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TCC SOBRE LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL- KARLA E GLEICIANE

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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA 
NÚCLEO DE ENSINO: GUARARAPES 
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
GLECIANE IZABEL DA SILVA 
KARLA SOUSA DE OLIVEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
O ENSINO DA LITERATURA: uma prática pedagógica necessária na 
educação infantil 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE-PE 
2018 
 
 
 
2 
 
 
 
GLECIANE IZABEL DA SILVA 
KARLA SOUSA DE OLIVEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
O ENSINO DA LITERATURA: uma prática pedagógica necessária na 
educação infantil 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Estadual Vale do Acaraú – Uva 
como requisito parcial para conclusão do curso 
de Licenciatura Plena em Pedagogia. 
 
 ORIENTADORA: Maria do Socorro C. Barreto Campelo 
 
 
 
 
 
 
RECIFE-PE 
2018 
 
 
 
3 
 
 
GLECIANE IZABEL DA SILVA 
KARLA SOUSA DE OLIVEIRA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
O ENSINO DA LITERATURA: uma prática pedagógica necessária na 
educação infantil 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso submetido a corpo docente da Universidade 
Estadual Vale do Acaraú-UVA do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia, 
aprovado em _________________________________. 
 
 
 
Banca examinadora: 
 
___________________________________________ 
 
Orientadora: Professora Maria do Socorro C. Barreto Campelo 
 
___________________________________________ 
 
Profa. Examinadora: Ms. Maria Betânia Amaral R. de Almeida Virães 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho a todos que nos 
apoiaram ajudando a superar os desafios, com 
incentivo, amor e compreensão, para 
vencermos todos os desafios. 
 
 
 
5 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradecemos a nossas famílias por nos apoiarem e estimularem na 
conquista de mais um degrau na nossa formação profissional. 
Aos amigos que nos apoiaram e que de algum modo colaboraram no 
desenvolvimento desta pesquisa. 
À professora Maria do Socorro C. Barreto Campelo, nossa orientadora 
que através de suas orientações, possibilitou compartilhar conosco seus 
conhecimentos e facilitar o desenvolvimento de nosso trabalho. 
Ao professor Cleonildo Junior que desde o início nos apoiou com a 
escolha do tema, ao professor Leandro Patrício onde avaliou nosso projeto e nos 
disponibilizou muitos conhecimentos com relação à formatação e 
desenvolvimento do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
RESUMO 
 
Essa pesquisa surgiu a partir da necessidade de se trabalhar com a literatura na 
Educação Infantil. Sendo assim teve como objetivo geral, analisar o ensino da 
literatura como uma prática pedagógica necessária na educação infanti l. 
Especificamente observar a prática pedagógica utilizada pelos professores, 
identificar a literatura infantil como prática pedagógica, levantar os recursos 
pedagógicos utilizados pelos professores. Assim, foi possível compreender 
como os professores lidam com os métodos que estimulem seus alunos à leitura 
de modo natural e prazeroso. Para isso, foram realizadas pesquisas 
bibliográficas com autores que abordam o tema em questão, tais como: Zalbalza 
(1998), Zilberman (2009), Cavalcanti (2002), Fonseca (2012), entre outros. 
Também foi necessária a pesquisa de campo de abordagem qualitativa e 
quantitativa, através de observações e questionários aplicados com professores 
e coordenadores das rede pública e privada do município de Jaboatão dos 
Guararapes-PE. Dessa forma, ficou claro que a leitura é um momento natural da 
vida e por esse motivo a criança precisa fazer parte do universo literário. 
Portanto, os livros trazem diversas formas de explorar nos pequenos o mundo 
imaginário que a literatura infantil possibilita, facilitando o entendimento de 
frustrações que ocorrem ao longo da vida, não é à toa que os contos de fadas 
marcam a vida de todos, inclusive dos adultos. 
 
Palavras-chave: Literatura. Educação Infantil. Leitura. Professores. 
 
SUMMARY 
 
This research arose from the need to work with literature in children's education. 
As a general objective, it was to analyze the teaching of literature as a necessary 
pedagogical practice in children's education. Specifically to observe the 
pedagogical practice used by the teachers, to identify the children's literature as 
pedagogical practice, to raise the pedagogical resources used by the teachers. 
Thus, it was possible to understand how teachers deal with methods that 
encourage their students to read in a natural and pleasurable way. For this, 
bibliographical research has been carried out with authors who address the topic 
in question, such as: Zalbalza (1998), Zilberman (2009), Cavalcanti (2002), 
Fonseca (2012), among others. It was also necessary to research the field of 
qualitative and quantitative approach, through observations and questionnaires 
applied with teachers and coordinators of the public and private network of the 
municipality of Jaboatão dos Guararapes-PE. So it became clear that reading is 
a natural moment of life and for that reason the child needs to be part of the 
literary universe. Therefore, the books have a variety of ways to explore in the 
small world imaginary that children's literature allows, facilitating the 
understanding of frustrations that occur throughout life, it is no wonder that fairy 
tales mark the life of all, including the Adults. 
 
Key words: Literature. Children's education. Reading. Teachers. 
 
 
7 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................8 
2 CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL.........................................10 
2.1 Origem da Literatura Infantil no Mundo......................................................12 
2.2 Surgimento da literatura infantil no Brasil................................................. 13 
3 LEIS QUE TRATAM DA EDUCAÇÃO INFANTIL.............................................15 
3.1 O Referencial Nacional Curricular para Educação Infantil- RCNEI..........17 
3.2 Conceituando literatura e leitura.................................................................19 
4 A NECESSIDADE DE USAR TEXTOS LITERÁRIOS DIVERSIFICADOS..... 22 
4.1 A Contribuição da contação de histórias no ensino da leitura................ 24 
4.2 O papel do professor no ensino da literatura............................................ 26 
5 METODOLOGIA................................................................................................29 
5.1 Análise e interpretação dos gráficos.......................................................... 30 
5.2 Questionários dos coordenadores............................................................. 40 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 41 
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 42 
APÊNDICE A....................................................................................................... 45 
APÊNDICE B........................................................................................................46 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho trata da necessidade se trabalhar a Literatura Infantil desde 
que a criança chega à escola. Historicamente a literatura desenvolve nas 
pessoas o ato de contar histórias, prática que até os dias atuais tem uma 
importância primordial no desenvolvimento emocional das crianças, pois os 
contos de fadas por conter frustrações, possibilita uma identificação com o 
mundo real. 
Todas as crianças se identificam com as histórias contadas nos livros e 
na escola é o lugar que acontece essa interação com mais efetividade. A partir 
dos primeiros contatos com os livros elas tentamfazer uma leitura partindo das 
imagens e quando ouvem as histórias contadas pelos adultos tentam reproduzir 
e imitar o ato. Assim, a leitura deve fazer parte da vida dos pequenos para que 
o seu crescimento com as experiências vividas possibilite o prazer pelo ato de 
ler. É importante que a família desempenhe seu papel de forma que auxilie a 
escola no processo desse crescimento e evolução cognitiva. 
Partindo deste pressuposto, surgiu a problemática do estudo através do 
seguinte questionamento: como se desenvolve o ensino da literatura na 
educação infantil? Será que os professores consideram uma necessidade 
pedagógica? 
Embora a família tenha uma responsabilidade bastante contundente 
com relação ao estimulo da leitura, o docente é bastante importante nesse 
processo, pois, seus estudos devem conter técnicas necessárias para utilização 
dessa prática para desenvolver nas crianças o prazer pela leitura. 
O papel do professor em oferecer a vivência de leitura é primordial, tendo 
como objetivo buscar para as crianças conhecimentos sobre as coisas que as 
cercam, com a finalidade de ampliar a leitura de mundo e da palavra. Portanto 
esse trabalho foi desenvolvido para que o professor reflita com relação as suas 
ações pedagógicas mediante a utilização da literatura infantil e sobretudo a 
contação de histórias para desenvolver e aprimorar o amor pela leitura nas 
crianças de forma bastante significativa. 
9 
 
