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Iluminismo e Revolução Americana O Século das Luzes Transformações renascentistas mais consistentes no século XIII Críticas ao Antigo Regime – mercantilismo, e absolutismo, Igreja católica aliada à coroa, privilégios Valores burgueses destacados Uso da razão para compreender os fenômenos e para a compreensão e domínio da natureza CARACTERÍSTICAS DO ILUMINISMO Diversidade no pensamento filosófico Diferentemente do humanismo, no Iluminismo não havia limitações políticas, havendo críticas ao Antigo regime, ao absolutismo monárquico e à intolerância religiosa Crítica ao dogmatismo religioso – princípio da liberdade do indivíduo (econômica e individual) Concepção de um universo mecanicista não submetido à interferência divina Crença no progresso como fonte de felicidade Sociedade laica – defesa de um sistema constiucional Defesa do método cientifico, crítica ao catolicismo, rejeição ao fanatismo e à superstição – RACIONALISMO Liberalismo político – direitos naturais (liberdade, vida e propriedade); governos eleitos pelo povo (soberania popular, voto e democracia); igualdade perante à lei (isonomia) Espaços de discussões dos ideais Iluministas: academias filosóficas e literárias, associações filantrópicas, tabernas, salões da alta nobreza e alta burguesia, ruas e praças Os precursores do Iluminismo RENÉ DESCARTES Defendia “a razão como a única forma de se chegar ao conhecimento verdadeiro dos fatos” Criou o método da dúvida metódica – Para o homem alcançar a verdade, deveria duvidar de tudo e aceitar somente o que a razão pudesse compreender e demonstrar “Penso, logo existo” - individualidade Para o homem alcançar o conhecimento ele deveria partir de ideias que estão em seu interior, que são claras e distintas Origem divina e inata da razão, impondo limitações políticas e religiosas ISAAC NEWTON Estudos da Física e revolução na concepção ocidental a respeito de universo Mostrou como o método cientifico e a experimentação explicava os fenômenos da natureza JOHN LOCKE Pensamento político liberal Teoria da tábula rasa Considerava o estado natural pacifico e a uma lei em vigor era a lei da natureza, em que cada indivíduo agia por conta própria para garantir seus direitos. Porém, para garantir a ordem e segurança, os homens construíram uma sociedade civil estabelecendo um governo com certos poderes Poder político deveria assegurar o bem-estar e prosperidade da nação Governo seria o poder conjunto dos membros da sociedade Os principais teóricos políticos do Iluminismo MONTESQUIEU O Espirito das Leis – Teoria dos três poderes dos estados para evitar despotismo (executivo, legislativo e judiciário); deveriam atuar de forma harmônica, equilibrada e independente Tendência natural do homem de abusar de qualquer parcela de poder que lhe seja confiada VOLTAIRE Governos que garantissem a liberdade de expressão- Estado mal necessário Defensor da burguesia e do estado burguês – temor de massas populares Combateu a intolerância religiosa e a desigualdade diante da lei Adepto ao Deísmo – condenam os elementos irracionais da religião e contra exploração de massas ignorantes JEAN-JACQUES ROUSSEAU Representou o pensamento das camadas populares Crítica à propriedade privada O homem é naturalmente bom, mas a sociedade o corrompe O poder corrompia o homem e a violência o esmagava O contrato social – sociedade civil sinônimo de comunidade política, onde os homens se organizavam em função de certas leis. Ao acatar o contrato social, o indivíduo entregava todos os seus direitos à comunidade e concordava em submeter-se à vontade geral. Apoiava a pequena burguesia Textos de Rousseau foram usados na Revolução Francesa Sufrágio universal masculino – Republica Jacobina IMMANUEL KANT É a saída do homem de sua menoridade [intelectual] da qual ele mesmo é responsável – AUTONOMIA Menoridade - incapacidade do homem de servir-se de seu entendimento (de seu pensamento) sem ser dirigido por outras pessoas (por tutores, padres...) Emancipação do ser humano no