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Guia Tóquio 2020 v101

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SÍMBOLOS · LOCAIS DE COMPETIÇÃO · PAÍSES PARTICIPANTES · ESPORTES
TIME BRASIL · ONDE ASSISTIR · PROGRAMAÇÃO COMPLETA
TABELAS DOS ESPORTES COLETIVOS · HISTÓRIA
GUIA DOS JOGOS
DA XXXII OLIMPÍADA
21 DE JULHO A 8 DE AGOSTO DE 2021
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Originalmente previstos para acontecer em julho e agosto 
de 2020, os Jogos da XXXII Olimpíada foram adiados em um 
ano devido à pandemia da COVID-19 e serão realizados entre 
21 de julho e 8 de agosto de 2021. Foi o primeiro adiamento 
de uma edição dos Jogos na história (outras cinco edições de 
Jogos de Verão e de Inverno foram canceladas em virtude das 
duas Guerras Mundiais ocorridas no século XX).
A pandemia, que ainda não está controlada, paralisou o 
calendário esportivo por vários meses e afetou a preparação 
e a classificação de muitos atletas. Eventos qualificatórios 
foram cancelados ou realocados e mesmo os que ocorreram 
precisaram de adaptações nas estruturas física e esportiva 
para manter a segurança do público, quando houve, e princi-
palmente dos atletas.
Essas adaptações também afetaram os Jogos Olímpicos, 
que ocorrerão sem público nas arquibancadas e com estritas 
regras de comportamento para atletas, técnicos, árbitros, jor-
nalistas e dirigentes. Apesar disso, espera-se a presença de 
mais de 10.000 atletas de 206 delegações. Apenas a Coreia do 
Norte decidiu boicotar o evento, alegando preocupações com 
a pandemia. A Rússia, embora suspensa pelo Comitê Olímpico 
Internacional e pela Agência Mundial Anti-Doping, enviará atle-
tas que competirão sob a bandeira do Comitê Olímpico Russo, 
e 29 atletas de dez nacionalidades competirão sob a bandeira 
olímpica no Time Olímpico de Refugiados.
Eleita em 2013, Tóquio será a primeira cidade da Ásia a 
sediar duas edições de Jogos Olímpicos, após ter recebido o 
evento em 1964. O projeto original previa Jogos compactos, 
com a construção de diversos locais de competição no centro 
da capital japonesa. Desde a escolha, entretanto, várias altera-
ções foram feitas para adequar o evento à Agenda 2020, con-
junto de diretrizes definido pelo COI com o objetivo de econo-
mizar recursos e evitar o mau uso das estruturas dos Jogos 
após o evento.
Um novo Estádio Olímpico foi construído no mesmo local 
do estádio utilizado nos Jogos de 1964, mas três arenas uti-
lizadas naquela edição receberão competições nestes Jogos. 
Além dos torneios de futebol, que tradicionalmente acontecem 
em várias cidades do país-sede, outros esportes serão dispu-
tados em instalações já existentes em outras cidades japo-
nesas, como o ciclismo de estrada no Autódromo de Fuji, em 
Shizuoka, e o surfe, na praia de Tsurigasaki, em Chiba.
Além do surfe, farão sua estreia no programa olímpico a 
escalada, o skate e o caratê. Outras mudanças com relação 
ao Rio 2016 são o retorno do beisebol e do softbol, disputados 
pela última vez em Pequim 2008, e as inclusões de modalida-
des como basquetebol 3x3 e BMX freestyle. Um recorde de 339 
medalhas de ouro serão disputadas nesta edição dos Jogos.
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SUMÁRIO
Símbolos dos Jogos 4
Locais de competição 5
Países participantes 7
Atletismo 9
Badminton 11
Basquetebol 12
Basquetebol 3x3 13
Beisebol 14
Boxe 15
Canoagem slalom 16
Canoagem velocidade 17
Caratê 18
Ciclismo BMX 19
Ciclismo de estrada 20
Ciclismo de pista 21
Ciclismo mountain bike 22
Escalada 23
Esgrima 24
Futebol 25
Ginástica artística 27
Ginástica de trampolim 29
Ginástica rítmica 30
Golfe 31
Handebol 32
Hipismo 33
Hóquei na grama 34
Judô 35
Levantamento de peso 37
Lutas 38
Maratona aquática 39
Nado artístico 40
Natação 41
Pentatlo moderno 43
Polo aquático 44
Remo 45
Rugby sevens 46
Saltos ornamentais 47
Skate 48
Softbol 49
Surfe 50
Taekwondo 51
Tênis 52
Tênis de mesa 53
Tiro com arco 54
Tiro esportivo 55
Triatlo 56
Vela 57
Voleibol 58
Voleibol de praia 60
Time Brasil em Tóquio 61
Agenda diária 64
Programação completa 65
Tabelas dos esportes coletivos 111
Em 1964 foi assim... 121
Créditos 122
SÍMBOLOS DOS JOGOS
A marca dos Jogos é um anel composto por 45 peças 
formando um padrão xadrez conhecido como ichimatsu 
moyo, presente na cultura japonesa desde o século XVII. 
A cor azul índigo, também tradicional desse padrão, repre-
senta a elegância e a sofisticação que simbolizam o Japão.
O mascote dos Jogos é inspirado no mesmo padrão 
índigo que forma o logotipo. Seu nome, Miraitowa, é uma 
junção das palavras japonesas mirai (“futuro”) e towa (“eter-
nidade”), representando o desejo de que os Jogos de Tóquio 
levem a um futuro de esperança.
A tocha tem o formato de uma flor de cerejeira, adorada 
na cultura japonesa. Cada pétala possui sua própria chama, 
que se une às outras no centro da peça para gerar uma 
chama mais forte. Produzida com 30% de alumínio reci-
clado, a tocha mede 71cm de altura e pesa 1,2kg.
O design das medalhas é inspirado em pedras polidas, 
representando a luta dos atletas em busca da glória. Além 
dos metais (prata folheada com 6g de ouro, prata pura e 
liga de cobre e zinco), as peças foram feitas com compo-
nentes reciclados de equipamentos eletrônicos e posuem 
85mm de diâmetro.
LOGOTIPO MASCOTE
TOCHA MEDALHAS
Apresentação de Tóquio 2020 
na cerimônia de encerramento 
dos Jogos Olímpicos Rio 2016
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LOCAIS DE COMPETIÇÃO
Construído no mesmo local do Estádio Olímpico dos 
Jogos de 1964, custou mais de um bilhão de dóla-
res americanos e ficou pronto em 2019. Nos Jogos, 
sediará as cerimônias de abertura e encerramento, o 
atletismo e a final do futebol feminino.
Construída para os Jogos de 2020, foi finalizada em 
2019 e receberá os torneios de voleibol.
Famoso por seu teto suspenso, foi construído para 
sediar os esportes aquáticos e o basquetebol nos 
Jogos de 1964. Em Tóquio 2020, receberá os torneios 
de handebol.
Instalação temporária, receberá as três modalidades 
da ginástica (artística, de trampolim e rítmica).
Construído em 1954 para o Campeonato Mundial de 
Lutas, foi uma das principais arenas dos Jogos de 
1964, recebendo a ginástica e o polo aquático. Nesta 
edição, será a sede do tênis de mesa.
Sua quadra central, o Coliseu, é uma das principais ins-
talações de tênis do país, e receberá os torneios da 
modalidade nos Jogos ao lado de outras nove quadras.
Conhecido como casa das artes marciais japonesas, 
sediou as competições de judô nos Jogos de 1964 e 
receberá novamente o esporte nos Jogos de 2020, 
mas também será o estádio do caratê, que estreia no 
programa olímpico.
Instalação construída para os Jogos de 2020, rece-
berá três esportes aquáticos (natação, nado artístico e 
saltos ornamentais).
Lar espiritual do sumô, esporte nacional do Japão, foi 
inaugurado em 1985 e receberá os eventos do boxe.
Uma das maiores arenas multiuso do Japão, será a 
sede do basquetebol e está localizada na cidade de 
Saitama, a 30km de Tóquio.
Centro de convenções com oito pavilhões, tem uma 
fachada de aço e vidro no formato de um bote. Será a 
sede do levantamento de peso.
Autódromo localizado na região de Shizuoka, a cerca 
de 80km de Tóquio, já recebeu provas da Fórmula 1 
e de outras categorias de automobilismo. Nos Jogos, 
sediará o ciclismo de estrada.
ESTÁDIO OLÍMPICO ARENA ARIAKE
ESTÁDIO NACIONAL YOYOGI CENTRO DE GINÁSTICA ARIAKE
GINÁSIO METROPOLITANO CENTRO DE TÊNIS ARIAKE
NIPPON BUDOKAN CENTRO AQUÁTICO
ARENA KOKUGIKAN
SAITAMA SUPER ARENA
FÓRUM INTERNACIONAL
FUJI INTERNATIONAL SPEEDWAY
Localizado em Sapporo, na ilha de Hokkaido, receberá 
as provas de rua do atletismo (maratona e marcha atlé-
tica), devido à preocupação com o calor excessivo em 
Tóquio na época dos Jogos.
Localizado na região mais atingida pelo terremoto e 
pelo tsunami de 2011, o estádio receberá uma partida 
de beisebol e seis de softbol, inclusive o jogo de aber-
tura, que será a primeira competição oficial dos Jogos.
PARQUE ODORI
ESTÁDIO DE BEISEBOL DE FUKUSHIMAOUTROS LOCAIS DE COMPETIÇÃO
Estádio de Tóquio: um dos principais da cidade, receberá 
o futebol, o rugby sevens e o pentatlo moderno.
Parque Urbano de Ariake: instalação temporária constru-
ída próximo à Vila Olímpica, receberá o BMX e o skate.
Parque Equestre: utilizado nos Jogos de 1964, receberá 
o hipismo.
Musashino Forest Sport Plaza: próximo ao Estádio de 
Tóquio, sediará o badminton e a preliminar da esgrima 
do pentatlo moderno.
Marina de Odaiba: receberá as provas de maratona aquá-
tica e do triatlo.
Parque Shiokaze: às margens da Baía de Tóquio, rece-
berá o voleibol de praia em uma arena temporária.
Sea Forest Waterway: também na Baía de Tóquio, será a 
sede do remo e da canoagem velocidade.
Circuito Cross-Country Sea Forest: instalação temporá-
ria, receberá o cross-country do hipismo CCE.
Centro de Canoagem Slalom Kasai: primeiro estádio de 
canoagem slalom construído artificialmente no Japão.
Parque Musashinonomori: será o local da concentração 
das provas de estrada do ciclismo.
Parque Yumenoshima: sediará o tiro com arco em uma 
instalação temporária.
Parque Urbano de Aomi: instalação temporária na Baía 
de Tóquio, receberá o basquetebol 3x3 e a escalada.
Estádio Oi: construído para os Jogos, tem dois campos 
para os torneios de hóquei na grama.
Centro de Polo Aquático Tatsumi: construído em 1990, 
sediará os torneios de polo aquático.
Centro de Tiro Asaka: recebeu o tiro esportivo nos Jogos 
de 1964 e também será a sede do esporte nesta edição.
Makuhari Messe: centro de convenções localizado em 
Chiba, ao lado de Tóquio, receberá as lutas, o taekwondo 
e a esgrima em dois pavilhões.
