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1 AULA 4 IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA PLANEJAMENTO - Anamnese; - Exames de imagem; *radiografia panorâmica é o exame principal. Tomografia caso precise. • Disponibilidade tecidual • Sistema - Planejamento reverso; • Plataformas - Expectativas do paciente; - Previsão de custos. OBSERVAÇÕES DO PROFESSOR - Pacientes oncológicos ou com doenças sistêmicas é de extrema importância que seja feito um trabalho em sintonia com o médico dele. É imprescindível solicitar ao especialista que o acompanha o “Risco cirúrgico”. - É de extrema importância perguntar ao paciente os medicamentos utilizados por ele e como esses fármacos se comportam no organismo. - Medicamentos com Bifosfonato são medicamentos inibidores de atividades osteoclástica. Além de reduzir o tempo de vida útil e a função dos osteoclastos, interferem no processo de remodelação óssea também inibem os mediadores da inflamação. O tecido ósseo adulto é caracterizado pela presença de cálcio e fosfato, na forma de cristais de hidroxiapatita, elemento responsável pela função de apoio mecânico pelo qual os bifosfonatos têm alta afinidade, o que pode explicar o longo período de retenção no tecido ósseo, podendo ultrapassar 10 anos. Pelo fato de não serem metabolizados, especula-se que o uso prolongado possa afetar a remodelação óssea por muitos anos, mesmo após a interrupção do tratamento, o que deve ser levado em consideração nos tratamentos odontológicos. Existe uma associação entre a utilização dos BFs e o aparecimento de osteonecrose dos maxilares. Após intervenção traumática a cicatrização para pacientes que usam esse medicamento é de 8 semanas aproximadamente. - Quando se tem uma perda óssea em volta do implante, acontece uma diminuição do osso que está ali. Com isso o osso perde altura e volume e junto a ele o tecido mole (gengival). Isso pode ocasionar um black space, um espaço negro entre os dentes quando não se tem a papila interdental. CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS - Previsibilidade; *Esclarecimentos ao paciente como falar a ele sobre gerar edema, dores pós operatórias, sobre o tratamento, etc. - Medicação; *o professor prefere receitar uma medicação antibiótica pré-operatória. Antibiótico 2g (dose única), 1-2h antes do procedimento cirúrgico. Ao realizar a extração de um dente e houver muito tecido inflamatório, podemos estender a utilização desse antibiótico por mais 5-7 dias. *Se a cirurgia for muito traumática podemos entrar com um anti-inflamatório. *Analgésico: de preferência Dipirona Sódica. Aos pacientes que tenham tolerância à Dipirona, serão tratados com Paracetamol ou Deocil. - Dieta; *Avisar ao paciente que ele precisará fazer uma dieta diferenciada no pós operatório. Ele precisa ser avisado antecipadamente para se programar antes da realização da cirurgia. Alimentos recomendados: sorvete, requeijão, patê, frutas para amassar, etc. - Cuidados. *A importância da utilização da bolsa de gelo (podemos dar de agrado ao paciente). 2 AULA 4 IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA *Dormir em ambiente fresco, não praticar nenhum tipo de esporte, etc. REQUERIMENTOS PARA UMA CIRURGIA DE IMPLANTES - Boa luz operacional; - Sucção de alta performance; - Cadeira odontológica que pode ser ajustada por controle de pé; - Unidade de perfuração cirúrgica que pode fornecer velocidades relativamente altas (até 3000 rpm) e velocidades de perfuração baixas (até cerca de 10 rpm) com bom controle de torque; - Sistema de irrigação projetado para manter os ossos resfriados durante o processo de perfuração e fresagem; - Instrumentação cirúrgica apropriada para o sistema de implante que está sendo usado e o procedimento cirúrgico; - Campos estéreis, aventais, luvas, tubos de sucção etc; - Número apropriado e o design dos implantes planejados, além de um estoque adequado para atender a eventualidades inesperadas durante a cirurgia; - Imagens: radiografias completas, incluindo tomografias; - Um assistente treinado; - Uma terceira pessoa para atuar como um corredor entre o ambiente estéril e o não estéril. TÉCNICAS CIRÚRGICAS - Sem guias; • Com retalhos • Sem retalhos – “Flapless” - Com guias. *Não será falado nesta aula. SEM GUIAS - COM RETALHOS Uma área será descolada para o profissional poder ter acesso visual ao sítio ósseo que receberá o implante. SEM GUIAS - SEM RETALHO Com um instrumento chamado de bisturi circular, o CD fará um corte circular removendo um pedacinho do tecido gengival e nessa pequena área o implante é inserido. É uma cirurgia com o mínimo de trauma favorecendo o pós-operatório. *Este tipo de cirurgia é recomendada em região posterior com um volume muito grande de osso. *O professor não recomenda esse tipo de cirurgia em dentes anteriores pq é uma região que aparece muito a região papilar e de tecido de contorno do dente. Esteticamente não fica legal. 