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Direito-Administrativo (1)

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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA .......................................................................................4 
1. Desconcentração e descentralização .......................................................................................................... 4 
2. Administração direta e indireta .................................................................................................................. 4 
3. Entidades da administração indireta .......................................................................................................... 4 
4. Entidades paraestatais ou terceiro setor .................................................................................................... 5 
5. Questões do exame da OAB ....................................................................................................................... 6 
ATO ADMINISTRATIVO ..........................................................................................................................8 
1. Elementos do ato administrativo ............................................................................................................... 8 
2. Atributos do ato administrativo ................................................................................................................. 9 
3. Atos vinculados e discricionários ................................................................................................................ 9 
4. Extinção dos atos administrativos ............................................................................................................. 10 
5. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 10 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA ........................................................................................................ 12 
1. Sujeito passivo do ato de improbidade ...................................................................................................... 12 
2. Sujeito ativo do ato de improbidade ......................................................................................................... 12 
3. Espécies de atos de improbidade .............................................................................................................. 12 
4. Sanções .................................................................................................................................................... 13 
5. Procedimento administrativo e judicial ..................................................................................................... 13 
7. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 14 
LICITAÇÃO........................................................................................................................................... 17 
1. Contratação direta .................................................................................................................................... 17 
2. Tipos de licitação ...................................................................................................................................... 18 
3. Procedimento ........................................................................................................................................... 18 
4. Modalidades ............................................................................................................................................ 19 
5. O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) ............................................................................. 20 
6. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 21 
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.......................................................................................................... 22 
1. Regime jurídico ........................................................................................................................................ 23 
2. Formalização dos contratos ...................................................................................................................... 23 
4. Alguns contratos administrativos .............................................................................................................. 24 
4. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 25 
LEI ANTICORRUPÇÃO .......................................................................................................................... 27 
6. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 28 
SERVIÇOS PÚBLICOS ............................................................................................................................ 28 
1. Classificação ............................................................................................................................................. 28 
2. Princípios que regem a prestação dos serviços públicos ............................................................................. 29 
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3. Formas de delegação dos serviços públicos ............................................................................................... 29 
6. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 30 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ................................................................................................ 32 
1. Teorias sobre a responsabilidade civil do Estado ....................................................................................... 32 
2. Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro ................................................................................ 32 
3. Responsabilidade por atos legislativos e judiciais ...................................................................................... 33 
4. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 33 
SERVIDORES PÚBLICOS........................................................................................................................ 35 
1. Conceito e espécies .................................................................................................................................. 35 
2. Investidura ou provimento ....................................................................................................................... 36 
3. Sistema remuneratório ............................................................................................................................. 37 
5. Responsabilidade ..................................................................................................................................... 38 
5. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 39 
INTERVENÇÃO DO ESTADO SOBRE A PROPRIEDADE PRIVADA. ............................................................. 44 
1. Espécies ...................................................................................................................................................44 
2. Desapropriação ........................................................................................................................................ 44 
3. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 46 
PROCESSO ADMINISTRATIVO .............................................................................................................. 48 
1. Fases do processo administrativo .............................................................................................................. 49 
2. Prescrição ................................................................................................................................................. 49 
3. Processo administrativo disciplinar ........................................................................................................... 49 
3. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 50 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO ................................................................................................... 52 
1. Poderes da Administração Pública ............................................................................................................ 52 
2. Princípios do direito administrativo .......................................................................................................... 53 
3. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 54 
BENS PÚBLICOS ................................................................................................................................... 55 
1. Classificação ............................................................................................................................................. 56 
2. Características .......................................................................................................................................... 56 
3. Formas de utilização privativa de bens públicos ........................................................................................ 56 
4. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 56 
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................................... 58 
1. Controle jurisdicional ................................................................................................................................ 58 
2. Controle legislativo ou parlamentar .......................................................................................................... 58 
3. Questões do exame da OAB ...................................................................................................................... 59 
 
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA BRASILEIRA 
 
1. Desconcentração e descentralização 
 
 Desconcentração e descentralização são técnicas de distribuição de competências na Administração 
Pública. 
 A desconcentração se dá no interior das pessoas jurídicas e sua adoção importa na criação de diferentes 
órgãos. Órgãos são unidades que congregam um feixe de atribuições e não possuem personalidade jurídica e nem 
patrimônio próprios, sendo apenas parte integrante de alguma das pessoas jurídicas que compõem a administração 
direta ou indireta 
 Já a descentralização ocorre entre entidades diversas, em um mesmo nível federativo. A descentralização 
sempre envolve uma entidade dotada de personalidade jurídica própria ou, em outras palavras, de capacidade 
genérica para adquirir direitos e obrigações. 
 
 
 
 
 
2. Administração direta e indireta 
 
 A administração direta é integrada pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, pessoas jurídicas de 
direito público interno que manifestam sua vontade por meio dos órgãos e dos agentes que os compõem. 
 Já a administração indireta é constituída por entes com personalidade jurídica, patrimônio e quadro de 
pessoal próprios, sempre vinculados a órgão da Administração Pública direta, que exerce sobre eles controle 
administrativo ou tutela, mas não controle hierárquico ou disciplinar. Dada a natureza deste controle, como regra 
geral, não cabe recurso hierárquico dos atos praticados pelas entidades da administração indireta à pessoa jurídica 
da administração direta à qual se encontrem vinculadas, com exceção dos casos em que a própria Lei de criação 
preveja tal possibilidade (hipótese em que se estará diante do chamado recurso hierárquico impróprio). 
 
3. Entidades da administração indireta 
 
a) Autarquias: são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica que tem por finalidade 
desempenhar em nome próprio, com especialização, atividades típicas de Estado. Possuem praticamente as 
mesmas prerrogativas e sujeições da administração direta, dentre as quais se podem destacar: 
• contratações sujeitas à licitação regida pelas mesmas regras aplicáveis à administração direta; 
• seus bens têm natureza pública; 
• gozam de imunidade tributária relativa a impostos sobre o patrimônio, rendas ou serviços vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes; 
• quando vinculadas à União, possuem como foro a Justiça Federal; 
• são pessoal e objetivamente responsáveis pelos danos causados a terceiros 
• gozam de privilégios processuais como prazo em dobro para recorrer e quádruplo para contestar, isentas de 
adiantamento de custas, os pagamentos das condenações em juízo são realizados por meio de precatórios, entre 
outros; e 
• o regime de pessoal será o estatutário. 
São exemplos de autarquias no âmbito federal o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o BACEN. 
 
 As chamadas Agências Reguladoras, como é o caso da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e 
da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), consistem em autarquias sob regime especial, criadas com 
a finalidade de disciplinar e controlar certas atividades. Atuam na edição de normas aplicáveis a determinadas 
atividades; celebração dos contratos administrativos pertinentes à sua atividade; fiscalização do cumprimento dos 
contratos administrativos firmados e da execução dos serviços; aplicação de sanções àqueles que descumprem 
normas vinculadas aos serviços ou atividades de sua competência; ouvidoria de reclamações ou denúncias 
formalizadas pelos usuários, entre outros. 
 O regime especial comumente atribuído às Agências Reguladoras é marcado, principalmente, pela forma 
especial de investidura (Diretor ou Conselheiros escolhidos e nomeados pelo Presidente da República após a 
aprovação pelo Senado Federal) e mandato fixo dos dirigentes que somente serão exonerados durante o período 
de exercício nos casos previstos em Lei. 
 
b) Associações públicas: pessoas jurídicas de direito público, criadas pela lei que ratifica um protocolo de 
intenções, celebrado em virtude da formação de um consórcio entre diferentes entes federativos, visando à gestão 
associada de serviços públicos. 
 
