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Texto 4 Katia Lima e Herminio Borges - Educacao a distancia no cenario de expansao da educacao superior a UAB em foco

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO CENÁRIO DE EXPANSÃO DA EDUCAÇÃO 
SUPERIOR: A UAB EM FOCO 
 
Kátia Regina Rodrigues Lima 
Universidade Estadual Vale do Acaraú-UVA 
Bolsista Produtividade-BPI/FUNCAP 
katialima@multimeios.ufc.br 
Hermínio Borges Neto 
Universidade Federal do Ceará-UFC 
herminio@multimeios.ufc.br 
 
 
Introdução 
A problemática da expansão da educação superior ocupa centralidade nos 
debates atuais em decorrência dos baixos indicadores de cobertura nesse nível de 
ensino, da redefinição do papel do Estado e da implementação de medidas que 
integraram a ―reforma‖ universitária do governo Lula da Silva (2003-2010) e de sua 
continuidade e aprofundamento no governo Dilma Rousseff (2011-atual). 
O texto versa sobre a educação a distância no cenário de expansão da educação 
superior destacando a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) seus objetivos e 
papel na consolidação dessa modalidade educacional. 
 
1 A educação superior no cenário atual: ações marcas e tendências 
Para entendimento da educação superior atual, tomaremos como recorte tempo-
ral inicial o governo Lula da Silva e destacaremos alguns elementos essenciais, enfati-
zando as ações, marcas e tendências desse nível de ensino. 
Ao assumir Lula da Silva a Presidência da República em 2003, a educação su-
perior brasileira contava com 3.479.913 matrículas, sendo 1.051.655 no setor público e 
2.428.258 no privado. Do total de 1.637 instituições de educação superior (IES), 195 
(11, 9%) eram públicas e 1.442 (88,1%) privadas. Isto representava um baixo índice de 
estudantes de 18 a 24 anos no ensino superior e elevado grau de privatização do sistema. 
Além disso, estava em vigência o Plano Nacional de Educação nº 10.172, ela-
borado em consonância com as diretrizes dos organismos internacionais, que estabelecia 
a meta de ―prover, até o final da década, a oferta de educação superior para, pelo menos, 
30% da faixa etária de 18 a 24 anos‖. 
mailto:katialima@multimeios.ufc.br
2 
 
Para dar resposta à necessidade de garantia do acesso e de expansão do ensino 
superior, o governo Lula da Silva implementou um conjunto de medidas que 
formataram a reforma universitária de seu governo, tais como: a criação do Grupo de 
Trabalho Interministerial que elaborou dois documentos fundamentais — Bases para o 
Enfrentamento da Crise Emergencial das Universidades Federais e Roteiro para a 
Reforma Universitária Brasileira e Reafirmando Princípios e Consolidando Diretrizes 
da Reforma da Educação Superior; A Lei nº 10.801, de 14/04/2004, que institui o 
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior-SINAES; a Lei de Inovação 
Tecnológica, 10.973/04, que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e 
tecnológica no ambiente produtivo; o Decreto Presidencial 5.205/04, que regulamenta 
as parcerias entre as universidades federais e as fundações de direito privado; a Medida 
Provisória nº 213/2004, instituindo o Programa Universidade para Todos (PROUNI); a 
Lei da Parceria Público-Privado de nº 11.079/2004; as diversas versões dos anteprojetos 
de lei da reforma da educação superior e o PL 7.200/06, que trata da reforma da 
educação superior; a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB) pelo Decreto nº 
5.800/2006, o Decreto Presidencial nº 6.096/2007, que institui o Programa de Apoio a 
Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais REUNI; e a criação do 
Banco de Professor-Equivalente, parte constituinte do Plano de Desenvolvimento da 
Educação-PDE, apresentado em 2007; a proposta de reformulação do Exame Nacional 
do Ensino Médio-ENEM, criado no governo Fernando Henrique Cardoso, entre outras. 
No âmbito da educação superior pública do País, predominaram as políticas 
afirmativas por meio do Projeto de Lei 3.627/2004, aprovado em 2008, que garantiu a 
reserva de vagas de 50% nos cursos de graduação das instituições de ensino superior 
(IES) públicas para alunos egressos do ensino médio público
1
 (PAULA, 2011);e a 
expansão e reestruturação das universidades federais por meio do Programa de Apoio a 
Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), visando à 
ampliação de vagas nessas instituições. O REUNI tem recebido muitas críticas de 
especialistas em educação superior, pois introduz nas instituições federais de ensino 
superior a lógica do contrato de gestão, apresenta desproporção entre as metas e os 
recursos investidos, desenha um cenário de precarização do trabalho docente, uma 
expansão sem qualidade e a liquidação da herança humboldtiana. 
 
