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Antropologia Social ATV l

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“Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.”
(GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, L.; COELHO, M. A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p. 137).
Considerando-se as ideias pressupostas, o texto:
indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades de afirmação e de identidade, seja étnica, seja cultural, seja religiosa.
Não corresponde a uma atitude ou visão etnocêntrica:
Toda sociedade possui seu valor e deve ser respeitada em suas diversidades
O etnocentrismo é uma visão de mundo em que o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos por meio dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. Diante disso, é correto afirmar que o etnocentrismo:
é um fenômeno onde se misturam tanto os elementos intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos.
De que maneira trabalha o antropólogo?
Observando e entendendo, por meio de entrevistas e conversas, as motivações que sustentam o sistema social.
A humanidade cessa nas fronteiras da tribo, do grupo linguístico, às vezes mesmo da aldeia; a tal ponto, que um grande número de populações ditas primitivas se autodesigna com um nome que significa 'os homens' (ou às vezes - digamo-lo com mais discrição? - os 'bons', os 'excelentes', 'os completos'), implicando assim que as outras tribos, grupos ou aldeias não participam das virtudes ou mesmo da natureza humana, mas são, quando muito, compostos de 'maus', 'malvados', 'macacos da terra' ou de 'ovos de piolho'.
(LÉVI-STRAUSS, C. Raça e História. In: LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia Estrutural. São Paulo: Tempo Brasileiro, 1989. v. 2. p. 334).
Nesse trecho, o antropólogo Claude Lévi-Strauss descreve a reação de estranhamento que é comum à das sociedades humanas quando defrontadas com a diversidade cultural. Tal reação pode ser definida como uma tendência:
Etnocêntrica
Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à emancipação.Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais (Adaptado de: Edgard Morin. Le Monde. 08 fev. 2012).
No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve:
 uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na história.
A suposição de que havia um consenso absoluto sobre a organização social e a vida cultural de cada tribo só era possível através da ideia que os administradores e cientistas europeus tinham da “tradição”. As sociedades “tribais” (ou “primitivas”) seriam, para eles, “sociedades tradicionais” — não só as regras de conduta eram pautadas rigidamente pelo costume, como esse costume era transmitido, oralmente e de forma imutável, de geração a geração, desde o princípio dos tempos. Os europeus não admitiam que os africanos pudessem refletir criticamente sobre a sua própria cultura” (FIGUEIREDO, 2010, p. 9).
O texto pontua a construção do olhar europeu sobre a África, no período colonial. A partir dos debates atuais sobre as relações étnicas no Brasil, identifique com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas sobre o texto.
(  ) O resultado sociopolítico dessa visão estereotipada ainda hoje pode ser observado em relação à população afro-brasileira.
(  ) Os conflitos raciais resultam de estereótipos sociais, e não de fatos científicos.
(  ) Um indivíduo etnocêntrico não tem capacidade de observar outras culturas nas próprias condições em que elas se mostram. Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo.
V V V.
É uma visão do mundo na qual o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência. No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade etc.
Etnocentrismo
O etnocentrismo pode ser definido como uma “[...] atitude emocionalmente condicionada que leva a considerar e julgar sociedades culturalmente diversas com critérios fornecidos pela própria cultura. Assim, compreende-se a tendência para menosprezar ou odiar culturas cujos padrões se afastam ou divergem dos da cultura do observador que exterioriza a atitude etnocêntrica. [...] Preconceito racial, nacionalismo, preconceito de classe ou de profissão, intolerância religiosa são algumas formas de etnocentrismo”.
(WILLEMS, E. Dicionário de Sociolo
Com base no texto e nos conhecimentos de sociologia, assinale a alternativa cujo discurso revela uma atitude etnocêntrica:
A existência de culturas subdesenvolvidas relaciona-se à presença, em sua formação, de etnias de tipo incivilizado.
A estética nas diferentes sociedades vem geralmente acompanhada de marcas corporais que individualizam seus sujeitos e sua coletividade. Discos labiais, piercings, tatuagens, mutilações, pinturas, vestimentas, penteados e cortes de cabelo são algumas marcas reconhecíveis de um inventário possível das técnicas corporais em toda sua riqueza e diversidade.
Embora universais, as formas das quais se valem os grupos e indivíduos para se marcarem corporalmente são vistas, às vezes, como estranhas a indivíduos que pertencem a outros grupos.
Essa atitude de estranhamento em relação ao diferente é considerada conceitualmente como:
etnocentrismo: só reconhece valor nos seus próprios elementos culturais.

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