ATENÇÃO! 
DESCONCENTRAÇÃO = ÕRGÃO 
DESCENTRALIZAÇÃO = ENTIDADE 
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c) Fundações públicas: conforme prevê o Decreto Lei 200/1967, as fundações públicas consistem em pessoas 
jurídicas de direito privado que desenvolvem de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de 
direito público, como ocorre preponderantemente no âmbito social (saúde, educação, cultura, assistencialismo). 
São criadas por autorização legislativa, o que significa que somente passam a existir após o registro de seus atos 
constitutivos nos órgãoscompetentes. Modernamente, admite-se a criação de fundações com personalidade 
jurídica de direito público, hipótese em que suas características serão as mesmas das autarquias. Exemplo de 
fundação no âmbito federal é a Fundação Nacional de Amparo ao Índio (FUNAI). 
 
d) Sociedades de economia mista e empresas públicas: revelam a atuação direta do Estado na ordem 
econômica (seja na exploração de atividade econômica, seja na prestação de serviços públicos). São pessoas 
jurídicas de direito privado criadas por autorização legislativa, cujo regime de pessoal é o celetista. A criação das 
sociedades de economia mista e empresas públicas está condicionada à presença de imperativo da segurança 
nacional ou a relevante interesse coletivo que a justifique. 
 
ATENÇÃO! DIFERENÇAS 
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA EMPRESAS PÚBLICAS 
Sempre constituídas como sociedades anônimas Assumem qualquer forma empresarial 
A maioria do capital com direito a voto deverá ser público Possuem capital exclusivamente público 
Foro na Justiça Estadual mesmo quando vinculadas à 
União 
Quando vinculadas à União possuem como foro 
a Justiça Federal 
Ex: Banco do Brasil e a Petrobrás Ex: Correios, Caixa Econômica Federal 
 
4. Entidades paraestatais ou terceiro setor 
 
 As entidades paraestatais, também chamadas de terceiro setor, são pessoas jurídicas de direito privado, 
sem fins lucrativos, que colaboram com o Estado ao executar atividade de interesse público, mas não integram a 
Administração Pública. Recebem, em contrapartida à sua atuação, alguma espécie de subsídio pelo Estado. 
 As obras, compras, serviços e alienações a serem realizadas por estas entidades, com os recursos ou bens 
repassados voluntariamente pela União, deverão ser contratados mediante processo de licitação pública, de acordo 
com o estabelecido na legislação federal pertinente. 
 
a) Serviços sociais autônomos: são instituídos por Lei, incumbidos de ministrar assistência ou ensino a 
categorias sociais ou grupos profissionais e mantidos por dotações orçamentárias ou contribuições parafiscais dos 
associados. São exemplos de serviços sociais autônomos o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), 
SESI (Serviço Social da Indústria), SESC (Serviço Social do Comércio), entre outros. 
 
b) Entidades de apoio: instituídas por servidores públicos para a prestação, em caráter privado, de serviços 
sociais não exclusivos do Estado nas áreas de saúde e ensino. Para o desempenho de suas funções, as entidades 
de apoio celebram convênios com pessoas jurídicas da Administração direta ou indireta, nos quais são delimitadas 
as atividades a serem desempenhadas e, em contrapartida, previstos os benefícios a serem concedidos a tais 
entidades (como, por exemplo, a utilização de bens móveis, imóveis e servidores públicos). 
 
c) Organizações Sociais (OS) e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP): qualificação 
que pode ser conferida pelo Poder Público a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos que 
desempenhem serviços sociais não exclusivos do Estado (ensino, pesquisa científica, ao desenvolvimento 
tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, cultura, saúde). 
 
 
 
ATENÇÃO! DIFERENÇAS 
OS OSCIP 
Ato de qualificação é discricionário Ato de qualificação é vinculado 
Firmam contrato de gestão com Poder Público Firmam termos de parceria com o Poder Público 
Qualquer entidade sem fins lucrativos pode se 
qualificar como OS 
A lei indica entidades que não podem ser qualificadas como 
OSCIP (como é o caso dos sindicatos, cooperativas, 
organizações partidárias entre outros) 
A comprovação da pertinência temática de sua 
atuação é feita pelos atos constitutivos 
A comprovação da pertinência temática de sua atuação é 
feita pela sua efetiva atuação 
 
d) Organizações da Sociedade Civil (OSC): entidade privada sem fins lucrativos, sociedades cooperativas e 
organizações religiosas que celebram termo de colaboração, termo de fomento ou acordo de colaboração com a 
administração pública para a execução de atividades de interesse de toda a coletividade. O termo de colaboração é 
adotado para a execução de planos de trabalho de iniciativa da administração pública, que envolvam a 
transferência de recursos financeiros. O termo de fomento é adotado para a execução de propostas das 
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organizações da sociedade civil, que envolvam a transferência de recursos financeiros. A celebração de termo de 
colaboração ou de fomento será precedida de chamamento público voltado a selecionar organizações da sociedade 
civil que tornem mais eficaz a execução do objeto. Já o acordo de cooperação é utilizado quando não houver 
transferência de recursos financeiros. 
 
5. Questões do exame da OAB 
 
QUESTÃO 1 - (XVII EOAB) O Governador do Estado Y criticou, por meio da imprensa, o Diretor-Presidente 
da Agência Reguladora de Serviços Delegados de Transportes do Estado, autarquia estadual criada pela 
Lei nº 1.234, alegando que aquela entidade, ao aplicar multas às empresas concessionárias por supostas 
falhas na prestação do serviço, “não estimula o empresário a investir no Estado”. Ainda, por essa razão, o 
Governador ameaçou, também pela imprensa, substituir o Diretor Presidente da agência antes de expirado 
o prazo do mandato daquele dirigente. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. 
A) A adoção do mandato fixo para os dirigentes de agências 
reguladoras contribui para a necessária autonomia da entidade, 
impedindo a livre exoneração pelo chefe do Poder Executivo. 
ALTERNATIVA CORRETA 
B) A agência reguladora, como órgão da Administração Direta, 
submete-se ao poder disciplinar do chefe do Poder Executivo 
estadual. 
Incorreto – as agências reguladoras 
possuem personalidade jurídica própria e 
não se sujeitam ao poder disciplinar do 
chefe do Poder Executivo. 
C) A agência reguladora possui personalidade jurídica própria, mas 
está sujeita, obrigatoriamente, ao poder hierárquico do chefe do 
Poder Executivo. 
Incorreto – as agências reguladoras não se 
sujeitam ao poder disciplinar do chefe do 
Poder Executivo. 
D) Ainda que os dirigentes da agência reguladora exerçam mandato 
fixo, pode o chefe do Poder Executivo exonerá-los, por razões 
políticas não ligadas ao interesse público, caso discorde das 
decisões tomadas pela entidade. 
Incorreto – Os dirigentes das agências 
reguladoras não podem ser exonerados 
por motivos políticos. 
 
QUESTÃO 2 - (XVIII EOAB) O Estado XYZ pretende criar uma nova universidade estadual sob a forma de 
fundação pública. Considerando que é intenção do Estado atribuir personalidade jurídica de direito público 
a tal fundação, assinale a afirmativa correta. 
A) Tal fundação há de ser criada com o registro de seus atos 
constitutivos, após a edição de lei ordinária autorizando sua 
instituição. 
Incorreto – Por se tratar de pessoa jurídica 
de direito público a criação é feita 
diretamente por Lei, sem a necessidade de 
registro dos atos constitutivos. 
B) Tal fundação há de ser criada por lei ordinária específica. ALTERNATIVA CORRETA 
C) Não é possível a criação de uma fundação pública com 
personalidade jurídica de direito público. 
Incorreto – As fundações públicas podem 
ter personalidade jurídica de direito público 
ou privado. 
D) Tal fundação há de ser criada por lei complementar específica. 
Incorreto – A criação é feita por Lei 
ordinária. 
 