1 A nova versão uniu cota racial e cota social. 
3 
 
No setor privado, a ampliação do acesso ocorreu mediante transferência de 
recursos públicos a este setor educacional por meio de isenção fiscal em troca de vagas 
nestas instituições pelo Programa Universidade para Todos (PROUNI) e por intermédio 
do financiamento estudantil (empréstimo financeiro ao estudante para pagamento de 
mensalidades) como o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES). 
O PROUNI, criado pela Medida Provisória n
o
 213, de 10 de setembro de 2004, 
e institucionalizado pela Lei nº 11.096/2005, visa à oferta de bolsas de estudo em 
instituições de ensino superior privado, com ou sem fins lucrativos, para cursos de 
graduação e sequenciais de formação específica. As bolsas são concedidas a egressos do 
ensino médio da rede pública de ensino ou particular, na condição de bolsistas integrais, 
que tenham renda familiar de até três salários mínimos e que tenham realizado a prova 
do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). As bolsas são disponibilizadas em dois 
tipos — parciais (25% ou 50%) e integrais. 
As IES que aderiram ao PROUNI são isentas de três contribuições e um 
imposto (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição Social 
para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) e da Contribuição para o 
Programa de Integração Social (PIS) e do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas 
(IRPJ)) que deixaram de compor o fundo público. No período 2005 a 2011, a isenção 
fiscal do Programa atingiu os seguintes patamares financeiros: R$ 106.737.984, em 
2005; 114.721.465, em 2006; R$ 126.050.707, em 2007 em valores estimados, e a 
previsão para o primeiro semestre de 2008 325,8 milhões; previsão para 2010, R$ 
599.078.735,00; e para 2011, R$ 666.287.785,00. 
O Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior (FIES) substituiu 
o Crédito Educativo (CREDUC), reformulado no governo FHC. A partir de 2010, foi 
assumido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Os 
beneficiários do FIES devem estar regularmente matriculados em cursos superiores não 
gratuitos e com avaliação positiva no SINAES. 
A expansão da educação superior efetivou-se mediante processo de 
privatização e por meio da diversificação do sistema. Em 2010, no tocante ao número e 
percentual de IES por categoria administrativa, o cenário era de 88,3% (2.100) de IES 
privadas e 11,7 (278) públicas, sendo 4,2% federais, 4,5% estaduais e 3,0% municipais. 
O setor privado concentrou 74,2% (4.736.001) do total de 6.379.299 matrículas. 
A diversificação institucional, impulsionada pelo Decreto nº 2.306/1997 do go-
verno Fernando Henrique Cardoso e uma das metas do PNE 2001-2010 é consolidada 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Mpv/213.htm
4 
 
