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Zoonoses: Doenças Transmitidas por Animais

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Zoonoses são quaisquer doenças ou infecções naturalmente transmissíveis de 
animais vertebrados para humanos (OMS) 
Mais de 75% das doenças humanas emergentes do ultimo século são de origem 
animal. A lista supera os 200 tipos, podendo ser provocadas por fungos, 
bactérias, vírus e parasitas (OMS). Como exemplos, temos: Brucelose, 
Tuberculose, Febre maculosa, Febre amarela, Leptospirose, Leishmaniose e 
Coronavírus. 
Antes o medico veterinário era designado a cuidar somente dos animais, porém 
esta tudo interligado principalmente com a ascensão da população humana e 
com a invasão de animais selvagens nas cidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NASF (Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica)= trata-se de 
um grupo criado envolvendo as equipes de saúde da família, uma equipe que 
visita as casas para auxiliar os moradores e suas famílias. Nessas casas tem 
ZOONOSES 
Esfera 
humana 
(Saúde 
Esfera animal 
(veterinário) 
 
Saúde 
pública 
veterinária 
Envolve: ambiente, 
população humana e 
população animal. 
 
 
 
 
 
animais e duvidas sobre os mesmos e não existia medico veterinário nesta 
equipe, então, o ministério da saúde determinou na portaria 2011 que o medico 
veterinário poderia fazer parte deste grupo apoiando de maneira integrada. 
 Zoonoses adquiridas de animais de companhia (cão e gato) 
- Leptospirose 
- Raiva 
- Leishmaniose visceral 
- Toxoplasmose 
 Zoonoses adquiridas de animais de produção (bovinos e caprinos) 
- Tuberculose 
- Brucelose 
- Mormo 
 Zoonoses transmitidas por alimentos de origem animal (leite, ovo, carne) 
- Salmonelose 
- Teníase/Cisticercose 
- Toxoplasmose 
 Zoonoses mantidas por reservatórios selvagens/ sinantropicos (rato, 
morcego) 
- Leptospirose 
- Febre amarela 
- Chagas 
Formas de Transmissão: 
 Zoonoses ocupacionais (relacionado com a profissão) – frigorifico 
abatedouro, criações de animais. 
 Zoonoses emergentes (aparece pela primeira vez em uma determinada 
espécie rompe a barreira da espécie) – Ebola, Influenza aviaria, 
Influenza suína. 
 Zoonose reemergente (doença que já foi controlada e voltou, 
aumentando o numero de casos) – Esporotricose, Febre maculosa, Febre 
amarela. 
 
 
 
 
 
 
 
ANTROPONOSE= doença exclusivamente humana. Exemplo: 
DSTs, Sarampo, Febre tifoide e Coqueluche. 
ENZOOSE= doença exclusiva de animais. Exemplo: Peste suína. 
ENZOONOSE= doenças em que o ciclo biológico completo do 
agente etiológico necessita obrigatoriamente da passagem por 
seres humanos. Exemplo: Complexo teníase cisticercose. 
PARAZOONOSE= doença em que o home é hospedeiro 
acidental. O homem não é essencial para manter o ciclo biológico 
do agente. Exemplo: Doença de chagas. 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DEFINIÇAO EXEMPLO 
 
Antropozoonoses 
Doença primaria de 
animais e que pode ser 
transmitida aos 
humanos 
 
 
Raiva e Leishmaniose 
Zooanthroponoses 
Doença primaria de 
humanos e que pode 
acometer animais 
Tuberculose em 
animais 
(Mycobacterium 
tuberculosis)-bacilo 
tipo humano 
 
Amphixenosis 
Doença que circula 
entre homens e 
animais 
 
Estafilococose 
 
 
Zoonoses diretas 
O agente pode 
persistir com 
passagem sucessiva 
por uma única espécie 
de animal vertebrado 
 
 
Raiva 
 
 
 
Ciclozoonoses 
O agente necessita 
obrigatoriamente 
passar por 2 espécies 
distintas de animais 
vertebrados para que 
seu ciclo se complete 
 
Cisticercose, e 
Complexo 
equinococose-
hidatidose. 
 
 
Metazoonoses 
O agente necessita 
passar por hospedeiro 
invertebrado para eu 
o ciclo se complete 
Febre maculosa, Febre 
amarela, Encefalite 
equina, Leishmaniose 
e Doença de chagas. 
 
 
Saprozoonose 
O agente necessita 
passar por 
transformações que 
ocorrem no ambiente 
externo em ausência 
de parasitismo 
 
 
 
Toxoplasmose 
 
Animais Sinantrópicos: 
São aqueles que se adaptaram a viver junto ao homem, a despeito da vontade 
deste. Deferem dos animais domésticos, os quais o homem cria e cuida com as 
finalidades de companhia, produção de alimentos/transporte. Dentre os 
animais sinantropicos, existem aqueles que podem transmitir doenças, causar 
agravos a saúde do homem ou de outros animais e que estão presentes na 
nossa cidade. 
 
