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PNEUMOTÓRAX

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â 
 Lucas Serra 
 
 
 
PNEUMOTÓRAX 
 
 
Pneumotórax significa a presença ou acúmulo de 
ar na cavidade pleural, como consequência da 
solução de continuidade da integridade das 
pleuras. O ar pode ser resultante da ruptura da 
pleura visceral ou da pleura parietal, bem como 
pode ser formado também por fermentação 
pútrida de empiema. 
Essa patologia é mais comum nos fumantes 
devido à inflamação das vias aéreas, sendo 
proporcional ao número de cigarros por dia 
O pneumotórax é classificado em espontâneo 
(primário ou secundário) e não espontâneo 
(traumático). O pneumotórax espontâneo primário 
ocorre em pacientes sem doença pulmonar 
subjacente ou evidente, enquanto que o 
secundário surge como complicação de doença 
pulmonar previamente conhecida. 
O pneumotórax traumático surge como 
consequência de um trauma de tórax aberto ou 
fechado, bem como consequência de 
procedimentos intervencionistas com finalidade 
terapêutica ou diagnóstica, sendo estes casos, 
frequentemente, rotulados como pneumotórax 
iatrogênico. 
Classificação e Etiologia 
Durante quase todo ciclo respiratório a pressão 
no interior dos brônquios é maior que a pressão 
intrapleural por conta da elasticidade intrínseca 
do pulmão, ou seja, a pressão no espaço pleural é 
negativa em relação à pressão atmosférica. 
O gradiente de pressão resultante mantém a 
pleura visceral aposta contra a pleura parietal na 
parede torácica, em um equilíbrio dinâmico que é 
rompido quando se estabelece comunicação entre 
o meio externo e a cavidade pleural. 
A penetração do ar alterando todo esse equilíbrio 
pressórico torna a pressão na cavidade pleural 
positiva. A interposição de ar entre as pleuras 
caracteriza o pneumotórax, que pode ter origem 
a partir de rotura da pleura visceral, parietal ou 
por descontinuidade da pleura mediastinal, na 
lesão do esôfago ou de vias aéreas. 
As principais consequências fisiológicas 
dependem da magnitude do pneumotórax, da 
condição do pulmão subjacente e do nível 
tensional, que ocasionam restrição à ventilação 
pulmonar. 
Ocorre uma redução dos volumes pulmonares, 
da capacidade vital e de difusão, da 
complacência pulmonar e da pressão alveolar de 
oxigênio (PaO2). 
Quando os níveis tensionais no interior da 
cavidade pleural se elevam acima da pressão 
atmosférica, se instala um quadro de 
pneumotórax hipertensivo que ocorre por um 
mecanismo, provavelmente, valvular e 
unidirecional. 
Há desvio do mediastino para o lado 
contralateral, pinçamento das veias cavas com 
obstrução do retorno venoso ao coração, 
diminuição do débito cardíaco, dispneia, 
hipoxemia e choque circulatório. 
 
→ DPOC e Asma brônquica; 
→ Tuberculose pulmonar e
 Pneumonia estafilocócica 
(pneumatoceles); 
â 
 Lucas Serra 
→ Abscesso pulmonar de localização 
periférica; 
→ Tromboembolia pulmonar; 
→ Câncer de pulmão e Fibrose cística; 
→ Internação em UTI (punções, 
respiradores artificiais). 
 