QUESTÃO 3 - (XXII EOAB) A Associação Delta se dedica à promoção do voluntariado e foi qualificada 
como Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos – OSCIP, após o que formalizou termo de 
parceria com a União, por meio do qual recebeu recursos que aplicou integralmente na realização de suas 
atividades, inclusive na aquisição de um imóvel, que passou a ser a sede da entidade. Com base nessa 
situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
A) A Associação não poderiater sido qualificada como OSCIP, 
considerando que o seu objeto é a promoção do voluntariado. 
Incorreto – Trata-se de atividade na área 
social que admite a criação e OSCIPs. 
B) A qualificação como OSCIP é ato discricionário da Administração 
Pública, que poderia indeferi-lo, mesmo que preenchidos os 
requisitos legais. 
Incorreto – A qualificação de OSCIPs é um 
ato vinculado, de forma que atendidas as 
exigências legais não poderá haver 
negativa da Administração Pública. 
C) A qualificação como OSCIP não autoriza o recebimento de 
recursos financeiros por meio de termo de parceria, mas somente 
mediante contrato de gestão. 
Incorreto – Em se tratando de OSCIPs o 
ato que autoriza a transferência de 
recursos é um Termo de Parceria. 
D) A Associação não tem liberdade para alienar livremente os bens 
adquiridos com recursos públicos provenientes de termo de parceria. 
ALTERNATIVA CORRETA 
 
QUESTÃO 4 - (XXVII EOAB) No ano corrente, a União decidiu criar uma nova empresa pública, para a 
realização de atividades de relevante interesse econômico. Para tanto, fez editar a respectiva lei 
autorizativa e promoveu a inscrição dos respectivos atos constitutivos no registro competente. Após a 
devida estruturação, tal entidade administrativa está em vias de iniciar suas atividades. Acerca dessa 
situação hipotética, na qualidade de advogado(a), assinale a afirmativa correta. 
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A) A participação de outras pessoas de direito público interno, na 
constituição do capital social da entidade administrativa, é permitida, 
desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade 
da União. 
ALTERNATIVA CORRETA 
B) A União não poderia ter promovido a inscrição dos atos 
constitutivos no registro competente, na medida em que a criação de 
tal entidade administrativa decorre diretamente da lei. 
Incorreto – Os atos constitutivos das 
pessoas jurídicas da administração indireta 
que tenham personalidade jurídica de 
direito privado devem ser registrados. 
C) A entidade administrativa em análise constitui uma pessoa 
jurídica de direito público, que não poderá contar com privilégios 
fiscais e trabalhistas. 
Incorreto – As empresas públicas têm 
personalidade jurídica de direito privado. 
D) Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços 
para a entidade administrativa, em regra, não precisam ser 
precedidos de licitação. 
Incorreto – Os contratos estão sujeitos à 
licitação. 
 
 
QUESTÃO 5 - (XVII EOAB) Após autorização em lei, o Estado X constituiu empresa pública para atuação no 
setor bancário e creditício. Por não possuir, ainda, quadro de pessoal, foi iniciado concurso público com 
vistas à seleção de 150 empregados, entre economistas, administradores e advogados. A respeito da 
situação descrita, assinale a afirmativa correta. 
A) Não é possível a constituição de empresa pública para exploração 
direta de atividade econômica pelo Estado. 
Incorreto – As Empresas Públicas e 
Sociedades de Economia Mista podem 
explorar atividades econômicas de maneira 
direta. 
B) A lei que autorizou a instituição da empresa pública é, 
obrigatoriamente, uma lei complementar, por exigência do texto 
constitucional. 
Incorreto – A Constituição federal não 
exige a edição de Lei Complementar, 
sendo adotada, por esta razão, a Lei 
Ordinária. 
C) Após a Constituição de 1988, cabe às empresas públicas a 
prestação de serviços públicos e às sociedades de economia mista 
cabe a exploração de atividade econômica. 
Incorreto – Ambas podem explorar tanto 
atividades econômicas como serviços 
públicos. 
D) A empresa pública que explora atividade econômica sujeita-se ao 
regime trabalhista próprio das empresas privadas, o que não afasta 
a exigência de concurso público. 
ALTERNATIVA CORRETA 
 
QUESTÃO 6 - (XIV EOAB) Numerosos professores, em recente reunião da categoria, queixaram-se da falta 
de interesse dos alunos pela cultura nacional. O Sindicato dos Professores de Colégios Particulares do 
Município X apresentou, então, um plano para ampliar o acesso à cultura dos alunos com idade entre 10 e 
18 anos, obter a qualificação de “Organização da Sociedade Civil de Interesse Público” (OSCIP) e celebrar 
um termo de parceria com a União, a fim de unir esforços no sentido de promover a cultura nacional. 
Considerando a proposta apresentada e a disciplina existente sobre o tema, assinale a afirmativa correta. 
A) O sindicato não pode se qualificar como Organização da 
Sociedade Civil de Interesse Público, uma vez que tal qualificação, 
de origem doutrinária, não tem amparo legal. 
Incorreto – A Lei veda expressamente a 
qualificação e sindicatos como OSCIPs. 
B) O sindicato não pode se qualificar como OSCIP, em virtude de 
vedação expressa da lei federal sobre o tema. 
ALTERNATIVA CORRETA 
C) O sindicato pode se qualificar como OSCIP, uma vez que é uma 
entidade sem fins lucrativos e o objetivo pretendido é a promoção da 
cultura nacional. 
Incorreto – A Lei veda expressamente a 
qualificação e sindicatos como OSCIPs. 
D) O sindicato pode se qualificar como OSCIP, mas deve celebrar 
um contrato de gestão e não um termo de parceria com o poder 
público. 
Incorreto – A Lei veda expressamente a 
qualificação e sindicatos como OSCIPs. 
 
QUESTÃO 7 - (XXIII EOAB) O Estado Alfa, mediante a respectiva autorização legislativa, constituiu uma 
sociedade de economia mista para o desenvolvimento de certa atividade econômica de relevante interesse 
coletivo. Acerca do Regime de Pessoal de tal entidade, integrante da Administração Indireta, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Por se tratar de entidade administrativa que realiza atividade 
econômica, não será necessária a realização de concurso público 
para a admissão de pessoal, bastando processo seletivo 
simplificado, mediante análise de currículo 
Incorreto – Conforme o art. 37, II da CF/88, 
ainda que se trate de entidade 
administrativa que realize atividade 
econômica, a admissão de seu pessoal 
deverá ser feita mediante concurso 
público. 
B) É imprescindível a realização de concurso público para o Incorreto - Ainda que os empregados da 
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provimento de cargos e empregos em tal entidade administrativa, 
certo que os servidores ou empregados regularmente nomeados 
poderão alcançar a estabilidade mediante o preenchimento dos 
requisitos estabelecidos na Constituição da República 
entidade devam ser admitidos mediante 
concurso público, eles não possuem direito 
à estabilidade. 
C) Deve ser realizado concurso público para a contratação de 
pessoal por tal entidade administrativa, e a remuneração a ser paga 
aos respectivos empregados não pode ultrapassar o teto 
remuneratório estabelecido na Constituição da República, caso 
sejam recebidos recursos do Estado Alfa para pagamento de 
despesas de pessoal ou de custeio em geral 
ALTERNATIVA CORRETA - Segundo o 
art. 37, §9º da CF/88, as empresas 
públicas e sociedades de economia mista 
e subsidiárias somente são alcançadas 
pelo teto se receberem recursos do ente 
federado para pagamento de despesas de 
pessoal ou de custeio em geral. 
D) A entidade administrativa poderá optar entre o regime estatutário 
e o regime de emprego público para a admissão de pessoal, mas, 
em qualquer dos casos, deverá realizar concurso público para a 
seleção de pessoal 
Incorreto – O regime de pessoal das 
empresas estatais é o regime celetista. 
 
QUESTÃO 8 - (XXV EOAB) A organização religiosa Tenhafé, além dos fins exclusivamente religiosos, 
também se dedica a atividades de interesse público, notadamente à educação e à socialização de crianças 
em situação de risco. Ela não está qualificada como Organização Social (OS), nem como Organização da 
Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), mas pretende obter verbas da União para a promoçãode 
projetos incluídos no plano de Governo Federal, propostos pela própria Administração Pública. Sobre a 
pretensão da organização religiosa Tenhafé, assinale a afirmativa correta 
A) Por ser uma organização religiosa, Tenhafé não poderá receber 
verbas da União. 
Incorreto – Pode receber verbas da União. 
B) A transferência de verbas da União para a organização religiosa 
Tenhafé somente poderá ser formalizada por meio de contrato 
administrativo, mediante a realização de licitação na modalidade 
concorrência. 
Incorreto – Pode ser utilizado o termo de 
colaboração, por meio de chamamento 
público. 
C) Para receber verbas da União para a finalidade em apreço, a 
organização religiosa Tenhafé deverá qualificar-se como OS ou 
OSCIP. 
Incorreto- Pode ser enquadrada como 
Organização da Sociedade Civil 
D) Uma vez selecionada por meio de chamamento público, a 
organização religiosa Tenhafé poderá obter a transferência de 
recursos da União por meio de termo de colaboração. 
ALTERNATIVA CORRETA – O termo de 
colaboração é adotado para a execução de 
planos de trabalho de iniciativa da 
administração pública, que envolvam a 
transferência de recursos financeiros e é 
precedido de chamamento público voltado 
a selecionar a organização da sociedade 
civil que torne mais eficaz a execução do 
objeto. 
 