 
 
 
 
Como exemplos destes animais, temos: morcego, rato, pombo, escorpião, 
aranha, pulga, carrapato, barata, mosquito e pernilongos. 
É importante saber seus hábitos de vida, ciclo de vida, a importância na saúde 
e medidas preventivas destes. 
Vetores: 
São animais invertebrados geralmente artrópodes que transmitem o agente 
infeccioso ao hospedeiro susceptível. 
 Vetores biológicos – agente etiológico se múltipla ou se desenvolve 
 Vetor mecânico – serve apenas de transporte ao agente etiológico. Não 
é um local de desenvolvimento ou multiplicação. Não confunda com 
fômites (utensílios que podem veícular o agente etiológico de um 
hospedeiro a outro) 
 
Período de Incubação: é o período decorrente entre a penetração do agente 
etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. 
Período Podrômico: apresenta sinais inespecíficos, o que dificulta o 
diagnóstico neste período (febre, tosse e mal estar). Tem curta duração 
geralmente alguns dias e alta transmissibilidade. Praticamente ausência de 
sinais patognomonicos. 
Período pré-patente: período decorrido entre a invasão (penetração) do 
agente etiológico no organismo ate o aparecimento das primeiras formas 
detectáveis do agente (formas jovens iniciais como ovos, larvas e oocistos). 
 
 
 
 
 
Período de latência: período no qual os sintomas de uma doença desaparecem 
apesar do hospedeiro estar infectado e ser capaz de transmitir a doença. 
Período de transmissibilidade: é o intervalo de tempo em que há eliminação do 
agente etiológico, pelo hospedeiro, ara o ambiente ou por meio de um vetor. 
Pode ser determinado por critérios clínicos ou por exames laboratoriais, sendo 
que o animal ou homem infectado pode ou não ter sintomas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É uma família de vírus que causam infecções respiratórias. Os tipos 
conhecidos são: 
- Alpha coronavirus 229E e NL63 
- Beta coronavirus OC43 e HKU1 
- SARS – CoV (causador da síndrome respiratória aguda grave ou SARS) 
- MERS – CoV (causador da síndrome respiratória do oriente médio ou MERS) 
- nCoV – 2019 (novo tipo de vírus do agente coronavirus chamado de “novo 
coronavirus” que surgiu na china em 31 de dezembro de 2019) 
- Covid 19 
 Como ocorre a transmissão? 
- gotículas de saliva 
- espirro/tosse/catarro 
- contato pessoal próximo como toque ou aperto de mão 
- contato com objetos ou superfícies contaminadas seguido de contato 
com a boca, nariz ou olhos. 
 Sintomas? 
- febre /tosse 
- dificuldade para respirar 
- Pode causa pneumonia 
CORONAVÍRUS 
 
 
 
 
 
 
 
São duas doenças distintas e epidemiologia totalmente diferente. São 
causadas pela mesma espécie de parasita taenia sp em diferente fase de 
desenvolvimento. Teníase (parasita na fase adulta), Cisticercose (parasita na 
fase imatura larval). 
- taenia Solium (suíno) 
- taenia Saginata (bovino) 
Provocam agravos na saúde animal com grandes perdas econômicas bem como 
enormes danos à saúde humana. São consideradas um grande problema 
socioeconômico em muitos países. É considerada uma zoonose endêmica estão 
distribuídas nos países em desenvolvimento especialmente nas áreas rurais. 
A invasão da larva no sistema nervoso central em humanos constitui uma séria 
complicação. A cisticercose é um dos maiores problemas de saúde pública dos 
países em desenvolvimento e a neurocisticercose é considerada a Doença 
parasitária mais comum do sistema nervoso humano. 
Etiologia: 
- Filo= Plathyelminthes 
- Classe= Cestoda 
- Ordem= Cyclophyllidea 
- Família= Teniidae (taenia saginata) e Solitárias (taenia solium) 
- Doença Teníase= adulto taeniasolium e taenia saginata, na fase adulta no 
intestino delgado do hospedeiro definitivo. 
- Doença Cisticercose= larvas de taenia solium presentes no tecido do 
hospedeiro intermediário. 
- Formas larvares= cysticercus cellulosae e cysticercus bovis 
Complexo Teníase 
Cisticercose 
 
 
 
 
 
Obs: o homem é hospedeiro definitivo e obrigatório e bovinos e suínos são 
hospedeiros intermediários. Obrigatoriamente este ciclo tem que passar por 
dois hospedeiros, senão não completa o ciclo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Onde habitam? 
Na Teníase o verme adulto Taenia Solium e Taenia Saginata vivem no intestino 
delgado do homem. Na cisticercose, cysticercus celulosae é encontrado no 
tecido subcutâneo, muscular, cerebral e nos olhos de suínos e acidentalmente 
no homem. 
Obs: o cysticercus bovis é encontrado nos tecidos dos bovinos. 
Taenia Solium 
 3-5 metros de comprimento 
 800-1000 de proglotes 
 Vive cerca de 3 anos, podendo chegar ate 20/25 anos 
 Parasita achatado, hermafrodita e segmentado. 
 Cabeça -> escolex, colo -> pescoço, estróbilo -> corpo. 
 Apresenta coroa e acúleos (ganchos) 
 