 
Para aprofundamento do tema escolhido, buscou-se autores como: 
Zalbalza (1998), Zilberman (2009), Cavalcanti (2002), Fonseca (2012),entre 
outros que abordam a literatura, desenvolvendo reflexões das práticas docentes 
fazendo assim uma ligação com a teoria e a prática. 
 Sendo assim, este trabalho teve como objetivo geral, analisar o ensino 
da literatura como uma prática pedagógica necessária na educação infanti l. 
Como objetivos específicos identificar a literatura infantil como pratica 
pedagógica, levantar os recursos pedagógicos utilizados pelos professores e 
mostrar a necessidade de trabalhar textos literários. 
Para facilitar a compreensão deste estudo, o trabalho encontra-se 
dividido em tópicos: o primeiro tópico se desenvolve a partir do contexto histórico 
da educação infantil, origem da literatura infantil, como ela surgiu no Brasil e no 
mundo, primeiros autores da literatura infantil. O segundo, trata sobre os 
aspectos legais da Constituição Brasileira, do Referencial Curricular para a 
Educação Infantil (RCNEI) e dos Parâmetros Curriculares, também o conceito 
de leitura e literatura 
Em seguida, ressalta-se, necessidade dos professores usar textos 
literários diversificados na intenção de aprimorar as aulas e incentivar os alunos 
a leitura, também a contribuição da contação de histórias no ensino da leitura e 
o papel do professor. A presente pesquisa ainda apresenta os aspectos 
metodológicos realizados através de observações, entrevistas e questionários 
destinados aos professores e coordenadores das determinadas escolas. Depois 
vem a análise dos dados da pesquisa e por fim as considerações finais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
2 CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL 
Historicamente a educação infantil passou por vários processos, pois não 
existiam políticas públicas que favorecem as crianças uma educação voltada os 
seus desejos e capacidades de pensar desenvolvendo uma formação cidadã. 
Como no passado era diferente no que se refere à infância, pois 
antigamente não existia uma valorização da criança como indivíduos, elas eram 
vistas sem o conceito de infância comparado-as como um adulto reduzido, no 
entanto a educação e cuidados eram dever apenas de seus pais. Sendo assim 
a infância não era vista como uma fase onde precisava ser desenvolvida e 
emocionalmente e fisicamente. 
Segundo Zabalza: 
Muitas vezes foi colocado que, em geral, a história da infância tem sido 
sempre a historia da marginalização (social, cultural, econômica, inclusive 
educativa). As crianças precisavam viver sempre em um mundo que não 
era seu, que não estava feito na sua medida. integra-se no mundo’ era 
algo somente alcançado na pós-infância e sempre que fossem cumpridas 
certas condições (ZABALZA, 1998, p. 19).” 
Portanto com a revolução industrial foi necessário que as mulheres 
saíssem de seus lares para o trabalho, no entanto um abrigo para as crianças 
tornou-se essencial, porem os abrigos onde eram levadas as crianças na época 
não tinha um caráter formador, mas simplesmente um ambiente de amparo. Os 
cuidados e as condições de higiene não eram propícias, desencadeando o 
aumento na mortalidade infantil. 
 Dessa forma, a partir da Constituição de 1988 foi decretado que toda 
criança de 0 a 6 anos é um sujeito de direitos, sendo assim dever do estado 
oferecer atendimento em creches e pré-escolas sendo possível o 
desenvolvimentos de políticas públicas favorecendo as crianças uma educação 
direcionada e de qualidade. Sendo incluída na política educacional, seguindo 
uma concepção pedagógica e não mais assistencialista. Esta perspectiva 
pedagógica vê a criança como um ser social, histórico, pertencente a uma 
determinada classe social e cultural. 
Foi na Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (LDB Nº 
9.394/1996), declara que a Educação Infantil se inicia dos 0 aos 3 anos de idade 
11 
 
 
em creches, prosseguindo de 4 a 5 anos de idade como pré-escola, tornando-se 
Educação Infantil, também um ciclo de 5 anos de formação contínua e parte 
integrante, constituindo a Educação Básica brasileira. 
A partir deste breve histórico da educação infantil pode-se compreender 
a importância dessa formação inicial, onde se caracteriza como um pilar na 
construção do conhecimento, tornando essa etapa indispensável na formação 
do sujeito. Sendo assim, é importante citar alguns teóricos que tiveram uma 
visão ampla com relação a educação infantil e o desenvolvimento da criança 
neste meio, tais como: 
Maria Montessori, (1870-1952), defendia que as crianças progridem de 
acordo com os aspectos biológicos, sendo assim tudo ao seu redor propicia a 
aprendizagem, tornando o universo da criança livre para agir sobre os objetos. 
Desenvolveu jogos para tornar concreta a aprendizagem dos pequenos. 
Celestin Frenet (1896-1966), tendo uma visão além do tradicional, fez com 
a criança se expressasse de diversas formas fazendo com que compreendesse 
que a partir da relação com o outro e com o meio ambiente em que vivem é 
possível entender melhor o universo do conhecimento. 
 Jean Piaget (1896-1980), criador da “epistemologia genética”, mostra que 
todas as crianças passam por estágios estáveis de estruturação de pensamento, 
procurou investigar como se dava à construção do conhecimento. 
 Vygotsky (1896-1934), autor da teoria sociointeracionista, seu projeto 
principal de trabalho, consistia na tentativa de estudar os processos de 
transformação do desenvolvimento humano na sua dimensão “filogenética, 
histórico-social”. 
 Vygotsky (1984) traz a ideia do ser humano como “fruto” do contexto 
histórico e cita a pedagogia como sendo a ciência básica para o estudo do 
desenvolvimento humano por se tratar de uma síntese das disciplinas que 
estudam a criança integrando os aspectos biológico, psicológico e antropológico 
do desenvolvimento. Assim, diante de tantos teóricos e suas contribuições no 
processo histórico e evolutivo da educação na infância, fica evidente que os 
estudos com relação à educação, metodologia, recursos didáticos e 
12 
 
 
pedagógicos, não se esgotam apenas nestes teóricos. Porém, vale ressalta que 
cada um deles diante de seus estudos e pesquisas procurou compreender o 
período da infância e dar suas contribuições no campo da Educação Infantil. 
2.1 Origem da Literatura Infantil no Mundo. 
A literatura infantil desenvolve nas crianças um estímulo que favorece a 
leitura de mundo do seu cotidiano através de seuimaginário contribuindo para 
sua formação integral. Como afirma ZILBERMAN: 
Contudo, ele não pode ir longe demais: os leitores precisam de se 
reconhecer nas personagens, há limites para mexer com a temporalidade 
e a ação precisa ter um mínimo de coerência. Outra questão é crucial: o 
leitor também traz algum tipo de experiência, uma bagagem de 
conhecimentos que precisa ser respeitada, caso contrário se estabelece 
um choque entre quem escreve e quem lê, rompe-se parceria que só dá 
certo se ambos se entendem. (ZILBERMAN, 2009, p. 13). 
Portanto é de suma importância que as histórias tenha sentido 
possibilitando a identificação dos pequenos com esse universo, no entanto cabe 
ao professor utilizar vários recursos podendo tornar esse momento prazeroso e 
único. No entanto foi-se necessário buscar a origem da literatura infantil no 
sentido mundial, podendo assim compreender de forma abrangente a 
importância da literatura desde a infância. 
A literatura infantil surge através das mudanças estruturais que 
aconteceram na sociedade nos séculos XVII e XVIII, ocasião onde se instalou o 
modelo burguês de família unicelular, desencadeando uma mudança na forma 
de se compreender a infância. Portanto entende-se o vinculo com a escola 
tornando acessíveis os textos dirigidos as crianças. 
Inicialmente os valores ideológicos presentes na literatura infanti l 
acarretou um desestimulo pela leitura, mas algumas obras perduram por anos e 
anos por sua qualidade e ousada estrutura diversificando as histórias tornando 
o universo mais próximo do imaginário infantil, como algumas obras de Perrautl, 
Daniel Defoe, a reunião de contos de fadas feitas pelos Irmãos Grimm, além de 
produções voltadas para o público infantil, como as obras de Júlio Verne e 
também da Condessa de Ségur. Obras que fazem parte da infância das crianças 
de todo mundo, onde envolve com seu universo mágico e encantado. 
13 
 