reconhecimento da sua capacidade de pensar e de decidir por si mesmo OS FILÓSOFOS ENCICLOPEDISTAS Enciclopédia reunia todo conhecimento filosófico e científico da época dirigida por Diderot e d’Alembert Divisão do conhecimento humano em 3 tópicos – História (memória), Filosofia (Razão) e Poesia (Imaginação) O Liberalismo Defesa dos ideais políticos e econômicos burgueses O LIBERALISMO POLÍTICO Restrição do poder dos reis através de assembleias ou parlamentos – formulação de leis que expressem a vontade geral da sociedade Liberdade civil ≠ Liberdade política Igualdade apenas jurídica, sem se falar em igualdade econômica ou de classes, por um ideal contrário ao burguês OS FISIOCRATAS Economistas franceses críticos do mercantilismo -Fisiocracia - propunha o funcionamento da economia por si mesma, seguindo suas próprias leis, cabendo ao Estado garantir liberdade econômica aos cidadãos Segundo os fisiocratas, existem leis inflexíveis na economia que regem as relações econômicas “Deixai fazer, deixai passar, o mundo caminha por si mesmo” Abolição dos monopólios das corporações e das taxas aduaneiras Ideias deram origem ao Liberalismo Econômico FRANÇOIS QUESNEY Agricultura como maior fonte de riqueza Defesa do liberalismo “laissez faire, laissez passer” (deixe fazer deixe passar) ADAM SMITH E A ESCOLA CLÁSSICA Meados do séc XIII Pai do liberalismo econômico clássico – escocês A riqueza das nações – Existência de uma mão invisível que regularia as relações econômicas por meio de leis próprias Crítica ao colonialismo e ao mercantilismo (ultra intervenção estatal na economia), obstáculos para o desenvolvimento econômico Defesa da concorrência, da divisão do trabalho e do livre-comércio Defesa de pouco imposto e pouca burocracia Cada um tem condições de se especializar e desenvolver economicamente O trabalho é a verdadeira fonte de riqueza – desenvolvimento industrial inglês Divisão e racionalização do trabalho aumentam a produção industrial Participação do Estado apenas em atividades em que o capital privado não apresentasse interesse em se desenvolver O despotismo esclarecido O regime monárquico era visto como um enorme entrave para o desenvolvimento de uma sociedade igualitária e racional Monarquias absolutistas que incorporaram traços iluministas, adequando seus Estados às ideias da época procurando fortalece-los e moderniza-los Modernização (estruturas econômicas estratégicas – rodovias, portos, planejamento, instituições de ensino) Permissão de burguesia na vida política Secularização – diminuir a influência da Igreja na política Aumentar a capacidade fiscal do Estado – mais racional para maior enriquecimento; O poder do rei não poderia estar acima da população. Racionalização da administração, taxação e incentivo à educação Fim de alguns privilégios para evitar revoltas (tolerância religiosa, expansão do ensino...) Predominante na Inglaterra e França Política autoritária a paternalista, sem participação popular; governo forte; mas clareado pelas ‘luzes’ do século XII (REIVENTAR) Catarina II (Rússia), José II (Áustria) Frederico II (Prússia), Marques de Pombal José I (Portugal) – Déspotas esclarecidos Não obtiveram apoio da burguesia e foram derrubados A Revolução Americana ANTECEDENTES COLONIAIS Divergência de interesses dos colonos e ingleses Autogoverno “self-government” – espirito de autonomia e independência Negligencia salutar – liberdade política, econômica, religiosa e cultural; instabilidade política inglesa Liberdade comercial – destaque na “Nova Inglaterra” (redes triangulares do rum e escravos) Colonos não eram censurados nem restritos e tinham acesso à educação Estudantes iam a Europa em busca de universidades e voltavam influenciados pelos autores liberais especialmente pelas ideias de John Locke A GUERRA DOS SETE ANOS A revolução Industrial na Inglaterra fez surgir a necessidade de mercado consumidor e matéria prima (algodão) – interferência da metrópole na colônia Revolução ganha corpo na Inglaterra, o Estado já estava consolidado em uma monarquia constitucionalburguesa