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Epidemiologia - História da doença

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Propagação de doença transmissíveis em populações
Profa. Glenda
● Epidemiologia Veterinária
● Marya Eduarda de Souza
Cadeia Epidemiológica
➞ Sistema cíclico onde um agente etiológico é
eliminado de um hospedeiro, é transferido ao
ambiente e atinge um novo hospedeiro do qual é
novamente eliminado.
• Fonte de Infecção
• Via de Eliminação - direta ou indireta
• Via de Transmissão
• Porta de Entrada
• Suscetível (novo hospedeiro)
Fontes de infecção
• Qualquer hospedeiro vertebrado que alberga um
determinado agente etiológico e pode eliminá-lo no seu
organismo, isto é, transmiti-lo.
obs: doenças TRANSMISSÍVEIS
Ex: homem e Taenia solium
- Cão e o vírus da raiva
- Quanto ao agravo
- Quanto à natureza
Classificação das fontes de infecção
- Quanto ao agravo sofrido pelo hospedeiro, ou seja, o
estágio de evolução da relação hospedeiro-parasita na
história natural da doença.
1. Doentes: típicos, atípicos e em fase prodrômica;
2. Portadores: Sadios, em incubação e convalescentes;
3. Comunicantes;
4. Reservatórios.
- Quanto a natureza do hospedeiro no contexto do
ecossistema.
1. Hospedeiro humano
2. Hospedeiro domiciliar (animais de estimação)
3.Hospedeiro doméstico (animais de produção
econômica)
4. Hospedeiro de laboratório (animais de laboratório)
5. Hospedeiro peridomiciliar (animais sinantrópicos)
6. Hospedeiro silvestre
Doentes: típicos, atípicos e em fase prodrômica
• Doentes: É a fonte de infecção mais comum. São
hospedeiros que revelam sinais, ainda que indefinidos, de
comprometimento do equilíbrio orgânico, atribuíveis a
agentes existentes em seu organismo. De acordo com
esses sintomas são classificados em típicos, atípicos ou
em fase prodrômica.
→ Doentes típicos – quando revela um quadro de sinais
e sintomas, bastante característico, de uma determinada
doença ou de um grupo assemelhado de doenças
ex: tétano: sintomas clínicos: espasmos e rigidez no maxilar,
rigidez nos músculos do pescoço e da nuca, rigidez nos
músculos do abdômen,febre, sudorese, hipertensão, batimentos
cardíacos acelerados.
→ Doentes atípicos - quadro sintomático pouco
característico, revelando uma extrema malignidade ou
benignidade. •
ex: quadros suaves, extremamente benignos de febre
aftosa, em áreas endêmicas ou quadros severos como
ocorreu na Patagônia (vírus C)
→• Doentes em fase prodrômica - indivíduos que
apresentam a doença em sua fase inicial, com
sinais/sintomas ainda não estão suficientemente definidos
para a orientação do diagnóstico clínico.
ex: Fase inicial da raiva humana; hepatite A (fase
prodrômica: resfriado/ fase clássica: olhar amarelado
característica)
Portadores: Sadios, em incubação e convalescentes
Portadores: hospedeiros que albergam ou eliminam um
agente de doença, em ausência de qualquer manifestação
que possa ser caracterizada como indicativo de alteração
da saúde.
Portadores sadios: não apresentam os sintomas da
enfermidade em nenhum momento do processo
infeccioso, devido à resistência natural ou imunidade
adquirida.
ex: macho bovino com tricomonose
Portadores em incubação: é aquele que ainda não
apresenta os sintomas da enfermidade, que se encontra
em fase de incubação, mas já elimina o agente etiológico.
ex: na Raiva o hospedeiro infectado já elimina o agente da
doença antes mesmo do aparecimento dos sinais clínicos.
Portadores convalescentes: animais que após a
recuperação clínica de um processo doença, continuam
eliminando seu agente. Podem ser convalescentes
temporários e crônicos (por toda vida)
ex: Leptospirose, febre aftosa, laringotraqueíte
COMUNICANTES
Comunicantes (contatos ou contactantes) - são indivíduos
que estiveram expostos ao risco da infecção, não se
podendo, contudo, assegurar se estão ou não infectados.
Podem participar da difusão ag.etiológico
ex: Gatos FIV, FeLV e/ou PIF (Peritonite infecciosa felina)
que convivem em uma colônia de gatos
RESERVATÓRIOS
Reservatórios – É o hospedeiro vertebrado, de espécie
diferente da considerada, na qual o agente etiológico se
instala, multiplica-se e é eliminado para o ambiente.
ex: cão é o reservatório do vírus da Raiva para o homem;
carnívoros silvestres e os quirópteros são os reservatórios
do vírus da Raiva para o cão.
VIAS DE ELIMINAÇÃO
●Via pela qual o agente etiológico tem acesso ao meio
exterior
● Secreções oro-nasais e expectorações –
Representam os fluxos mais eficientes na eliminação de
agentes.
ex: Febre aftosa, Raiva, Tuberculose, Cinomose,
Garrotilho, Gripe,Sarampo, Doença de Newcastle, Mormo.
●Secreções urogenitais (gônadas) – Importante na
eliminação de agentes da esfera reprodutiva.
ex: Brucelose, Tricomoníase, Gonorréia, Sífilis,
Leptospirose (bovina e equina), IBR
●Secreção láctea
ex: Tuberculose, brucelose.