 
 Charles Prrault deu o ponta pé inicial para desenvolver textos destinados 
ao publico infantil, como os clássicos contos de fadas contento uma linguagem 
bastante cativante e encantadora possibilitando um olhar amplo com relação a 
leitura. Como afirma Coelho: 
Abertura para a formação de uma nova mentalidade, além de ser um 
instrumento de emoções, diversão ou prazer, desempenhada pelas 
histórias, mitos, lendas, poemas, contos, teatro, etc., criadas pela 
imaginação poética, ao nível da mente infantil, que objetiva a educação 
integral da criança, propiciando-lhe a educação humanística e 
ajudando-a na formação de seu próprio estilo (COELHO, 1991, p. 5). 
No entanto é importante enfatizar a importância da literatura e como 
contribuiu para o desenvolvimento emocional da criança, possibilitando um 
mundo de conhecimentos e aprendizagem. 
2.2 Surgimento da literatura infantil no Brasil 
No Brasil, a literatura infantil chega mais tarde, passando por processos 
de transformações de acordo com os acontecimentos políticos do momento. 
Surgiu no final do século XIX e inicio do século XX tendo como preocupação 
principal a modernização do país, e a escola era uma das responsáveis por 
alcançar esses objetivos. E então a literatura infantil desenvolveu a questão do 
nacionalismo, porém obras estrangeiras foram traduzidas para o público infanti l 
brasileiro, mas surgem problemas, pois as expressões utilizadas pelos europeus 
apresentavam um afastamento com relação a vivência dos brasileiros. 
No período de 1920 a 1945 uma época onde ocorrera muitos conflitos 
como por exemplo a situação da educação que apresentava um índice de 
analfabetismo alto, o país apresentava-se inferior, quando foi necessário uma 
mudança neste quadro, propondo assim uma reforma educacional com o 
movimento da Escola Nova onde desenvolveu-se o ensino intelectual, tendo 
como marco a semana de arte Moderna. 
No entanto, com todas essas mudanças surge Monteiro Lobato, que 
inovou a literatura infantil brasileira, de forma que a linguagem do povo brasileiro 
era mais compreendida. Utilizando em suas obras o folclore fazendo com que a 
linguagem dos personagens ficasse mais clara até mesmo o ambiente onde as 
histórias aconteciam e o espaço rural que predominava com bastante influência 
na época. Portanto o que não pode deixar de ser citado é sua infinita criatividade 
14 
 
 
de criar histórias magníficas que alavancou e deu destaque a literatura infanti l 
brasileira. 
Como esclarece Zilberman (2004): 
De certo modo, nem se precisaria ler a obra de Lobato para conhecer as 
principais personagens ou cenário em que elas viveram. Mas se lida, 
esclarece-se por que ela ficou famosa e de troco, ainda se obtém grande 
prazer pessoal, resultante da qualidade dos livros elaborados por ele. 
(ZILBERMAN, 2004, p. 22). 
 Porém com o golpe de 1964 a cultura brasileira ficou fragilizado, afetando 
também o desenvolvimento da literatura e sofrendo retrocessos tendo um caráter 
conservador em que se explorava o caráter patriótico e rural. Tornando difícil a 
evolução das obras, pois não poderia haver a liberdade de expressão. 
A literatura brasileira se desenvolveu através de seu dialeto português, 
estando inserida no ângulo cultural lusitano, tendo como uma evolução da 
literatura portuguesa. Com influência dos jesuítas surge a atividade literária, 
apos a descoberta do Brasil. Com o passar do tempo é notável a importância 
dos textos literários como forma de transmitir uma informação, tendo como 
exemplo as cartas de Pero Vaz de Caminha, sendo assim um gênero textual 
informativo. 
No período de 1970 e 1980, foi marcado por grandes transformações na 
literatura infantil, pois o numero de autores e obras aumentaram apresentando a 
linguagem e os ambientes mais próximos da realidade da sociedade brasileira, 
recuperando o folclore oral como: canções de ninar, parlendas e brincadeiras de 
roda. Como afirma Zilberman (2004): 
O fato é que também no que diz respeito à tendência de que se fala 
aqui, foi preciso aguardar a chegada da geração de 70. Brande parte 
dos escritores orientou-se para a temática urbana, que toma feições 
bem definidas, seja por valorizar o mundo interior da criança, seja por 
atribuir o papel de protagonista de uma criança.( ZILBERMAN, 2004, 
p,95). 
Com essa reflexão é importante ressaltar a relevância da literatura para o 
desenvolvimento da criança através de seu emocional, contribuindo nas 
resoluções de conflitos interiores através de diferentes textos. 
 
 
 
15 
 
 
 
3 LEIS QUE TRATAM DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A partir da Constituição de 1988, a educação se tornou obrigatória, sendo 
direito do estado oferecê-la. No entanto é necessário que o estado facilite e 
proporcione uma educação de qualidade, pois, trata-se de um direito de todos. 
A família e toda sociedade contribuem com sua participação, pois aplicará o 
desenvolvimento intelectual para exercer a cidadania e qualificação para o 
mercado de trabalho. 
Essa educação é de suma importância na formação integral do homem 
podendo compreender e interagir com os demais indivíduos, respeitando a 
peculiaridades de cada pessoa. Sabe-se que a educação infantil passou por 
varias mudanças no país. Pode-se fomentar a importância da escola para o 
desenvolvimento tanto cognitivo quanto social, portanto é o primeiro âmbito 
social que a criança faz parte e a partir dele desenvolve suas capacidades 
psicológicas e sociais através de sua interação com o meio, mas é essencial a 
participação da família na construção dessas capacidades. 
Como determina a Constituição de 1988, no art. 227: 
É dever da família, da sociedade e do estado assegurar a criança e ao 
adolescente, com absoluta propriedade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer à profissionalização, à cultura, a 
dignidade, ao respeito, àliberdade e a convivência familiar e comunitária, 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligencia, exploração, 
violência, crueldade e opressão.(BRASIL, CF,art. 227,1998) 
É importante salientar que o estado arca com dos os direitos se referindo 
também ao bem estar psicológico e social. Portando a educação deve não 
apenas apresentar a quantidade, mas também a qualidade no desenvolvimento 
das habilidades intelectuais. 
A Declaração Universal dos Direitos das Criança (1959), Princípio VII- 
Direito a Educação gratuita e ao lazer Infantil) determina que:“O interesse 
superior da criança deverá ser o interesse daqueles que têm a responsabilidade 
por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira 
instância, a seus pais.” Compreendendo que seus pais ou portadores legais 
devem assegurar e garantir esses direitos previstos na lei 
16 
 
 
A partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
em 1996, a Educação Infantil passa a ser definida como a primeira etapa da 
Educação Básica. Nesse sentido, várias pesquisas realizadas nos anos de 1980 
já mostravam que os seis primeiros anos de vida são fundamentais para o 
desenvolvimento humano, e a formação da inteligência e da personalidade. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB (1996), fortalece o 
reconhecimento e a importância do desenvolvimento educacional das crianças 
de 0 à 5 anos. Determina que: 
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em 
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a 
ação da família e da comunidade.( BRASIL, LDB, art. 29, 1996) 
 Partindo desta legislação é possível fortalecer a importância das crianças 
nas escolas desde os seus primeiros anos de vida com a intenção de concretizar 
a educação partindo desta fase inicial. Também, deixa clara a importância da 
participação da família neste processo, afirmando que: 
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios 
de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o 
pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho. .( BRASIL, LDB, art. 2, 
1996) 
 A inclusão das crianças de 0 à 5 anos desenvolve a intenção de integrar 
o desenvolvimento crítico no processo social, no entanto cabe ao estado cumprir 
com os deveres juntamente com o município no sentido de promover uma 
educação de qualidade através de projetos sociais com a visão de ampliar e 
favorecer uma educação efetiva. 
É imprescindível salientar a especificidade da avaliação com relação a 
Educação Infantil, pois o docente deve registrar a evolução dos educandos sem 
a intenção de reprovação como concretiza a LDB, “I - avaliação mediante 
acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de 
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.” 
 O Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), também afirma a 
importância de políticas públicas para favorecer o bem estar da infância e da 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1035083/lei-de-diretrizes-e-bases-lei-9394-96
17 
 