pela Portaria Normativa nº 40, de 12 de dezembro de 2007, que classifica as instituições 
de educação superior, de acordo com a organização acadêmica, em: faculdades, centros 
universitários, universidades, institutos federais de educação, ciência e tecnologia e cen-
tros federais de educação tecnológica. A participação de faculdades é predominante, 
com 85,2% (2.025) do total de 2.378 instituições existentes em 2010. As universidades 
correspondem a 8,0%, os centros universitários a 5,3% e os institutos federais de educa-
ção, ciência e tecnologia (IF)e centros federais de educação tecnológica (Cefet) a 1,6%. 
A educação a distância foi outro mecanismo presente. A LDB nº 9.394/96 
definiu a EAD como uma modalidade de ensino. A partir de 1998, houve um aumento 
considerável do número de credenciamento e autorização de cursos superiores regulares 
de educação a distância
2
. Dourado (2008) indica que em 1999, apenas duas instituições 
de ensino superior ofertavam cursos a distância e, em 2007, essa realidade já estava bem 
diferenciada, pois havia 104 instituições credenciadas, sendo 62 (59,61%) do setor 
privado. 
Conforme o Censo da Educação Superior de 2010, a presença da EAD é 
expressiva, com 930.179 matrículas a distância (14,6%), das quais 80,5% oferecidas 
pelo setor privado, enquanto 5.449.120 matrículas são presenciais. A expansão 
significativa das matrículas a distância concentrou-se no período de 2005 a 2009
3
. As 
matrículas da EAD localizaram-se nos cursos de licenciaturas, 426.241 (46%), enquanto 
que 268.173 (29%) foram matrículas de bacharelado e 235.765 (25%) em cursos 
superiores de tecnologia
4
. 
A educação superior brasileira no quadro atual é uma das mais privatizadas e 
elitistas da América Latina. Do total de 2.365 instituições de ensino superior, 88% 
(2.081) são privadas e apenas 12% (284) públicas, sendo 7% estaduais, 4,3% federais e 
3,0% municipais, conforme Censo da Educação Superior 2011. 
A diversificação institucional permanece como marca e tendência do sistema 
com 84,7% (2.004) de faculdades, 8,0% (190) de universidades, 5,6% (131) de centros 
universitários e 1,7% (40) expressa a totalidade dos institutos federais de educação, ci-
ência e tecnologia (IF) e de centros federais de educação tecnológica (Cefet). Ocorre, 
 
2 Os pedidos totalizaram 87 e, destes, 80% consistiam em solicitações para cursos de graduação de 
formação de professores. E 60% do percentual citado anteriormente correspondiam a pedidos para cursos 
de Pedagogia e de Normal Superior. 
3 Ver Anexo I. 
4 Diferentemente, em 2010, as matrículas nos cursos presenciais atingiram 3.958.544 de bacharelado, 
928.748 de licenciatura e 545.844 de grau tecnológico, conforme Censo de 2010. 
5 
 
assim, a predominância da organização acadêmica faculdades, principalmente no setor 
privado (1.869). 
A liberalização ou mundialização é outra tendência da educação superior
5
. Os 
fatos comprovam essa afirmação. A revista Caros Amigos, de março de 2013, noticia a 
compra de ―100% das ações da universidade paulistana Anhembi Morumbi pelo grupo 
estadunidense Laureate Education‖. A matéria enfatiza que a incorporação de IES brasi-
leiras pelo capital estrangeiro não é recente nem restrita ao caso Laureate, e que o pro-
fessor Roberto Leher explica que essa operação financeira está assumindo novas confi-
gurações com a ―entrada dos setores bancários e rentistas nos negócios educacionais‖ 
(CAROS AMIGOS, 2013, p. 16). Destaca ainda que ―por meio de fundos de investi-
mentos (private equity), o processo de aquisições tem sido muito agressivo, acarretando 
na inédita concentração e oligopolização das empresas educacionais, e varrendo, rapi-
damente, as empresas de cunho familiar‖. (LEHER apud CAROS AMIGOS, 2013, p. 
16). 
A edição especial da revista Forum, de julho de 2013, também divulga a fusão 
anunciada no dia 22 de abril do corrente ano, da empresas Kroton Educacional S. A
6
 e 
Anhanguera Educacional, cuja transação é estimada em 14,1 bilhões, passando o grupo 
a controlar 800 unidades de ensino superior
7
. Na matéria, são citados quatro grupos 
privados que, até 2007, haviam ―conseguido abrir o respectivo capital no mercado 
financeiro: Anhanguera Educacional, Kroton, Estácio Participações e o grupo SEB 
(Sistema Educacional Brasileiro)‖. (FORUM, 2013, p. 21). A Faculdade Nordestes 
(FANOR) é outro exemplo de instituição de ensino superior brasileira comprada por 
grupo estrangeiro, o estadunidense DeVry. 
Nessa realidade de liberalização ou mundialização, surge mais um agente — os 
fundos de investimentos — responsáveis pelas movimentações de entrada de capital e 
ingerência estrangeira. Conforme matéria da Forum, esse processo foi iniciado 
[...] antes mesmo da entrada dos grupos na bolsa de valores, mais pre-
cisamente em 2006, quando a estadunidense Laureate International, 
controlada pelo fundo KKR, comprou a Anhembi Morumbi. Hioje, a 
 