Taenia Saginata 
 6-8 metros de comprimento 
 Mais de 100 proglotes 
 Vive cerca de 10 anos podendo chegar até 30 anos. 
Ovos 
 Esféricos (30 mm de diâmetro) 
 Embrióforo (casca) protege o embrião (oncosfera) 
 Indistinguível entre as espécies 
 Tem aspecto de pneu 
 Ovos em temperatura de 20-30°C, umidade 50-80% e 
sombra sobrevivem em torno de 4-6 meses. 
 Vesícula opaca contendo liquido transparente com colo e 
escolex invaginados 
 Quando ingerido pelo homem, a desenvaginaçao do 
escolex ocorre no intestino delgado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ciclo geral do Cestoda 
O hospedeiro definitivo é quem alberga a fase adulta do verme, e é essa fase 
que consegue fazer a reprodução sexuada. A larva elimina proglotes gravidas 
nas fezes (contém milhares de ovos). Quando chega no ambiente, essa proglote 
acaba ressecando e racha, liberando os ovos. O hospedeiro intermediário 
ingere esses ovos, por ação do sulco gástrico, o ovo abre e eclode a oncosfera 
(parasita existente dentro do ovo). Esta oncosfera vai migra pela corrente 
sanguínea ou pela linfa e cai nos órgãos de predileção. A larva imatura se 
desenvolve neste órgão e estaciona (não evolui), mesmo que erroneamente ela 
vá para o homem. Quando os tecidos do hospedeiro intermediário são 
ingeridos pelo hospedeiro definitivo, essa larva evolui para a fase adulta no 
intestino delgado, fechando o ciclo. 
Obs: OVO -> LARVA -> ADULTO -> OVO. 
Obs: para que o homem tenha cisticercose ele precisa ingerir o ovo e para ter 
teníase ele precisa ingerir a larva, não da para pular a fase. 
 
Animal ingere os 
ovos do 
ambiente 
Desenvlvimento 
da forma larval 
Ingestao pelo 
himem da carne 
com cisticerco 
Desenvolvimento 
da forma adulta 
Homem libera 
nas fezes 
proglotes 
 
 
 
 
 
Fases imaturas (larva) 
A morfologia da fase imatura é o que da o nome para a doença. Existem 3 
morfologias em Cestoda: 
1. Larva cisticercoide 
É uma larva muito pequena, presente em artrópodes e presente (em HI) 
no ciclo dos: Dipylidium (caes e gatos - pulgas), Moniezia (ruminantes – 
ácaros de pastagem) e Anoplocephala (equinos – ácaros de pastagem). 
Morfologia – a estrutura que se fixa no intestino é o escolex invaginado. 
A vesícula é muito pequena (microscópica). É ela que da origem ao 
escolex (único parasita). 
2. Cisticerco 
É uma larva presente em musculatura e outros tecidos do hospedeiro 
intermediário nos ciclos das: Taenia solium (porcos) e homem 
acidentalmente, Taenia saginata (boi – musculatura), com HD sendo o 
homem. 
Morfologia- a estrutura que se fixa no intestino é o escolex invaginado. 
Vesícula com liquido (a larva se mantem 0,8-1,2 cm). Muito parecido com 
o cisticercoide, mas ele é maior, Quando o hospedeiro ingere essa larva, 
ele acaba rompendo a parede do cisticerco e a larva desinvagina e gruda 
na parede da mucosa intestinal, por isso que ele não consegue evoluir 
dentro do mesmo hospedeiro. 
3. Cisto hidático ou Hidátide 
Genero: Echinococcus 
Espécie: Echinococcus granulosus 
HD: qualquer canídeo (domestico ou selvagem) 
HI: bovino, ovino, caprinos, suínos, equinos e o homem acidentalmente. 
Forma de infecção: HD (ingestão de cistos hidaticos contendo 
numerosos protescoleces nas vísceras do animal – cruas) HI (ingestão de 
ovos no meio ambiente). 
Morfologia – FASE ADULTA (a proglote é microscópica e tem o 
escolex, pode ter de 3-5 proglotes (jovem madura e gravidas). O escolex 
é subglobuloso e apresenta um rosto com dupla coroa com acúleos 
grandes e pequenos. O colo é curto e o estróbulo é constituído por 3-4 
proglotes, as papilas genitais são irregularmente alternadas). FASE 
IMATURA (pode ter de centenas a dezenas de parasitas normalmente 
chegam a 20 cm. Possui internamente um tecido germinativo onde se 
formam cistos com vários escólice (escolex). Cada escolex da origem a 
 
 
 
 
 
um verme adulto. Nessa área intermediaria é recoberto por um liquido 
que pode causar uma reação forte a um organismo caso este cisto 
rompa – possui uma grande quantidade de antígenos). 
Localização- pulmão e fígado são os principais. Podendo também 
encontrar no rim, coração, osso, baço e cérebro. 
Manifestações clínicas em humanos – fígado (icterícia, hepatomegalia e 
dor abdominal), pulmão (tosse, dispneia e dor torácica), osso (fragilidade 
óssea e necrose). 
Prevenção e controle – Vermifugaçao do cão (Praziquantel), não 
oferecer vísceras cruas aos canídeos, educação sanitária e incineração 
de vísceras no abatedouro, com destino adequado. 
 