 
ATO ADMINISTRATIVO 
 
 Atos administrativos consistem na forma pela qual o Estado, ou quem atue em seu nome, manifesta sua 
vontade, com vistas a dar fiel cumprimento à Lei. Os atos administrativos estão sempre sujeitos ao controle de 
legalidade pelo Poder Judiciário. 
 
1. Elementos do ato administrativo 
 
 mpetência 
 
 nalidade 
 
 rma 
 
 otivo 
 
 jeto 
 
a) Competência (agente ou sujeito): a lei atribui a competência para a prática dos atos administrativos, dizendo 
quem pode praticá-lo. A competência é irrenunciável, mas pode ser objeto de delegação e avocação. 
 • Delegação: consiste na transferência de competências para outros órgãos ou titulares, ainda que estes 
não sejam subordinados ao delegante. A delegação é sempre parcial e se justifica diante de circunstâncias de 
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índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Não podem ser objeto de delegação a edição de atos de 
caráter normativo; a decisão de recursos administrativos; e as matérias de competência exclusiva do órgão ou 
autoridade. 
 • Avocação: ocorre quando a autoridade pública chama para si a competência de órgão hierarquicamente 
inferior. Ocorre em caráter excepcional e temporário por motivos relevantes devidamente justificados. 
 
b) Objeto ou conteúdo: efeito jurídico imediato que o ato produz. O que o ato enuncia, prescreve ou dispõe. 
 
c) Motivo: abrange os pressupostos de fato (circunstâncias) e de direito (dispositivo legal) que servem de 
fundamento para a prática do ato. 
 
d) Forma: é o modo pelo qual o ato se exterioriza (Ex: escrita, verbal, decreto para desapropriação, portaria para 
licitação). A motivação (exposição das razões que fundamentam a prática do ato) integra a forma. De acordo com a 
teoria dos motivos determinantes, a validade do ato está ligada aos motivos indicados como fundamento. Se os 
motivos declarados forem falsos ou inexistentes, o ato deve ser anulado. 
 
e) Finalidade: é o resultado que a Administração Pública quer alcançar com o ato. A finalidade é sempre pública, 
mas a finalidade específica do ato é estabelecida em lei. Se finalidade não for observada, o ato é nulo por desvio de 
poder ou desvio de finalidade. 
 
2. Atributos do ato administrativo 
 
 Os atributos consistem nas características dos atos administrativos. São eles: 
 
a) Presunção de legitimidade e veracidade: presume-se que os atos administrativos são praticados em 
observância das leis e princípios assim como são verdadeiros os fatos alegados pela Administração Pública para 
sua prática. Trata-se de uma presunção relativa e que, por isso, admite prova em contrário por parte de quem 
alegue a irregularidade. Contudo, até que se demonstre eventual vício, o ato continuará produzindo seus efeitos 
regularmente. Trata-se de atributo presente em todos os atos administrativos 
 
b) Imperatividade: os atos administrativos impõem-se aos particulares independentemente de sua vontade ou 
concordância. Este atributo está presente apenas nos atos que impõem obrigações aos particulares. Atos que 
conferem direitos ao administrado (licença, autorização, permissão) ou atos enunciativos (certidões, atestados) não 
são dotados de imperatividade. 
 
c) Exigibilidade ou coercibilidade: envolve a possibilidade de a Administração Pública exigir o cumprimento de 
uma obrigação imposta valendo-se de meio indiretos como a multa. Nem sempre está presente nos atos 
administrativos. 
 
d) Autoexecutoriedade: refere-se à possibilidade de o ato ser executado pela autoridade administrativa 
independentemente de manifestação do Poder Judiciário. No direito privado, a autoexecutoriedade é exceção; no 
direito administrativo é a regra, mas depende de previsão legal ou da existência de situação de urgência 
(internamento de pessoa com doença contagiosa, dissolução de passeata que comprometa segurança). 
 
3. Atos vinculados e discricionários 
 
 Levando em consideração a liberdade do agente, os atos administrativos são ditos vinculados ou 
discricionários. 
 • Ato vinculado: aquele que se encontra minuciosamente descrito na lei, não restando margem de 
liberdade para a ação do agente. Nesta situação, o interessado tem direito subjetivo de exigir que o ato seja 
praticado na estrita conformidade da previsão legal. Via de regra, são vinculados os elementos forma, finalidade e 
competência. 
 • Ato discricionário: a Lei confere certa margem de liberdade para o administrador escolher, diante do 
caso concreto, a forma de agir que melhor atenderá ao interesse público. Essa margem de liberdade normalmente 
se faz presente na descrição legal do motivo e do objeto do ato administrativo. A escolha feita pelo administrador é 
o que se denomina de mérito do ato administrativo. 
 
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4. Extinção dos atos administrativos 
 
 Os atos administrativos podem ser extintos das seguintes formas: 
 
a) Exaurimento de efeitos: cumpridos os efeitos do ato, ele deixa de existir. 
 
b) Cassação: retirada de ato que beneficia particular porque este deixa de cumprir determinadas condições legais. 
 
c) Caducidade: retirada de ato porque sobreveio norma jurídica que tornou inadmissível situação anterior. 
 
d) Contraposição: retirada do ato se dá foi emitido ato com efeitos contrários. 
 
e) Renúncia: rejeição pelo beneficiário de situação jurídica favorável. 
 
f) Revogação: extinção do ato por motivo de conveniência e oportunidade e por isso recai apenas sobre atos 
discricionários. Considerando que tal juízo é privativo do administrador, o Poder Judiciário não pode revogar atos 
administrativos sob pena de invasão das competências da Administração Pública. 
 A revogação não pode alcançar: • direitos adquiridos, razão pela qual tem efeito ex nunc (não retroage).• atos vinculados; 
• atos que já exauriram seus efeitos. 
 
g) Anulação: a extinção do ato decorre de razões de ilegalidade. Nem mesmo a existência de direitos adquiridos 
justifica a manutenção do ato administrativo, conforme dispõe a primeira parte da Súmula 473 do STF: “a 
administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se 
originam direitos”. Esta a razão pela qual a anulação possui efeitos ex tunc (retroagem). A anulação pode ser feita 
tanto pela Administração Pública quanto pelo Poder Judiciário quando provocado. 
 São nulos os atos que a lei assim declare ou aqueles que não puderem ser corrigidos como ocorre, 
normalmente, com os vícios que atingem o motivo, o objeto e a finalidade. Quando o vício não for grave e houver a 
possibilidade de sanar o defeito existente, o ato deverá ser convalidado. A convalidação tem efeitos ex tunc. 
O direito da Administração Pública de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para 
os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. No 
caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento. 
 
ATENÇÃO! DIFERENÇAS 
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO 
Conveniência e oportunidade Ilegalidade 
Efeitos ex nunc Efeitos ex tunc 
Somente a Administração Pública realiza Tanto a Administração Pública quanto o Poder Judiciário 
(quando provocado) poder anular o ato. 
 
5. Questões do exame da OAB 
 
QUESTÃO 9 - (XIX EOAB) A associação de moradores do Município F solicitou ao Poder Público municipal 
autorização para o fechamento da “rua de trás”, por uma noite, para a realização de uma festa junina 
aberta ao público. O Município, entretanto, negou o pedido, ao fundamento de que aquela rua seria 
utilizada para sediar o encontro anual dos produtores de abóbora, a ser realizado no mesmo dia. 
Considerando que tal fundamentação não está correta, pois, antes da negativa do pedido da associação de 
moradores, o encontro dos produtores de abóbora havia sido transferido para o mês seguinte, conforme 
publicado na imprensa oficial, assinale a afirmativa correta. 
A) Mesmo diante do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a 
autorização pleiteada é ato discricionário da Administração. 
Incorreto – Mesmo em se tratando de ato 
discricionário, o erro de fundamentação 
justifica a nulidade do ato. 
B) Independentemente do erro na fundamentação, o ato é inválido, 
pois a autorização pleiteada é ato vinculado, não podendo a 
Administração indeferi-lo. 
Incorreto – A autorização é ato 
discricionário e o erro de fundamentação é 
o que justifica a nulidade do ato. 
C) Diante do erro na fundamentação, o ato é inválido, uma vez que, 
pela teoria dos motivos determinantes, a validade do ato está ligada 
aos motivos indicados como seu fundamento. 
ALTERNATIVA CORRETA 
D) A despeito do erro na fundamentação, o ato é válido, pois a 
autorização pleiteada é ato vinculado, não tendo a associação de 
moradores demonstrado o preenchimento dos requisitos. 
Incorreto – A autorização é ato 
discricionário e o erro de fundamentação é 
o que justifica a nulidade do ato. 
 