5 Liberalização ou mundialização entendida conforme ideia expressa no artigo de Maria do Carmo de 
Lacerda Peixoto ao afirmar que ―se aproxima mais da noção de educação como bem global, por implicar 
a eliminação de barreiras para incrementar o movimento dos serviços educativos, facilitar o 
estabelecimento de filiais de universidades estrangeiras, executar cooperação dominada por critérios 
asistenciais, vender franquias acadêmicas, criar universidades corporativas, programas multimeios e 
universidades virtuais, sob controle de universidades e empresas dos países mais desenvolvidos‖. (2010, 
p. 33). 
6 São marcas do Grupo Kroton a Faculdade Pitágoras e a Universidade Norte do Paraná (Unopar). 
7
 810 escolas privadas associadas à educação básica, conforme a reportagem da Forum. 
6 
 
Estácio de Sá é administrada também por um fundo, o GP; a Anhan-
guera, pelo banco Pátria; a Kroton, pela Advent International. 
Na composição da nova companhia Kroton/Anhanguera, os fundos 
Advent e Pátria, já presentes no comando dos grupos atuais, continua-
rão à frente. (2013, p. 22). 
 
A revista Forum também mostra trecho de entrevista contida no portal IG, do 
sócio da Anhanguera, Gabriel Mário Rodrigues, que explicita e ratifica as afirmações 
retrocitadas: ―[Hoje] não tem mais dono de empresas. A tendência á não ter mais donos. 
Os donos são os fundos de pensão e os fundos de private equity feitos pelos bancos‖. 
 
2 Educação a distância no cenário de expansão da educação superior 
2.1 conceituação e gerações da educação a distância 
Inicialmente, as tentativas de conceituar educação a distância tomaram como 
referência a educação presencial, em que o professor, presente à sala de aula, é o 
protagonista do processo educacional (BRAGA, 1997). 
Walter Perry e Greville Rumbe (apud NUNES, 1994, p. 9-10) apontam como 
característica básica da educação a distância ―digital‖ 
O estabelecimento uma comunicação de dupla via, na medida em que 
professor e aluno não se encontram juntos na mesma sala requisitando 
assim, meios que possibilitem a comunicação entre ambos como 
correspondência postal, correspondência eletrônica, telefone ou telex, 
rádio, ―modem‖, videodisco controlado por computador, televisão 
apoiada em meios abertos de dupla comunicação etc. (...) há muitas 
denominações utilizadas correntemente para descrever a educação a 
distância, como: estudo aberto, educação não tradicional, estudo 
externo, extensão, estudo por contrato, estudo experimental. 
 
Conforme Braga (1997), outros autores também contribuem para a 
conceituação da educação a distância, a exemplo de Antônio Costa ao asseverar que 
A educação a distância constitui uma modalidade de ensino diferido, 
onde o tempo de produção é separado do tempo de uso que, por sua 
vez, se processa sem que as reações dos alunos possam ser 
contornadas pela improvisação do professor. A interação professor-
aluno se efetiva intermediada por algum tipo de meio, recurso ou 
material estrategicamente elaborado, que estimula o aluno à auto-
aprendizagem, assumindo, assim, papel ativo na assimilação do 
ensino, sendo que isto pode ser feito individualmente ou em grupo. 
(1994, p. 42-43) 
A Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) concebe essa 
modalidade não como feição de ensino, mas como ―a modalidade de educação em que 
as atividades de ensino-aprendizagem são desenvolvidas, em sua maioria, ‗sem que 
7 
 