 
adolescência, sendo possível efetivar a partir deste ponto os direitos voltados a 
esse público. O ECA (1990) ainda afirma que:“é dever de todos velar pela 
dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento 
desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”. 
 Diante de todas estas leis que tratam da educação, para que haja um ensino 
de qualidade, o Ministério de Educação disponibiliza outros recursos que servem 
de roteiros e guias para as escolas e professores, tais como os Parâmetros 
Curriculares Nacionais-PCN, como também o Referencial Nacional Curricular 
para Educação Infantil- RCNEI. 
3.1 O Referencial Nacional Curricular para Educação Infantil- RCNEI. 
O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (1998), é um 
importante documento desenvolvido pelo Ministério da Educação e Cultura do 
Brasil, podendo ser compreendido como uma proposta livre e flexível sendo 
assim não obrigatório, porém necessária com uma proposta adequada a 
situação de cada região do país 
O documento tem a função de colaborar com as políticas e programas que 
venha para contribuir na educação Infantil, desenvolvendo informações, 
discussões e pesquisas, podendo facilitar com o trabalho educativo de 
professores e demais profissionais da educação, juntamente com o sistema de 
ensino estaduais e municipais. 
Dessa forma, vem fortalecer o atendimento qualificado onde as crianças 
possam participar de todo o procedimento pedagógico.Sendo assim a RCNEI 
(1998) procura nortear o trabalho realizado com as crianças visando o cuidar e 
educar, subsidiando e instrumentando diferentes profissionais para que possa 
apresentar os objetivos próprios. 
 Assim, a princípio a creche apresentava um atendimento extremamente 
assistencialista, destinado as crianças de baixa renda, podendo assim acabar 
com a pobreza no país. Porém, o baixo custo desfavorecia o funcionamento, 
pois, não apresentava uma qualidade tanto física quanto profissional e a 
educação tornava-se negligenciada. No entanto o ato de educar foi-se 
18 
 
 
necessário para desenvolver a capacidade de entendimento a partir da interação 
com meio. 
O RCNEI esclarece que: 
O domínio da fala diversifica as modalidades de interação, favorecendo o 
intercâmbiode idéias, realidades e pontos de vista. A observação das 
interações espontâneas revela o quanto as crianças conversam entre si. 
Não seria possível inventariar os possíveis temas de conversa, pois o 
repertório é infinito, refletindo vivências pessoais, desejos, fantasias, 
projetos, conhecimentos. Por exemplo, ao conversarem sobre assuntos 
do universo familiar de cada um, todos os participantes se enriquecem, 
pela oportunidade de expressão e de contato com outras vivências . 
(RCNEI, 1998, p.42). 
 
Com essa capacidade é notável que a crianças desenvolva a 
compreensão com o meio podendo então formar sua personalidade no âmbito 
social com crianças de sua idade. Para isso, o professor deve compor na sua 
didática varias técnicas para concretizar a educação e tornando mais lúdico para 
a criança facilitando seu entendimento. Assim, através do faz de conta é possível 
desenvolver várias capacidades, como determina o RCNEI (1998); 
 
No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imagem de 
uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e de situações que não 
estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas no momento e 
que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras 
circunstâncias. Brincar funciona como um cenário no qual as crianças 
tornam-se capazes não só de imitar a vida como também de transformá-
la.(RCNEI, 1998, p.22). 
 
 Portanto através desta simples brincadeira a criança desenvolve o gosto 
pela leitura e interage com o mundo fazendo sua leitura particular, facilitando a 
resolução dos conflitos internos e externos até o seu amadurecimento mental. 
 É possível compreender a importância deste documento no 
desenvolvimento do trabalho pedagógico com as crianças de 0 à 5 anos podendo 
assim nortear o docente no seu processo didático. Contudo em meio as 
dificuldades a educação infantil apresenta propostas para contribuir com no ato 
de educar de forma lúdica e prazerosa. 
 O referido documento também apresenta proposta de como trabalhar a 
leitura e a literatura nos anos iniciais da Educação Infantil. 
19 
 
 
3.2 Conceituando literatura e leitura 
Literatura é uma palavra com origem no termo em latim littera, que 
significa letra. A literatura remete para um conjunto de habilidades de ler e 
escrever de forma correta. Existem diversas definições e tipos de literatura, pode 
ser uma arte, uma profissão, um conjunto de produções (INFOPEDIA 2003) 
É uma forma de arte. As representações artísticas tiveram início quando 
os seres humanos registraram desenhos e escritasrupestres. Nas paredes das 
cavernas para criar representações do mundo e de sua própria vigência. Desde 
então, foram surgindo muitas manifestações artísticas a fim de reconstruir o 
mundo real e da ficção, registrar e representar nossa cultura e nossa história. 
O mundo literário traz diversas formas de expressão, podendo assim 
aproveitar esse universo para explorar nas crianças o censo critico e significativo. 
A literatura deve fazer parte da vida de todas as crianças, no entanto cabe a 
escola oferecer livros para que possam ser saboreados expandindo a 
compreensão de diversos textos literários. 
Compreendendo que a literatura só existe por meio da linguagem, 
comunicação e a arte da palavra em que se desenvolve um processo 
comunicativo que o ser humano é capaz de produzir o que ver e sente. Com 
base nesta definição Lajolo (1982, p. 16) complementa: “O finalmente é que a 
obra literária é um objeto social. Para que ela exista, é preciso que alguém a 
escreva e que outro alguém a leia. Ela só existe enquanto obra neste intercambio 
social.” Podendo assim compreender que a literatura é de suma importância, 
pois através da escrita da palavra o ser humano produz e reproduz suas 
emoções. 
A literatura contribui de forma significativa do desenvolvimento das 
crianças, no entanto é de suma importância que tenham o contato desde de cedo 
com o universo literário podendo enriquecer e ampliar o vocabulário tornando 
mais fácil a compreensão do diálogo. Quando se fala de literatura fica claro a 
importância da leitura e como essa leitura é transmitida para as crianças visando 
favorecer um momento prazeroso e produtivo. 
20 
 
 
Já a leitura é a ação de ler algo. É o hábito de ler. A palavra deriva do 
Latim "lectura", originalmente com o significado de "eleição, escolha, leitura". 
Também se designa por leitura a obra ou o texto que se lê. (INFOPEDIA 2003) 
 A leitura é um ato humano através de imagens e decodificação dos 
símbolos: as letras. Sendo necessário em todos os momentos de nossas vidas 
possibilitando a compreensão de todo contexto. Este ato se inicia desde muito 
cedo, segundo Freire (1989), a partir do momento em que o ser humano começa 
a observar o mundo a sua volta ele está fazendo uma leitura do mundo, quão 
importante quanto a leitura das palavras, pois é um momento único em que tudo 
ao redor se transforma em um “Por quê?” Dessa forma, os questionamentos vão 
fazendo assim, a construção do conhecimento. 
A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior 
leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. 
Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão do 
texto a ser alcançado por sua leitura crítica implica a percepção das 
relações entre o texto e contexto (FREIRE, 1989, p. 11-12). 
Compreendendo esse contexto a leitura das palavras torna-se 
prazerosa, tendo como essência buscar cada vez mais uma amplitude de 
conhecimento, pois, quando se fala em leitura na educação infantil é importante 
a utilização do lúdico encantando através da leitura dos livros, tanto pelo 
professor quanto pelos os alunos. O prazer pela mesma deve ser despertado 
logo na infância. Ler faz parte da formação cultural de cada indivíduo, pois, 
estimula a imaginação, proporciona a descoberta de diferentes hábitos e 
culturas, ampliando o conhecimento e enriquecendo o vocabulário. 
Com isso, é possível compreender que o professor deve ser um agente 
ativo de estímulo em relação ao aluno, com o papel de despertar o interesse e 
o gosto pela leitura. De acordo Silva (2003, p.109), 
Mais especificamente, para que ocorra um bom ensino da leitura é 
necessário que o professor seja ele mesmo, um bom leitor. No âmbito das 
escolas, de nada vale o velho ditado “faça como eu digo (ou ordeno!), não 
faça como eu faço (porque eu mesmo não sei fazer)” isto porque os 
nossos alunos necessitam do testemunho vivo dos professores no que 
tange á valorização e encaminhamento de suas praticas de leitura. 
(SILVA, 1987, p. 109). 
21 
 
 
Para subsidiar a importância de ler na educação infantil os Parâmetros 
Curriculares Nacionais - PCN (1997), focam neste ponto de forma com que os 
docentes tenham esse hábito. Reconhece que: 
A leitura, como pratica social, é sempre um meio, nunca um fim. Ler a 
resposta um adjetivo, a uma necessidade pessoal. Fora da escola, não se 
lê para aprendera ler, não se lê de uma única forma, não se decodifica 
palavra por palavra, não se responde a pergunta de verificação do 
entendimento preenchendo fichas exaustivas, não se faz desenho sobre 
o que mais gostou e raramente se lê em voz alta. (BRASIL, PCN, 1997 
vol.2, p.57) 
 Através desta reflexão busca-se que a leitura tenha um contexto na 
vida do aluno, e para que isso aconteça ela deve fazer sentido para o educando 
podendo assim não ser apenas um simples atividade, mas fazer parte do 
cotidiano do mesmo de forma inovadora e estimulante na construção do 
conhecimento. 
Tratando-se da leitura na educação infantil sejam a partir das ilustrações, 
imagens, figuras, tudo isso faz com que a criança se integre nesse mundo, 
fazendo o uso da imaginação. 
Assim, afirma Fonseca: 
O professor de educação infantil tem um papel importantíssimo nessa 
fase da vida da criança, em relação aos seus primeiros contatos com 
a leitura de hábitos leitores. Ele tem uma grande responsabilidade e 
precisa se preparar com compromisso e profissionalismo (FONSECA, 
2012, p.36). 
 No entanto a metodologia do docente deve ser procedida de forma com 
que as rodas de leitura, seja um momento de lazer, o tempo em que os 
educandos irão viajar nesse processo e interagir, vão se tornando futuramente 
cidadãos letrados e não simplesmente alfabetizados, mas sim interessados em 
aprender mais, e assim tendo acesso ao legado cultural da humanidade. Daí 
cada vez mais do professor trabalhar em sala de aula com textos literários 
bastante diversificados. 
 