QUESTÃO 10 - (XIX EOAB) Fulano, servidor público federal lotado em órgão da administração pública 
federal no Estado de São Paulo, contesta ordens do seu chefe imediato, alegando que são proibidas pela 
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legislação. A chefia, indignada com o que entende ser um ato de insubordinação, remove Fulano, contra a 
sua vontade, para órgão da administração pública federal no Distrito Federal, para exercer as mesmas 
funções, sendo certo que havia insuficiência de servidores em São Paulo, mas não no Distrito Federal. 
Considerando as normas de Direito Administrativo, assinale a afirmativa correta 
A) A remoção de Fulano para o Distrito Federal é válida, porque 
configura ato arbitrário da Administração. 
Incorreto – A Administração pública não 
pode praticar atos arbitrários.. 
B) Não é cabível a remoção do servidor com finalidades punitivas, 
por se ter, em tal hipótese, desvio de finalidade 
ALTERNATIVA CORRETA 
C) A remoção pode ser feita, uma vez que Fulano não pautou sua 
conduta com base nos princípios e regras aplicáveis aos servidores 
públicos. 
Incorreto – Independente da conduta de 
Fulano a remoção não tem finalidade 
punitiva. 
D) O ato de insubordinação deveria ter sido constatado por meio de 
regular processo administrativo, ao fim do qual poderia ser aplicada 
a penalidade de remoção 
Incorreto – Embora a conduta deva ser 
constatada por meio de processo 
administrativo, a remoção não tem 
finalidade punitiva. 
 
QUESTÃO 11 - (XXIX EOAB) Luciana, imbuída de má-fé, falsificou documentos com a finalidade de se 
passar por filha de Astolfo (recentemente falecido, com quem ela não tinha qualquer parentesco), movida 
pela intenção de obter pensão por morte do pretenso pai, que era servidor público federal. Para tanto, 
apresentou os aludidos documentos forjados e logrou a concessão do benefício junto ao órgão de origem, 
em março de 2011, com registro no Tribunal de Contas da União, em julho de 2014. Contudo, em setembro 
de 2018, a administração verificou a fraude, por meio de processo administrativo em que ficou comprovada 
a má-fé de Luciana, após o devido processo legal. Sobre essa situação hipotética, no que concerne ao 
exercício da autotutela, assinale a afirmativa correta. 
A) A administração tem o poder-dever de anular a concessão do 
benefício diante da má-fé de Luciana, pois não ocorreu a 
decadência. 
ALTERNATIVA CORRETA 
B) O transcurso do prazo de mais de cinco anos da concessão da 
pensão junto ao órgão de origem importa na decadência do poder-
dever da administração de anular a concessão do benefício. 
Incorreto – Como Luciana agiu de má fé 
não se aplica o prazo prescricional. 
C) O controle realizado pelo Tribunal de Contas por meio do registro 
sana o vício do ato administrativo, de modo que a administração não 
mais pode exercer a autotutela. 
Incorreto – A ilegalidade persiste, o que 
determina a anulação do ato 
administrativo. 
D) Ocorreu a prescrição do poder-dever da administração de anular 
a concessão do benefício, na medida em que transcorrido o prazo de 
três anos do registro perante o Tribunal de Contas. 
Incorreto – o prazo de decadência é de 5 
anos e somente se aplica em caso de boa 
fé do beneficiário. 
 
QUESTÃO 12 - (XVII EOAB) Manoel da Silva é comerciante, proprietário de uma padaria e confeitaria de 
grande movimento na cidade ABCD. A fim de oferecer ao público um serviço diferenciado, Manoel 
formulou pedido administrativo de autorização de uso de bem público (calçada), para a colocação de 
mesas e cadeiras. Com a autorização concedida pelo Município, Manoel comprou mobiliário de alto padrão 
para colocá-lo na calçada, em frente ao seu estabelecimento. Uma semana depois, entretanto, a Prefeitura 
revogou a autorização, sem apresentar fundamentação. A respeito do ato da prefeitura, que revogou a 
autorização, assinale a afirmativa correta. 
A) Por se tratar de ato administrativo discricionário, a autorização e 
sua revogação não podem ser investigadas na via judicial. 
Incorreto – Qualquer ato administrativo 
está sujeito ao controle judicial, mesmo os 
discricionários. 
B) A despeito de se tratar de ato administrativo discricionário, é 
admissível o controle judicial do ato. 
ALTERNATIVA CORRETA 
C) A autorização de uso de bem público é ato vinculado, de modo 
que, uma vez preenchidos os pressupostos, não poderia ser negado 
ao particular o direito ao seu uso, por meio da revogação do ato. 
Incorreto – A autorização do uso de bem 
público é ato discricionário e, por isso, 
admite revogação. 
D) A autorização de uso de bem público é ato discricionário, mas, 
uma vez deferido o uso ao particular, passa-se a estar diante de ato 
vinculado,que não admite revogação. 
Incorreto – A autorização do uso de bem 
público é ato discricionário e, por isso, 
admite revogação. 
 
QUESTÃO 13 – (XXIII EOAB) Ao realizar uma auditoria interna, certa entidade administrativa federal, no 
exercício da autotutela, verificou a existência de um ato administrativo portador de vício insanável, que 
produz efeitos favoráveis para a sociedade Tudobeleza S/A, a qual estava de boa fé. O ato foi praticado em 
10 de fevereiro de 2012. Em razão disso, em 17 de setembro de 2016, a entidade instaurou processo 
administrativo, que, após o exercício da ampla defesa e do contraditório, culminou na anulação do ato em 
05 de junho de 2017. Com relação ao transcurso do tempo na mencionada situação hipotética, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Não há decadência do direito de anular o ato eivado de vício, ALTERNATIVA CORRETA - O direito da 
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considerando que o processo que resultou na invalidação foi 
instaurado dentro do prazo de 5 (cinco) anos. 
Administração Pública de anular os atos 
administrativos de que decorram efeitos 
favoráveis para os destinatários, como é o 
caso, decai em cinco anos, contados da 
data em que foram praticados, salvo 
comprovada má-fé. O exercício do direito 
de anular é exercido pela Administração 
quando ela adotar qualquer medida no 
sentido de impugnar a validade do ato. 
Como o processo administrativo foi 
instaurado em 17 de setembro de 2016, o 
direito de anular foi exercido dentro do 
prazo de 5 anos, de modo que não ocorreu 
a decadência, ainda que a efetiva anulação 
somente tenha se consumado 
posteriormente. 
B) Consumou-se o prazo prescricional de 5 (cinco) anos para o 
exercício do poder de polícia por parte da Administração Pública 
federal 
Incorreto - Não houve prescrição, a 
administração exerceu o seu direito dentro 
do prazo. 
C) O transcurso do tempo não surte efeitos no caso em questão, 
considerando que a Administração pode anular seus atos viciados a 
qualquer tempo. 
Incorreto – A administração não pode 
anular os seus atos viciados a qualquer 
tempo, conforme se observa acima. 
D) Consumou-se a decadência para o exercício da autotutela, pois, 
entre a prática do ato e a anulação, transcorreram mais de 5 (cinco) 
anos. 
Incorreto – Não há decadência, uma vez 
que a administração exerceu o seu direito 
dentro do prazo. 
 
 
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
 
 A improbidade administrativa está relacionada a condutas praticadas pelo contra a administração pública 
que violam o princípio da moralidade. 
 
1. Sujeito passivo do ato de improbidade 
 
 Aquele contra quem o ato é praticado. 
 Abrange: • Administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal, dos Municípios, de Território; 
• empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário 
haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual; 
• entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem 
como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% do patrimônio 
ou da receita anual, limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição 
dos cofres públicos. 
 