Obs: Nas formas imaturas o agente encaixa a larva de acordo com a 
espécie do parasita que esta trabalhando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte de Infecção: 
Na Teníase a fonte de infecção ocorre pela ingestão de carnes de bovinos e 
suínos cruas ou mal cozidas com cisticercos. Na cisticercose humana a fonte 
de infecção ocorre pela ingestão acidental de ovos viáveis ou proglotes 
(Taenia Solium) 
Reservatório: 
O homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da taenia Solium e 
da taenia Saginata. O suíno doméstico ou javali é o hospedeiro intermediário 
da taenia Solium e o bovino é o hospedeiro intermediário da taenia Saginata, 
por apresentarem a forma larvária (cysticercus celulosae e cysticercus bovis, 
respectivamente) nos seus tecidos. 
Sinais e Sintomas na cisticercose: 
- convulsão 
- visão dupla 
- cegueira 
- falta de equilíbrio 
- paralisia 
 
 
 
 
 
- hidrocefalia 
Sinais e Sintomas na teníase: 
- Irritabilidade 
- Perda de peso 
- Dor abdominal 
- Insônia 
- Náuseas e vômitos 
- Distúrbios digestivos 
- Anorexia /apetite exagerado 
- Diarreia alterada com constipação 
- Sensação de dor no estomago de fome 
Em condições naturais os bovinos acometidos por cisticercose não manifestam 
sinais clínicos. No suíno infectado pode-se observar em casos isolados, 
hipersensibilidade no focinho, paralisia da língua e convulsões epileptiformes. 
No homem, os sinais clínicos variam dependendo da localização dos 
cisticercos. 
 
 
 
 
Diagnóstico: 
- Coproparasitológico (pesquisa de proglotes/ ovos nas fezes) 
- ELISA (“Enzyme Linked Immunosorbert Assay”) 
- Anatomopatológico 
Tratamento (em humanos): 
- Teníase= Niclosamida/Praziquantel (dose única) 
Neurocisticercose= convulsões, hipertensão intracraniana e distúrbios 
psiquiátricos. A localização ocular causa redução da visão, irites, 
uveítes, retinites, moscas volantes, exoftalmia ou miosite com tose e 
conjuntivites. 
 
 
 
 
 
- Neurocisticercose= Praziquantel/Albendazol (28 dias) + corticoide + 
anticonvulsivantes. 
Profilaxia e Controle: 
 Fonte de Infecção 
- identificar os portadores de tênia 
- inspeção de carcaças 
- controle sanitário dos manipuladores de alimentos (lavar bem as 
verduras cruas) 
- tratamento dos indivíduos portadores de tênia 
 Via de transmissão 
- tratamento de esgoto 
 Comunidade 
- educaçãoe orientação 
- ingestão de agua filtrada ou fervida 
- não ingerir carne crua ou mal cozida 
 Susceptíveis 
- promiscuidade 
- higiene pessoal 
- praticas de manejos adequados 
- Vermifugaçao em humanos (Praziquantel, mebendazole, albendazole) 
Inspeção Sanitária: 
A inspeção sanitária de carnes deve dedicar importância especial à detecção 
das cisticercoses. O que vale ao mesmo tempo como elemento indiciário dos 
focos de teníases humanas. Os progressos no tratamento e na detecção das 
carnes suspeitas oferecem também maior garantia a saúde publica e 
minimizamos prejuízos econômicos. 
Segundo a RIISPOA, na rotina de inspeção de bovídeos faz-se exame da 
cabeça fazendo incisões nos masseteres e pterigoides internos e externos. Na 
língua onde é observado externamente, fazendo palpação e cortes quando 
surgir suspeitas quanto a existência de cistos ou quando encontrados cistos 
nos músculos da cabeça. No coração examina-se a superfície externa do 
coração e faz-se uma incisão longitudinal, da base à ponta, através da parede 
do ventrículo esquerdo e do septo interventricular, examinando-se as 
superfícies de cortes, bem como as superfícies mais internas dos ventrículos, 
em seguida fazem-se numerosas incisões no órgão, tão numerosas quanto 
 
 
 
 
 
possíveis, desde que já tenha sido verificada a presença de cysticercus bovis, 
na cabeça e língua. 
O complexo teníase cisticercose é de grande importância no contexto da 
saúde publica e deveria ser inserido nos programas dessa natureza e nos de 
educação em saúde, uma vez que as consequências dessa neuroparasitose na 
saúde da população economicamente ativa é bastante importante. 
Há 15 anos eram raros os casos de neurocisticercose nos EUA, hoje é a 
parasitose do sistema nervoso central mais frequente neste país e a incidência 
de neurocisticercose vem aumentando em todo o mundo. Estudos sobre a 
cisticercose indicam que em zonas de baixas condições socioeconômicas o 
desconhecimento total em relação à doença chega a ser de 50% da população. 
A situação se mostra ainda mais grave quando se observa que mesmo aqueles 
que conhecem (ou deveriam conhecer) a doença e sua prevenção costumam 
indicar não somente a cocção adequada da carne de oro como única maneira 
de evitar a doença. 
Em relação ao aspecto econômico inclui perdas diretas e indiretas decorrentes 
da doença nos animais entre as quais: 
- o elevado número de cistos na carcaça muito frequente na cisticercose 
suína, tornando-a impropria para o consumo a condenação total das carcaças 
altamente parasitadas. 
- o tratamento pelo calor, frio ou salga das carcaças que apresentem baixo 
grau de parasitismo, onerando gravemente seu custo de produção e induzindo 
a certo grau de desvalorização, além das restrições comerciais e dos custos 
decorrentes dos agravos impostos a saúde humana. 
- entre os prejuízos causados aos produtores pela cisticercose bovina podemos 
destacar a condenação total ou parcial de carcaça, podendo esta ultima 
chegar a 15 kg por animal devido à retirada cisticercose durante a inspeção. 
- ocorre o deságio no preço do boi, quando a venda é feita baseada no peso 
morto. 
- em propriedades onde os animais estão infestados com cisticercose pode 
acontecer a morte de animais dependendo da localização dos cisticercos. 
 