 
22 
 
 
 4 A NECESSIDADE DE USAR TEXTOS LITERÁRIOS DIVERSIFICADOS 
 Os textos literários têm uma função de despertar o prazer pela leitura 
como uma sintonia, porém é importante que o texto tenha um sentido para o 
leitor, de forma que o impulsione a emoção, a partir de sua estrutura e 
organização. (FIORIN E SAVIOLI, 2006). 
 É importante diferenciar os textos literários dos textos não literários com 
a intenção de tornar mais claro os trabalhos com os textos diversificados 
sabendo o tempo exato que se deve usar em determinadas ocasiões. Os textos 
não literários são os que de determinada forma passa uma informação podendo 
ser através das notícias, os artigos jornalísticos, os textos didáticos, os verbetes 
de dicionários e enciclopédias, as propagandas publicitárias, os textos 
científicos, as receitas culinárias, os manuais, etc. 
 Já os textos literários são os que provocam uma determinada emoção, 
com uma linguagem mais simbólica podendo ser possível compreender os 
diversos sentidos contidos nas entrelinhas, sensibilizando o leitor com sua 
beleza artística como, por exemplo: o conto, o poema, o romance, peças de 
teatro, novelas e crônicas. 
Quem escreve um texto literário não quer apenas dizer o mundo, mas 
recriá-lo nas palavras de forma que, nele, não só o que se diz, mas 
também o modo como se diz. A mensagem literária é auto-centrada, 
isto é, o autor procura recriar certos conteúdos na organização da 
expressão. Múltiplos recursos são usados para isso: 
ritmos,sonoridade, distribuição de sequências por opções e simetrias, 
repetição de palavras ou de sons (rimas) etc.” (FIORIN E SAVIOLI, 
2006, p. 361) 
 Partindo do desenvolvimento do texto literário é possível compreender a 
importância de trabalhá-lo na educação infantil, podendo aflorar na criança o 
desejo pela leitura desenvolvendo a partir desta prática inúmeras 
competências. Através do ensino de textos literários diversosé possível 
efetivar a pratica da leitura de forma prazerosa. No entanto é de suma 
importância que os educadores explorem os diversos textos de forma lúdica e 
envolvente, sempre respeitando a interpretação da criança, possibilitando para 
o aluno uma convivência com o mundo do “faz de conta” e com o mundo real. 
 
23 
 
 
As histórias dos contos de fadas têm um papel importante neste 
desenvolvimento, pois, através dos conflitos contidos na narrativa é possível 
fazer uma relação com o mundo real, como afirma Cavalcanti (2002): 
Assim, os contos de fadas necessitam de sobrevivência não somente 
porque dão continuidade ao “fio da memória” do imaginário popular, mas 
porque existe algo de essencialmente maravilhoso nessas narrativas que 
consiste em fazer falar de nós para nós mesmos. De alguma forma, isso 
nos dá outra dimensão espacial e temporal da nossa própria realidade 
interior (CAVALCANTI, 2002, p. 60). 
 Essa sobrevivência do mundo mágico é essencial para desenvolver o 
senso crítico das crianças possibilitando a criação do seu próprio mundo ou 
fazendo parte deles. Podendo assim desenvolver uma leitura significativa, pois 
os elementos que contem nas histórias faz com que a criança se identifique e 
compreenda as barreiras a serem quebradas como: o medo do escuro. E até 
mesmo curiosidades do seu mundo real. 
É de suma importância que a leitura não seja apenas na escola, mas 
também no ambiente familiar possibilitando nos pequenos a interação dessa 
prática, fazendo-os compreender a importância desta leitura com naturalidade e 
de forma efetiva. A história contada antes de dormir faz com que o sono torne -
se mais tranqüilo e o imaginário flua com harmonia. No entanto essa pratica está 
sendo extinta pela maioria das famílias. Segundo Cavalcanti (2002) é possível 
compreender que: 
Certamente, esse ritual já não é tão praticado com muita freqüência nos 
dias de hoje, pois já não se possui muito tempo pra o desfrute dos 
pequenos momentos em família. Saímos das fogueiras, lareiras e 
calçadas para a televisão, games e internet. As nossas crianças nem 
sempre podem adormecer escutando canções de ninar ou historias das 
mil e uma noites. As babas eletrônicas quase sempre são um fracasso 
como contadores de historia e o ambiente familiar deixa de ser o reduto 
acolhedor e seguro para se transformar num campo de desencontros 
permanentes, onde tudo é vivenciado com uma grande dose de culpa 
coletiva (CAVALCANTI, 2002, p. 68). 
Partindo desta reflexão é importante compreender que a tecnologia tem 
uma parcela de culpa, porém se faz necessário adaptar-se a ela, para que isso 
se desenvolva, embora os pais não tenham tempo. A responsabilidade foi 
transferida extremamente para a escola, além de transmitir e construir o 
conhecimento é o meio mais propício com relação ao estimulo da leitura, pois 
todo tempo é tempo de aprender dentro deste ambiente, até no momento da 
24 
 
 
troca fraldas é possível ler tudo que está naquele espaço. Para que isso 
aconteça é importante que o professor se planeje para que possibilite o ensino 
destes diferentes gêneros narrativos, pois cada um deles exige uma estética 
diversificada. Um dos elementos indispensáveis para despertar e incentivar o 
gosto pela leitura é a contação de histórias que deveria ser utilizada diariamente 
pelos professores de Educação Infantil. 
4.1 A Contribuição da contação de histórias no ensino da leitura 
 Uma das práticas mais importantes é a contação de histórias, embora seja 
uma muito antiga se faz presente com a intenção de transmitir o mundo mágico 
para os pequenos até mesmo no momento mais tenro de sua vida. 
No entanto na educação infantil é de suma importância que esse hábito 
seja cada vez mais frequente, é relevante ressaltar esse momento de forma 
natural, sem caráter avaliatório, mas comprometer-se com a oralidade, para que 
seja possível despertar o encanto nas crianças. A partir do momento em que 
observam a importância e o sentido do ler ou para que ler, é provável que 
desenvolva de forma mais natural esse processo, portanto é de suma 
importância que o professor não apenas faça parte deste universo, mas 
desenvolva um amor pela leitura, podendo assim expressar o que há de mais 
envolvente no mundo das historias. 
Assim esclarece Cavalcanti (2002),p. 64 “o bom contador de histórias é 
aquele que nasceu guiado por uma infinita capacidade de doação e, por isso, 
esteja onde estiver, em qualquer espaço e tempo, ele estará envolto pela magia 
de contar histórias.” A partir deste esclarecimento é possível compreender como 
o ato da leitura pode proporcionar para os adultos e também para as crianças, 
diversas formas envolventes, podendo possibilitar uma viagem no mundo 
mágico do imaginário. Portanto é importante que o professor se aproprie de 
algumas técnicas para proporcionar esse momento com mais segurança, como 
afirma Cavalcanti (2002): 
 Certamente, aqueles que gostam de contar historias e não possuem 
a varinha mágica da palavra certa, na hora certa, podem se exercitar 
e aprender algumas técnicas, melhorando assim a performance de 
contador de histórias. Claro, nunca será aquele narrador que nasceu 
com a marca da palavra na alma. Porém, pode seguir algumas 
25 
 