alunos e professores estejam presentes no mesmo lugarà mesma hora‘‖. (DIAS e 
LEITE, 2010, p. 9). 
Mattar (2011) amplia essa conceituação, incorporando a presença das 
tecnologias de comunicação. Para o autor, ―a EAD é uma modalidade de educação, 
planejada por docentes ou instituições, em que professores e alunos estão separados 
espacialmente e diversas tecnologias de comunicação são utilizadas‖. (p. 3). 
Analisando os conceitos, percebe-se que uma das características centrais 
citadas para a definição de EAD é a separação física entre professor e aluno, que seria 
mediada pelo uso de tecnologias da informação e comunicação (incluindo aqui material 
impresso), bem como o aluno é alçado à condição de agente ativo de uma aprendizagem 
mais autônoma. 
O emprego da educação à distância não constitui novidade. Esta já foi utilizada 
em diferentes momentos e modalidades. Há autores que dividem a história da EAD em 
três gerações, quatro gerações e há os que falem em cinco. 
Mattar (2011) assevera que a primeira geração da EAD é a dos cursos por 
correspondência, tendo surgido em meados do século XIX. A segunda é a das novas 
mídias e universidades abertas; caracterizada pelo uso de mídias como o rádio, a 
televisão, fitas de áudio e telefone (como o sistema telensino utilizado pelo Estado do 
Ceará, no período de 1974 a 2004
8
), e pela criação das universidades abertas 
influenciadas pela Open University, de 1969. A terceira geração é a EAD on-line, com a 
introdução da ―utilização do videotexto, do microcomputador, da tecnologia de 
multimídia, do hipertexto e de redes de computadores, caracterizando a EAD on-line‖. 
(MATTAR, 2011, p. 6). 
Dias e Leite (2010) fazem referência aos autores Cabral, Oliveira e Tarcia 
(2007), que dividem a história da EAD em quatro gerações. A primeira é baseada em 
textos impressos ou escritos a mão; a segunda marcada pelo uso da televisão e do áudio; 
a terceira pela utilização multimídia da televisão, texto e áudio; a quarta organizada em 
torno das mídias digitais e internet. 
Os autores retrocitados destacam também a divisão feita por Taylor (2001) em 
cinco gerações: o Modelo por Correspondência, empregando a tecnologia de impressão; 
o Modelo Multimídia, usando tecnologias impressas e audiovisuais; o Modelo de 
 
8 Conforme Lima (2001, p. 44), o telensino surgiu em 1974 para ―suprir carências educativas (docente e 
técnica) e para atender à exigência de oferta das séries terminais do 1º grau (5ª, 6ª, 7ª e 8ª) feita pela lei 
5.692/71‖ e foi universalizado em 1993/94, pela Secretaria de Educação do Estado, de 5ª a 8ª série nas 
escolas públicas estaduais. 
8 
 
Teleaprendizagem, baseada em tecnologias de comunicação; Modelo de Aprendizagem 
flexível, com a utilização da internet para envio on line do material; a última, emergindo 
e derivando da quarta geração, visa a potencializar a utilização dos recursos da internet 
e 
web. 
Em todos estes casos, o que se há de destacar é a capacidade de estas 
tecnologias promoverem canais de retorno ao aprendiz, quer em tempo real quer em um 
espaço de tempo de resposta razoável. Este é o nó górdio do trabalho docente em um 
ambiente a distância. 
 
2.2. A criação da Universidade Aberta do Brasil no governo Lula da Silva 
No Brasil, nos anos 1990, As bases legais da EAD foram estabelecidas pela Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, em seu artigo 80. 
art. 80- o poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação 
de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades 
de ensino, e de educação continuada. 
§ 1º - a educação a distância, organizada com abertura e regime 
especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas 
pela união. 
§ 2º - a união regulamentará os requisitos para a realização de exames 
e registro de diploma relativos a cursos de educação a distância. 
§ 3º - as normas para produção, controle e avaliação de programas de 
educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão 
aos respectivos sistema de ensino, podendo haver cooperação e 
integração entre os diferentes sistemas. 
§ 4º - a educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que 
incluirá: 
I- custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radio-
difusão sonora e de sons e imagens; 
II- concessão de canais com finalidades exclusivamente educati-
vas; 
III- reserva de tempo mínimo, sem ônus para o poder público, pelos 
concessionários de canais comerciais. 
 
Em 1996, o Ministério da Educação
9
 criou a Secretaria de Educação a 
Distância (SEED)
10
, que teve como um de seus objetivos ―formular, fomentar e 
implementar políticas e programas de EAD, visando à universalização e democratização 
do acesso à informação, ao conhecimento e à educação‖. (DIAS e LEITE, 2010, p. 24). 
 