 
 
 
 
- existe também a recusa dos frigoríficos em comprar bovinos destas 
propriedades. As perdas econômicas pelas condenações de carcaças bovinas e 
suínas infectadas por cisticercos são consideráveis. 
Leptospirose 
É uma doença bacteriana capaz de infectar animais e humanos, do gênero 
Leptospira e tem forma de espiroqueta (bacilo helicoidal), gram negativo 
(camada de LPS na parede celular), móvel, alta motilidade e aeróbia. 
Crescimento ótimo em pH 7,2-7,6 e á 28-30°C. Essa bactéria não é muito visível 
e por isso deve-se utilizar a microscopia de campo escuro ou contraste de fase. 
Ela é pouco resistente à dissecação, principalmente sob luz solar e 
desinfetantes (álcool 70%). Resiste mais tempo em áreas úmidas, alagadas e 
sombreadas. É resistente ao congelamento, o que é um problema, pois ela pode 
ser liberada no sêmen (importante sempre testar o sêmen). 
Atualmente o gênero Leptospira compreende 21 espécies, mais de 300 
sorovares e 20 sorogrupos. O lipopolissacarideos (LPS) é fundamental para esta 
classificação. Chamada de fenotípica, esta classificação é definida pela 
aglutinação do antígeno O, presente no LPS que permite a diferenciação das 
espécies e dos sorovares. 
Possui dois tipos de classificação: 
1- Genotípica 
Esta relacionada com o genoma (varias sequencias de nucleotídeos). Desta 
classificação surgem as diferentes espécies, divididas em: não patogênicas, 
intermediarias e patogênicas. 
Não patogênicas encontradas no ambiente: 
 L.biflexa – não patogênica, dificilmente sobrevive as barreiras naturais 
da pele. 
 L.meyer 
 L.walbachii 
Intermediarias: 
 L.Inadai 
 L.Fainei 
 L.Bíoomii 
Patogênicas (envolvidas com a doença): 
 
 
 
 
 
 L.Interrogans – cepas patogênicas e virulentas após entrar em contato 
com o hospedeiro sobrevivem e se multiplicam. Rápida disseminação nos 
tecidos do hospedeiro. Período de incubação 5-14 dias. Adere as 
superfícies celulares e provoca toxicidade. LPS tem efeito 
imunoestimulante mesmo com a bactéria morta. 
 L.Alexanderi 
 L.Naguchii 
A diferença entre elas é a capacidade de invasão e de se estabelecer no 
hospedeiro. 
2- Antigênicas 
Esta relacionada à resposta imunológica do hospedeiro, uma espécie de 
bactéria pode ter antígenos diferentes na parede celular e, portanto o 
hospedeiro responde de forma distinta. Por isso que na vacina, existem 
diferentes sorovares. Mesmo sendo a mesma espécie, o sistema imunológico do 
animal reconhece como 4 patógenos diferentes, ele não reconhece a espécie. 
Cada sorogrupo tem uma resposta imunológica distinta, mesmo sendo de uma 
mesma espécie (ex: Leptospira Interrogans – cão). Os sorogrupos não se 
cruzam, ou seja, anão tem resposta imunológica cruzada e cada sorogrupo tem 
o seu. 
O gama interferon é um mediador inflamatório que é liberado na resposta 
celular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sorovares: 
São mais de 300 sorovares patogênicos baseados em diferenças no componente 
carboidrato do lipopolissacarideos bacteriano. São ainda agrupados em 
 
 
 
 
 
sorogrupos antigenicamente relacionados. O reconhecimento de sorovar tem 
importância epidemiológica. 
Diferentes sorovares são adaptados a diferentes hospedeiros e reservatórios 
animais, silvestres ou domésticos. 
A imunidade as leptospiras é específica para o sorogrupo e o conhecimento 
dos sorogrupos que comumente causam doenças dentro de uma determinada 
região geográfica é importante para o desenvolvimento de vacinas. 
 
 
*Roedores sinantrópicos, principalmente, Rattus norvegicus. 
 
Agente Biológico: 
 
 
 
 
 
 
Poder de Invasão: 
 
O agente biológico possui: 
- Infectividade= capacidade de invadir e instalar-se no organismo do 
hospedeiro. 
- Patogenicidade= capacidade de acarretar manifestações clínicas. 
- Virulência= corresponde a intensidade da manifestação clinica da infecção. 
Perdem a virulência em cultivos in vitro e a recuperam em passagens em 
animais susceptíveis. 
- Capacidade imunogênica= potencial de provocar um estímulo imunitário 
especifico e duração variáveis 
 
 
 
 
 
- Resistencia= habilidade do agente em superar as adversidades do ambiente do 
hospedeiro e de tratamentos. Sensível à dessecação, a luz solar direta, 
aquecimento a 60°C e a fervura. Sobrevive em aguas superficiais protegida da 
luz solar em pH próximo ao neutro por ate 1 ano. Sobrevivem ao frio e ao 
congelamento cerca de 100 dias a -20°C. 
- Variabilidade= capacidade de adaptação do agente alterando suas 
características antigênicas. 
- Persistência= capacidade de um agente permanecer numa população de 
hospedeiros por tempo prolongado ou indefinidamente. Capaz de permanecer 
nos túbulos renais em animais portadores por anos ou por todaa vida do 
reservatório. Para garantir alta permanência o agente deve (adaptar-se ao 
maior numero de hospedeiros, estabelecer relacionamentos menos agressivos, 
adquirir formas de resistência, criar mecanismos capazes de iludir as defesas 
do hospedeiro). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermidade no Homem: 
- Esporádica ou em surtos 
- Incubação: 1 a 2 semanas 
- Leptospiremia: 7 a 10 dias. Leptospiúria: 1 semana a meses. 
Sintomas= Febre, Dor de cabeça, Mialgia, Conjuntivite, Náuseas, Vômitos, 
Diarreia, Constipação, Prostração, Hemorragias gastrointestinais e 
proteinúria. 
 