2. Sujeito ativo do ato de improbidade 
 
 Aquele que pratica o ato. 
 Abrange qualquer agente público, servidor ou não, assim entendido como todo aquele que exerce, ainda 
que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra 
forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades que podem figurar como sujeito 
passivo dos atos de improbidade. 
 Aquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou 
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta também estará sujeito às penalidades. 
 
3. Espécies de atos de improbidade 
 
 A Lei 8429/92 traz um rol exemplificativo de condutas que configuram improbidade administrativa. Contudo, 
ainda que não tipificado na lei, é punível qualquer ato que: 
 • Importe em enriquecimento ilícito do agente: auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em 
razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade. 
 • Cause prejuízo ao erário: qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, 
desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres. 
 • Aplique ou mantenha benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o § 1º 
do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 
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 • Atente contra os princípios da Administração Pública: qualquer ação ou omissão que viole os deveres 
de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Sanções 
 
 Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário. Independentemente das sanções penais, civis e 
administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito também às 
seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: 
 
 
ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO 
PREJUÍZO AO 
ERÁRIO 
BENEFÍCIO 
FINANCEIRO 
OU 
TRIBUTÁRIO 
PRINCÍPIOS DA 
ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
SUSPENSÃO DOS 
DIREITOS POLÍTICOS 
8 a 10 anos 5 a 8 anos 5 a 8 anos 3 a 5 anos 
PAGAMENTO DE 
MULTA CIVIL 
Até 3 vezes o valor do 
acréscimo patrimonial 
Até 2 vezes o 
valor do dano. 
Até 3 vezes o 
valor do 
benefício 
concedido 
Até cem vezes o valor 
da remuneração 
percebida pelo agente 
PROIBIÇÃO DE 
CONTRATAR OU 
RECEBER 
BENEFÍCIOS OU 
INCENTIVOS FISCAIS 
OU CREDITÍCIOS 
10 anos 5 anos - 3 anos 
 
 Na fixação das penas o juiz levará em conta a extensão do dano causado, assim como o proveito 
patrimonial obtido pelo agente. 
 A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da 
sentença condenatória, podendo, neste ínterim, o agente público ser afastado do exercício do cargo, emprego ou 
função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual por decisão 
judicial ou administrativa. 
 
5. Procedimento administrativo e judicial 
 
 Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada 
investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Atendidos os requisitos da representação, a 
autoridade determinará a imediata apuração dos fatos que, em se tratando de servidores federais, será processada 
de acordo com as regras aplicáveis ao processo administrativo disciplinar previstas na Lei 8.112/90. 
 Quando o ato de improbidade causar lesão a patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a 
autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos 
bens do indiciado. A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem o integral ressarcimento do dano, ou 
sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito 
 A ação principal será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta 
dias da efetivação da medida cautelar. O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará 
obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. 
 Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se 
convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita. 
 É vedada a transação, acordoou conciliação nas ações de improbidade administrativa. 
 As ações de improbidade administrativa podem ser propostas em até cinco anos após o término do 
exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; dentro do prazo prescricional previsto em 
lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de 
cargo efetivo ou emprego; até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas 
final pelas entidade que recebam subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público bem como 
daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com menos de 50% por cento do 
patrimônio ou da receita anual. 
É inadmissível a responsabilidade objetiva na aplicação da Lei n. 
8.429/1992, exigindo-se a presença de dolo nos casos dos arts. 9º e 
11 (que coíbem o enriquecimento ilícito e o atentado aos princípios 
administrativos, respectivamente) e ao menos de culpa nos termos do 
art. 10, que censura os atos de improbidade por dano ao Erário. 
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 A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento do agente público do 
exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à 
instrução processual. 
 
6. Prescrição 
 
As ações destinadas a aplicar as sanções de improbidade podem ser propostas até cinco anos após o 
término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança, dentro do prazo prescricional 
previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de 
exercício de cargo efetivo ou emprego ou até cinco anos da data da apresentação à administração pública da 
prestação de contas final pelas entidades entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou 
creditício, de órgão público. 
 
7. Questões do exame da OAB 
 
QUESTÃO 14 - (XX EOAB) O diretor-presidente de uma construtora foi procurado pelo gerente de licitações 
de uma empresa pública federal, que propôs a contratação direta de sua empresa, com dispensa de 
licitação, mediante o pagamento de uma “contribuição” de 2% (dois por cento) do valor do contrato, a ser 
depositado em uma conta no exterior. Contudo, após consumado o acerto, foi ele descoberto e publicado 
em revista de grande circulação. A respeito do caso descrito, assinale a afirmativa correta. 
A) Somente o gerente de licitações da empresa pública, agente 
público, está sujeito a eventual ação de improbidade administrativa. 
Incorreto – Aquele que, mesmo não sendo 
agente público, induza ou concorra para a 
prática do ato de improbidade ou dele se 
beneficie sob qualquer forma direta ou 
indireta também estará sujeito às 
penalidades. 
B) Nem o diretor-presidente da construtora e nem o gerente de 
licitações da empresa pública, que não são agentes públicos, estão 
sujeitos a eventual ação de improbidade administrativa. 
Incorreto – O gerente de licitações é 
considerado agente público. Ademais, 
aquele que, mesmo não sendo agente 
público, induza ou concorra para a prática 
do ato de improbidade ou dele se beneficie 
sob qualquer forma direta ou indireta 
também estará sujeito às penalidades. 
C) O diretor-presidente da construtora, beneficiário do esquema, 
está sujeito a eventual ação de improbidade, mas o gerente da 
empresa pública, por não ser servidor público, não está sujeito a tal 
ação. 
Incorreto – O gerente de licitações é 
considerado agente público. 
D) O diretor-presidente da construtora e o gerente de licitações da 
empresa pública estão sujeitos a eventual ação de improbidade 
administrativa. 
ALTERNATIVA CORRETA 
 
QUESTÃO 15 - (XVIII EOAB) O Ministério Público do Estado W ajuizou ação de improbidade administrativa 
contra um ex-governador, com fundamento no Art. 9º da Lei nº 8.429/1992 (ato de improbidade 
administrativa que importe enriquecimento ilícito), mesmo passados quase 3 (três) anos do término do 
mandato e 6 (seis) anos desde a suposta prática do ato de improbidade que lhe é atribuída. Nesse caso, 
A) o ex-governador está sujeito, dentre outras sanções, à perda dos 
bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ao 
ressarcimento integral do dano e à suspensão dos direitos políticos 
pelo período de oito a dez anos. 
ALTERNATIVA CORRETA 
B) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista 
que não podem ser réus de tal demanda aqueles que já não ocupam 
mandato eletivo e nem cargo, emprego ou função na Administração. 
Incorreto – As ações de improbidade 
administrativa podem ser propostas em até 
cinco anos após o término do exercício de 
mandato, de cargo em comissão ou de 
função de confiança. 
C) a ação de improbidade está fadada ao insucesso, tendo em vista 
que já transcorreram mais de 3 (três) anos desde o término do 
exercício do mandado eletivo. 
Incorreto – O prazo a ser observado é de 5 
anos. 
D) é imprescritível a ação de improbidade destinada à aplicação das 
sanções previstas na Lei nº 8.429/1992, e, por essa razão, o ex-
governador pode sofrer as cominações legais, mesmo após o 
término do seu mandato. 
Incorreto – Em se tratando de ocupante de 
mandato eletivo o prazo prescricional é de 
5 anos. 
 