Praia de Tsurigasaki: também localizado em Chiba, será 
a sede do surfe.
Kasumigaseki Country Club: localizado em Kawagoe, 
será a sede do golfe.
Porto de Enoshima: está localizado em Fujisawa e rece-
berá a vela.
Velódromo Izu: localizado na cidade de mesmo nome, 
receberá o ciclismo de pista.
Circuito de Mountain Bike Izu: ao lado do velódromo, 
sediará as provas de ciclismo mountain bike.
Estádio de Beisebol de Yokohama: será a sede principal 
dos torneios de beisebol e softbol.
Estádio Internacional Yokohama: maior estádio mul-
tiuso do Japão e sede da final da Copa do Mundo FIFA 
de 2002, receberá onze partidas do futebol, incluindo a 
final masculina.
Estádio de Saitama: maior estádio dedicado ao futebol 
do Japão, receberá onze partidas dos torneios mascu-
lino e feminino.
Sapporo Dome: estádio coberto localizado em Sapporo, 
receberá dez jogos dos torneios de futebol.
Miyagi Stadium: também receberá dez jogos de futebol.
Ibaraki Kashima Stadium: receberá onze partidas de 
futebol, incluindo o bronze masculino.
Anéis olímpicos colocados na 
Baía de Tóquio, onde diversas 
instalações estão localizadas
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PAÍSES PARTICIPANTES
AFG Afeganistão
RSA África do Sul
ALB Albânia
GER Alemanha
AND Andorra
ANG Angola
ANT Antígua e Barbuda
KSA Arábia Saudita
ALG Argélia
ARG Argentina
ARM Armênia
ARU Aruba
AUS Austrália
AUT Áustria
AZE Azerbaijão
BAH Bahamas
BRN Bahrein
BAN Bangladesh
BAR Barbados
BLR Belarus
BEL Bélgica
BIZ Belize
BEN Benin
BER Bermudas
BOL Bolívia
BIH Bósnia-Herzegovina
BOT Botsuana
BRA Brasil
BRU Brunei Darussalam
BUL Bulgária
BUR Burkina Faso
BDI Burundi
BHU Butão
CPV Cabo Verde
CMR Camarões
CAM Camboja
CAN Canadá
QAT Catar
KAZ Cazaquistão
CHA Chade
CHI Chile
CYP Chipre
COL Colômbia
ROC Comitê Olímpico Russo
COM Comores
CIV Costa do Marfim
CRC Costa Rica
CRO Croácia
CUB Cuba
DEN Dinamarca
DJI Djibuti
DMA Dominica
EGY Egito
ESA El Salvador
UAE Emirados Árabes Unidos
ECU Equador
ERI Eritreia
SVK Eslováquia
SLO Eslovênia
ESP Espanha
SWZ Essuatíni
FSM Estados Fed. da Micronésia
USA Estados Unidos da América
EST Estônia
ETH Etiópia
FIJ Fiji
PHI Filipinas
FIN Finlândia
FRA França
GAB Gabão
GAM Gâmbia
GHA Gana
GEO Geórgia
GBR Grã-Bretanha
GRN Granada
GRE Grécia
GUM Guam
GUA Guatemala
GUY Guiana
GUI Guiné
GEQ Guiné Equatorial
GBS Guiné-Bissau
HAI Haiti
HON Honduras
HKG Hong Kong, China
HUN Hungria
YEM Iêmen
CAY Ilhas Cayman
COK Ilhas Cook
MHL Ilhas Marshall
SOL Ilhas Salomão
ISV Ilhas Virgens
IVB Ilhas Virgens Britânicas
IND Índia
INA Indonésia
IRQ Iraque
IRL Irlanda
ISL Islândia
ISR Israel
ITA Itália
JAM Jamaica
JPN Japão
JOR Jordânia
KIR Kiribati
KOS Kosovo
KUW Kuwait
LES Lesoto
LAT Letônia
LBN Líbano
LBR Libéria
LBA Líbia
LIE Liechtenstein
LTU Lituânia
LUX Luxemburgo
MKD Macedônia do Norte
MAD Madagascar
MAS Malásia
MAW Maláui
MDV Maldivas
MLI Mali
MLT Malta
MAR Marrocos
MRI Maurício
MTN Mauritânia
MEX México
MOZ Moçambique
MON Mônaco
MGL Mongólia
MNE Montenegro
MYA Myanmar
NAM Namíbia
NRU Nauru
NEP Nepal
NCA Nicarágua
NIG Níger
NGR Nigéria
NOR Noruega
NZL Nova Zelândia
OMA Omã
NED Países Baixos
PLW Palau
PLE Palestina
PAN Panamá
PNG Papua Nova Guiné
PAK Paquistão
PAR Paraguai
PER Peru
POL Polônia
PUR Porto Rico
POR Portugal
KEN Quênia
KGZ Quirguistão
SYR República Árabe da Síria
CAF República Centro-Africana
CZE República Checa
KOR Rep. da Coreia (Coreia do Sul)
MDA República da Moldávia
COD Rep. Dem. do Congo
LAO Rep. Dem. Popular do Laos
CGO República do Congo
DOM República Dominicana
IRN República Islâmica do Irã
CHN República Popular da China
TAN República Unida da Tanzânia
ROU Romênia
RWA Ruanda
SAM Samoa
ASA Samoa Americana
SMR San Marino
LCA Santa Lúcia
SKN São Cristóvão e Névis
STP São Tomé e Príncipe
VIN São Vicente e Granadinas
SEY Seicheles
SEN Senegal
SLE Serra Leoa
SRB Sérvia
SGP Singapura
SOM Somália
SRI Sri Lanka
SUD Sudão
SSD Sudão do Sul
SWE Suécia
SUI Suíça
SUR Suriname
TJK Tadjiquistão
THA Tailândia
TPE Taipé Chinesa (Taiwan)
EOR Time Olímpico de Refugiados
TLS Timor-Leste
TOG Togo
TGA Tonga
TTO Trinidad e Tobago
TUN Tunísia
TKM Turcomenistão
TUR Turquia
TUV Tuvalu
UKR Ucrânia
UGA Uganda
URU Uruguai
UZB Uzbequistão
VAN Vanuatu
VEN Venezuela
VIE Vietnã
ZAM Zâmbia
ZIM Zimbábue
Pira utilizada no revezamento 
da tocha pelo Japão
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9
Os Estados Unidos, principais favoritos 
no atletismo olímpico, terão Trayvon Bromell 
como destaque nos 100m, já que Chris 
Coleman, suspenso por doping, e Justin 
Gatlin, oitavo na seletiva nacional, não com-
petirão. A Jamaica, que não terá Usain Bolt 
pela primeira vez desde Sydney 2000, con-
tará com Shelly-Ann Fraser-Pryce nas provas 
de velocidade feminina.
Sifan Hassan (Países Baixos) e Jakob 
Ingerbritsen (Noruega) desafiarão o domí-
nio de Quênia e Etiópia nas provas de meio-
-fundo e fundo, enquanto outro norueguês, 
Karsten Warholm, é o favorito aos 400m com 
barreiras, prova em que já é recordista mun-
dial, bicampeão mundial e campeão europeu. 
Na mesma prova, Alison dos Santos é o prin-
cipal nome do Brasil no atletismo em Tóquio, 
tendo quebrado o recorde sul-americano 
sucessivas vezes nas últimas temporadas.
Estados Unidos, Jamaica e Grã-Bretanha 
são as principais equipes nas provas de reza-
mento. O Japão tentará em casa um resul-
tado ainda melhor do que a prata no 4x100m 
masculino obtida no Rio 2016, e a Polônia 
tem uma boa equipe no 4x400m feminino. O 
Brasil tem maiores chances no 4x100m mas-
culino e no 4x400m misto.
Nas provas de saltos, Caterine Ibargüen 
(Colômbia) e Yulimar Rojas (Venezuela) tra-
varão um acirrado duelo no salto triplo. Por 
A história do atletismo se confunde com a história do esporte. 
Existem registros de competições que datam de mais de quatro mil 
anos atrás, em diversas partes do mundo. Atualmente, atletismo é o 
nome dado ao conjunto de provas de pista, campo, corridas de rua, 
marcha atlética e cross-country.
O atletismo esteve presente em todas as edições dos Jogos 
Olímpicos. Atualmente, a única modalidade que não faz parte do pro-
grama olímpico é o cross-country, disputado pela última vez em Paris 
1924, que também foi a última edição sem participação de mulheres.
O programada modalidade sofreu diversas alterações ao longo 
do tempo. Doze eventos masculinos, incluindo 100m, maratona e lan-
çamento de disco, foram disputados em todas as edições dos Jogos. 
A prova masculina mais recente é a marcha atlética de 20km, dispu-
tada desde Melbourne 1956.
Para as mulheres, o programa vinha crescendo regularmente, 
mas desde a inclusão dos 3.000m com obstáculos em Pequim 2008, 
não houve alterações. Apesar da pressão pela inclusão da marcha 
de 50km, a prova permanece ausente dos Jogos. A maior novidade 
do programa de Tóquio será a primeira prova mista da modalidade, o 
revezamento 4x400m.
Diversos eventos já fizeram parte do programa olímpico e não 
são mais disputados. Alguns são variações de distâncias de provas 
atuais, como a marcha atlética de 10km e a corrida com obstácu-
los, que já teve de 2.500m a 4.000m (hoje são 3.000m), e outros são 
variações mais curiosas, como os saltos parados (sem corrida de 
impulsão) e o lançamento de dardo com as duas mãos.
Em Tóquio, pela primeira vez o atletismo não será o esporte com 
maior número de medalhas de ouro: os esportes aquáticos, consi-
derados um único esporte pelo COI, terão uma final a mais. Ainda 
assim, será o esporte com maior número de participantes, com previ-
são de presença de 1.900 atletas.
O Brasil estreou no atletismo olímpico em Paris 1924 e participou 
de todas as edições desde então, exceto 1928. As primeiras meda-
lhas do país no esporte vieram em Helsinque 1952: bronze de José 
Telles da Conceição no salto em altura e ouro de Adhemar Ferreira da 
Silva no salto triplo. Em Melbourne 1956, Adhemar se tornou o único 
brasileiro com dois ouros olímpicos no esporte. A primeira final femi-
nina do país veio em Tóquio 1964, com Aída dos Santos, quarta colo-
cada no salto em altura.
Joaquim Cruz (800m, Los Angeles 1984), Maurren Maggi (salto 
em distância, Pequim 2008) e Thiago Braz (salto com vara, Rio 2016) 
são os outros brasileiros campeões olímpicos.
DESTAQUES E FAVORITOS
ATLETISMO
Armand Duplantis (Suécia) é 
o atual recordista mundial do 
salto com vara masculino
outro lado, o recordista mundial Armand 
Duplantis (Suécia) não deve ter dificulda-
des para conquistar o ouro no salto com 
vara masculino, mesmo com a presença dos 
dois últimos campeões olímpicos, Renaud 
Lavillenie (França) e Thiago Braz (Brasil), 
atual recordista olímpico.
Outro sueco favorito é Daniel Stahl no lan-
çamento de disco. Já no arremesso de peso, 
Gong Lijiao (China) e o recordista mundial 
Ryan Crouser (Estados Unidos) são os prin-
cipais candidatos ao ouro.