 
 
 
 
 
Sinais= Hemorragia (alguns sorovares), Icterícia – necrose centrolobular focal, 
Lesões no SNC – meningite, encefalite, incoordenação motora e convulsões, 
Lesões oculares, Abortamento, Agalaxia. 
Sintomas nos animais (PI 8-14 dias): 
 Ruminantes= queda de produção de leite e carne, infertilidade, 
abortamento, natimortalidade, Nascimento de animais prematuros, 
bezerros fracos, mastite flácida, agalactia. No caso de sobreviventes 
ocorre retardo no crescimento e de ganho de peso, lesões renais - 
condenação de carcaça. 
 Caes= icterícia, insuficiência renal e hepática. No caso de 
sobreviventes estes serão portadores assintomáticos e excretores de 
leptospiras pela urina. 
 Suínos= febre, anorexia, prostração, conjuntivite, icterícia 
hemoglobinúria e distúrbios neurológicos, infertilidade, abortamentos, 
nascimento de animais fracos e inviáveis. No caso de sobreviventes 
estes serão portadores renais e genitais da bactéria. 
 Equinos= febre por até 3 dias, anorexia, emagrecimento, prostração, 
conjuntivite e lacrimejamento, mucosas pálidas ou ictéricas, com 
petéquias, abortamentos, nascimento de animais fracos e prematuros. 
No caso de sobreviventes estes serão portadores renais e genitais da 
bactéria. 
Diagnóstico: 
 Exames diretos: 
- Exame direto microscopia de campo escuro 
- Métodos de coloração (Coloração pela prata) 
- Isolamento in vitro: por cultivo (identificação de sorovares, epidemiologia, 
vacinas.) 
- Isolamento in vivo: em animais de laboratório (hamsters) 
- Reação de polimerase em cadeia (PCR) - controle de doadores de sêmen, 
embriões, causas de abortamento. Alta sensibilidade: capaz de identificar 
apenas cinco células de Leptospira por mililitro de sangue. - Desvantagem: 
consegue fazer a identificação apenas do gênero da bactéria. 
 
 
 
 
 
 
 Exames Indiretos: 
- Soroaglutinação Microscópica (SAM): 
- Precocidade: 5 a 7 dias pós-infecção 
- Variação da resposta entre indivíduos. 
- Diagnóstico indivíduo ou rebanho. 
- Sorovar mais provável: Maior frequência com títulos mais elevados. 
- Interferência da Vacinação: Colheitas de sangue: suíno, pelo menos três 
meses após última vacinação; bovinos, pelo menos seis meses após última 
vacinação. Títulos de 1/100 a 1/200 podem ser vacinais. 
 
Objetivos do Diagnóstico: 
- Vigilância (País, região, rebanho) 
- Identificação causa de falhas reprodutivas em rebanhos de bovinos, suínos, 
bubalinos, ovinos, caprinos e suínos. 
- Identificação causa de doenças oculares em equinos (uveíte). 
- Identificação causa de doença aguda em cães (hipertermia, icterícia, 
hemorragias, morte). 
 
 
 
 
 
 
Controle e Prevenção: 
 Medidas preventivas aplicadas as fontes de infecção e comunicantes: 
- Combate aos reservatórios sinantrópicos. 
-Tratamento dos animais de companhia. 
- Controle dos doadores de sêmen/ embriões. 
- SAM 
 Medidas preventivas aplicadas as vias de transmissão: 
- Eliminação do excesso de água livre: planejamento da ocupação do solo, 
canalização de córregos, drenagem, saneamento ambiental. 
- Destino adequado de excretas. 
- Evitar acúmulo de entulhos em residências e terrenos 
- Armazenagem de alimentos em instalações protegidas do acesso de roedores. 
- Controle da inseminação artificial . 
 Medidas preventivas aplicadas aos suscetíveis: 
- Homem, zoonose ocupacional, equipamentos de proteção individual. 
- Animais de companhia e produção: imunização sistemática com bacterinas 
produzidas com sorovares mais prevalentes na região. Sorovar específica 
(proteção cruzada). 
 Medidas preventivas gerais: 
- Educação em saúde. 
- Vigilância epidemiológica. 
- Interação multiprofissional (saúde animal/ saúde pública) 
 Tratamento: Animal positivo/ Animal portador: 
- Objetivo – recuperar o animal e eliminar o estado de portador 
- dihidroestreptomicina, na dose de 25 mg/kg/pv, IM (túbulos renais) - 
associação 10.000UI/Kg de penicilina benzatina, 5mg/Kg de estreptomicina, IM 
 
 
 