QUESTÃO 16 - (XXIX EOAB) O Ministério Público ajuizou ação civil pública por improbidade em desfavor 
de Felipe dos Santos, servidor público federal estável, com fulcro no Art. 10, inciso IV, da Lei nº 8429/92. O 
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servidor teria facilitado a alienação de bens públicos a certa sociedade empresária, alienação essa que, 
efetivamente, causou lesão ao erário, sendo certo que, nos autos do processo, restou demonstrado que o 
agente público não agiu com dolo, mas com culpa. Com base na hipótese apresentada, assinale a opção 
que está em consonância com a legislação de regência. 
A) Felipe não pode sofrer as sanções da lei de improbidade, pois 
todas as hipóteses capituladas na lei exigem o dolo específico para a 
sua caracterização. 
Incorreto – Para a configuração da 
improbidade em razão de atos que 
importam em dano ao erário é suficiente a 
culpa. 
B) É passível a caracterização da prática de ato de improbidade 
administrativa por Felipe, pois a modalidade culposa é admitida para 
a conduta a ele imputada 
ALTERNATIVA CORRETA 
C) Não é cabível a caracterização de ato de improbidade por Felipe, 
na medida em que apenas os atos que atentam contra os princípios 
da Administração Pública admitem a modalidade culposa. 
Incorreto – Para a configuração da 
improbidade em razão de atos que 
atentam contra os princípios da 
Administração Pública exige-se o dolo. 
D) Felipe não praticou ato de improbidade, pois apenas os atos que 
importam em enriquecimento ilícito admitem a modalidade culposa. 
Incorreto – Para a configuração da 
improbidade em razão de atos que 
importam em enriquecimento ilícito exige-
se o dolo. 
 
QUESTÃO 17 - (XXIII EOAB) O Ministério Público estadual ajuizou ação civil pública por improbidade em 
desfavor de Odorico, prefeito do Município Beta, perante o Juízo de 1º grau. Após os devidos trâmites e do 
recebimento da inicial, surgiram provas contundentes de que Odorico se utilizava da máquina 
administrativa para intimidar servidores e prejudicar o andamento das investigações, razão pela qual o 
Juízo de 1º grau determinou o afastamento cautelar do chefe do Poder Executivo municipal pelo prazo de 
sessenta dias. Nesse caso, o Juízo de 1º grau 
A) não poderia ter dado prosseguimento ao feito, na medida em que 
Odorico é agente político e, por isso, não responde com base na lei 
de improbidade, mas somente na esfera política, por crime de 
responsabilidade. 
Incorreto – Os agentes políticos, como os 
Prefeitos,também são agentes públicos e 
por isso respondem por improbidade 
administrativa. 
B) não tem competência para o julgamento da ação civil pública por 
improbidade ajuizada em face de Odorico, ainda que o agente tenha 
foro por prerrogativa junto ao respectivo Tribunal de Justiça estadual. 
Incorreto – O foro por prerrogativa de 
função alcança apenas ações criminais. 
Considerando que a ação de improbidade 
administrativa tem natureza civil, não há 
prerrogativa de foro. Assim, a ação de 
improbidade contra o Prefeito deveria ser 
ajuizada em 1º grau. 
C) não poderia ter determinado o afastamento cautelar de Odorico, 
pois a perda da função pública só se efetiva com o trânsito em 
julgado da sentença condenatória. 
Incorreto - O afastamento do agente 
público do exercício do cargo pode ser 
determinado no curso do processo judicial. 
D) agiu corretamente ao determinar o afastamento cautelar de 
Odorico, que, apesar de constituir medida excepcional, cabe quando 
o agente se utiliza da máquina administrativa para intimidar 
servidores e prejudicar o andamento do processo. 
ALTERNATIVA CORRETA - O 
afastamento pode ser determinado no 
curso do processo judicial quando 
necessário à instrução processual. 
 
QUESTÃO 18 - (XXIV EOAB) Em ação civil pública por atos de improbidade que causaram prejuízo ao 
erário, ajuizada em desfavor de José, servidor público estadual estável, o Juízo de 1º grau, após os 
devidos trâmites, determinou a indisponibilidade de todos os bens do demandado, cujo patrimônio é 
superior aos danos e às demais imputações que constam na inicial. Apresentado o recurso pertinente, 
observa-se que a aludida decisão 
A) não merece reforma, na medida em que José deve responder 
com todo o seu patrimônio, independentemente do prejuízo causado 
pelos atos de improbidade que lhe são imputados. 
Incorreto – A decisão deve ser reformada, 
e responderá o seu patrimônio na medida 
do dano causado. 
B) deve ser reformada, considerando que somente podem ser objeto 
da cautelar os bens adquiridos depois da prática dos atos de 
improbidade imputados a José. 
Incorreto – Atingirá os bens que forem 
resultado da ilicitude, não somente após a 
imputação. 
C) deve ser reformada, pois não é possível, por ausência de 
previsão legal, a determinação de tal medida cautelar em ações civis 
públicas por ato de improbidade. 
Incorreto – é possível a realização dessa 
medida em sede de cautelar. 
D) deve ser reformada, porquanto a cautelar somente pode atingir 
tantos bens quantos bastassem para garantir as consequências 
financeiras dos atos de improbidade imputados a José. 
ALTERNATIVA CORRETA - a 
indisponibilidade recai somente sobre os 
bens que assegurem o integral 
ressarcimento do dano, ou sobre o 
acréscimo patrimonial resultante do 
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enriquecimento ilícito. 
 
QUESTÃO 19 - (XXV EOAB) Raimundo tornou-se prefeito de um pequeno município brasileiro. Seu 
mandato teve início em janeiro de 2009 e encerrou-se em dezembro de 2012. Em abril de 2010, sabendo 
que sua esposa estava grávida de gêmeos e que sua residência seria pequena para receber os novos 
filhos, Raimundo comprou um terreno e resolveu construir uma casa maior. No mesmo mês, com o 
orçamento familiar apertado, para não incorrer em novos custos, ele usou um trator de esteiras, de 
propriedade do município, para nivelar o terreno recém adquirido. O Ministério Público teve ciência do fato 
em maio de 2015 e ajuizou, em setembro do mesmo ano, ação de improbidade administrativa contra 
Raimundo. Após análise da resposta preliminar, o juiz recebeu a ação e ordenou a citação do réu em 
dezembro de 2015. Considerando o enunciado da questão e a Lei de Improbidade Administrativa, em 
especial as disposições sobre prescrição, o prazo prescricional das eventuais sanções a serem aplicadas 
a Raimundo é de 
A) cinco anos, tendo como termo inicial a data da infração (abril de 
2010); logo, como a ação foi ajuizada em setembro de 2015, ocorreu 
a prescrição no caso concreto. 
Incorreto – O termo inicial é o término do 
exercício do mandato (dezembro de 2012); 
B) três anos, tendo como termo inicial a data em que os fatos se 
tornaram conhecidos pelo Ministério Público (maio de 2015); logo, 
como a ação foi ajuizada em setembro de 2015, não ocorreu a 
prescrição no caso concreto. 
Incorreto – o prazo prescricional é cinco 
anos. 
C) cinco anos, tendo como termo inicial o término do exercício do 
mandato (dezembro de 2012); logo, como a ação foi ajuizada em 
setembro de 2015, não ocorreu a prescrição no caso concreto. 
ALTERNATIVA CORRETA – Em se 
tratando de agentes eleitos, o prazo 
prescricional de 5 anos tem início após o 
término do exercício do mandato. Como a 
ação foi proposta em menos de 5 após o 
término do mandato do prefeito (Dezembro 
de 2017) não houve prescrição. 
D) três anos, tendo como termo inicial o término do exercício do 
mandato (dezembro de 2012); logo, como a ação foi ajuizada em 
setembro de 2015, ocorreu a prescrição no caso concreto 
Incorreto - o prazo prescricional é cinco 
anos. 
 
QUESTÃO 20 - (XXVI EOAB) Raul e Alberto inscreveram-se para participar de um concorrido concurso 
público. Como Raul estava mais preparado, combinaram que ele faria a prova rapidamente e, logo após, 
deixaria as respostas na lixeira do banheiro para que Alberto pudesse ter acesso a elas. A fraude só veio a 
ser descoberta após o ingresso de Raul e de Alberto no cargo, fato que ensejou o afastamento deles. Após 
rígida investigação policial e administrativa, não foi identificada, na época do certame, a participação de 
agentes públicos no esquema. Sobre os procedimentos de Raul e de Alberto, com base nas disposições da 
Lei de Improbidade Administrativa, assinale a afirmativa correta. 
A) Eles enriqueceram ilicitamente graças aos salários recebidos e, 
por isso, devem responder por ato de improbidade administrativa. 
 