A campeã olímpica Nafissatou Thiam 
(Bélgica) e o recordista mundial Kevin Mayer 
(França) são os favoritos nas provas combi-
nadas (heptatlo e decatlo, respectivamente).
As provas de rua dos Jogos de Tóquio 
acontecerão na cidade de Sapporo. Na mar-
cha atlética, a China domina os 20km entre 
as mulheres e o Japão é forte candidato 
tanto nos 20km quanto nos 50km entre os 
homens. Os brasileiros Caio Bonfim e Érica 
de Sena, embora não estejam entre os prin-
cipais favoritos, devem conseguir bons resul-
tados nas provas de 20km.
Na maratona, Eliud Kipchoge (Quênia), 
primeiro a correr a distância abaixo de duas 
horas (em um evento controlado, que não 
valeu como recorde), tentará o segundo ouro 
seguido entre os homens. Quênia e Etiópia 
disputarão o ouro na prova feminina.
Serão ao todo 48 eventos: 24 masculi-
nos, 23 femininos e um misto. 
- Provas de velocidade: 100m, 200m e 
400m, todas com eliminatórias, semifinais 
e finais (a prova de 100m masculino tem 
ainda uma fase preliminar no início da dis-
puta). Nessas provas, os atletas percorrem 
toda a distância dentro de suas raias, sem 
contato físico com os adversários.
- Provas de meio-fundo e fundo: 800m, 
1.500m, 5.000m e 10.000m. As duas pri-
meiras possuem eliminatórias, semifinais 
e finais, os 5.000m possuem apenas eli-
minatórias e finais e os 10.000m são finais 
diretas. As provas são disputadas em bloco 
(exceto os primeiros 100m dos 800m), com 
todos os atletas ocupando as raias internas 
da pista e com possibilidade de contato 
entre os competidores.
- Provas com barreiras/obstáculos: as 
barreiras são estruturas leves, que caem 
quando tocadas pelos atletas e ficam dis-
tribuídas nas raias. Já os obstáculos são 
cinco traves (que não caem quando toca-
das e, portanto, são frequentemente usa-
das pelos atletas para tomar impulso), 
sendo quatro espalhadas pela pista e uma 
localizada em frente a um fosso com água. 
As provas com barreiras (100m para mulhe-
res, 110m para homens e 400m para ambos 
os gêneros) possuem eliminatórias, semi-
finais e finais e as provas com obstáculos 
(3.000m para homens e mulheres) pos-
suem eliminatórias e finais. 
- Revezamentos: todas as provas são dis-
putadas por equipes de quatro atletas, que 
percorrem um total de 400m ou 1.600m 
carregando um bastão que deve ser entre-
gue ao próximo atleta da equipe. No reve-
zamento 4x100m, cada equipe fica em uma 
raia e as trocas ocorrem dentro de uma 
área de 20m. Já no revezamento 4x400m, 
os primeiros 500m são dentro das raias e 
o restante de forma livre, com as trocas 
acontecendo sempre próximo à linha de 
chegada. Serão disputadas as provas de 
4x100m masculino e feminino e 4x400m 
- O primeiro campeão olímpico da Era 
Moderna veio do atletismo. Em 6 de abril 
de 1896, James Connolly (Estados Unidos) 
venceu o salto triplo. Connolly ainda fica-
ria em terceiro no salto em distância e em 
segundo no salto em altura.
- Paavo Nurmi (Finlândia) é o maior meda-
lhista olímpico no atletismo, com oito 
ouros e três pratas entre Antuérpia 1920 e 
Amsterdã 1928.
- Usain Bolt (Jamaica) e Allyson Felix 
(Estados Unidos) são duas das maiores 
estrelas dos Jogos recentes. Bolt con-
quistou oito medalhas de ouro nos 100m, 
nos 200m e no revezamento 4x100m entre 
Pequim 2008 e Rio 2016. Já Felix possui 
nove medalhas, sendo seis ouros e três pra-
tas, conquistadas nos 200m, nos 400m e 
nos revezamentos 4x100m e 4x400m entre 
Atenas 2004 e Rio 2016.
- Alguns dos momentos mais marcantes 
da história dos Jogos Olímpicos aconte-
ceram na maratona, como o etíope Abebe 
Bikila correndo descalço em Roma 1960 (e 
vencendo com direito a recorde mundial), 
a suíça Gabrielle Andersen sofrendo para 
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO FATOS E CURIOSIDADES
Abebe Bikila (Etiópia) correu descalço 
a maratona de Roma 1960 e venceu 
quebrando o recorde mundial
cruzar a linha de chegada em Los Angeles 
1984 (na primeira maratona feminina dis-
putada nos Jogos) e o brasileiro Vanderlei 
Cordeiro de Lima sendo empurrado para 
fora da pista quando liderava a prova em 
Atenas 2004 (Vanderlei voltou à prova, che-
gou em terceiro e foi condecorado com a 
Medalha Barão Pierre de Coubertin, desti-
nada a homenagear atletas que demons-
tram grande espírito esportivo).
- Ainda sobre a maratona, o percurso origi-
nal da prova era de 40 quilômetros. A dis-
tância atual de 42,195km foi estabelecida 
em Londres 1908, devido à inexperiência 
dos organizadores, ao uso de outra medida 
de distância (milhas, e não quilômetros) e a 
sucessivas alterações no traçado.
- O único recorde olímpico atualmente per-
tencente a um atleta brasileiro foi estabele-
cido por Thiago Braz ao vencer o salto com 
vara no Rio 2016: 6,03m.
- Exatos 101 países já subiram ao pódio 
no atletismo olímpico. Burundi, Equador, 
Granada, Luxemburgo, Moçambique, Síria, 
Panamá e Tajiquistão conquistaram no atle-
tismo sua única medalha de ouro olímpica.
masculino, feminino e misto (essa última 
fazendo sua estreia no programa olímpico).
- Provas de arremesso/lançamento: arre-
messo de peso, lançamento de dardo, lan-
çamento de disco e lançamento de martelo. 
A diferença na nomenclatura se deve ao 
fato de o peso ser empurrado e os outros 
implementos serem projetados, sendo o 
dardo lançado após uma corrida e o disco 
e omartelo lançados de dentro de um cír-
culo após o atleta girar para dar impulsão. 
Todas as provas possuem apenas elimina-
tórias e finais.
- Provas de saltos: subdivididas em saltos 
horizontais (salto em distância e salto tri-
plo, em que o objetivo é saltar mais longe 
em uma caixa de areia e cada atleta pos-
sui um total de três tentativas nas elimina-
tórias e seis nas finais) e saltos verticais 
(salto em altura e salto com vara, em que 
o objetivo é ultrapassar uma barra colo-
cada mais alto a cada rodada e cada atleta 
tem três tentativas para ultrapassar cada 
altura). Todos os eventos são divididos em 
eliminatórias e finais.
- Provas combinadas: o decatlo (para 
homens) e o heptatlo (para mulheres) são 
disputados ao longo de dois dias. A ordem 
de disputa no decatlo tem 100m, salto em 
distância, arremesso de peso, salto em 
altura e 400m no primeiro dia, 110m com 
barreiras, lançamento de disco, salto com 
vara, lançamento de dardo e 1.500m no 
segundo dia. Já a do heptatlo tem 100m 
com barreiras, salto em altura, arremesso 
de peso e 200m no primeiro dia, salto em 
distância, lançamento de dardo e 800m no 
segundo dia.
- Provas de rua: são a maratona (masculina 
e feminina) e a marcha atlética (com pro-
vas de 20km para homens e mulheres e de 
50km apenas para homens). Enquanto na 
maratona a corrida é feita de forma livre, na 
marcha atlética os competidores precisam 
manter contato permanente com o chão, só 
podendo retirar um pé do chão após o outro 
pé tocá-lo.
10
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
Estados Unidos
Grã-Bretanha
União Soviética
Finlândia
Alemanha Oriental
334
55
64
48
38
259
80
55
36
36
204
70
74
30
35
797
205
193
114
109
1
3
2
4
5
De 30 de julho a 8 de agosto, com disputa 
de medalha de ouro todos os dias
DATAS
5 3 9 17
https://www.youtube.com/watch?v=i_zRr9KOFWE
https://www.youtube.com/watch?v=i_zRr9KOFWE
https://www.youtube.com/watch?v=lBasZWjd92k
https://www.youtube.com/watch?v=lBasZWjd92k
https://www.youtube.com/watch?v=lBasZWjd92k
https://www.youtube.com/watch?v=1iClz6fB4lo
https://www.youtube.com/watch?v=1iClz6fB4lo
https://www.youtube.com/watch?v=1iClz6fB4lo
https://www.youtube.com/watch?v=1iClz6fB4lo
https://www.youtube.com/watch?v=qyOpdQO2__c
https://www.youtube.com/watch?v=qyOpdQO2__c
11
Disputado com raquetes em uma qua-
dra dividida por uma rede, tem como obje-
tivo lançar uma peteca por sobre a rede e 
fazê-la tocar no chão do lado adversário. 
Cada partida é disputada em melhor de três 
games e cada game é vencido pelo joga-
dor que fizer 21 pontos primeiro, com no 
mínimo dois de vantagem.
A partida se inicia com o saque, que 
sempre é feito de dentro de uma área 
designada na quadra e de forma diago-
nal. O jogador que vencer o ponto ganha o 
direito de sacar, devendo bater na peteca 
Os países com melhor histórico no 
badminton olímpico devem manter seu 
favoritismo em Tóquio. O Japão lidera 
os rankings de simples masculino, com 
Momota Kento, e de duplas femininas, com 
Fukushina/Hirota e Matsumoto/Nagahara, 
além de ter a terceira colocada em simples 
feminino, Okuhara Nozomi.
A China, por sua vez, tem os líderes do 
ranking de duplas mistas Zheng/Huang, a 
segunda em simples feminino Chen Yu Fei 
e a terceira dupla feminina, Chen/Jia, além 
do campeão no Rio 2016 Chen Long, sexto 
- A chinesa Gao Ling é a maior medalhista 
olímpica do badminton, com dois ouros, 
uma prata e um bronze.
- Em Londres 2012, a China conquistou o 
ouro em todos os cinco torneios da moda-
lidade. O país também levou duas pratas e 
um bronze naquela edição.
- Quatro anos depois, porém, os chineses 
chegaram a apenas duas finais (simples 
masculino e duplas masculinas). Desde 
Atlanta 1996 não havia tão poucos chine-
ses em finais olímpicas do badminton, e foi 
Inventado na Índia com o nome de “poona”, o badminton foi 
levado para o Reino Unido pelos colonizadores no século XIX e aca-
bou sendo rebatizado com o nome da Casa de Badminton, mansão 
pertencente ao Duque de Beaufort onde aconteceram os primeiros 
jogos em terras britânicas.
Frequentemente comparado com o tênis, possui diferenças signi-
ficativas. Além do fato de ser jogado com uma peteca (também cha-
mada de volante), e não com uma bola, o badminton é considerado 
o esporte com raquetes mais rápido do mundo, pois a peteca pode 
alcançar mais de 400km/h durante um ponto. Apesar disso, ela desa-
celera mais rápido do que uma bola de tênis, o que faz sua trajetória 
ser mais curta. A quadra de badminton é menor do que uma quadra 
de tênis, a rede é mais alta e sua base não fica presa ao chão, há um 
vão entre ela e a quadra (semelhante ao voleibol, embora menor).