 
 
e 10 mg/Kg dia de terramicina dissolvida na água de bebida durante 10 a 15 
dias. - associação penicilina procaína com estreptomicina (25 mg/Kg) 
- Doxiciclina*, 5mg / kg, PO ou IV, a cada 12h por 2 semanas**, 
- Ampicilina, 20mg / kg IV, a cada 6h, 
- Penicilina G, 25.000 a 40.000 U / kg, IV a cada 12 horas. 
*Os cães devem receber doxiciclina durante 2 semanas após a diminuição dos 
sinais gastrointestinais, a fim de eliminar organismos dos túbulos renais. 
**tratamento de outros cães no domicílio que podem ter sido 
coincidentemente expostos a uma fonte de leptospiras no ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Enfermidade infecto contagiosa crônica / caráter zoonotico. Caracterizada 
por lesões de aspecto nodular principalmente em linfonodos e pulmão, que 
acomete bovinos e bubalinos, podendo afetar o homem. Brasil possui altas 
taxas de infecção. 
A tuberculose ainda é uma das doenças que mais mata no mundo e esta 
relacionada a indivíduos imunossuprimidos (característica muito forte em 
países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento). O importante é diagnosticar 
precocemente, fazer o tratamento ingerir laticínios pasteurizados, inspeção, 
assistência médica e educação sanitária. 
Para cortar a fonte de infecção= bovinos (sacrifício) e homem (tratamento de 
6 meses, com acompanhamento medico e notificação) 
Importância econômica: 
- queda de ganho de peso 
- morte 
- descarte precoce 
- diminuição da produção de leite 
- condenação de carcaças 
- eliminação de animais de alto valor zootécnico 
- perda da credibilidade da propriedade 
- perda de 10-25% da eficiência produtiva 
Etiologia: 
Ordem: Actinomycetales 
 
Tuberculose 
 
 
 
 
 
Família: Mycobacteriacea 
Genero: Mycobacterium 
Espécie: Mycobacterium bovis (principal bactéria zoonotica – antropozoonose) 
Bacilo álcool ácido resistente (BAAR). Moderadamente resistente ao calor, à 
dessecação e a diversos desinfetantes. 
Micobactérias de interesse: 
A mycobacterium é uma bactéria muito resistente tanto no hospedeiro quanto 
no ambiente. A principal via de infecção para os reservatórios de 
mycobacterium é aerogena e fica muito tempo no ambiente. Mesmo que o 
bovino ingira a pastagem, ela não é a principal via de infecção (ingestão de 
mycobacterium). 
É uma bactéria imóvel, portanto onde ela para no corpo do hospedeiro, ela 
fica; quem espalha a bactéria no hospedeiro é o próprio sistema imunológico. 
O macrófago fagocita a bactéria e leva para os outros tecidos. Possui 
crescimento lento, demora 8 horas para se multiplicar, consequentemente para 
fazer uma cultura demora 6 semanas para a colônia do mycobacterium se 
formar. 
A mycobacterium se cora pela gram, a parede celular dele é rico em lipídio e 
acido micólico e isso faz com que seja difícil a sua eliminação pelo sistema de 
defesa e para que ela seja tão resistente no ambiente. O corante utilizado é o 
Ziehl Neelsen. 
Ou seja, o mycobacterium é um parasita intracelular obrigatório, de 
crescimento lento, com bacilos curtos aeróbios, imóveis, não capsulados, não 
flagelados e BAAR. 
- Mycobacterium bovis 
- Mycobacterium tuberculosis 
 É a tuberculose humana, o homem é o reservatório e nesse caso também 
é uma zoonose. 
- Mycobacterium avium 
 
 
 
 
 
 É um mycobacterium de outro complexo não tuberculoso. A doença 
que desenvolve no homem normalmente é cutânea, não é uma doença 
de pele não tem a mesma importância.Pode também acometer suínos. 
- Mycobacterium subespécie para tuberculosis 
Obs: A mycobacterium bovis (tuberculose bovina) possui a mesma 
sintomatologia que a Mycobacterium tuberculosis nos humanos, não tem 
distinção. 
Epidemiologia: 
Susceptíveis – mamíferos domésticos, como, bovinos, humanos e selvagens. 
Reservatórios – animais domésticos doentes, animais silvestres. 
Resistência: 
- Instalações= 2 anos 
- Fezes/solo/pastagens= 2 anos 
- Agua= 1 ano 
- Carcaça= 10 meses 
Existem alguns desinfetantes que tem ação sobre o mycobacterium, sendo que 
esta ação deve ser prolongada. Quando tem um surto de bactéria é importante 
testar o desinfetante, pois algumas cepas são resistentes. Deixar em 
exposição ao desinfetante pro 3 horas. Ex: Fenol 5%, formol 3%, hipoclorito de 
cálcio 5% e hipoclorito de sódio 5%. 
O calor também é um meio que mata a mycobacterium. Ex: Autoclavaçao 
120°C por 20 min, Pasteurização lenta 65°C por 30 min, Pasteurização rápida 
72-74°C por 15-20 segundos e Fervura. 
A infecção para humanos: 
A infecção de homem para homem ocorre através da inalação de aerossóis. A 
infecção pode acontecer do bovino para o homem através da ingestão de leite 
não pasteurizado e/ou produtos cárneos crus contaminados. Profissionais 
ocupacionais como, tratador, veterinários, laboratoristas e magarefes estão 
sujeitos a se contaminarem. Crianças , idosos e imunossuprimidos são os mais 
sensíveis. 
 