 
técnicas e alcançar um bom desempenho. O importante é que se 
exercite adequadamente para não cometer erros graves e 
comprometer a qualidade da narrativa.” (CAVALCANTI, 2002, p. 73) 
Estas técnicas nesses momentos são importantes como, por exemplo, a 
entonação de voz sem exageros, possibilitando o envolvimento com a história 
que está sendo explorada, mostrar as imagens que contém nos livros para os 
ouvintes, ler com entusiasmo e atenção, ler pausadamente para que todos os 
mínimos detalhes sejam percebidos e sentidos pelos ouvintes. 
Com essas técnicas, é possível desenvolver essa prática com mais 
sistematização, sendo possível conseguir um momento agradável, aflorando e 
exercitando o imaginário nas crianças. Com o passar do tempo a criança vai 
compreender a importância da leitura tornando-se um hábito, partindo de 
determinadas inquietações. 
Como já foi citado anteriormente a contação de história tem como objetivo 
desenvolver a capacidade da criança com o mundo mágico. Além de ter a 
possibilidade de ampliar o vocabulário e ser favorável no processo de 
alfabetização juntamente com o letramento. 
Para que esse processo tenha êxito é preciso que o docente tenha um 
planejamento que explorem os diversos textos de forma lúdica e envolvente, 
podendo levar seus alunos a ter uma ânsia permanente para descobrir ou 
explorar esse mundo de fabulas, parábolas, mitos, lendas, sagas, contos de fada 
todos essas narrativas tem origem ou guarda um determinado saber 
fundamental pertencentes aos povos da antiguidade passando por diversas 
transformações. 
Sendo assim, é importante salientar que a contação de histórias é uma 
atividade lúdica que desperta a curiosidade e o interesse da criança pelo livro. 
Por meio dos contos a criança viaja pela imaginação para mundos encantados, 
para culturas diversas e vive muitas experiências. Ouvir e ler histórias são ações 
que é possível entrar em um mundo encantador, cheio ou não de mistérios e 
surpresas, mas sempre muito interessante, curioso, que diverte e ensina. É na 
relação lúdica e prazerosa das crianças com a obra literária que temos uma das 
possibilidades de formarmos o leitor. É na exploração da fantasia e da 
26 
 
 
imaginação que se instiga a criatividade e se fortalece a interação entre texto e 
leitor. 
 Dessa forma, é importante perceber o quão necessário se faz o ato de 
escutar histórias, e o quanto que isso contribui para que a criança seja um bom 
leitor e ouvinte, e, é por meio dessa prática que a leitura vai se apresentando 
para a criança, proporcionando um caminho amplo de descobertas e de 
compreensão do mundo, abrindo espaço para que as crianças deixem fluiro 
imaginário e a curiosidade. Para isso, o papel do professor é de grande 
relevância nesse processo de ensino-aprendizagem. 
 
4.2 O papel do professor no ensino da literatura 
 
 No ensino da literatura é imprescindível que o professor seja um leitor 
apaixonado pelo o universo das narrativas, pois é possível desenvolver nos 
docentes o gosto e o prazer pela leitura de forma mais natural. Se o professor 
não gosta de ler, é impossível desenvolver no aluno, este hábito tão necessário. 
Dentre as metodologias elencadas no ensino da literatura que relacionam-
se diretamente ao estímulo da competência leitora, destacam-se duas 
possibilidades opostas na forma de ensino: os conteúdos de literatura oferecidos 
de forma tradicional, pelo método da educação bancária (FREIRE, 1996), onde 
ocorre um afastamento do aluno à ação leitora pela deposição de conteúdos sem 
sua devida reflexão e a aprendizagem significativa construtivista. 
 Neste sentido, o ensino tradicional, têm problemas de diversas ordens 
surgem como, por exemplo, a relação ente as formas como o aluno é ensinado 
e os métodos pelos quais ele é avaliado. Portanto, as avaliações mais frequentes 
sobre leitura na escola se centram nas provas de velocidade leitora e nos 
questionários fechados de perguntas de compreensão sobre um texto. 
 O ensino literário deve despertar a arte da palavra para o leitor e para o 
ouvinte, no entanto é possível despertar a criação de forma espontânea. O 
docente deve utilizar as ferramentas de forma com que esse momento possa ser 
único e envolvente. Assim, o trabalho com a literatura infantil desenvolvido via 
projetos proporciona uma "vida cooperativa" no ambiente de sala de aula. A 
27 
 
 
criança passa a viver com mais responsabilidades e autonomia, fazendo parte 
de um grupo que incentiva e provoca conflitos. Segundo Jolibert (1994, p.21): 
É permitir as crianças que construam o sentido de sua atividade de aluno. 
É aceitar que um grupo viva com suas alegrias, entusiasmos, conflitos, 
choques, com sua experiência própria e todos os lentos caminhos que 
levam às realizações complexas. Vida cooperativa da aula e projetos. 
Projetos referentes à vida cotidiana, projetos-empreendimentos, projetos 
de aprendizado, cooperativamente definidos, cooperativamente 
construídos, cooperativamente avaliados. 
 
 Os projetos relacionadas a leitura de textos literários diversos é importante 
para que o professor tenha um trabalho direcionado, podendo fornecer uma 
sequência didática de forma clara e objetiva visando alcançar as metas no 
âmbito da leitura. Assim, pode proporcionar para as crianças materiais áudio- 
visuais, trazendo a tecnologia na intenção de efetivar a aprendizagem com a 
participação de um todo e do individual para facilitar a avaliação continua, 
observando diversos pontos da prática e métodos adotados nesse processo, a 
partir de então o docente observara em busca de uma aprendizagem efetiva. 
 Sendo assim, o texto literário se revela um meio eficiente de contato com 
a pluralidade de significações da língua, favorecendo o encontro com esses 
significados de forma abrangente, ampla, diferentemente dos materiais 
informativos que prendem-se aos fatos particulares. 
 O texto literário [...] não só exprime a capacidade de criação e o espírito 
lúdico de todo ser humano, pois todos nós somos potencialmente 
contadores de histórias, mas também é a manifestação daquilo que é 
mais natural em nós: a comunicação. (LEITE, 1988, p. 12) 
 
O texto literário não mostra apenas os fatos, mas a complexidade de 
pensamentos que circundam e permeiam esses fatos, diferenciando o homem 
de cada época e de cada lugar, envolvido em seus processos histórico-sociais. 
Portanto, a linguagem literária é capaz de deixar lacunas que são preenchidas 
quando o leitor interage com o texto, unindo à leitura suas experiências 
anteriores, “atualizando” o ato de leitura, aproveitando-se da plurissignificação 
do texto literário para executar leituras variadas. 
No entanto é possível compreender a importância do professor para a 
formação leitora, embora a família apresente uma relevância significativa, porém 
o docente deve utilizar das ferramentas diversas para apresentar para o 
28 
 
 
educando o quanto a leitura é importante para a vida. Para isso, é também muito 
importante, que a escola propicie momentos de leitura para todos e disponibilize 
de uma biblioteca equipada com textos didáticos que são muito próprios do 
contexto escolar e precisam ser usados pelos alunos desde os primeiros anos 
de escolaridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
5 METODOLOGIA 
Para a realização deste trabalho monográfico, foram realizados os 
seguintes procedimentos metodológicos: a pesquisa bibliográficas em que 
inicialmente foi necessário buscar alguns teóricos para subsidiar o trabalho, 
possibilitando trazer pensamentos e pesquisas feitas anteriormente e depois a 
pesquisa de campo de abordagem qualitativa e quantitativa, para se fazer um 
paralelo entre a teoria e a prática. 
Para a pesquisa bibliográfica foi necessário buscar reflexões no intuito 
de nortear o projeto de pesquisa, a partir de teóricos que trazem um pouco da 
literatura em suas falas, tais como: Zalbalza (1998) quando se refere a 
qualidade na educação Infantil, Zilberman (2004), que fala um pouco da história 
da literatura no Brasil e seus pioneiros, Cavalcanti (2002) onde possibilita a 
compreensão da importância do trabalho com a literatura desde o momento 
mais tenro da infância, entre outros. Também foram realizadas pesquisas em 
artigos científicos, revistas, sites, etc. 
 Para obter os dados e assim facilitar a análise foi necessária a pesquisa 
de campo, através de entrevistas, observações e aplicação de um questionário 
a 20 docentes, sendo 10 professores da rede privada e 10 da rede pública de 
ensino. Foi importante também realizar uma pesquisa com os coordenadores 
das instituições vigentes situada na cidade de Jaboatão dos Guararapes - 
Regional 1. 
Após a pesquisa, foi feita a análise e a interpretação dos dados 
graficamente. Para ficar claro e objetivo foi feito por tipo de instituições, 
possibilitando uma compreensão mais efetiva e eficaz com relação ao trabalho 
com a Literatura Infantil, realizada através dos professores. 
Sendo assim a coleta de dados ocorreu no período de Fevereiro a março 
de 2018 com o objetivo de analisar a prática da leitura e literatura na Educação 
infantil, nas instituições públicas e privadas. 
 