A primeira aparição do badminton nos Jogos Olímpicos ocorreu 
em Munique 1972, ainda como esporte de demonstração (sem valer 
medalhas). Após mais uma exibição em Seul 1988, o esporte foi inte-
grado ao programa oficial em Barcelona 1992, com quatro torneios 
(simples e duplas no masculino e no feminino). O torneio de duplas 
mistas foi introduzido na edição seguinte, em Atlanta.
Berços da versão tradicional e da versão moderna do esporte, 
Índia e Grã-Bretanha possuem apenas cinco medalhas olímpicas, 
nenhuma de ouro. O esporte é dominado pela China, que venceu 18 
das 34 medalhas de ouro já disputadas, e por outros países asiáticos, 
como Indonésia e Coreia do Sul. Apenas países da Ásia e da Europa 
(em especial a Dinamarca) subiram ao pódio da modalidade até hoje.
O Brasil estreou no badminton olímpico no Rio 2016. Apesar de 
ter garantida uma vaga para cada gênero por ser o país sede, Ygor 
Coelho se classificou para o torneio masculino pelo ranking mundial, 
enquanto Lohaynny Vicente utilizou a cota do país sede. Ambos per-
deram seus dois jogos na fase de grupos e não avançaram. 
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
BADMINTON
Momota Kento (Japão) é 
o líder do ranking mundial 
em simples masculino
no ranking de simples masculino e único 
campeão daquela edição que estará pre-
sente em Tóquio.
O ranking de duplas masculinas é lide-
rado por dois times da Indonésia, Gideon/
Sukamuljo e Setiawan/Ahsan, enquanto a 
líder em simples feminino é Tai Tzu Ying 
(Taipé Chinesa).
A principal ausência do esporte em 
Tóquio é a campeã de simples feminino 
no Rio 2016, Carolina Marin (Espanha), que 
sofreu uma séria lesão no joelho em maio e 
precisou se submeter a uma cirurgia.
a primeira vez em que nenhuma mulher do 
país chegou a uma final.
- Poul-Erik Hoyer Larsen (Dinamarca, 
Atlanta 1996, simples masculino) e Carolina 
Marin (Espanha, Rio 2016, simples femi-
nino) são os únicos não asiáticos a terem 
conquistado uma medalha de ouro no bad-
minton olímpico.
- O recorde de velocidade em um jogo ofi-
cial pertence ao dinamarquês Mads Pieler 
Kolding, que rebateu a peteca a 426km/h 
em um torneio na Índia, em 2017.
com a raquete abaixo da linha da sua cin-
tura (saque por baixo).
São consideradas faltas: toque na rede 
com o corpo, a roupa ou a raquete, toque 
da peteca no corpo ou na roupa, queda da 
peteca fora dos limites da quadra, invasão 
da área adversária com o corpo ou com a 
raquete, entre outros.
A disputa olímpica tem cinco torneios: 
individual masculino e feminino e duplas 
masculinas, femininas e mistas. Todos pos-
suem uma fase de grupos seguida de uma 
fase eliminatória.
24 de julho a 2 de agosto, 
com finais a partir do dia 30
China
Indonésia
Coreia do Sul
Dinamarca
Japão
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
18
6
7
1
1
8
7
6
3
1
15
6
6
4
1
41
19
19
8
3
1
3
2
4
5
DATAS
0 0 0 0
12
BASQUETEBOL
O objetivo do basquetebol é acertar uma 
cesta localizada em cada extremidade da 
quadra, podendo cada acerto valer três 
pontos (quando é feito atrás de uma linha 
curva demarcada na quadra), dois pontos 
(quando é feito à frente daquela linha) ou 
um ponto (quando é umlance livre, resul-
tante de faltas).
Cada equipe tem cinco atletas e uma 
partida é disputada em quatro períodos 
de dez minutos, com o cronômetro ativo 
apenas quando a bola está em jogo. Cada 
posse de bola dura 24 segundos. As faltas 
são classificadas como pessoais (contato 
ilegal), técnicas (relativas ao comporta-
mento do jogador), antidesportivas (fora 
dos padrões do jogo) e desqualificantes 
(ato de violência ou briga entre atletas). O 
jogador que cometer cinco faltas ao longo 
A equipe masculina dos Estados Unidos 
que tentará em Tóquio o quarto ouro olím-
pico consecutivo é liderada por Kevin 
Durant, que vai para seu terceiro torneio 
olímpico. O país está no grupo A, ao lado 
do Irã (vice-campeão asiático), da França 
(bronze no Mundial de 2019) e da República 
Checa (estreante nos Jogos).
A Austrália, semifinalista olímpica e mun-
dial, é o destaque do grupo B, em que tam-
bém estão Itália (prata em Atenas 2004), 
Alemanha (que havia ficado duas edições 
ausente) e Nigéria (vice-campeã africana).
As finalistas do último Mundial Espanha 
e Argentina estão no grupo C, ao lado da 
estreante Eslovênia, comandada pelo astro 
da NBA Luka Doncic, e do país-sede Japão.
- Sue Bird e Diana Taurasi (Estados Unidos) 
podem se tornar em Tóquio as primeiras 
pentacampeãs olímpicas no basquetebol. 
Outras três mulheres, todas estaduniden-
ses, também possuem quatro ouros olím-
picos. Entre os homens, Carmelo Anthony 
(Estados Unidos) é o maior medalhista, 
com três ouros e um bronze.
- O jogador mais alto a já ter participado do 
basquetebol olímpico é Yao Ming (China), 
com 2,29m. Yao disputou os Jogos de 
Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008.
Ao contrário da maioria dos esportes, o basquetebol tem uma ori-
gem muito definida: foi inventado em 1891 por James W. Naismith, 
instrutor na Associação Cristã de Moços (YMCA) de Springfield, 
Estados Unidos, como alternativa de atividade física em recinto 
fechado para os meses de inverno.
Em Berlim 1936, o esporte passou a fazer parte do programa 
olímpico, sendo dominado pelos Estados Unidos, que só não con-
quistaram o ouro em quatro edições do torneio masculino e em três 
do feminino, que começou a ser disputado em Montreal 1976. Dessas 
sete ocasiões, duas ocorreram nos torneios de Moscou 1980, edição 
que foi boicotada pelo país. Em quadra, as equipes estadunidenses 
acumulam apenas oito derrotas e possuem aproveitamento de 96%.
A primeira derrota estadunidense no basquetebol olímpico ocor-
reu em Munique 1972, na final contra a União Soviética, em uma das 
partidas mais controversas da história dos Jogos. Os jogadores esta-
dunidenses nunca aceitaram a medalha de prata.
O time feminino dos Estados Unidos sofreu duas derrotas em sua 
primeira participação, em Montreal 1976, e terminou o torneio por 
pontos corridos com a prata. A única derrota desde então veio na 
semifinal de Barcelona 1992 contra a Equipe Unificada, por 79-73. As 
estadunidenses estão invictas há 49 partidas em Jogos Olímpicos.
O Brasil participou de quinze edições do torneio do masculino e 
sete do feminino, conquistando cinco medalhas. A equipe masculina 
foi bronze em Londres 1948, Roma 1960 e Tóquio 1964. O melhor 
resultado olímpico do país veio com as mulheres, que conquistaram 
a prata em Atlanta 1996, além de um bronze em Sydney 2000.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
As estadunidenses Sue Bird (à 
esquerda) e Diana Taurasi (à 
direita) podem conquistar em 
Tóquio seu quinto ouro olímpico
No torneio feminino, a favorita absoluta 
também é a equipe dos Estados Unidos, 
atual tricampeã mundial e hexacampeã 
olímpica. Lideradas por Sue Bird e Diana 
Taurasi, as estadunidenses estão no forte 
grupo B, ao lado do Japão (tetracampeão 
asiático), da França (prata em Londres 
2012 e vice-campeã do EuroBasket 2021) e 
da Nigéria (bicampeã africana).
A Sérvia, atual campeã do EuroBasket, 
está no grupo A ao lado da Espanha (vice-
-campeã olímpica no Rio 2016), da Coreia 
do Sul e do Canadá. Finalista do último 
Mundial, a Austrália lidera o grupo C, em 
que também estão China (vice-campeã asi-
ática), Porto Rico e Bélgica (ambos estrean-
tes nos Jogos).
- Desde a introdução de atletas da NBA no 
torneio olímpico, os Estados Unidos sofre-
ram apenas três derrotas, todas em Atenas 
2004: na primeira fase contra Porto Rico e 
Lituânia e na semifinal contra a Argentina, 
que acabaria com o ouro.
- Oscar Schmidt (Brasil) é o recordista 
de pontos marcados na história olímpica 
(1.093) e o maior pontuador em uma par-
tida nos Jogos (55 pontos contra a Espanha 
em Seul 1988).
da partida é excluído e substituído por 
outro. Cada equipe pode cometer até qua-
tro faltas em cada período – a partir da 
quinta, cada falta representará dois lances 
livres concedidos à equipe adversária.
Os torneios olímpicos serão disputados 
por doze equipes cada, mas o formato da 
competição mudou com relação a 2016. 
As equipes agora estão divididas em três 
grupos de quatro equipes e fazem três 
jogos na primeira fase. As duas primeiras 
de cada grupo mais as duas melhores ter-
ceiras colocadas avançam para as quartas 
de final, com um sorteio definindo os con-
frontos (cada uma das quatro equipes com 
melhor campanha enfrentará uma das qua-
tro equipes com pior campanha entre as 
classificadas). A partir daí o torneio segue 
em eliminatória direta até a final.
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
Estados Unidos
Iugoslávia
União Soviética
Argentina
Equipe Unificada (CEI)
23
1
4
1
1
2
5
4
0
0
3
2
4
1
0
28
8
12
2
1
1
3
2
4
5
De 25 de julho a 8 de agosto, com final masculina 
no dia 7 (noite do dia 6 no Brasil) e final feminina 
no dia 8 (noite do dia 7 no Brasil)
DATAS
0 1 4 5
https://www.youtube.com/watch?v=CwTPG792LG8
https://www.youtube.com/watch?v=CwTPG792LG8
De 24 a 28 de julho, com as duas finais no dia 28
O basquetebol 3x3 é disputado em uma 
quadra com dimensões e marcações pró-
ximas à metade de uma quadra regular de 
basquetebol: a largura é a mesma (15m), 
enquanto o comprimento é três metros 
menor (11m). Existe apenas uma cesta, uti-
lizada por ambas as equipes.
Cada equipe tem três titulares e um 
reserva e cada posse de bola dura 12 
segundos. Uma cesta feita atrás da linha 
de três vale dois pontos e uma feita à frente 
dessa linha vale um ponto, assim como os 
lances livres.
A cada posse de bola é necessário que 
a bola passe por fora da linha de três (não 
A Copa do Mundo masculina de 2019 
foi vencida pelos Estados Unidos, porém 
a equipe não estará em Tóquio, já que não 
conseguiu a classificação pelo ranking de 
novembro de 2019 e foi eliminada no tor-
neio pré-olímpico.
