrótomo, onde são seccionados por uma lâmina de aço ou de vidro, de modo a fornecer cortes de 1 a 10 micrômetros de espessura. 8. Coloração: A maioria dos tecidos extraídos para serem utilizados em cortes histológicos são incolores, portanto, para melhor visualização utilizam-se corantes. a. Desparafinar: colocar as lâminas em estufa e xilol b. Hidratar: c. Corar: Os componentes dos tecidos que se coram bem com corantes ácidos são denominados acidófilos. E os que se coram bem com corantes básicos, basófilos. Ex de corantes básicos: azul de toluidina, azul de metileno. Hematoxilina também se comporta como corante básico, ou seja, possui afinidade por estruturas que contém ácidos em sua composição (ácidos nucleicos, glicosaminoglicanos, glicoproteínas ácidas). Ex de corantes ácidos: Orange G, eosina, fucsina ácida. Possuem afinidade por estruturas predominantemente básicas: mitocôndrias, grânulos de secreção, proteínas citoplasmáticas e colágeno. Os mais comuns são hematoxilina (básico, cora em azul ou violeta o núcleo das células) e eosina (ácido, cora o citoplasma em cor de rosa). d. Desidratar: preparação para penetração do xilol e. Diafanizar: dar transparência (clarificar) 9. Montar: proteção 10. Analisar MÉTODOS DE ESTUDO EM CITO-HISTOLOGIA THAINARA BEATRIZ PLANOS DE CORTE EM MICROTOMIA Quando um corte é observado ao microscópio, observador sempre deve imaginar que algo pode estar faltando à frente ou atrás daquele corte, uma vez que muitas estruturas são mais espessas que o corte. Além disso, deve lembrar-se também de que os componentes de um tecido ou órgão são geralmente seccionados ao acaso. Para entender a arquitetura de um órgão, é necessário estudar secções feitas em planos diferentes. Às vezes, somente a análise de secções consecutivas e a sua reconstrução em um volume tridimensional tornam possível compreender a organização de um órgão complexo. INTESTINO EM DIFERENTES TIPOS DE CORTES: ARTEFATOS DE TÉCNICA 1. Dentes na navalha (que cortou o bloco de parafina no momento de fazer a lâmina) 2. Dobras e pregas 3. Bolhas 4. Retração 5. Precipitados (manchas que não deviriam estar ali) METODOS HISTOQUÍMICOS DE COLORAÇÃO TÉCNICA PAS (PERIODIC ACID SCHIFF):PARA POLISSACARÍDEOS Técnica específica para detectar radicais vic-glicois presentes em moléculas de glicogênio, em glicoproteínas neutras e em glicoproteínas ácidas. Reações PAS-positiva: cor bonina ou rosa choque Etapas do método: - Oxidação dos radicais glicóis com ácido periódico liberando aldeídos. - Tratamento dos aldeídos com reativo de Schiff. Radical glicol (presente nos açúcares) + ácido periódico = aldeído + reagente de Schiff = coloração dos polissacarídeos PAS +: → Glicogênio (fígado, músculo) → Glicoproteínas neutras (produto de secreção de células caliciformes) TÉCNICA FEULGEN: Espeficidade: DNA Reações de feulgen-positiva: cor bonina ou rosa choque Etapas do método: - Hidrólise do DNA com ácido clorídrico a 60°C para liberação de aldeídos. - Tratamento dos aldeídos com reativo de Schiff. 1° DNA + HCL quente → aldeído 2° Aldeído + reativo de Schiff (incolor) → DNA (bonina) IMUNOHISTOQUÍMICA É a metodologia que possibilita identificar, por meio de anticorpos, moléculas em cortes ou em células cultivadas. Já que há um tipo de interação altamente específica entre uma molécula e um anticorpo que a reconhece. Por essa razão, métodos que usam anticorpos são de grande utilidade para identificar e localizarproteínas e glicoproteínas. MÉTODOS DE ESTUDO EM CITO-HISTOLOGIA THAINARA BEATRIZ Em uma reação imunocitoquímica, células em cultura ou um corte de tecido que supostamente contenham uma determinada proteína são incubados em uma solução que contém um anticorpo que reconhece essa proteína. Como o anticorpo não é visível por microscopia, suas moléculas devem ser inicialmente acopladas a um marcador. O anticorpo se liga especificamente à proteína e sua localização pode então ser evidenciada por microscopia de luz ou eletrônica, dependendo do marcador que foi acoplado ao anticorpo.
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