30 
 
 
5.1 Análise e interpretação dos gráficos 
 
Inicialmente foi-se necessário investigar a formação dos professores da 
rede pública e foi constatado que 60% dos professores possuem nível superior 
e 40% possuem a pós graduação. Demonstrando que o aprimoramento dos 
conhecimentos é bastante efetiva. 
REDE PÚBLICA 
 Gráfico1 
 
 
 
 
 
 
 Com relação à escolaridade dos professores da rede privada, 80% 
dos professores tem a graduação e 20% a pós graduação. Mantendo assim uma 
semelhança se referindo ao interesse de formação acadêmica. 
 REDE PRIVADA 
 Gráfico 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
40%
60%
Formação dos professores
Pedagogia Pós
80%
20%
Nível de Escolaridade
Pedagogia Pós
31 
 
 
 Buscando compreender a experiência dos docentes foi necessário coletar 
dados referentes ao tempo de atuação dos professores da rede pública, foi 
possível coletar que 80% trabalham na educação de 4 a 7 anos e 20% mais de 
7 anos, compreendendo que os profissionais tem uma experiência significativa. 
REDE PÚBLICA 
 Gráfico3 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os professores da escola particular apresentou dados de 50% de 4 a 7 
anos e 50% mais de 7 anos demonstrando assim mais tempo de atuação na 
área. 
REDE PRIVADA 
 Gráfico 4:20%
80%
Tempo de atuação
De 4 à 7 anos Mais de 7 anos
50%50%
Tempo de Atuação
De 4 à 7 anos Mais de 7 anos
32 
 
 
Investigando o gosto do trabalho com a literatura foi possível compreender 
que 100% dos docentes da rede publica gostam e trabalham a literatura em suas 
aulas, partindo da compreensão dos benefícios para a leitura de forma 
prazerosa. 
REDE PÚBLICA 
 Gráfico 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Com os professores da rede privada obteve-se o mesmo resultado 
100% dos profissionais gostam de trabalhar com a literatura. 
REDE PRIVADA 
 Gráfico 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
100%
0%
Trabalho com a Literatura
Sim Não
100%
0%
Trabalho com Literatura
Sim Não
33 
 
 
Analisando os recursos utilizados pelos professores da rede pública e 
compreende-se que 78% dos professores trabalham com a contação de 
histórias, método usado que mostra eficiência, porém é importante obter as 
técnicas, enquanto 11% faz o uso da leitura compartilhada e 11% da música. 
 REDE PÚBLICA 
 Gráfico 7: 
 
 
 
 
 
 
 
 Analisando os dados da rede privada é possível compreender que 
a contação também é bastante utilizada por 90% dos profissionais e 10% utilizam 
a leitura compartilhada. 
REDE PRIVADA 
 Gráfico 8 
 
 
 
 
 
 
 
78%
11%
0% 11% 0%
Recursos metodológicos
Contação de histórias Leitura Compartilhada
Revista Música
Outros
90%
10% 0%0% 0%
Recursos Medodológicos
Contação de histórias Leitura Compartilhada
Revista Música
Outros
34 
 
 
 Os professores da rede pública quando questionados se trabalham 
com textos diversos, obteve-se o total de 100%. Valorizando a utilização dos 
diversos gêneros no estímulo da leitura. 
REDE PÚBLICA 
 
 Gráfico 9 
 
 
 
 
 
 
 
 A pesquisa feita na rede privada, a maioria dos professores 
trabalham com os gêneros textuais diversos, exatamente 90%, porém houve 
uma pequena distinção com relação à rede pública, pois 10% declararam não 
trabalhar com a diversidade dos textos literários. 
REDE PRIVADA 
 Gráfico 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
100%
0%
Trabalho com textos diversos
Sim Não
90%
10%
Trabalho com textos diversos
Sim Não
35 
 
 
Analisando a interação dos alunos nas aulas com a literatura, na rede 
pública foi possível detectar que 70% dos alunos interagem efetivamente nas 
aulas, um número bem significativo, 20% dos professores declararam que 
grande parte dos alunos interagem nas aulas e apenas 10% declaram que às 
vezes acontecem a interação dos educandos. 
REDE PÚBLICA 
 Gráfico 11 
 
 
 
 
 
 
 
Na rede privada os dados foram bastante diversificados distribuídos em 
40% dos alunos sempre interagem efetivamente, 40% dos professores declaram 
que grande parte dos alunos interagem, 10% afirmam que às vezes ocorre a 
interação e 10% afirmam que uma pequena parte participa e nas aulas com a 
literatura. 
REDE PRIVADA 
 GRÁFICO 12 
 
 
 
 
 
 
10%
70%
20%
0%
Interação dos alunos
Às vezes Sempre A maioria Pequena parte
10%
40%40%
10%
Interação dos alunos
Às vezes Sempre A maioria Pequena parte
36 
 
 
 Os professores também foram questionados com relação aos gêneros 
textuais que trabalham, e a maioria de 80% afirma trabalhar mais com fábulas e 
apenas 20% com poema. Essa análise foi importante para compreender e 
detectar possíveis divergência na coleta dos dados do gráfico 9 e 10. 
REDE PÚBLICA 
 Gráfico 13 
 
 
 
 
 
 
 
Com os professores da rede privada foi possível afirmar que 50% 
trabalham com a fábula e 50% com contos, possibilitando uma melhor 
compreensão com relação aos desestímulos dos alunos, sendo possível 
salientar a falta de diversidade dos gêneros textuais. 
REDE PRIVADA 
 Gráfico 14 
 
 
 
 
 
 
 
0%
50%
50%
0%0%
Gêneros textuais trabalhados
Épico Fábula Conto Crônica Poema
0%
80%
0%
20%
Gêneros textuais trabalhados
Épico Fábula Conto Crônica Poema
37 
 
 
Buscando analisar a forma como os professores da rede pública 
estimulam seus alunos à leitura, foi possível entender que 80% costumam 
trabalhar com a roda de leitura e 20% dramatização. 
 REDE PÚBLICA 
 Gráfico 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com os professores da rede privada, obteve-se o praticamente o mesmo 
resultado, pois 50% dos professores declararam o uso da roda de leitura e 50% 
dramatização. Sendo evidente a falta de ferramentas diversificadas como a 
tecnologia. 
REDE PRIVADA 
 Gráfico 16 
 
 
 
 
 
 
 
 
80%
20%
0% 0%
Formas de estimular a leitura
Roda de leitura Dramatização Biblioteca Tablets
50%
50%
0% 0%
Formas de estimular a 
leitura
Roda de leitura Dramatização Biblioteca Tablets
38 
 
 
Sabe-se da importância de projetos que possibilitem a interação dos 
alunos com o universo da literatura, na intenção de incentivar a mesma de forma 
prazerosa. Então, na pesquisa feita com os professores da rede pública teve-se 
um dado bastante significativo, pois 80% dos profissionais afirmaram que a 
escola trabalha com projetos neste porte e apenas 20% não. 
 REDE PÚBLICA 
 Gráfico 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na pesquisa feita com os professores da rede privada, foi possível obter 
o dado bastante semelhante, em que a maioria de 90% afirmou que as escolas 
desenvolvem projetos voltados a literatura, e apenas 10% não. 
 REDE PRIVADA 
 Gráfico 18 
 
 
 
 
 
80%
20%
Projetos literários
Sim Não
90%
10%
Projetos literários
Sim Não
39 
 
 
Para obter resultados mais precisos, foi-se necessário compreender o 
período em que ocorrem os projetos literários. Todos os professores da rede 
pública afirmaram que acontecem por semestre. 
 REDE PÚBLICA 
 Gráfico 19 
 
 
 
 
 
 
 
Os professores da rede privada afirmam em 60% que acontecem no 
período semestral e já 40% afirma que é mensal. 
 REDE PRIVADA 
 Gráfico 20 
 
Consta-se com a presente pesquisa que os professores precisam 
incentivar seus alunos de forma mais dinâmica e diferenciada, porém foi possível 
compreender que caminham em busca da melhora, sendo um ponto bastante 
positivo. 
40%
60%
0%
Período do projeto
Mensal Semestral Anual
0%
100%
0%
Período do projeto
Mensal Semestral Anual
40 
 