A Sérvia, quatro vezes campeã da Copa 
do Mundo e classificada pelo ranking, é a 
favorita no torneio masculino. A Letônia, 
atual vice-campeã da Copa do Mundo e 
duas vezes finalista da Copa Europa, e 
o Comitê Olímpico Russo, campeão dos 
Jogos Europeus de 2015 e sexto colo-
cado do ranking (terceiro melhor entre as 
- A França é o país mais bem-sucedido no 
basquetebol 3x3 em Jogos Olímpicos da 
Juventude, tendo conquistado dois ouros 
e duas pratas. Argentina e Estados Unidos 
vêm logo em seguida, com dois ouros e 
dois bronzes.
O basquetebol 3x3 (“três-xis-três” ou “três contra três”) se ori-
ginou do basquetebol de rua, estilo livre disputado em grandes cen-
tros urbanos de diversos países. A partir dos anos 2000, a Federação 
Internacional de Basquetebol começou a estruturar as regras da 
modalidade e a testá-la em competições multiesportivas, como os 
Jogos Asiáticos de 2009. Atualmente é um dos esportes urbanos 
mais praticados no mundo.
A modalidade está presente desde a primeira edição dos Jogos 
Olímpicos da Juventude, em Singapura 2010. Após três edições, fará 
sua estreia no programa principal dos Jogos em Tóquio 2020.
DATAS
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃODESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
HISTÓRICO DO BRASIL
BASQUETEBOL 3X3
Modalidade nova Modalidade nova
QUADRO DE MEDALHAS
Estados Unidos e França fizeram 
a final feminina dos Jogos da 
Juventude de Buenos Aires 2018
é permitido pegar um rebote defensivo e 
arremessar logo em seguida, próximo à 
cesta). O jogo acaba ao final de dez minutos 
(com o cronômetro ativo apenas quando a 
bola está em jogo) ou quando uma das equi-
pes atinge 21 pontos.
Cada torneio (masculino e feminino) 
possui oito equipes, que se enfrentam na 
primeira fase ao longo de três dias, tota-
lizando sete rodadas. As duas melhores 
equipes avançam direto para as semifinais 
e as quatro seguintes disputam as quartas 
de final. As equipes vencedoras das semi-
finais disputam o ouro e as que perderem 
decidem o bronze.
equipes classificadas), também são fortes 
candidatos às medalhas. 
Enquanto o torneio masculino terá ape-
nas cinco das dez melhores equipes do 
ranking mundial, no feminino serão sete 
Top 10 entre as oito classificadas.
A Mongólia participará pela primeira 
vez de um esporte coletivo na história 
dos Jogos Olímpicos, e sua equipe entra 
como uma das favoritas. A França, líder 
do ranking mundial e bicampeã da Copa 
Europa, e a China, atual campeã mundial, são 
as principais candidatas, embora os Estados 
Unidos não possam ser deixados de lado.
- Nos Jogos Olímpicos da Juventude de 
Nanquim 2014 e Buenos Aires 2018, além 
dos torneios masculino e feminino por equi-
pes, também valeram medalhas torneios 
individuais de enterradas no masculino e 
de lances livres no feminino.
13
14
BEISEBOL
O beisebol é disputado entre duas equi-
pes de nove jogadores que se alternam no 
ataque e na defesa (enquanto uma rebate a 
bola e tenta ocupar as bases, a outra lança 
a bola e tenta evitar que os adversários 
ocupem as bases).
Cada jogo é disputado em nove entra-
das, e em cada entrada uma equipe joga 
um turno no ataque e um turno na defesa. O 
objetivo do jogo é marcar mais pontos (cor-
ridas) do que o time adversário. Os jogado-
res da equipe que está rebatendo anotam 
corridas ao tocar, em ordem, em cada uma 
das quatro bases, posicionadas em forma 
de quadrilátero (denominado diamante). O 
jogador que rebateu a bola deve correr em 
sentido anti-horário em direção à primeira 
base, depois à segunda, à terceira e de 
volta à posição inicial.
A equipe que está defendendo tenta 
O Japão, anfitrião dos Jogos e atual líder 
do ranking mundial, venceu em casa a edi-
ção de 2019 do Premier12, principal torneio 
internacional de beisebol, derrotando na 
final a Coreia do Sul, última campeã olím-
pica (Pequim 2008).
Os Estados Unidos, que ocupam atual-
mente a quarta posição do ranking mundial 
(atrás de Taipé Chinesa, que não disputará 
o torneio olímpico, e da Coreia do Sul), 
foram derrotados na decisão do bronze 
da Premier12 pelo México (que fará sua 
estreia olímpica), e só conseguiram a vaga 
em Tóquio no pré-olímpico das Américas, 
que venceram de forma invicta.
- Pedro Luis Lazo (Cuba) é o único jogador 
de beisebol com quatro medalhas olímpicas, 
tendo feito parte das equipes que conquista-
ram o ouro em Atlanta 1996 e Atenas 2004 
e a prata em Sydney 2000 e Pequim 2008.
- Cuba registrou 21 vitórias consecutivas 
entre 1992 e 2000 até sofrer sua primeira 
derrota, contra os Países Baixos na pri-
meira fase do torneio de Sydney.
A origem do beisebol não é clara e se mistura às origens de 
outros esportes de taco e bola, como o críquete, que se desenvolve-
ram a partir de brincadeiras infantis no Reino Unido e na Irlanda. O 
que se sabe é que uma versão mais próxima do esporte atual surgiu 
no sul da Inglaterra em meados do século XVIII e foi levada por colo-
nizadores para os Estados Unidos, onde se desenvolveu ao longo do 
século seguinte, especialmente na região de Nova Iorque.
O beisebol apareceu como esporte de exibição e de demonstração 
várias vezes entre St. Louis 1904 e Melbourne 1956. Oficialmente, o 
esporte faz parte do programa olímpico desde Barcelona 1992, tendo 
sido disputado por cinco edições consecutivas antes de ser retirado 
após Pequim 2008. O retorno em Tóquio foi possível graças à flexibi-
lidade dada pelo Comitê Olímpico Internacional para o comitê orga-
nizador local dos Jogos sugerir novas modalidades para o programa.
Restrito a amadores nas duas primeiras edições, o beisebol olím-
pico foi vencido em ambas pelo time cubano, que ainda conquista-
ria mais um ouro em Atenas 2004 e chegaria às outras duas finais, 
perdendo para os Estados Unidos em Sydney 2000 e para a Coreia 
do Sul em 2008. Mesmo após a abertura para os profissionais, atle-
tas da Major League Baseball, principal campeonato de beisebol do 
mundo (realizado nos Estados Unidos), jamais foram liberados por 
suas equipes para participar dos Jogos.
A ausência das maiores estrelas da modalidade foi um dos moti-
vos apontados para a sua saída do programa olímpico. Outra razão 
para a decisão foi o código antidoping da MLB, considerado menos 
rigoroso que o exigido pela Agência Mundial Antidoping.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
O arremessador Kim Kwang-hyun 
(Coreia do Sul) esteve nas equipes 
campeã olímpica em Pequim 2008 e 
vice-campeã da Premier12 de 2019
A República Dominicana, segunda colo-
cada no pré-olímpico das Américas, venceu 
o pré-olímpico mundial e ficou com a última 
vaga no torneio olímpico.
Os azarões do torneio são a equipe de 
Israel, que venceu o pré-olímpico Europa/
África em 2019, mas ocupam apenas a 24ª 
posição do ranking mundial. Será a pri-
meira participação de Israel em um esporte 
coletivo desde Montreal 1976, quando dis-
putou o futebol.
País mais bem sucedido na modalidade, 
Cuba não estará em Tóquio após ser elimi-
nada ainda na primeira fase do pré-olím-
pico das Américas.
- O torneio de Atenas 2004 foi marcado por 
controvérsias no processo de qualificação 
das equipes. Os Estados Unidos, por exem-
plo, não se classificaram após uma única 
derrota em quatro jogos no pré-olímpico das 
Américas. Além disso, foram reservadas 
três vagas para equipes europeias e apenas 
duas para as Américas e duas para a Ásia, 
continentes com mais tradição no esporte.
evitar as corridas eliminando o jogador, o 
que acontece, por exemplo, quando a bola 
rebatida é capturada pela equipe defensora 
antes de tocar o chão. Quando uma equipe 
tem três jogadores eliminados, seu turno 
na entrada se encerra e as equipes trocam 
de posição.
Devido à pequena quantidade de equi-
pes (seis), o torneio olímpico em Tóquio 
será disputado em uma fase de grupos 
seguida de um complicado sistema de 
dupla eliminação, resultando em um total 
de 16 partidas.
Na primeira fase, as equipes estão divi-
didas em dois grupos de três e enfrentam 
as outras equipes do mesmo grupo ao 
longo de quatro dias. A fase eliminatória 
terá uma chave principal e uma chave de 
repescagem, totalizando dez partidas ao 
longo de sete dias.
De 28 a de julho a 7 de agosto
Nunca disputouCuba
Estados Unidos
Coreia do Sul
Japão
Austrália
Taipé Chinesa
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
3
1
1
0
0
0
2
0
0
1
1
1
0
2
1
2
0
0
5
3
2
3
1
1
1
3
2
4
5
DATAS
15
BOXE
O boxe está dividido em oito categorias 
masculinas e cinco femininas. As cate-
gorias masculinas são peso mosca (48 a 
52kg), pena (52 a 57kg), leve (57 a 63kg), 
meio-médio (63 a 69kg), médio (69 a 75kg), 
meio-pesado (75 a 81kg), pesado (81 a 
91kg) e superpesado (acima de 91kg). Já 
para as mulheres, as categorias são peso 
mosca (48 a 51kg), pena (54 a 57kg), leve 
(57 a 60kg), meio-médio (64 a 69kg) e 
médio (69 a 75kg).
Cada categoria tem entre 17 e 29 atletas, 
Dos 32 medalhistas no Campeonato 
Mundial masculino de 2019, 29 estarão pre-
sentes em Tóquio, incluindo os campeões 
de todas as categorias.
Naquela edição, Rússiae Uzbequistão 
conquistaram três ouros cada. Cuba e 
Cazaquistão venceram nos outros pesos.
Shakhobidin Zoirov (Uzbequistão, peso 
mosca), Arlen López (Cuba, peso meio-pe-
sado) e Julio César La Cruz (Cuba, peso 
pesado) serão os únicos campeões olímpi-
cos no Rio 2016 a tentar defender o título 
em Tóquio. Zoirov ainda acumula o título de 
campeão mundial em 2019.
Outros favoritos incluem os campe-
ões mundiais Amit Panghal (Índia, peso 
- Das 78 medalhas de ouro de Cuba nos 
Jogos Olímpicos, 37 vieram do boxe.
- Nicola Adams (Grã-Bretanha, dois ouros), 
Claressa Shields (Estados Unidos, dois 
ouros) e Ren Canan (China, uma prata e um 
bronze) são as únicas mulheres a subirem 
ao pódio em ambas as edições dos Jogos 
com participação feminina no boxe.
Um dos esportes mais antigos do mundo, o boxe tem registros 
de combates que datam de mais de 3.500 anos. Foi uma das moda-
lidades presentes nos Jogos Olímpicos da Antiguidade, época em 
que os atletas lutavam com luvas de couro, às vezes reforçada com 
peças de metal, o que tornava a luta muito mais brutal que o esporte 
disputado hoje. Em sua versão moderna, tem campeões conhecidos 
desde o século XVIII.