9
 O Ministério da Educação, em 2003 elaboram os Referenciais de Qualidade para Educação a Distância. 
Esse documento foi atualizado por uma comissão de especialistas em 2007. O documento faz referência a 
aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros. 
10
 A Secretaria de Educação a Distância foi extinta e seus programas e ações estão vinculados à Secretaria 
de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI). 
9 
 
A educação a distância é caracterizada como modalidade educacional, no 
governo Lula da Silva, organizada segundo metodologia, gestão e avaliação peculiares 
por meio do Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o art. 80 da 
Lei no 9.394/96. 
Art. 1º Para os fins deste Decreto, caracteriza-se a educação a 
distância como modalidade educacional na qual a mediação didático-
pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre com a 
utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação, com 
estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em 
lugares ou tempos diversos. (BRASIL, 2005, p. 1). 
 
Pode ser ofertada nos seguintes níveis e modalidades: educação básica, 
educação de jovens e adultos, educação especial, educação profissional (técnico, nível 
médio e tecnológico, nível superior), educação superior (sequenciais, graduação, 
especialização, mestrado e doutorado. 
Momentos presenciais são exigidos no processo. São eles: a) avaliações de 
estudantes; b) estágios obrigatórios; defesa de Trabalho de Conclusão de Curso; e 
atividades de laboratórios de ensino. 
A Portaria nº 4.059, de 10 de dezembro de 2004, permite a introdução da oferta 
de disciplina ―integrantes do currículo que utilizem modalidade semipresencial‖, de 
cursos superiores reconhecidos, desde que não ultrapasse vinte 20% da carga horária 
total do curso, permanecendo a obrigatoriedade da avaliação presencial. 
Belloni (2012, p. 100), em sua obra Educação a Distância, identifica dois 
blocos categoriais que agrupam tipos variados de instituições atuantes na área de EaD 
desde os seus primórdios: instituições especializadas (single-mode) que se dedicam 
exclusivamente ao ensino a distância, como a espanhola UNED (Universidad Nacional 
de Educación a Distancia (www.uned.es/); as instituições integradas (dual-mode) que 
desenvolvem experiências por meio de instituições convencionais, públicas ou privadas 
como as existentes nos Estados Unidos e Austrália. Destaca ainda a presença do terceiro 
tipo, o das instituições educacionais organizadas sob a forma de associação, rede ou 
consórcio. 
No Brasil, o Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB), criado no governo 
Lula da Silva, é emblemático do terceiro bloco categorial. O Sistema foi instituído 
mediante o Decreto nº 5.800, de 8 de junho de 2006, como sistema ―voltado para o 
desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com a finalidade de expandir e 
10 
 
interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no país‖, conforme art. 
1º do referido Decreto. 
A ideia de criação da UAB teve origemno Fórum das Estatais pela Educação, 
do Ministério da Educação e da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições 
Federais de Ensino Superior (ANDIFES). A proposta tem na ―fundação de direito 
privado a referência para gestão do financiamento e da organização dos consórcios a 
serem criados com o objetivo de desenvolver atividades de educação a distância ...‖ e 
estabelece ―gestão em regimes consorciados entre empresas estatais, o MEC, as 
instituições federais de ensino superior (Ifes) e empresas e universidades privadas que 
se agreguem ao projeto‖. (LIMA, 2006), além da organização de um conselho gestor da 
Fundação
11
 com a participação da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 
São objetivos do Sistema UAB: 
I- oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação 
inicial e continuada de professores da educação básica; 
II- oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes, gestores 
e trabalhadores em educação básica dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
III - oferecer cursos superiores nas diferentes áreas do conhecimento; 
IV - ampliar o acesso à educação superior pública; 
V - reduzir as desigualdades de oferta de ensino superior entre as 
diferentes regiões do País; 
VI - estabelecer amplo sistema nacional de educação superior a 
distância; e 
VII - fomentar o desenvolvimento institucional para a modalidade de 
educação a distância, bem como a pesquisa em metodologias 
inovadoras de ensino superior apoiadas em tecnologias de informação 
e comunicação. (BRASIL, 2006, p. 1). 
 