 
 
 
 
Tuberculose Pulmonar= o indivíduo inala a mycobacterium, ela se instala no 
pulmão e ali se forma pela própria resposta do sistema imunológico o 
granuloma. Como essa resposta não diminui, começa a ocorrer à destruição do 
tecido. O homem pode apresentar dores no peito, tosse com excreção de 
sangue, tosse prolongada. 
Tuberculose Extrapulmonar= pode ocorrer com o transporte pelo macrófago 
ou o homem pode ingerir essa bactéria e esta se instalar no intestino. 
Em relação ao sistema SNC pode ocorrer perda de apetite, fadiga e meningite. 
Em relação a pele o homem pode apresentar suor noturno e palidez. 
A bactéria também pode se instalar nos gânglios linfáticos da região do 
pescoço, e eles ficam aumentados, a região fica avermelhada (lesão local). 
Os principais sintomas são: tosse crônica por 3 semanas ou mais, podendo 
expectorar material bacteriano das lesões cavitarias (paciente com quadro 
respiratório bacilifero), febre ligeira, sudorese noturna, dor torácica, dispneia, 
hemoptise, perda de peso (caquexia) e reinfecção, ou seja, a lesão inativa possa 
a ser ativa e nesta etapa, estabelece-se necrose no nódulo ou na cavidade. 
Normalmente quando a pessoa se infecta, ela passa um bom período 
assintomático, durante esse período ela pode iniciar a transmissão. Durante 
esse período o corpo tenta se manter ao mesmo tempo em que ele aprisiona o 
mycobacterium, porem quando o sistema imunológico não consegue eliminar, 
acaba tendo que responder o tempo todo e isto desgasta, chega uma hora que 
o individuo começa a enfraquecer e os sinais clínicos começam a aparecer. É 
formada uma camada fibrosa ao redor da bactéria, gerando o granuloma. A 
parte central necrosada (caseosa) com o tempo será calcificada. O individuo 
vai começar a transmitir essa bactéria quando o granuloma se romper. 
As medidas de controle são ações educativas, vacinação, diagnóstico precoce, 
tratamento adequado, monitoramento e certificação de propriedades pelo 
Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose 
(PNCEBT). 
Fonte de Infecção= animal com tuberculose 
Vias de Eliminação= aerossóis, secreções e excreções (leite, sêmen, fezes, 
urina e fluidos corporais) 
Vias de Transmissão= leite, carne, poeiras, alimentos e agua contaminadas. 
 
 
 
 
 
Porta de entrada= trato respiratório e digestório, pele lesada. 
Susceptíveis= animais domésticos, silvestres e homem. 
Controle= diagnóstico e sacrifício dos animais positivos, pasteurização ou 
fervura do leite, aproveitamento condicional das carnes, desinfecção do 
ambiente. 
 
 
 
 
 
 
 
PATOGENIA DA TUBERCULOSE
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Métodos de Diagnóstico: 
 Diretos: 
- presença do agente etiológico 
- Isolamento do agente em meio de Stonebrink e identificação bioquímica. 
- Detecção de DNA pela PCR 
 Indiretos: 
- resposta do animal ao agente etiológico 
- Resposta imuno-alérgica cutânea – tuberculina 
- gama-interferon 
- ELISA 
Tuberculose Bovina e Bubalina: 
No inicio os animais infectados são assintomáticos e por isso é necessário a 
realização dos testes. Depois eles começam a apresentar sinais clínicos como, 
emagrecimento, tosse seca, dispneia, hipertrofia gangliana. 
Medico Veterinário no programa (brucelose e tuberculose): 
- Cadastrado= são profissionais que atuam no setor privado, são cadastrados 
no serviço veterinário estadual e executam a vacinação de femeas bovinas e 
bubalinas contra a brucelose. 
Obs: a Vacina B19 quando inoculada no homem produz brucelose. 
- Habilitado= também atuam no setor privado mas devem ser aprovados em um 
curso de treinamento em métodos de diagnóstico, habilitados a realizar exames 
para detectar animais positivos para as doenças. Esse veterinário será o 
responsável pela cerificação das propriedades. 
- Do serviço oficial= é o veterinário do serviço oficial. Ele pode fazer a 
vacinação do gado para brucelose, mas pela natureza de fiscalização do seu 
trabalho, não pode ser responsável ela certificação das propriedades. 
Métodos de Diagnóstico: 
 
 
 
 
 
Os exames para detecção de animais positivos ara tuberculose bovina baseia-se 
em métodos indiretos pela pesquisa de resposta celular, baseada em uma 
reação resultante do recrutamento de macrófagos e linfócitos em direção as 
tuberculinas que são inoculadas no animal. São 3 testes possíveis: 
1- Teste cervical simples = é uma triagem realizada em bovino de leite e 
bovino de corte 
2- Teste da prega caudal= é uma triagem realizada em bovino de corte 
3- Teste cervical comparado= é o teste confirmatório realizado em bovino 
de leite e bovino de corte e é o único teste realizado em búfalo. 
Medidas: 
- Voluntarias= certificação de propriedades livres – púbico alvo – 
produtores de leite e de genética. Normas seguem padrões internacionais. 
Certificação de propriedades monitoradas – publico alvos – produtores de 
corte (produção/genética). Aplicação de princípios de gestão de risco. 
- Compulsórias (obrigatórias)= vacinação obrigatória de bezerros – 
brucelose (3-8 meses de idade). Adesão das UF ate dezembro/2003. Controle 
de transito e eventos, animais destinados a reprodução, transito 
interestadual e exposições.

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