O boxe foi introduzido no programa olímpico em St. Louis 1904, 
sendo disputado em todas as edições desde então, exceto em 
Estocolmo 1912. Algumas regras do boxe olímpico são diferentes 
das do boxe conhecido como profissional, e, por isso, os boxeadores 
olímpicos até hoje são classificados como amadores (até mesmo a 
Federação Internacional do esporte traz a palavra “amador” em sua 
denominação oficial). Desde o Rio 2016, no entanto, é admitida a pre-
sença de atletas profissionais nos torneios. Regras como o uso de 
equipamentos de proteção também vêm sendo alteradas para apro-
ximar as duas versões do esporte.
As categorias do programa olímpico são organizadas por peso 
e já foram alteradas diversas vezes ao longo da história, variando 
entre cinco categorias, como em Londres 1908, até doze, entre Los 
Angeles 1984 e Sydney 2000. A partir de Londres 2012, com a intro-
dução do boxe feminino, a quantidade de classes masculinas vem 
sendo reduzida para incentivar a equidade de gênero (em Tóquio 
2020 serão 186 homens e 100 mulheres, contra 250 e 36, respectiva-
mente, em 2012).
Boxeadores brasileiros competem em Jogos Olímpicos em todas 
as edições desde Londres 1948. A primeira medalha do país veio nos 
Jogos de 1968, na Cidade do México, bronze com Servílio de Oliveira. 
Entre as mulheres, a única medalha brasileira até o momento também 
é um bronze, conquistado por Adriana Araújo em 2012. O único ouro 
veio no Rio 2016, com Robson Conceição no peso leve masculino.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
Robson Conceição conquistou no Rio 
2016 o primeiro ouro do Brasil no boxe
mosca), campeão asiático, e Andy Cruz 
(Cuba, peso leve), bicampeão dos Jogos 
Pan-Americanos.
No feminino, o Campeonato Mundial 
possui mais categorias do que os Jogos 
Olímpicos, e das dez campeãs mundiais, 
seis estarão presentes em Tóquio, sendo 
duas no peso médio: Lauren Price (Grã-
Bretanha, campeã mundial na mesma cate-
goria) e Zemfira Magomedalieva (Comitê 
Olímpico Russo, campeã mundial no peso 
meio-pesado). Nenhuma campeã olímpica 
no Rio 2016 estará em Tóquio.
Beatriz Ferreira (Brasil, peso leve), cam-
peã mundial e dos Jogos Pan-Americanos, 
também está entre as favoritas.
- Diversos boxeadores se tornaram profis-
sionais após disputar os Jogos Olímpicos. 
Entre eles, os campeões olímpicos Anthony 
Joshua (Londres 2012), Oscar de la Hoya 
(Barcelona 1992), Sugar Ray Leonard 
(Montreal 1976), George Foreman (Cidade 
do México 1968), Joe Frazier (Tóquio 1964) 
e Muhammad Ali (Roma 1960).
que se enfrentam em um sistema de elimi-
nação direta (primeira fase, oitavas de final, 
quartas de final, semifinais e final). Os dois 
derrotados nas semifinais conquistam uma 
medalha de bronze.
Cada luta tem três rounds de três minu-
tos e termina com um nocaute (quando um 
dos lutadores não tem mais condições de 
continuar a luta), por decisão do árbitro 
central, por abandono ou por pontos, atri-
buídos por juízes de acordo com a partici-
pação dos lutadores em cada round.
De 24 de julho a 8 de agosto, 
com finais a partir do dia 3
Estados Unidos
Cuba
Grã-Bretanha
Itália
União Soviética
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
50
37
18
15
14
24
19
13
15
19
40
17
25
17
18
114
73
56
47
51
1
3
2
4
5
DATAS
1 1 3 5
https://www.youtube.com/watch?v=rNO0ugpYF5Y
https://www.youtube.com/watch?v=rNO0ugpYF5Y
16
CANOAGEM SLALOM
O programa olímpico da modalidade 
possui quatro categorias: canoa individual 
(C1) masculino e feminino e caiaque indivi-
dual (K1) masculino e feminino. Na canoa, 
as remadas são feitas apenas de um lado 
(que pode ser alternado), enquanto no caia-
que os remos possuem duas pás. 
Os canoístas fazem o percurso de 200m 
de extensão um de cada vez e devem atra-
vessar portões ao longo da descida, indi-
cados por um par de hastes presas acima 
do nível da água. Os portões verdes devem 
ser atravessados no sentido da correnteza 
As provas masculinas da canoagem 
slalom devem mais uma vez ser dominadas 
por países europeus, que conquistaram 45 
das 48 medalhas disputadas até hoje.
Matej Benus (Eslováquia), campeão da 
Copa do Mundo de 2019 (a última dispu-
tada em sua totalidade), e Benjamin Savsek 
(Eslovênia), bronze nas duas etapas de 
Copa do Mundo já realizadas em 2021, são 
os favoritos no C1.
Já no K1, Jiri Prskavec (República 
Checa), campeão mundial e da Copa do 
Mundo em 2019 e bronze no Rio 2016, é o 
favorito, tendo como principal adversário 
Peter Kauzer (Eslovênia), prata no Rio 2016.
- Benjamin Boukpeti, do Togo, conquis-
tou em Pequim 2008 a única medalha de 
um país africano na canoagem slalom, o 
bronze no K1 masculino. Essa medalha é 
também a única da história do Togo nos 
Jogos Olímpicos.
Competições de slalom (ziguezague entre obstáculos) na canoa-
gem começaram a ser realizadas em 1933, na Suíça. Inspiradas pelo 
esqui alpino, inicialmente aconteciam em águas tranquilas, como 
lagos e rios com pouca correnteza, mas logo migraram para águas 
bravas (com correnteza). A partir da década de 1960, percursos arti-
ficiais começaram a ser construídos. As embarcações, antes fei-
tas de madeira ou alumínio, passaram a ser fabricadas com fibra de 
vidro e, mais recentemente, fibra de carbono, reduzindo seu peso.
A primeira aparição da canoagem slalom em Jogos Olímpicos 
ocorreu em Munique 1972, já em uma instalação artificial, constru-
ída para os Jogos. Retirada do programa na edição seguinte, voltou 
apenas em Barcelona 1992, sendo disputada em todas as edições 
desde então. O programa da modalidade foi o mesmo de 1972 até 
2016, tendo sido alterado pela primeira vez em Tóquio 2020, quando 
o C2 masculino foi substituído pelo C1 feminino, fazendo a modali-
dade atingir equidade de gênero.
A única edição a utilizar uma instalação natural para a canoa-
gem slalom nos Jogos foi Atlanta 1996, quando os eventos acontece-
ram no Rio Ocoee, embora tenham sido feitas diversas intervenções 
no curso d’água. Houve discussões sobre a realização dos eventos 
do Rio 2016 no Canal da Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu, 
Paraná, pois é um local já recebia competições da modalidade. No 
entanto, a possibilidade foi descartada ainda em 2013 e um canal 
artificial foi construído no Parque Olímpico de Deodoro, sendo uma 
das instalações a sofrer com a falta de legado após os Jogos.
Leonardo Selbach foi o primeiro brasileiro a competir na cano-
agem slalom nos Jogos, em Barcelona 1992 e Atlanta 1996. Desde 
então, o país só não esteve representado em Atenas 2004. O melhor 
resultado brasileiro na modalidade veio no Rio 2016, com o sexto 
lugar de Pepê Gonçalves no K1 masculino.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUESE FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
Ana Sátila (Brasil) vai para seus 
segundos Jogos Olímpicos com 
ainda mais chances de medalha
As provas femininas, por outro lado, têm 
fortes candidatas de outros continentes. 
Ana Sátila (Brasil) e Jessica Fox (Austrália), 
por exemplo, disputarão tanto o K1 quanto 
o C1, que estreia nos Jogos.
Fox tem sete títulos mundiais individu-
ais (quatro no C1 e três no K1), uma prata 
e um bronze olímpicos e venceu a Copa do 
Mundo de 2019 nas duas provas, o que a 
credencia como principal favorita a ambas. 
Sátila, por sua vez, ficou em segundo e 
quarto na Copa de 2019 e venceu as duas 
etapas da Copa realizadas em 2020. Mallory 
Franklin (Grã-Bretanha) e Tereza Fiserova 
(República Checa) também são candidatas.
- Tony Estanguet (França) conquistou três 
ouros no C1 masculino em Sydney 2000, 
Atenas 2004 e Londres 2012. Já aposen-
tado, Estanguet é hoje membro do Comitê 
Olímpico Internacional e presidente do 
Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024.
(seja de frente, de lado ou de costas) e os 
vermelhos devem ser cruzados contra a 
correnteza. Perder um portão, encostar 
com o corpo, o barco ou o remo em um 
portão ou cruzá-lo na direção errada acar-
retam punições (acréscimo no tempo final 
de dois a cinquenta segundos, dependendo 
da infração). 
Os eventos são disputados em três 
fases. Nas eliminatórias, cada atleta faz 
duas descidas e vale o melhor tempo. Nas 
semifinais e na final, cada atleta tem direito 
a apenas uma descida.
De 25 a 30 de julho, com finais 
nos dias 26, 27, 29 e 30
Eslováquia
França
Alemanha
Alemanha Oriental
Grã-Bretanha
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
8
7
4
4
2
3
3
2
0
6
3
8
5
1
1
14
18
11
5
9
1
3
2
4
5
DATAS
0 0 0 0
17
CANOAGEM VELOCIDADE
A canoagem velocidade é disputada em 
caiaques e em canoas. Em ambos os bar-
cos, os atletas remam de frente para a linha 
de chegada (ao contrário do remo, em que 
os competidores ficam de costas).
Doze eventos estão no programa dos 
Jogos de Tóquio, identificados pela letra C 
(canoa) ou K (caiaque) e por um número que 
indica a quantidade de atletas (1 para pro-
vas individuais, 2 para duplas e 4 para quar-
tetos). São oito eventos para caiaques (K1 
Isaquías Queiroz (Brasil) é um dos prin-
cipais favoritos nas provas masculinas de 
canoa (C1 1.000m e C2 1.000m, na qual 
competirá ao lado de Jacky Godmann). 
Prata nas duas provas no Rio 2016 e ouro 
e bronze (respectivamente) no Mundial de 
2019, Isaquías terá como principais adver-
sários Sebastian Brendel (Alemanha), cam-
peão olímpico nas duas provas no Rio 2016, 
e a dupla Liu Hao e Wang Hao (China), cam-
peã mundial no C2.
No caiaque masculino, Liam Heath (Grã-
Bretanha) é o atual campeão olímpico e 
mundial no K1 200m, enquanto Alemanha e 
Espanha são as favoritas no K2 1.000m e no 
K4 500m. Josef Dostal (República Checa), 
- Isaquías Queiroz tornou-se, no Rio 2016, 
o primeiro atleta brasileiro (de qualquer 
esporte) a conquistar três medalhas em 
uma mesma edição de Jogos Olímpicos 
(prata no C1 1.000m e no C2 1.000m, ao 
lado de Erlon Souza, e bronze no C1 200m).
