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1. A estrutura fundiária brasileira até o tempo presente causa conflitos entre latifundiários e integrantes dos movimentos campesinos, povos indígenas e quilombolas. Estudiosos da questão agrária apontam que esta estrutura é fruto da ocupação recente e em parte, da "[...] ocupação colonial caracterizada pelo regime de Sesmarias, da monocultura e do trabalho escravo, fatores estes que, conjugados, deram origem ao latifúndio, propriedade rural sobre a qual centrou-se a ocupação do espaço agrário brasileiro". Com base no enunciado e na análise da charge, disserte acerca da ocupação colonial, destacando as conexões entre a organização e doação das Capitanias Hereditárias pelo rei D. João III (a partir de 1534), com as questões agrárias da atualidade. FONTE: CARDIM, Sílvia Elisabeth de C. S.; VIEIRA, Paulo de Tarso Loguércio; VIÉGAS, Leopoldo Ribeiro Viégas. Análise da Estrutura Fundiária Brasileira. INCRA - Departamento de Análise Estatística 70057-900 Brasília DF, s/d. Disponível em: <http://www.incra.gov.br/media/reforma_agraria/analise_de_estrutura_funciaria_brasileira.p df>. Acesso em: 17 jul. 2017. FONTE DA IMAGEM: Disponível em: <https://www.google.com.br/search?q=Terra+para+todos&rlz=1C1GGRV_enBR753BR753&so urce=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjpgOuuqpDVAhXGFZAKHVtaAFkQ_AUICigB&biw=1 024&bih=658#imgrc=n5J-7fH4pU-0yM:>. Acesso em: 17 jul. 2017. Resposta esperada: Para a ocupação de terras no Brasil, o rei de Portugal aderiu a uma prática conhecida e aplicada em outras colônias: a divisão do território em capitanias hereditárias. A partir de 1534, o rei concedeu terras a doze fidalgos, tendo como objetivo que desenvolvessem as regiões e realizassem a guarda. Essa prática era muito lucrativa para a coroa. Essa prática colonial da divisão das terras em Capitanias Hereditárias e Sesmarias e posteriormente a organização da estrutura fundiária brasileira ao longo dos séculos, centralizaram as terras nas mãos de poucos latifundiários rurais em detrimento da maior parte da população, particularmente pequenos proprietários rurais, ocupantes, arrendatários e parceiros, sem esquecer as comunidades quilombolas e os povos indígenas que tiveram as terras demarcadas, mas, que não estão livres da grilagem e ação dos madeireiros. O longo da história do Brasil, observamos a prática da divisão das terras em latifúndios rurais para a prática da monocultura. Observamos ciclos bem definidos como a extração de pau-brasil, para a cultura da cana-de-açúcar e café, para a pecuária, extração de madeira, dentre outros. Como consequência houve a formação de latifundiários nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte. A reforma agraria entrou na pauta de debate dos governos devido aos movimentos campesinos, mas é uma questão não resolvida. Com a chegada de imigrantes no Sul, observamos outra estrutura fundiária, haja vista que as companhias colonizadoras venderam pequenas propriedades aos europeus. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 2. O período iniciado em 6 de setembro de 1930, com o golpe civil-militar que derrubou o presidente Hipólito Yrigoyen, ficou conhecido na Argentina como “Década Infame”. Esse período representou um retrocesso de todas as conquistas do país. A partir desse contexto, discorra sobre os principais acontecimentos da Década Infame. Resposta esperada: * A década de 30 do século XX na Argentina foi um período de total retrocesso, tanto nas questões políticas como nas conquistas sociais. Após Yrigoyen, presidente argentino que contribuiu para o progresso das conquistas sociais, a Argentina passou a ser governada por políticos preocupados em eliminar as conquistas sociais e torná-lo um país dependente do mercado externo. * Já no início dos anos 30, a Argentina assinou um pacto com a Inglaterra denominada Roca- Runciman. Por esse pacto, assinado no governo de Uriburu, os britânicos obtiveram grandes vantagens em terreno argentino, sobretudo no setor de transporte de tarifas aduaneiras, o único compromisso assumido pela Inglaterra foi a importação de carne, claro que respeitando suas demandas no mercado interno. * Mais lamentável inda foram as medidas retrogradas adotadas por Uriburu, que acabou com o o salário mínimo e ainda desmobilizou o movimento operário, ordenando o fechamento dos sindicatos. Enfim, a Argentina, ao contrário de seus vizinhos, vivia um retrocesso político bastante acentuado.
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