Incorreto – os particulares nunca poderão 
praticar isoladamente um ato de 
improbidade administrativa. 
B) Eles causaram prejuízo ao erário, consistente nos salários pagos 
indevidamente e, por isso, devem responder por ato de improbidade 
administrativa. 
Incorreto – os particulares nunca poderão 
praticar isoladamente um ato de 
improbidade administrativa. 
C) Eles frustraram a licitude de concurso público, atentando contra 
os princípios da Administração Pública, e, por isso, devem responder 
por ato de improbidade administrativa. 
Incorreto - os particulares nunca poderão 
praticar isoladamente um ato de 
improbidade administrativa. 
D) Eles não praticaram ato de improbidade administrativa, pois, no 
momento em que ocorreu a fraude no concurso público, não houve a 
participação de agentes públicos. 
 
ALTERNATIVA CORRETA – Raul e 
Alberto não eram agentes públicos quando 
praticaram a fraude ao concurso. Como 
não houve participação de nenhum agente, 
não está caracterizada a prática de ato de 
improbidade. 
 
QUESTÃO 21 - (XXVIII EOAB) A União celebrou convênio com o Município Alfa para a implantação de um 
sistema de esgotamento sanitário. O Governo Federal repassou recursos ao ente local, ficando o 
município encarregado da licitação e da contratação da sociedade empresária responsável pelas obras. 
Após um certame conturbado, cercado de denúncias de favorecimento e conduzido sob a estreita 
supervisão do prefeito, sagrou-se vencedora a sociedade empresária Vale Tudo Ltda. Em escutas 
telefônicas, devidamente autorizadas pelo Poder Judiciário, comprovou-se o direcionamento da licitação 
para favorecer a sociedade empresária Vale Tudo Ltda., que tem, como sócios, os filhos do prefeito do 
Município Alfa. Tendo sido feita perícia no orçamento, identificou-se superfaturamento no preço 
contratado. Com base na situação narrada, assinale a afirmativa correta. 
A) Não compete ao Tribunal de Contas da União fiscalizar o Incorreto – como os recursos foram 
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emprego dos recursos em questão, pois, a partir do momento em 
que ocorre a transferência de titularidade dos valores, encerra-se a 
jurisdição da Corte de Contas Federal. 
repassados pelo Governo Federal, o 
Tribunal de Contas da União terá 
competência para fiscalizar seu emprego. 
B) O direcionamento da licitação constitui hipótese de frustração da 
licitude do certame, configurando ato de improbidade administrativa 
que atenta contra os princípios da Administração Pública e, por isso, 
sujeita os agentes públicos somente à perda da função pública e ao 
pagamento de multa civil. 
Incorreto – a frustração da licitude da 
licitação configura ato de improbidade 
administrativa que acarreta prejuízos à 
Administração Pública. 
C) Apenas os agentes públicos estão sujeitos às ações de 
improbidade, de forma que terceiros, como é o caso da sociedade 
empresária Vale Tudo Ltda., não podem ser réus da ação judicial e, 
por consequência, imunes à eventual condenação ao ressarcimento 
do erário causado pelo superfaturamento. 
Incorreto - os particulares também podem 
ser réus da ação de improbidade pois 
atuaram em conjunto com o agente 
público. 
D) Por se tratar de ato de improbidade administrativa que causou 
prejuízo ao erário, os agentes públicos envolvidos e a sociedade 
empresária Vale Tudo Ltda. estão sujeitos ao integral ressarcimento 
do dano, sem prejuízo de outras medidas, como a proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber incentivos fiscais por um 
prazo determinado. 
 
 
ALTERNATIVA CORRETA – a frustração 
da licitude da licitação configura ato de 
improbidade administrativa que acarreta 
prejuízos à Administração Pública, 
sujeitando os agentes públicos e os 
particulares que induzam, concorram ou se 
beneficiem da prática do ato à penalidade 
de ressarcimento de danos, sem prejuízo 
de outras medidas previstas. 
 
 
LICITAÇÃO 
 
 A licitação consiste em um procedimento administrativo pelo qual o ente público abre a todos os 
interessados que se sujeitem às condições fixadas no instrumento convocatório a possibilidade de formularem 
propostas dentre as quais será selecionada a mais vantajosa para a celebração de contrato. O procedimento deve 
ser realizado para a contratação de obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações. 
 A competência para legislar sobre normas gerais de licitação é privativa da União (art. 22, XXVII da CF). 
Atualmente, a principal Lei que regula as licitações é a 8.666/93 que estabelece normas gerais para licitações 
realizadas no âmbito dos Poderes da União, Estados, Município e Distrito Federal. 
 Além da administração direta os fundos especiais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios estão também obrigados a licitar. Contudo, em se tratando de sociedades de economia mista 
e empresas públicas o procedimento a ser seguido é aquele constante da Lei 13.303 de 30 de junho de 2016. 
 São finalidades da licitação: • garantir a observância do princípio constitucional da isonomia; 
• permitir que a Administração firme um contrato que apresente os maiores 
benefícios sob a ótica do interesse público; e 
• promover o desenvolvimento nacional sustentável. 
 A licitação é regida pelos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da 
publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos 
que lhes são correlatos. 
 
1. Contratação direta 
 
 A contratação direta refere-se às hipóteses legais em que a realização da licitação não é obrigatória. A 
contratação direta deverá ser justificada, inclusive em relação ao preço da contratação. 
 
• Dispensa: abrange as situações descritas no art. 24 da Lei 8.666/93 em que o custo econômico, 
temporal, a ausência de potencial benefício ou a destinação da contratação justificam que a licitação não seja 
realizada. 
 
GUARDE OS SEGUINTES EXEMPLOS DE DISPENSA DE LICITAÇÃO JÁ COBRADOS EM PROVAS DA OAB: 
Art. 24, X – para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da 
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja 
compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia. 
Art. 24, V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida 
sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas – LICITAÇÃO 
DESERTA 
Art. 24, XXIV – para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas 
no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. 
Art. 24, IV – nos casos de emergência ou calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de 
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situação que possa ocasionar o prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos 
e outros bens, públicos ou particulares, e somente aos bens necessários ao atendimento da situação emergencial 
ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento 
e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a 
prorrogação dos respectivos contratos. 
 
 • Inexigibilidade: compreende as situações em que há um só produtor, a contratação de serviços técnicos 
de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização e os trabalhos artísticos (art. 25, da 
Lei 8.666/93). 
 
ATENÇÃO! DIFERENÇAS 
DISPENSA INEXIGIBILIDADE 
Há competitividade Não há competitividade 
Art. 24 da Lei 8.666/93 – rol taxativo Art. 25 da Lei 8.666/93 – rol exemplificativo 
A licitação poderá ser realizada A licitação não poderá ser realizada 
 
 • Licitação dispensada: hipóteses previstas no art. 17 da Lei 8.666/93 que abrangem a alienação de bens 
com uma finalidade específica, como é o caso da doação, dação em pagamento, entre outros. 
 
2. Tipos de licitação 
 
 Os tipos de licitação dizem respeito ao critério de julgamento das propostas e abrangem: 
 • menor preço: adotado quando as especificações do objeto podem estabelecidas de forma exaustiva e 
precisa, restando apenas o preço a avaliar. 
 • melhor técnica: adotada exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual. É 
feita a classificação da proposta técnica dos licitantes. Se o licitante que apresentar a melhor técnica for também o 
que possuir o menor preço será o vencedor do certame. Não coincidindo o ganhador, a comissão de licitação 
deverá negociar o preço - tendo por base o menor valor apresentado pelos participantes - com o licitante que 
apresentar a melhor técnica. 
 • melhor técnica e preço: adotada para serviços de natureza predominantemente intelectual, sendo 
obrigatório para serviços de informática. É atribuída pontuação individualizada para as propostas técnicas e de 
preço. O vencedor do certame será o licitante apresentar a melhor média ponderada entre ambas. 
 • maior lance ou oferta: adotada para alienação de bens ou concessão de direito real de uso. O vencedor 
do certame é o licitante que apresentar o maior lance ou oferta para o bem ou direito de uso ofertado pela 
Administração. 
 
3. Procedimento 
 
 O procedimento da licitação varia de acordo com a modalidade de licitação, escolhida conforme a natureza 
e valor do objeto licitado. O procedimento genérico corresponde ao da modalidade de concorrência que servirá de 
base para todos os demais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A fase interna ocorre no âmbito da Administração Pública e durante sua realização

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