3 AULA 4 IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA SEQUÊNCIA CIRÚRGICA Essa cirurgia foi realizada pelo próprio professor, onde ocorreu a extração de uma raiz e em seguida a colocação de um implante. 1. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS Usar sabonete de Digliconato de clorexidina a 2% para a higienização das mãos. Passar a escova e com o sabão no sentido do punho à ponta dos dedos. Após a lavagem é necessário secar as mãos em um pano estéril. 2. CALÇAR AS LUVAS CIRÚRGICAS ESTÉREIS As luvas serão calçadas após a colocação do kit de roupas cirúrgicos. É de extrema importância não tocar em nada com a parte que entrará em contato com instrumental cirúrgico. Escolher o lado que irá calçar primeiro, após a colocação inserir os dedos na dobra da outra luva para calçar a outra mão. 3. KIT CIRÚRGICO ESTÉRIL Protetores de refletor, protetores de mangueiras (sugador e motor do implante), campo acessório fenestrado para ser colocado sob o paciente e o campo cirúrgico com todo o instrumental utilizado na cirurgia. 4. ANESTESIA Eleger o melhor anestésico. 4 AULA 4 IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA 5. CIRURGIA Nesse caso clínico, será extraído um dente antes da colocação do implante. - Descolamento do tecido gengival; - Extração da Raiz propriamente dita; *importante preservar o osso. - Realizar a curetagem. *Passar a lima para a retirada de tecidos inflamatórios de dentro do alvéolo. - Preparação do sítio ósseo que receberá o implante. - Marcação a laser; - Começa com uma broca esférica para fazer uma mossa no osso. - Depois, entra com uma broca lança; - E logo após, uma broca Piloto. Ela tem uma parte que não corta que é igual a broca lança. Abre o diâmetro de 2-3mm. - Se o osso for macio, entrar só com a broca de 3 mm. - Se o osso for mais duro, a broca deverá ser mais larga para melhorar a performance do parafuso na hora do corte. E em muitas ocasiões será utilizado um macho de rosca para fazer as roscas previamente no osso, fazendo com que o parafuso entre com o mínimo de esforço. 5 AULA 4 IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA - A sequência da colocação do implante propriamente dito: B1: Perfuração inicial com uma broca lança; B2: Utilização de um pino de paralelização para avaliar a inclinação (importante colocar um fio dental para assegurar que o paciente não seja deglutido pelo paciente); B3: Progredir para uma broca mais larga; B4: Sondar para conferir se a perfuração está na altura correta; B5: Abre espaço para o colarinho se acomodar. B6: (OPCIONAL) se o osso for muito duro utilizamos um macho de rosca. B7: Colocação doimplante propriamente dito e o parafuso de cobertura; B8: Tempos depois, após a ossointegração do parafuso, ele será substituído por um mais alto de cicatrização. Este ajudará na cicatrização da gengiva em volta do implante. K: Carter singer fazendo o colarinho. L: O implante no montador. Importante dizer que existem 2 tipos de implantes disponíveis no mercado, um é o implante que vem com o montador e o outro é o de torque interno que vem sem o montador. Este precisa de uma ferramenta chamada de Chave de carreamento (diferente da chave de rosqueamento) para encaixar no implante e carrear até o sitio onde o mesmo será colocado. Vantagem do sistema de torque interno: diminui o custo do implante pq não precisa produzir um montador para colocar nesse implante. 6 AULA 4 IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA Desvantagem do sistema de torque interno: as paredes desse implante se tornam um pouco mais finas do que um implante que já vem montado. M: Colocação do implante propriamente dito com auxílio do contra-ângulo. Existem 2 formas de se colocar um implante: uma delas é com o auxilio do contra-ângulo e a outra com o auxílio da catraca. EM CARACTERÍSTICAS IDEAIS A COLOCAÇÃO DE UM IMPLANTE NUM SÍTIO ÓSSEO DEVERÁ TER UMA RESISTÊNCIA DO OSSO DA ORDEM DE 45 NEWTONS. PODE CAIR EM PROVA!!!: 45 NEWTONS É A FORÇA DO TORQUE NECESSÁRIA PARA GARANTIR UMA INSTALAÇÃO DE IMPLANTE ADEQUADA E SUA INSTABILIDADE PRIMÁRIA. Obs: Em casos em que o osso seja mais macio (D4), a força de 45 newtons continua sendo a mesma. O que diferencia é o tempo da ossointegração do implante, ou seja, o tempo de espera será maior. O cuidado de uma instalação de implante deve ser redobrado em ossos com densidade D1 e D4. * = densidade 1 e densidade 4 Foto 1: Colocação do implante com micromotor Foto 2: Colocação com catraca Figuras 1 e 2: Instalação do parafuso de cobertura. A maioria dos fabricantes vendem este parafuso junto com o implante. Figura 3: Finalização da colocação do implante. - Se houver GAP (um espaço vazio), entre o implante e o tecido gengival, é necessário preencher com biomaterial antes de fechar o retalho cirurgicamente. *o biomaterial é um osso sintético à base de fosfato de cálcio bifásico. 7 AULA 4 IMPLANTODONTIA TÉCNICAS CIRÚRGICAS EM IMPLANTODONTIA Suturar o retalho, ou seja, fechar a ferida cirúrgica com fio 5-0 ou 6-0 após a colocação do enxerto ósseo.
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