liberal, instituída pela revolução gloriosa Foco na industrialização – controle mais rígido das colônias Guerras Intercoloniais que surgiam da rivalidade entre França e Inglaterra Guerra dos 7 anos – disputa de colonos ingleses e franceses ela posse do Vale do rio Ohio – derrota francesa, perda de parte do Canadá, Vale do Ohio e parte das Antilhas Os gastos com a guerra geraram o aumento dos impostos britânicos na colônia, visando um fisco colonial, uma contribuição forçada à recuperação da metrópole AS LEIS INTOLERÁVEIS OU COERCITIVAS Restringir a autonomia política e econômica das Treze Colônias Lei do açúcar – proibição da compra açúcar e derivados da cana que não fossem importados das Antilhas Britânicas. Objetivo de romper a tradição do comercio triangular de rum (troca de escravos, compra de melaço francês no caribe) Lei do Selo – documentos produzidos e circulados na colônia só poderiam circular com um selo da metrópole Lei da moeda – proibição da emissão de papéis de credito na colônia (documentos de cartório) Lei do Aquartelamento– determinava como os colonos deveriam abrigar os soldados da Inglaterra na América e fornecer-lhes alimento Atos de Townshend – altos impostos sobre o vidro, papel, corantes e chá Reação da colônia – “taxação sem representação e ilegal” – não tinham representantes no parlamento inglês– revogação da Lei do Selo e dos Atos de Townshend Massacre de Boston – colonos lançavam bolas de neve contra o quartel de Boston e os soldados reagiram matando 5 deles Influência política de Locke – participação política para determinar a validade de uma lei Resposta britânica – Lei do Chá – monopólio do comercio de chá para a Companhia das Índias Orientais Festa do Chá de Boston – colonos disfarçados de índios (índios trabalhavam nos portos) atacaram três navios no porto de Boston e atiraram o chá no mar Resposta Inglesa –fechamento do porto, ocupação militar de Massachusetts, terras do centro-oeste sob o comento do governador de Quebec, toque de recolher O PROCESSO DE SEPARAÇÃO Primeiro congresso da Filadélfia– representantes das colônias decidiram o boicote total ao comércio com a Inglaterra caso as leis intoleráveis não fossem revogadas Resposta inglesa demonstrou pretender conceder regalias aos colonos e aumentou o número de soldados Segundo congresso da Filadélfia – Thomas Paine, autor do folheto Common Sense, que pregava a separação Declaração da Independência – Thomas Jefferson autor mais importante, embasamento no pensamento de John Locke (nação pautada na individualidade) Luta armada para conquistar a independência – GUERRA DE INDEPENDENCIA Formação de um exército continental comandado por George Washington, milícias autônomas Minutemen – homens deveriam estar prontos para lutar contra-ataques ingleses a qualquer momento – direito do porte de armas Apoio espanhol e francês às colônias Inglaterra de rende e assina o Tratado de Paris, pelo qual reconhece a independência colonial Foi determinado também a concessão de terras a França (Senegal e algumas ilhas Antilhas) e a Espanha (Minorca e territórios da Flórida) Promulgação da constituição de 1787 Estatua da liberdade – presente da França Influencia iluminista: três poderes (Montesquieu), liberdade de expressão (Voltaire), de imprensa, de crença religiosa, etc... Influencia Adam Smith - livre comércio das colônias com outras nações a despeito do subjugo colonial inglês e das pesadas leis e impostos que entravavam os negócios de prósperos comerciantes. AS REPERCUSSÕES DA INDEPENDENCIA Soldados franceses voltaram a para a França absolutista com ideais de liberdade e republica – influência sobre a revolução francesa - Diminuição do tesouro francês Estados Unidos serviram como exemplo para a América Aumento das diferenças entre norte e sul Manutenção da escravidão – falta de acordo norte e sul Aumento da pressão expansionista dos brancos sobre territórios indígenas Elaboração de uma constituição federalista, democrata, republicana e Liberal
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