Sinais e Sintomas 
O diagnóstico do pneumotórax se baseia na 
história clínica, no exame físico e na análise dos 
exames radiológicos. 
Os principais sintomas são: 
→ Dor torácica de início agudo e de 
localização ipsilateral; 
→ Dispneia variável com a gravidade do 
quadro; 
A dispneia é proporcional à magnitude do 
pneumotórax, à velocidade do acúmulo do ar, ao 
grau de colapso pulmonar e da reserva 
cardiopulmonar do paciente. 
Ela é o principal sintoma devido à limitação 
funcional ocasionada pela doença adjacente, 
fazendo com que, mesmo um pneumotórax de 
pequenas proporções, ocasione um quadro de 
franca insuficiência respiratória, com retenção de 
gás carbônico e queda da PaO2. 
1. Pneumotórax normotenso 
- Dor pleurítica (repentina e inesperada); 
- Dispneia, taquipneia, tosse seca; 
- Respiração superficial; 
- Diminuição ou ausência do frêmito toracovocal; 
- Hipersonoridade ou som timpânico à percussão; 
- Diminuição ou ausência do murmúrio vesicular; 
- Ressonância vocal 
diminuída; 2. Pneumotórax 
hipertenso 
- Dispneia progressiva; 
- Cianose e Taquicardia; 
-Hipotensão arterial 
-Turgência venosa cervical e Enfisema 
subcutâneo; 
- Desvio de Mediastino contralateralmete e 
pinçamento das veias cavas, reduzindo o retorno 
venoso. 
Exames Complementares 
→ Raio-X de Tórax 
- Presença de ar na cavidade pleural; 
- Desvio do mediastino para o lado contrário; 
- Pneumotórax pequeno só é evidenciado 
em Raio-x com expiração forçada ou em 
decúbito lateral; 
- Pneumotórax hipertensivo: Desvio do 
mediastino, rebaixamento do diafragma e 
alargamento dos espaços intercostais. 
 
→ Gasometria Arterial 
- Hipoxemia com hipocapnia secundária à 
hiperventilação; 
 
→ ECG 
- Desvio do eixo do QRS, alterações 
inespecíficas do segmento ST, inversão da 
onda T e diminuição da amplitude do QRS 
no pneumotórax à esquerda. 
 
→ TC 
- Útil em situações clínicas especiais 
quando é necessária uma avaliação mais 
cuidadosa da cavidade pleural, como nos 
casos de enfisema subcutâneo. 
 
Parâmetros a serem observados para escolha do 
tratamento: Tamanho do pneumotórax e quadro 
clínico. 
→ Pneumotórax pequeno: No Rx de tórax em 
PA, com paciente de pé, distância entre a 
cúpula pulmonar e a parede torácica < 3 
cm. 
→ Pneumotórax grande: Distância > ou = 3 cm. 
→ Quadro clínico estável: Frequência 
respiratória < 24 rpm; frequência cardíaca> 
60 ou < 120 bpm. Pressão arterial normal, 
saturação de oxigênio > 90%. 
→ Quadro clínico instável. 
 
TRATAMENTO CONSERVADOR - Pneumotórax 
pequeno e paciente clinicamente estável 
(hospitalização nos casos de pneumotórax 
secundário). 
â 
 Lucas Serra 
- Alívio da dor, não fazer esforços, antitussígeno, 
leve sedação; 
- Oxigênio por cateter nasal (acelera a 
reabsorção do ar da cavidade pleural); 
 
 
DRENAGEM PLEURAL FECHADA- 
Pneumotórax 
pequeno, secundário, em paciente estável, 
pneumotórax primário ou secundário grande, 
pneumotórax secundário de qualquer tamanho 
em paciente instável e pneumotórax hipertensivo 
(toracocentese de urgência até realização da 
drenagem); 
- Drenagem torácica (abordagem pela linha axilar 
média, 6° ou 7° espaço intercostal, sob anestesia 
local, incisão de 2,5 a 3 em, para introdução do 
dreno tubular em direção ao ápice pulmonar); 
- Monitoração: Rx do tórax, ausculta e escape 
aéreo observado no frasco de drenagem; 
 
 
TORACOSCOPIA- Propicia melhor 
posicionamento do dreno torácico no 
pneumotórax septado. 
- Ablação de bolhas subpleurais com diâmetro < 
2 cm. 
- Pleurodese química. 
- Tratamento de fístula broncopleural, persistente 
após drenagem pleural. 
- Pneumotórax recorrente. 
- Toracoscopia ou pleurodese através do tubo 
torácico: Indicadas após o segundo episódio, no 
caso de pneumotórax primário, e no primeiro 
episódio quando secundário ou quando paciente 
tem risco aumentado (aviadores, mergulhadores). 
 
 
Pneumotórax hipertensivo (em geral pós- 
traumático e/ ou devido a ventilação mecânica). 
Tratamento: Introdução de agulha de grosso 
calibre na cavidade pleural seguida de drenagem 
sob selo d'água. 
 
 
TORACOTOMIA - Pneumotórax recorrente com 
dois ou mais episódios de pneumotórax 
espontâneo. 
Objetivo: fechar fístula aérea, corrigir ou ressecar 
a lesão, possibilitando reexpansão pulmonar

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