A UAB oferta cursos e programas de educação superior a distância em 
colaboração com entes federativos por meio de instituições públicas de ensino superior. 
(DECRETO 5.800/2006). 
De acordo com o histórico do Sistema, seu primeiro edital, publicado em 20 de 
dezembro de 2005, conhecido como UAB1, ―permitiu a concretização do Sistema UAB, 
por meio da seleção para integração e articulação das propostas de cursos, apresentadas 
exclusivamente por instituições federais de ensino superior ...‖. Dentre as primeiras Ifes 
a ofertar cursos a distância encontram-se a Universidade Federal do Pará e a 
Universidade Federal do Ceará, com as licenciaturas de Matemática, Física, Química e 
Biologia. Com o segundo edital, de 18 de outubro de 2006, denominado UAB2, a 
participação foi aberta a todas as instituições públicas. 
 
11Fundação de Fomento à Universidade Aberta do Brasil. 
11 
 
Dados do 6º Fórum Nacional de Coordenadores do Sistema Universidade A-
berta do Brasil (UAB) mostram que o total de instituições públicas de ensino superior 
(Ipes) vinculadas ao sistema é de 103 (56 universidades federais, 30 estaduais e 17 insti-
tutos federais de educação, ciência e tecnologia). O sistema possui 636 polos de apoio 
presencial, estando 218 deles concentrados na região Nordeste. 
No Ceará, os cursos e programas da UAB são ofertados pela Universidade 
Federal do Ceará-UFC, Universidade Estadual do Ceará-UECE, Instituto Federal de 
Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará – IFCE, Fundação Oswaldo Cruz – 
FIOCRUZ, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Universidade Federal de Santa 
Maria – UFSM, Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, Universidade Federal 
Rural de Pernambuco – UFRPE. As IES citadas ofertam cursos de Licenciatura, 
Bacharelado, Extensão, Pós-Graduação Lato Sensu e Tecnólogo. São 29 polos da UAB 
distribuídos pelo Estado
12
. 
A instituição do Sistema UAB consolidou a modalidade de ensino a distância 
no Brasil que corresponde atualmente a 14,7% (992.927) do total de matrículas em 2011 
(6.739.689) e a presencial a 85,3% das matrículas (5.746.762). A oferta de cursos de 
graduação está assim distribuída: do total de 30.420 cursos, 29.376 (96,6%) são da 
modalidade presencial e 1.044 (13,4%) já são a distância. Na modalidade presencial, o 
setor privado é responsável pela oferta de 68,1% dos cursos de graduação
13
, enquanto 
na modalidade a distância a oferta dos cursos está mais equilibrada entre os setores 
públicos e privados: as IES privadas ofertam 55,5% dos cursos de graduação e as IES 
públicas 44,5%
14
, conforme Censo da Educação Superior de 2011. 
 
Considerações Finais 
A educação superior brasileira tem como uma de suas marcas e tendências a 
expansão privatizada, descaracterizando-a como direito social e transformando-a em 
campo de investimento da burguesia de serviços. 
A diversificação institucional, outra marca do sistema, iniciada no governo 
FHC, foi consolidada no governo Lula da Silva e favorece a expansão privatizada. 
A liberalização ou mundialização da educação superior mediante a fusão de 
megaempresas e participação de fundo de investimentos configuraram um cenário de 
 
12 Dados extraídos do catálogo da UAB no sítio da CAPES. 
13 O setor federal por 18,2%, o estadual por 11,1% e o municipal por 2,6%. 
14
 Sendo as IES federais responsáveis por 32,0% dos cursos de graduação e as IES estaduais e municipais 
por 10,6% e 1,9% dos cursos respectivamente. 
12 
 
mercantilização da educação num país onde a taxa de escolarização líquida é de 
14,6%
15
. 
A educação a distância, no Brasil, embora não seja novidade, teve suas bases 
legais e expansão consolidadas no governo Lula da Silva. Sua presença é predominante 
no setor privado. A criação da Universidade Aberta do Brasil, entretanto, impulsionou 
as matrículas a distância no setor público, que até outubro de 2012 já contava mais de 
140 mil matrículas nos cursos de licenciatura, 24.207 no bacharelado, mais de 6.877 no 
nível tecnólogo
16
. 
 