●Humores - Sangue e demais fluidos orgânicos podem
desempenhar relevantes papel na veiculação de
agentes.
ex: Doença de Chagas, Febre amarela, Babesiose, AIE,
Anaplasmose, Malária, Encefalomielite equina
●Excreções - fezes e urina
ex:Salmonelose, Lepstopirose, Eimeriose
● Placenta, líquidos fetais e feto - importante na
eliminação de agentes de doenças, principalmente do
trato reprodutivo.
ex: Brucelose, Triconomose, Toxoplasmose, Listeriose
●Exsudatos e descargas purulentas
ex: Piometra, Mormo, Linfadenite caseosa
●Tecido animais
ex: Cisticercose, Hidatidose, Toxoplasmose
VIAS DE TRANSMISSÃO
Contágio – Mecanismo de transferência rápida do
material infectante fresco, desde a fonte de infecção ao
novo hospedeiro, caracterizando-se sempre a presença de
ambos no mesmo espaço e tempo.
●Contágio direto – Ocorre quando há um contato entre
superfícies.
ex: Contatos sexuais, agressões como mordedura ou
arranhadura, beijo, amamentação. Raiva, brucelose, HIV.
• Transmissão vertical – Rubéola, Peste suína clássica,
Língua azul.
• Autoinfecção endógena – O homem portador de Taenia
solium (cisticercose).
●Contágio indireto – A transmissão que dispensa o
contato entre a fonte de infecção e o suscetível.
ex: de veículo de transmissão: gotículas e aerossóis
(apenas naqueles casos em que a presença dos
indivíduos, no espaço e no tempo, está assegurada)
• Tosse ou espirro
• Fômites (instrumentos cirúrgicos, seringas, agulhas,
objetos de uso individual.
●Transmissão aerógena – Quando os agentes
permanecem no ar, em suspensão, por períodos
relativamente longos, após sofrerem um processo de
dessecação lenta ou rápida
Aerossóis infecciosos – Emissão explosiva do ar com
fragmentação de partículas líquidas:
▪ Gotículas de flügge - são formadas pela dessecação de
secreções ou excreções da orofaringe eliminadas pela
tosse ou expectoração.
▪ Núcleos infecciosos de Well - são formados pela
dessecação de secreções e excreções da orofaringe
eliminadas pelo espirro.
●Poeiras - pressupõe a eliminação do agente para o meio
exterior através de descargas mucosas ou purulentas,
secreções oro-nasais, fezes e urina e é favorável aos
agentes resistentes à dessecação lenta
ex: Tétano, doenças causadas por ácaros
●Transmissão pelo solo - É particularmente importante
nos casos em que o parasito cumpre, obrigatoriamente,
fase de seu ciclo biológico no meio exterior ou então, nos
casos em que o agente apresenta elevada resistência às
condições do meio ambiente.
ex: Tétano, esquistossomose
https://www.petz.com.br/blog/saude-e-cuidados/peritonite-infecciosa-felina/
●Transmissão pela água - Dentre os alimentos é a água
que está mais sujeita à contaminação
.
●Transmissão por alimentos - Nesta modalidade de
transmissão é longa a trajetória do parasito desde a FI até
atingir o suscetível. São muitos os mecanismos de
contaminação dos alimentos:
ex 1: o alimento pode estar contaminado na sua origem
quando procede de animais infectados. (Cisticercose,
Salmonelose, Tuberculose, Peste Suína Clássica).
ex 2: os alimentos podem se contaminar durante os
processos de manipulação principalmente pelas mãos
contaminadas dos manipuladores. (S. enteritidis ,
Staphylococcus aureus, E. coli, Listeria monocitogenes,
etc).
●Transmissão por Vetores - São definidos como
organismos invertebrados no interior do qual o parasito é
protegido,multiplicando-se ou realizando fase do seu
ciclo de vida. São usualmente representados por
artrópodes.
- Vetores Mecânicos: É um simples carreador do parasito
não oferecendo nenhum micro clima para o agente
etiológico com o intuito de protegê-lo das condições do
meio ambiente.
ex: mosca doméstica em alimentos e tabanídeos na AIE
- Vetores Biológicos: Mecanismo de transmissão mais
importante para ganhar um novo hospedeiro. Necessário à
multiplicação ou desenvolvimento do agente etiológico.
ex: Barbeiro na doença de Chagas
Leishmaniose
● Transmissão por produtos biológicos – soros,
vacinas, medicamentos.
● Transmissão por Veiculadores animados – Homem,
cães, cavalos, aves, roedores, entre outros, têm sido
responsabilizados pelo transporte passivo de
microrganismos produtores de doenças.
● Transmissão por produtos não comestíveis de
origem animal – Couros, lãs, penas tem se constituído
em importantes veículos propagadores.
PORTA DE ENTRADA
• Ponto ou local de penetração do agente no novo
hospedeiro.
➔ Mucosa do trato respiratório
➔ Mucosa do aparelho digestivo
➔ Mucosa do aparelho urogenital
➔ Mucosa conjuntiva
➔ Pele
➔ Canal galactóforo
➔ Ferida ou cicatriz umbilical
1- Quem hospeda e transmite o agente?
2 - Como o agente abandona o hospedeiro?
3 - Que recurso o agente utiliza para alcançar o novo
hospedeiro?
4 - Como se hospeda o agente no novo hospedeiro?

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