 
5.2 Questionários dos coordenadores 
 
Com os questionários aplicados aos coordenadores, tanto da rede 
pública como na particular, foi possível perceber que a escola possui projetos 
que auxiliam o professor com relação ao estímulo a leitura. 
Assim, a coordenadora da rede pública declarou que ás vezes os 
professores realizam atividades diversificadas com relação às aulas com a 
literatura, fomentando a informação citada acima neste aspecto. Já a 
coordenadora da rede privada afirma que os profissionais sempre realizam 
atividades diversificadas, no entanto as pesquisas feitas com os professores da 
rede privada não comprovaram, afirmando possível divergência. 
Quanto ao trabalho com a contação de histórias, os coordenadores 
afirmaram a prática exercida pelos docentes e também possível confirmar 
através das observações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao realizar o trabalho, foi bastante discutido a importância de trabalhar 
a literatura infantil desde os momentos mais tenro da infância. Portanto é notável 
que o professor seja o melhor transmissor desta prática de leitura, sendo 
importante salientar que a família tem o dever de desenvolver seu papel, pois o 
ambiente familiar proporcionará para a criança a segurança e o estímulo no 
sentido da leitura, para que aconteça forma mais natural e espontânea possível. 
Inicialmente teve-se uma preocupação em enfatizar a importância dos 
manuseios com os livros. A partir das observações feitas nasescolas públicas e 
particulares foi possível analisar a forma com que os docentes lidam com o 
processo de apresentação do livro e o desenvolvimento das contações de 
histórias, sendo bem semelhantes em ambas as redes escolares. Os 
profissionais demonstraram o domínio em transmitir a história de forma lúdica e 
envolvente, no entanto ocorrem algumas situações que o professor deve-se 
mostrar flexível, ate porque esse é o momento especial onde o imaginário da 
criança mostra-se amplamente livre. 
Porem o acervo de livros e diversidades dos métodos não são 
trabalhados de forma correta, pois os diferentes tipos de textos literários devem 
ser explorados pelos professores, tendo como a confirmação no déficit desse 
trabalho, a partir dos questionários feitos com os professores da rede publica e 
privada onde houveram divergências com relação ao trabalho com diferentes 
textos literários. 
Deste modo é importante salientar a responsabilidade dos professores 
em abranger seus conhecimentos e desenvolver em suas aulas métodos 
diversificados com a intenção de integrar a criança no mundo mágico das 
histórias, explorando vários tipos de textos literários como: conto de fadas, 
cordel, poemas, música, etc, sendo assim um momento de diversão e alegria, 
possibilitando o despertar o prazer pela leitura. 
Sendo assim, fica evidente a importância da leitura para a criança não só 
na escola, mas também em todos os aspectos de convívio, possibilitando a 
compreensão do mundo a sua volta desenvolvendo seu crescimento pessoal. 
42 
 
 
 Acredita-se que esse trabalho venha despertar nos docentes o anseio em 
aprimorar seus conhecimentos com relação à literatura e como trabalhá-la em 
suas aulas, diversificando seus métodos de forma que possibilite para o 
educando o amor pela leitura, para que assim tornem-se leitores efetivos e 
críticos. 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 
1996. 
BARROS, Jussara de. "Estatuto da Criança e do Adolescente "; Brasil Escola. 
Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/dia-das-criancas/estatuto-
crianca-adolescente.htm>. Acesso em 25 de abril de 2018. 
_______ Constituição da Republica Federativa. 1998. 17ª ed.- Belo Horizonte: 
Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 2018 
 
_________Ministério da educação e do desposto. Secretaria de Educação 
Fundamental. Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil. Brasília: 
MEC SEF. 1998 Art 221 
 
________Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares 
Nacionais de Língua Portuguesa, 1º e 2º Ciclos do Ensino fundamental.1997 
Secretaria de Educação Fundamental - Brasília - MEC/SEF 
 
CAVALCANTI, Joana. Caminhos da literatura infantil e juvenil: dinâmicas e 
vivencias na ação. São Paulo. Paulus, 2002. 
 
https://brasilescola.uol.com.br/dia-das-criancas/estatuto-crianca-adolescente.htm
https://brasilescola.uol.com.br/dia-das-criancas/estatuto-crianca-adolescente.htm
43 
 
 
COELHO, Nelly Novaes. Literatura infantil. São Paulo: Ed. Moderna, 2000. 
DANIELS, M. T. de A. Vygotsky e a pedagogia. São Paulo: Loyola, 2003. 
 
Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-
2018. [consult. 2018-07-05 03:57:46]. Disponível na 
Internet: https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/ler 
 
FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P. Para entender o texto. Leitura e redação. São 
Paulo: Ática, 1990. 
 
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler em três artigos que se 
completam. 23ª ed. São Paulo: Cortez, 1989. 
 
FREIRE, Paulo . Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1996. 
FONSECA, Edi. Interações: com os olhos de ler. São Paulo. Blucher, 2012. 
JOLIBERT, Josette. Formando crianças leitoras. São Paulo: Artmed, 1994. 
 
LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982. 
 
LEITE, Lígia Chiappini Moraes. Invasão da catedral: literatura e ensino em 
debate. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. 
 
SILVA, Ezequiel Theodoro da. O Ato de Ler. 4ª ed. São Paulo: Cortez, 1987. 
 
SOARES, Magda. ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO: CAMINHOS E 
DESCAMINHOS. Revista Pátio, n. 29, fevereiro de 2004 
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-literatura/ Acessado em: 25.04.2018 
 
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil brasileira. Rio de Janeiro: Objetiva 
2004. 
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/ler
https://www.todamateria.com.br/o-que-e-literatura/
44 
 
 
ZABALZA, Miguel A. Qualidade em educação Infantil. Porto Alegre: Artmed, 
1998. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
APÊNDICE A 
QUESTIONÁRIO APLICADO AOS PROFESSORES 
1- Qual seu grau de formação? 
[ ] Normal médio [ ] Pedagogia [ ] Licenciatura [ ] Pós graduação 
 
2- Quanto tempo você atua na área da educação? 
 [ ] De 1 a 3 anos [ ] De4 a 7 anos [ ] mais de 7 anos 
 
3- O que você entende gosta de trabalhar com LITERATURA em sala de 
aula? 
 [ ] Sim [ ] Não 
4- Recursos que você utiliza nas aulas de literatura? 
 
[ ] Contação de histórias 
[ ] Leitura compartilhada 
[ ] Revista 
[ ] Música 
[ ] Outros 
 
5- Você costuma fazer leitura de textos literários diversos para seus alunos? 
[ ] Sim [ ] Não 
 
6- Com relação ao ensino da literatura todos os alunos interagem durante a 
aula e participa de forma prazerosa? 
 [ ] Às vezes [ ] Sempre [ ] A maioria [ ] Pequena parte 
 
7- Quais os gêneros que seus alunos mais gostam? 
 [ ] Épico [ ] Fábula [ ] Conto [ ] Crônica [ ] Poema 
 
8- Quais as diferentes formas de estimular os seus alunos a leitura? 
 [ ] Roda de leitura [ ] Dramatização [ ] bibliotecas [ ] tablets 
Outros: ________________________________________________________ 
9- A sua escola tem projetos de intervenção que contribua com do 
desenvolvimento e estimulo pela leitura? 
 
[ ] Sim [ ] Não 
10- Qual período? 
[ ] mensal [ ] Semestral [ ] Anual 
 
 
46 
 
 
APÊNDICE B 
 
QUESTIONÁRIO APLICADO AO DIRETOR/COORDENADOR 
 
 
1- Tempo de atuação? 
[ ] De 1 a 2 anos [ ] De 3 a 4 anos [ ] Mais de 6 anos 
2- No PPP da escola existem projetos de intervenção que auxiliam ao 
estimulo ao uso de textos literários? 
[ ] Sim [ ] Não 
3- Nos planejamentos dos professores existem atividades diversificadas para 
com a leitura? 
[ ] Sempre [ ] Quase sempre [ ] Ás vezes [ ] Nunca 
4- Qual o nível de satisfação dos alunos para com as aulas em que envolve 
a literatura ministrada pelos professores? 
 
[ ] Bom [ ] Ruim [ ]Regular 
5- Os professores costumam trabalhar com contação de histórias? 
 
[ ] Sempre [ ] Quase sempre [ ] Ás vezes [ ] Nunca

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