- Birgit Fischer-Schmidt é a maior canoísta 
Há muitos séculos os barcos são utilizados como meio de trans-
porte, mas a canoagem como esporte começou a se desenvolver 
apenas no século XIX. O primeiro clube de canoagem foi fundado 
em Londres em 1866 e, cinco anos depois, o esporte chegou aos 
Estados Unidos. Em 1924 foi formada a primeira associação interna-
cional do esporte, que em 1946 se tornaria a Federação Internacional 
de Canoagem. Hoje em dia, essa federação administra mais de dez 
modalidades, incluindo a canoagem slalom, a canoagem velocidade, 
o caiaque polo, o barco dragão e a canoagem estilo livre, mas apenas 
as duas primeiras fazem parte dos Jogos Olímpicos.
Após ser um esporte de demonstração em Paris 1924, a primeira 
participação oficial da canoagem velocidade nos Jogos ocorreu em 
Berlim 1936, com nove eventos, todos masculinos. Desde então, as 
principais alterações no programa masculino foram a retirada das 
provas de 10.000m, disputadas pela última vez em Melbourne 1956, 
e a inclusão de provas de 200m a partir de Londres 2012.
As mulheres começaram a competir na modalidade em Londres 
1948, e o número de provas femininas apenas cresceu, até o atingi-
mento da equidade de gênero em Tóquio 2020, quando serão disputa-
das seis provas para cada gênero, com distâncias variando de 200m 
a 1.000m e para um, dois ou quatro canoístas por barco.
As diferenças entre caiaque e canoa vão desde a estrutura do 
barco até a forma de remar. Os caiaques são barcos fechados, com 
um cockpit em que os atletas entram e competem sentados utili-
zando remos com duas pás. Já as canoas são barcos abertos, sem 
cockpit, em que os atletas competem com um dos joelhos tocando o 
piso do barco e utilizando remos com apenas uma pá.
O Brasil começou a disputar a canoagem velocidade em Barcelona 
1992, com três atletas, entre eles Sebastián Cuattrin, que represen-
tou o país em quatro edições. Todas as medalhas do país na moda-
lidade foram conquistadas por Isaquías Queiroz no Rio 2016: duas 
pratas (uma delas ao lado de Erlon Souza) e um bronze.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
Isaquías Queiroz (Brasil) tem três 
medalhas olímpicas e é o atual 
campeão mundial do C1 1.000m
prata no Mundial e no Rio 2016, tentará seu 
primeiro ouro olímpico no K1 1.000m.
O principal nome das provas femini-
nas do caiaque é Lisa Carrington (Nova 
Zelândia), dona de três medalhas olímpi-
cas e dez títulos mundiais, sendo sete no 
K1 200m. A Hungria, que venceu três das 
quatro provas femininas no Rio 2016, é a 
atual campeã mundial do K4 500m, e terá 
concorrência de Alemanha e Belarus.
A canoa feminina, que estreia em Jogos 
Olímpicos, tem como destaques a jovem 
Nevin Harrison (Estados Unidos), campeã 
mundial no C1 200m aos 17 anos em 2019, 
e Sun Mengya e Xu Shixiao (China), cam-
peãs mundiais no C2 500m.
da história, com doze medalhas olímpicas, 
sendo oito ouros e quatro pratas conquis-
tadas entre Moscou 1980 (quando ainda 
representava a Alemanha Oriental) e Atenas 
2004 (representando a Alemanha). Fischer-
Schmidt também é a campeã olímpica mais 
jovem e a mais velha da modalidade.
200m, K1 1.000m, K2 1.000m e K4 500m 
masculino, K1 200m, K1 500m, K2 500m 
e K4 500m feminino) e quatro para canoas 
(C1 1.000m e C2 1.000m masculino, C1 
200m e C2 500m feminino).
Em cada evento, são disputadas elimina-
tórias (com os melhores avançando direto 
para as semifinais), quartas de final (que 
funcionam como uma repescagem), semifi-
nais e finais A (valendo medalhas) e B (deci-
dindo da nona à 16ª posições). De 2 a 7 de agosto, com finais nos dias 3, 5 e 7
Alemanha
União Soviética
Hungria
Suécia
Alemanha Oriental
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
30
28
24
11
10
19
13
26
9
7
13
8
24
3
8
62
49
74
23
25
1
3
2
4
5
DATAS
0 2 1 3
18
CARATÊ
O caratê olímpico será disputado em 
duas modalidades: kata e kumite.
Kata é uma demonstração de técnica, 
com movimentos pré-definidos e julga-
dos por critérios como velocidade, força, 
foco, equilíbrio e ritmo. Existem aproxima-
damente 100 movimentos que podem ser 
escolhidos pelo carateca para sua apresen-
tação, que dura de três a quatro minutos.
Cada movimento recebe uma nota de 
cinco a dez fracionada em dois décimos 
(5,0-5,2-5,4 etc.) para performance técnica 
(que vale 70% da nota total) e outra nota da 
mesma escala para performance atlética 
(que vale 30% da nota total). Sete juízes dão 
notas e as duas maiores e as duas menores 
são descartadas.
Na fase eliminatória, os caratecas são 
divididos em dois grupos e se apresentam 
duas vezes cada. Os três melhores avan-
çam para a fase seguinte. Na segunda fase, 
os seis atletas são novamente divididos em 
dois grupos e realizammais uma apresen-
tação. O melhor de cada grupo avança para 
a disputa da medalha de ouro. O segundo 
de um grupo enfrenta o terceiro do outro 
grupo em cada uma das duas decisões do 
bronze. Nas decisões das medalhas, cada 
atleta se apresenta separadamente e os juí-
zes decidem o vencedor.
Kumite é a modalidade de combate do 
A reduzida quantidade de atletas (dez ou 
onze em cada evento) fez com que diver-
sos medalhistas do último Campeonato 
Mundial não se classificassem para os 
Jogos, como Vinícius Figueira (Brasil), 
prata no kumite até 67kg masculino, e 
Dorota Banaszczyk (Polônia), ouro no 
kumite até 55kg feminino.
Os rankings mundiais do kata são lide-
rados por atletas da Espanha (Damián 
Quintero e Sandra Sanchez), seguidos por 
dois do Japão (Kiyuna Ryo e Shimizu Kiyou).
No kumite, as cinco categorias do cam-
peonato mundial são resumidas em três 
nos Jogos. Entre os homens, o japonês 
- O Campeonato Mundial de Caratê é reali-
zado desde 1970 e 70 países já conquista-
ram medalhas.
A história do caratê não é muito bem documentada, mas acredita-
-se que ele tenha surgido nas ilhas de Okinawa (Japão), influenciado 
por artes marciais chinesas, especialmente o kung fu. Seu nome sig-
nifica “mãos vazias”, numa referência ao combate sem uso de armas.
O caratê foi levado para Tóquio em 1922 por Funakoshi Gichin, 
considerado o fundador do esporte moderno. A partir da década de 
1960 o caratê se espalhou pelo mundo, sendo incluído em 1981 nos 
Jogos Mundiais, evento que reúne esportes não olímpicos, e reco-
nhecido pelo Comitê Olímpico Internacional em 1999.
Sua inclusão no programa olímpico chegou a ser considerada em 
outras ocasiões, mas a necessária maioria dos votos do COI nunca 
foi atingida. Para 2020, o esporte foi incluído em virtude da mudança 
das regras da entidade, que permitiu ao comitê organizador de cada 
edição dos Jogos sugerir novos esportes.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
Shimizu Kiyou (Japão) é bicampeã mundial, 
bicampeã dos Jogos Asiáticos e campeã 
dos Jogos Mundiais no kata feminino
mais bem posicionado no ranking é Agara 
Ryutaro, bicampeão dos Jogos Asiáticos 
até 84kg (e que competirá em Tóquio na 
categoria acima de 75kg). Atletas de Irã e 
Cazaquistão também possuem boas chan-
ces nas três categorias.
No feminino, atletas da Turquia estão 
entre as favoritas nas três categorias. 
Serap Ozcelik é a líder do ranking mundial 
até 50kg, mas perdeu a final do Mundial de 
2018 para Miyahara Miho (Japão). Ambas 
competirão em Tóquio na categoria até 
55kg. Turquia e Japão, inclusive, serão 
os únicos países com representantes em 
todas as categorias femininas.
- Estima-se que o caratê tenha mais de 100 
milhões de praticantes em todo o mundo.
caratê. Os atletas se enfrentam por três 
minutos em uma área de 8x8m utilizando 
técnicas de soco e chute e aquele que obti-
ver mais pontos vence. Em Tóquio, serão 
três categorias masculinas (até 67kg, até 
75kg e acima de 75kg) e três femininas (até 
55kg, até 61kg e acima de 61kg).
As pontuações são concedidas quando 
a técnica é aplicada de forma correta, com 
atitude, vigor, consciência, bom timing e a 
uma distância correta. Existem três pontu-
ações possíveis: o ippon vale três pontos 
e é marcado em chutes na cabeça ou pes-
coço ou técnicas que resultem em queda 
do adversário; o waza-ari vale dois pontos e 
é marcado em chutes no tórax ou nas cos-
tas; o yuko vale um ponto é marcado em 
golpes realizados com as mãos em qual-
quer região válida.
Na primeira fase, os caratecas são divi-
didos em dois grupos e enfrentam todos os 
adversários de seu grupo, sendo classifica-
dos de acordo com os resultados das lutas 
(dois pontos por vitória e um ponto por 
empate). Os dois primeiros de cada grupo 
avançam para as semifinais, em que o ven-
cedor de cada grupo enfrenta o segundo 
colocado do grupo oposto. Os vencedores 
das semifinais decidem a medalha de ouro 
e os dois perdedores recebem uma meda-
lha de bronze cada.
Dias 5, 6 e 7 de agosto, com finais todos os dias
DATAS
HISTÓRICO DO BRASIL
Modalidade nova Modalidade nova
QUADRO DE MEDALHAS
19
CICLISMO BMX
O programa do ciclismo BMX tem duas 
provas, a corrida e o park.
A corrida é dividida em três fases. Nas 
duas primeiras (quartas de final e semifi-
nais), os atletas são divididos em grupos 
(quatro grupos de seis nas quartas de final 
e dois grupos de oito nas semifinais) e dis-
putam três baterias.
Em cada bateria, os ciclistas recebem 
pontos de acordo com a posição em que 
cruzaram a linha de chegada (um ponto 
para o primeiro, dois pontos para o segundo 
etc.). Os quatro atletas de cada grupo com 
menos pontos após as três baterias avan-
çam para a fase seguinte. A final, por outro 
lado, é disputada em apenas uma bateria.
A largada de cada bateria acontece 
no alto de uma rampa com oito metros 
Na corrida, os campeões olímpicos no 
Rio 2016 Connor Fields (Estados Unidos) e 
Mariana Pajon (Colômbia) tentarão defen-
der seus títulos em Tóquio, porém com 
graus de favoritismo bem diferentes.
Pajon vai em busca do seu terceiro ouro 
olímpico após se recuperar de uma lesão 
no joelho em 2019, e é favorita absoluta 
na disputa feminina, tendo como princi-
pais rivais as campeãs mundiais de 2017 
e 2019 Alise Willoughby (Estados Unidos) 
e de 2018 Laura Smulders (Países Baixos).
Já Fields terá fortes rivais para superar, 
como o líder do ranking mundial Sylvain 
- Maris Strombergs (Letônia) e Mariana 
Pajon (Colômbia) são os únicos atletas do 
ciclismo BMX com duas medalhas olímpi-
cas. Ambos conquistaram dois ouros.