Referências 
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Associados, 2012. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2306.htm. Acesso em 4 de agosto de 
2013. 
______. Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm. Acesso em 4 de agosto 
de 2013. 
 
15
 De acordo com Censo da Educação Superior 2011, a taxa de escolarização líquida identifica o percen-
tual da população de 18 a 24 anos que declara cursar graduação. 
16
 Dados apresentados nos dias 7 e 8 de novembro, no 6º Fórum Nacional de Coordenadores do Sistema 
Universidade Aberta do Brasil (UAB), realizado na sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior (Capes). No referido evento, também foram apresentados dados referentes a matrículas 
nos seguintes cursos: ―mais de 66 mil nas especializações, 21.176 para aperfeiçoamento e 2.800 no 
Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat). Juntando também os cursos de 
formação pedagógica, extensão e sequencial, totalizam-se 268.028 matrículas ativas em outubro de 2012 
e 42.611 concluintes até este período‖. 
http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2762/ldb_5ed.pdf
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2306.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm
13 
 
BRASIL. Medida Provisória nº 213, de setembro de 2004. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/Mpv/213.htm. Acesso em 4 
de agosto de 2013. 
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http://portal.mec.gov.br/sesu/arquivos/pdf/nova/acs_portaria4059.pdf. Acesso em 8 deabril de 2013. 
______. Lei nº 11.096, de 13 de janeiro de 2005. Institui o Programa Universidade 
para Todos-PROUNI, regula a atuação de entidades beneficentes de assistência social 
no ensino superior, altera a Lei n
o
 10.891, de 9 de julho de 2004, e dá outras 
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2005/Lei/L11096.htm. Acesso em: 09 maio 2009. 
______. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei 
no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação 
nacional. Disponível em 
http://uab.capes.gov.br/images/stories/downloads/legislacao/decreto5622.pdf. Acesso 
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http://uab.capes.gov.br/images/stories/downloads/legislacao/decreto5800.pdf. Acesso 
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http://uab.capes.gov.br/images/stories/downloads/legislacao/decreto5800.pdf
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http://www.inep.gov.br/superior/censosuperior/sinopse/default.asp
http://portal.inep.gov.br/web/censo-da-educacao-superior/resumos-tecnicos
14 
 
Encontro reúne coordenadores do sistema UAB para discussões e apresentação do 
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Sabino; NUNES, João Batista Carvalho; CAVALCANTE, Maria Marina Dias (Orgs.) 
Telensino: percursos e polêmicas. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, UECE, 2001. 
LIMA, Kátia Regina de S. Educação a distância na reformulação da educação superior 
brasileira. In: SIQUEIRA, Ângela C. de; NEVES, Lúcia Maria W. (Orgas.). Educação 
superior: uma reforma em processo. São Paulo: Xamã, 2006. 
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NUNES, Ivônio Barros. Noções de educação à distância. Revista Educação à 
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PARMEZANI, Eliane. Ensino superior privado sob domínio do capital estrangeiro. 
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PAULA, Maria de Fátima Costa. Educación superior e inclusión social en América 
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ROUSSELET, Felipe; FARIA, Glauco. Sob o domínio do capital. Estrangeiro. Forum. 
São Paulo, Editora Publisher Brasil, Ano 12, nº 124, junho, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.capes.gov.br/36-noticias/5876-encontro-reune-coordenadores-do-sistema-uab-para-discussoes-e-apresentacao-do-balanco-de-2012
http://www.capes.gov.br/36-noticias/5876-encontro-reune-coordenadores-do-sistema-uab-para-discussoes-e-apresentacao-do-balanco-de-2012
http://www.capes.gov.br/36-noticias/5876-encontro-reune-coordenadores-do-sistema-uab-para-discussoes-e-apresentacao-do-balanco-de-2012
15 
 
ANEXO 
 
Gráfico - Evolução do Número de Matrículas de Graduação por Modalidade de 
Ensino e do Número de Matrículas a Distância Públicas e Privadas- Brasil- 2001-
2010 
 
 
 
Fonte: MEC/Inep (Censo da Educação Superior de 2010)

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