O ciclismo BMX surgiu nos Estados Unidos na década de 1960, 
praticado por crianças e adolescentes entusiastas do motocross, 
mas que não possuíam habilitação para pilotar motocicletas (a 
sigla BMX significa bike motocross). O primeiro campeonato mun-
dial aconteceu em 1982, mas apenas em 1996 a modalidade recebeu 
reconhecimento integral da União Ciclística Internacional.
Assim como o motocross, o BMX é disputado em uma pista de 
terra em formato de serpentina (geralmente com quatro retas e três 
curvas) e cheia de obstáculos, como saltos duplos (duas elevações 
na pista) e triplos (três elevações), mesas (elevação de comprimento 
estendido) e costelas (sequência de elevações percorridas com a 
bicicleta no chão, já que não é possível saltá-las). Como o contato 
entre os atletas é muito comum durante as corridas, é obrigatório o 
uso de capacete, luvas, óculos, joelheiras, cotoveleiras e roupa de 
proteção com mangas longas.
A primeira aparição da modalidade no programa olímpico ocor-
reu em Pequim 2008, com as provas de corrida masculina e feminina. 
Em Tóquio 2020, duas novas provas foram incluídas no programa: 
park masculino e park feminino. Nessa competição, similar ao skate, 
cada ciclista compete individualmente fazendo manobras em obstá-
culos como corrimãos, paredes e caixas e são avaliados por juízes, 
vencendo o atleta com a melhor nota.
O Brasil tem participação tímida no ciclismo BMX. Renato 
Rezende disputou a prova masculina em 2012 e 2016 e Squel Stein e 
Priscilla Stevaux representaram o país na prova feminina em 2012 e 
2016, respectivamente. Os três atletas foram eliminados na primeira 
fase eliminatória.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
Mariana Pajon (Colômbia) é conhecida 
como Rainha do BMX e tentará em 
Tóquio seu terceiro ouro olímpico
Andre (França) e o campeão mundial de 
2019 Twan van Gendt (Países Baixos).
No park masculino, o líder do ranking 
da UCI e campeão mundial em 2021 Logan 
Martin (Austrália) terá como principais 
adversários os estadunidenses Daniel 
Sandoval e Nick Bruce. Nakamura Rim 
(Japão), competindo em casa, pode surpre-
ender na disputa das medalhas.
Hannah Roberts (Estados Unidos), tam-
bém líder do ranking e campeã mundial, é afavorita no park feminino. Nikita Ducarroz 
(Suíça) e Charlotte Worthington (Grã-
Bretanha) são suas principais adversárias.
- Hannah Roberts (Estados Unidos) foi a pri-
meira mulher a completar um 360 tailwhip 
em uma competição de BMX park.
de altura e 30 graus de inclinação. Cada 
ciclista escolhe sua posição na largada, 
com os mais bem ranqueados na fase ante-
rior tendo prioridade na escolha.
O park será disputado por apenas nove 
atletas de cada gênero. Em cada etapa, 
cada atleta tem 60 segundos para executar 
manobras em uma pista com obstáculos.
Entre as principais manobras estão os 
backflips (saltos mortais para trás), os 
tailwhips (giro completo do quadro da bici-
cleta em torno do guidão), os barspins (giro 
completo do guidão) e o superman (quando 
o ciclista mantém contato com a bicicleta 
apenas com as mãos e “voa” na horizontal). 
Cada performance é avaliada por juízes e 
a pior pontuação entre as duas tentativas 
é descartada.
De 29 de julho a 1 de agosto, 
com finais nos dias 30 e 1
Colômbia
Letônia
Estados Unidos
França
Países Baixos
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
2
2
1
1
0
0
0
2
1
1
2
0
2
0
1
4
2
5
2
2
1
3
2
4
5
DATAS
0 0 0 0
https://youtu.be/fM8R91CXL68?t=25
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CICLISMO DE ESTRADA
Nas provas de estrada, todos os atletas 
largam juntos e quem cruzar a linha de che-
gada primeiro vence. O percurso da prova é 
desenhado de modo a alternar trechos pla-
nos, aclives e declives.
Já no contrarrelógio, os atletas largam 
um de cada vez, em intervalos de 90 segun-
dos, e percorrem um circuito mais curto. Ao 
final da prova, aquele que tiver completado 
o percurso no menor tempo vence.
Geralmente, as provas do ciclismo 
de estrada são disputadas de ponto a 
ponto (largada em local diferente da che-
gada) com um longo circuito no meio, em 
Itália e Países Baixos, os maiores meda-
lhistas da modalidade na história olímpica, 
serão os únicos a terem delegação completa 
em Tóquio (cinco homens e quatro mulheres).
Entre os homens, no entanto, os favori-
tos vêm de outros países. A grande eleva-
ção do circuito favorece especialistas em 
montanha como Tadej Pogacar e Primoz 
Roglic (ambos da Eslovênia) e o cam-
peão do Giro d’Italia de 2021 Egan Bernal 
(Colômbia). Peter Sagan (Eslováquia), tri-
campeão mundial da prova de estrada, 
e Alejandro Valverde (Espanha) também 
estão entre os favoritos.
No contrarrelógio, o atual campeão 
mundial Filippo Ganna (Itália) é o princi-
pal favorito, mas terá a concorrência de 
Wout van Aert (Bélgica), vice-campeão 
- Apesar de o ciclismo de estrada ser domi-
nado por países europeus, atletas dos 
cinco continentes já conquistaram meda-
lhas de ouro: são cinco para os Estados 
Unidos (América), dois para a Austrália 
(Oceania) e um para Cazaquistão (Ásia) e 
África do Sul (África).
- Alexander Vinokourov (Cazaquistão) é o 
As bicicletas foram inventadas no século XVIII e desde então são 
utilizadas como meio de transporte. Os primeiros modelos tinham 
a roda dianteira muito maior que a traseira, o que dificultava o con-
trole. Em 1885 surgiram as primeiras bicicletas com correntes e mar-
chas, possibilitando que as rodas passassem a ter o mesmo tamanho 
e estimulando o crescimento das competições esportivas envol-
vendo o veículo.
O ciclismo de estrada esteve presente na primeira edição dos 
Jogos Olímpicos, em Atenas 1896, com a prova de estrada mascu-
lina, mas ficou ausente do programa pelas três edições seguintes, 
retornando apenas em Estocolmo 1912.
Desde então, são sempre duas provas masculinas no programa, 
mas houve algumas substituições ao longo da história: entre 1912 e 
Los Angeles 1932 as duas provas foram contrarrelógio (individual e 
por equipes). Entre Berlim 1936 e Melbourne 1956, ambas foram tro-
cadas por provas de estrada. Entre Roma 1960 e Barcelona 1992 a 
estrada por equipes deu lugar ao contrarrelógio por equipes. Desde 
Atlanta 1996, apenas provas individuais são disputadas.
As mulheres participaram da modalidade pela primeira vez em 
Los Angeles 1984, com a prova de estrada. Em 1996, o contrarrelógio 
foi incluído e a modalidade passou a ter a configuração atual, com 
duas provas para cada gênero. No entanto, ainda há uma grande dife-
rença na quantidade de atletas classificados: em Tóquio serão 130 
homens e 67 mulheres na modalidade. Apenas em Paris 2024 a equi-
dade de gênero será atingida.
O Brasil estreou no ciclismo de estrada olímpico em Berlim 1936, 
mas só voltou a participar da modalidade em Munique 1972. Desde 
Moscou 1980 está presente em todas as edições, mas sempre com 
resultados modestos. O melhor desempenho do país foi o sétimo 
lugar de Flávia Oliveira na prova de estrada feminina do Rio 2016.
REGRAS BÁSICAS E FORMATO DA COMPETIÇÃO
DESTAQUES E FAVORITOS
FATOS E CURIOSIDADES
Anna van der Breggen (Países Baixos) é a 
atual campeã olímpica da estrada feminina
mundial tanto da prova de estrada quanto 
do contrarrelógio, e dos britânicos Tao 
Geoghegan Hart, campeão do Giro d’Italia 
de 2020, e Geraint Thomas, campeão do 
Tour de France de 2018.
No feminino, a equipe dos Países Baixos 
tem larga vantagem. Marianne Vos é tricam-
peã mundial e venceu a prova de estrada 
em Londres 2012. Anna van der Breggen é 
a atual campeã olímpica da estrada e tam-
bém tem três títulos mundiais, sendo um no 
contrarrelógio. Annemiek van Vleuten tem 
dois títulos mundiais no contrarrelógio e 
um na estrada.
Amanda Spratt (Austrália), prata no 
Mundial de 2018, e Elisa Longo Borghini 
(Itália), bronze no Rio 2016, são as princi-
pais desafiantes das neerlandesas.
único atleta a conquistar duas medalhas na 
prova de estrada, prata em Sydney 2000 e 
ouro em Londres 2012.
- A prova de estrada masculina é a mais 
longa disputa contínua de medalha de ouro 
no programa olímpico, com duração supe-
rior a seis horas sem nenhum intervalo.
que são disputadas algumas voltas. Em 
Tóquio, no entanto, a configuração será 
diferente: a largada acontecerá no Parque 
Musashinonomori e os atletas seguirão em 
comboio por 10,1km até chegarem ao qui-
lômetro zero da prova, de onde seguem 
em direção ao Autódromo de Fuji, local da 
chegada. A prova masculina terá 234km de 
extensão e passará próximo ao Monte Fuji, 
enquanto a prova feminina terá 137km de 
extensão. Ambos os contrarrelógios acon-
tecerão na região do autódromo, em um 
circuito de 22,1km (os homens farão duas 
voltas e as mulheres, uma).
24 e 25 de julho (provas de estrada) 
e 28 de julho (contrarrelógio)
Itália
Países Baixos
França
Estados Unidos
União Soviética
QUADRO DE MEDALHAS HISTÓRICO DO BRASIL
9
9
8
5
5
7
3
4
4
0
3
2
6
4
3
19
14
18
13
8
1
3
2
4
5
DATAS
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https://www.uci.org/docs/default-source/official-documents/tokyo-2020---olympic-games/tokyo-2020-road-race-men-official-course-map.pdf
https://www.uci.org/docs/default-source/official-documents/tokyo-2020---olympic-games/tokyo-2020-road-race-men-official-course-map.pdf
https://www.uci.org/docs/default-source/official-documents/tokyo-2020---olympic-games/tokyo-2020-road-race-women-official-course-map.pdf
https://www.uci.org/docs/default-source/official-documents/tokyo-2020---olympic-games/tokyo-2020-road-race-women-official-course-map.pdf
https://www.uci.org/docs/default-source/official-documents/tokyo-2020---olympic-games/tokyo-2020---men-individual-time-trial.pdf
https://www.uci.org/docs/default-source/official-documents/tokyo-2020---olympic-games/tokyo-2020---men-individual-time-trial.pdf
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CICLISMO DE PISTA
As bicicletas utilizadas no ciclismo de 
pista possuem marcha única, pneus com 
maior pressão, rodas fechadas e não pos-
suem freio. Seis provas para cada gênero 
estão no programa:
- Keirin: os ciclistas pedalam 1,5km em gru-
pos de seis, inicialmente com velocidade 
controlada por uma bicicleta motorizada 
que vai gradualmente

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